Utilização intensiva de carro antigo, as minhas impressões

OP
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Rui Meireles

Rui Meireles

Veterano
Negar a TUA realidade... a TUA e apenas a TUA realidade. Já reparaste que a nossa realidade é diferente e mesmo assim nunca neste tópico te atacámos ou fomos deselegantes. Nunca dissemos que "defendias a tua dama" ou que "tens o pior post" ou que tens uma "obsessão" ou ainda "és fundamentalista". Tentámos compreender-te e fartámo-nos de escrever neste "teu" tópico a tentar ir de encontro ao que pretendias. Não nos pediste a opinião? Demos.

OS "plásticos" são carros dos anos 80 para cima. Eu ando com um no dia-a-dia, o Granja anda noutro, o Camacho também... plásticos é depreciativo para quem não gosta deles. Eu gosto e todos gostamos.

O que é que é isso de ser "petrolhead"... eu não percebo muito de inglês. Explica lá isso Rui.

Nunca foram deselegantes? O Nuno Granja fez posts de troça, um cujo nomeme esqueço chamou-me pobre, outro gozou com os meus problemas de ouvidos. Realmente foram todos muito elegantes.

Desisto que isto não está a dar em nada. Adeus e bons Km!
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Pedro, vamos ver se nos entendemos. Claro que um clássico faz o serviço. O argumento é que se compararmos dois carros equivalentes, um antigo e um moderno, o moderno o faz melhor numa série de parâmetros objectivos e mensuráveis como a fiabilidade, economia, segurança, etc. Daí o uso da palavra "limitação". Para fazer uma analogia eu faço ciclismo, e vou do ponto A ao ponto B, mas comparado com o Rui Costa (para citar um grande ciclista Português) sou limitado.

Faz? Achas?

Economia? Até me dá vontade de rir!!! Então compara os preços de compra (de futura venda), de manutenção, de IUC, de seguro e de consumo de combustível que é para ser mesmo OBJECTIVO como gostas.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
E não entendo como falam depreciativamente dos outros carros usando o termo "plásticos". Isto é o tal fundamentalismo que afecta alguns de vós. Se fossem petrolheads não olhavam de lado carros de nenhuma época, apreciavam todas as épocas.
Rui, aqui não se trata de sermos petrolheads, estamos no Portal dos Clássicos é natural que os outros não sejam para aqui chamados. Para isso já há os fóruns do AutoAgora, AutoAmanhã e afins...
A malta aqui gosta de ferrugem, qual é o mal?

Desculpe, mas com respostas assim coloca-se a jeito para as respostas que tem tido.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Nunca foram deselegantes? O Nuno Granja fez posts de troça, um cujo nomeme esqueço chamou-me pobre, outro gozou com os meus problemas de ouvidos. Realmente foram todos muito elegantes.

Desisto que isto não está a dar em nada. Adeus e bons Km!

Está errado.

Lê tudo outra vez.

O Granja foi irónico e todos o entendemos menos tu.

Ninguém te chamou pobre. Onde é que isso tá escrito?

Essa dos ouvidos... epá... alguém gozou contigo?! Quem?

Tu é que nos chamaste de obstinados, extremistas, fazedores de piores tópicos, etc etc.

Culpas os outros de coisas que ninguém fez, mas tu fizeste muito pior.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
O tópico era interessante, mas levou o rumo errado.
Por este caminho também estou farto, é pena, havia tema para muita conversa (agradável)!

Eu não estou farto do tópico. Adorei ler o que os outros pensam sobre a utilização de um clássico no dia-a-dia, estou farto é de outras coisas.

O tópico é para continuar, está de boa saúde e muito do que já está escrito até ficava bem numa revista da especialidade ou num livro!

Aliás ainda faltam alguns users que usam um clássico ou carro velho no dia-a-dia como @Camacho Cêrcas. Gostava de ouvir a opinião dele, dá sempre uma no cravo e outra na ferradura e até apoiaria o @Rui Meireles em muita coisa do que disse, assim como por exemplo o @Carlos Vaz o fez e... TODOS entendemos e ninguém teve uma atitude menos elegante.

É pena é a falta de compreensão e a deselegância.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Sim Pedro, também não estou farto do tópico, apenas do rumo que tem. Nem sempre me revejo na opinião dos outros, mas aceito-a e respeito-a pois cada um sabe de si. Agora quando me querem impingir uma verdade é preciso que ela faça sentido na minha realidade, caso contrário desisto.
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Nunca foram deselegantes? O Nuno Granja fez posts de troça, um cujo nomeme esqueço chamou-me pobre, outro gozou com os meus problemas de ouvidos. Realmente foram todos muito elegantes.

Desisto que isto não está a dar em nada. Adeus e bons Km!

Rui,

Posts de troça? Sinceramente!

Experimenta comprar um carro italiano feito com chapa russa;
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Um alemão com motor asmático fora de bordo;
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Um Inglês com adição por juntas de colaça queimadas;
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Se escolheres bem até arranjas um francês que junta o pior dos três;
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....e ai meu amigo, a troça vai ser tal que vais acabar a ligar para um destes números;
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Agora a sério, tem calma que o mundo não acaba num post do ironia.


nuno granja
 

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Última edição:

Bruno Carmona

YoungTimer
@Rui Meireles, acho que estás a precisar de dar umas gazadas para espairecer!

Recapitulando o meu primeiro post:

Sim, concordo contigo
fazer commuting diário de 50km num Fiesta de 89 é uma seca. Dupla seca, pelo trajecto grande e pelo carro mundano.

Não, discordo
os carros modernos não são melhores em tudo do que os antigos. Nem qualquer pessoa tendo de optar entre o velho e o novo opta pelo novo. São propostas diferentes que dão sensações diferentes.

Dei um bom exemplo, entre o SL R107 ou o actual R231 quantas vezes o antigo.

Objectivamente praticamente todos os carros fabricados nos últimos 25 anos permite uma utilização normal.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Carro para o dia-a-dia
O que pretendemos num carro do dia-a-dia? Vou falar por mim:
- Fiabilidade
- Economia
- Conforto
- Segurança
- Prazer de condução

Fiabilidade:

Sim, o carro novo é mais fiável no geral que um clássico. O problema aqui já não é se é fiável ou não, mas quando avaria o que é que acontece. Um clássico quando avaria, qualquer alicate, meia de vidro, arame ou outra ferramenta qualquer faz milagres. O carro novo quando avaria temos que chamar um reboque, ficar á espera que ele chegue e depois ainda temos que o depositar na marca por causa da garantia. Num carro novo nem a bateria se pode mudar porque a centralina perde os dados.

Se tivermos um furo basta mudar o pneu num clássico. Num carro novo ou o enchemos com espuma (pneu para deitar fora) ou então temos uns run-flat que nos permitem conduzir a 80kms/h até á oficina mais próxima. Basta comprar um novo (200 euros?)

O termo "safe-mode" (mais um termo estrangeiro) só existe nos carros novos. No clássico desde que haja gasolina, ar e faísca aquilo trabalha sempre.

No meu entender o clássico sai a ganhar.

Economia:

Preço de um carro novo, sei lá... 25000. Preço de um clássico como novo 25000. O primeiro desvaloriza logo para metade em 5 anos, o segundo muito provavelmente até valorizará.

Manutenção: ainda hoje um amigo que tem um Volvo novo pagou 540 euros pela revisão na garantia. 540 euros para mudarem o óleo, filtros e água especial para o limpa pára-brisas... com esse dinheiro compro um carro!

Consumos: cá está o ponto que todos pensam, mas que para mim é tão irrelevante.... mais 2 litros, menos 2 litros em valores que acabei de falar é ridículo. Os motores, é um facto, estão hoje muito mais desenvolvidos que os de antigamente. Os motores dos carros novos são MUITO MAIS económicos a níveis de consumo que os outros, apenas têm um problema no que toca aos consumos: estão montados em veículos no mínimo duas vezes mais pesados. É normal um carro recente pesar 1600/1700 kgs, muitos clássicos não chegam á tonelada. O meu 75 Twin Spark é muito comedido, anda quase sempre em cidade e faz cerca de 8/9.

Seguros: clássico 32,5 euros; carro novo... não sei... 500?

IUC: muitos clássicos estão isentos; carro novo... não sei... depende do carro, mas é só fazer as contas.

Economia? O clássico sai a ganhar.

Conforto:

O carro moderno é mais confortável, sem dúvida. Agora é que entra o subjectivismo da questão. Pode até ser mais confortável, mas será que apreciamos esse conforto? Muitas pessoas preferem acampar numa tenda do que estar num hotel de 5 estrelas, é relativo.

Aqui ganha o moderno.

Segurança:

Nem preciso de dizer nada, é um facto. O carro moderno é MUITO MAIS seguro.

Prazer de condução:

Subjectivamente falando e no meu entender o clássico dá 10-0. Num clássico estamos sempre em permanente contacto com o carro, as sensações estão ao rubro, o carro comunica incessantemente connosco, até sabemos se aquele sinobloco está bom, razoável ou em mau estado. É impressionante as informações que o carro nos consegue dar tudo sem ecrans e sem computador de bordo.

 

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Olhem, eu gostei deste tópico. Acho que o Rui se excedeu em alguns pontos (mas também acho que não foi o único!). Agora isso não muda a qualidade do tópico. O tópico é bom e agradeço ao Rui por ele!

Foi graças a ele (ao tópico!) que consegui racionalizar por que razão é que gosto de usar o Uno (já sei, não é clássico...) no dia-a-dia; e porque é que pego no Volvo (moderno) para fazer viagens com a família — essencialmente a segurança.
E voltei a ler o que escrevi acima e continuo totalmente convencido. Resposta rápida do carburador e da borboleta a cabo; dimensões reduzidas; grande superfície vidrada; economia. E, claro, prazer de condução (até num Uno 60SX existe. E muito!).

Onde o tópico descambou foi quando se começou a querer impor a visão pessoal de cada um aos outros. E isso não interessa nada! O que interessa é o que cada um acha deste problema. E está a ser muito interessante de acompanhar.
(Sim, eu sei. Estou a repetir timtim por timtim o que o @Pedro Pereira Marques já disse... várias vezes. Que querem? Sou um tipo repetitivo... ;) )
 
Carro para o dia-a-dia
O que pretendemos num carro do dia-a-dia? Vou falar por mim:
- Fiabilidade
- Economia
- Conforto
- Segurança
- Prazer de condução

Fiabilidade:

Sim, o carro novo é mais fiável no geral que um clássico. O problema aqui já não é se é fiável ou não, mas quando avaria o que é que acontece. Um clássico quando avaria, qualquer alicate, meia de vidro, arame ou outra ferramenta qualquer faz milagres. O carro novo quando avaria temos que chamar um reboque, ficar á espera que ele chegue e depois ainda temos que o depositar na marca por causa da garantia. Num carro novo nem a bateria se pode mudar porque a centralina perde os dados.

Se tivermos um furo basta mudar o pneu num clássico. Num carro novo ou o enchemos com espuma (pneu para deitar fora) ou então temos uns run-flat que nos permitem conduzir a 80kms/h até á oficina mais próxima. Basta comprar um novo (200 euros?)

O termo "safe-mode" (mais um termo estrangeiro) só existe nos carros novos. No clássico desde que haja gasolina, ar e faísca aquilo trabalha sempre.

No meu entender o clássico sai a ganhar.

Economia:

Preço de um carro novo, sei lá... 25000. Preço de um clássico como novo 25000. O primeiro desvaloriza logo para metade em 5 anos, o segundo muito provavelmente até valorizará.

Manutenção: ainda hoje um amigo que tem um Volvo novo pagou 540 euros pela revisão na garantia. 540 euros para mudarem o óleo, filtros e água especial para o limpa pára-brisas... com esse dinheiro compro um carro!

Consumos: cá está o ponto que todos pensam, mas que para mim é tão irrelevante.... mais 2 litros, menos 2 litros em valores que acabei de falar é ridículo. Os motores, é um facto, estão hoje muito mais desenvolvidos que os de antigamente. Os motores dos carros novos são MUITO MAIS económicos a níveis de consumo que os outros, apenas têm um problema no que toca aos consumos: estão montados em veículos no mínimo duas vezes mais pesados. É normal um carro recente pesar 1600/1700 kgs, muitos clássicos não chegam á tonelada. O meu 75 Twin Spark é muito comedido, anda quase sempre em cidade e faz cerca de 8/9.

Seguros: clássico 32,5 euros; carro novo... não sei... 500?

IUC: muitos clássicos estão isentos; carro novo... não sei... depende do carro, mas é só fazer as contas.

Economia? O clássico sai a ganhar.

Conforto:

O carro moderno é mais confortável, sem dúvida. Agora é que entra o subjectivismo da questão. Pode até ser mais confortável, mas será que apreciamos esse conforto? Muitas pessoas preferem acampar numa tenda do que estar num hotel de 5 estrelas, é relativo.

Aqui ganha o moderno.

Segurança:

Nem preciso de dizer nada, é um facto. O carro moderno é MUITO MAIS seguro.

Prazer de condução:

Subjectivamente falando e no meu entender o clássico dá 10-0. Num clássico estamos sempre em permanente contacto com o carro, as sensações estão ao rubro, o carro comunica incessantemente connosco, até sabemos se aquele sinobloco está bom, razoável ou em mau estado. É impressionante as informações que o carro nos consegue dar tudo sem ecrans e sem computador de bordo.

Concordo com quase tudo e só não é com tudo, porque mesmo a nível de conforto se fizermos uma análise em que fixemos a variável preço e comparemos um carro novo com um clássico que possamos comprar pelo mesmo montante, muitas vezes o clássico é o mais confortável.

Se calhar nem é preciso puxar muito pela imaginação. Estou a pensar no Citroen CX, que não é um carro que eu conheça particularmente bem, mas que haverá quem conheça em pormenor... :cool:

Não estou a ver o CX a perder muitos comparativos em termos de conforto com carros novos e se "fixarmos" o preço como termo de comparação, então acho que não há dúvidas mesmo nenhumas. E não é só o CX a ganhar este comparativo... Já disse há duas páginas atrás que o meu W123 é mais confortável que um Classe C da mesma marca com menos 25 anos. E eu sei porque sento o meu rabo nos dois...

Quanto ao resto, já tive que vir com um run-flat desde Serpa até Lisboa. A única vantagem foi que bati o record do consumo mais baixo que alguma vez fiz com aquele carro. Mas levei uma seca... E um desbaste na carteira ao mudar dois pneus...

E também já levei com o safe mode. A minha reacção foi do género: "obrigadinho pelo cuidado, mas gostava de poder ser eu a continuar a comandar esta treta..."

Exceptuando a questão da segurança, mas mesmo essa somos nós que a fazemos (não sempre, infelizmente, porque também dependemos do que fazem terceiros), um clássico acaba por ser uma opção mais racional.

Mas para analisarmos este tema desta forma também é preciso estarmos um bocado "desformatados" do que é o pensamento vigente em relação ao automóvel e isso, reconheço, nem sempre é fácil.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
@Pedro Pereira Marques na última resposta tua falta algo importante.
Sei que isto não se aplica a todos mas, há laços que só um clássico pode criar.

Quantos de vós já conheceram pessoas espectaculares à custa de partilharem a mesma paixão?
Quantos de vós já tiveram o(s) filho(s) à vossa volta numa manutenção ao clássico?
(ainda me lembro de no meu antigo 114 GTi ter o meu filho de 7 anos numa felicidade sem explicação só por estar a desapertar uns parafusos)
Quantos eventos anuais há para clássicos? E para modernos?

Resumo: o clássico também cria laços, alguns até se tornam bastante importantes na nossa vida!
 
Da minha experiencia pessoal so não ando de clássico todos os dias pois agora faço bastante cidade com transito e o estacionamento por vezes é um bocado improvisado.. acrescendo o fato que aqui nao têm cuidado nenhum a estacionar..
Mandar arranjar uns parachoques em cromado no caso do R107 fica algo caro e gosto de andar com os carros direitinhos, antigos ou modernos.

No entanto nao consigo passar uma semana inteira sem pegar num clássico. O prazer de ir trabalhar e de voltar do trabalho é indescritível.. As "amizades" que se fazem mesmo no transito como ja aqui falaram, alias ja me aconteceu parar e pagar um cafe a outros apaixonados que nao conheço de lado nenhum mas o fato de andarem de clássico torna isto natural.

Se calhar nao tenho os clássicos ideais para andar no dia-a-dia, mas ja me passou pela cabeça comprar um Mini pois para o meu trajeto era o ideal; um 2cv peca pela potência (o terreno é bastante desnivelado), um carocha também poderia servir...

Com isto dito nao vejo outras limitações, se calhar o AC da jeito no verão, mas mais pela Maria ir sempre a reclamar eu aguento bem :)
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Da minha experiencia pessoal so não ando de clássico todos os dias pois agora faço bastante cidade com transito e o estacionamento por vezes é um bocado improvisado.. acrescendo o fato que aqui nao têm cuidado nenhum a estacionar..
Mandar arranjar uns parachoques em cromado no caso do R107 fica algo caro e gosto de andar com os carros direitinhos, antigos ou modernos.

No entanto nao consigo passar uma semana inteira sem pegar num clássico. O prazer de ir trabalhar e de voltar do trabalho é indescritível.. As "amizades" que se fazem mesmo no transito como ja aqui falaram, alias ja me aconteceu parar e pagar um cafe a outros apaixonados que nao conheço de lado nenhum mas o fato de andarem de clássico torna isto natural.

Se calhar nao tenho os clássicos ideais para andar no dia-a-dia, mas ja me passou pela cabeça comprar um Mini pois para o meu trajeto era o ideal; um 2cv peca pela potência (o terreno é bastante desnivelado), um carocha também poderia servir...

Com isto dito nao vejo outras limitações, se calhar o AC da jeito no verão, mas mais pela Maria ir sempre a reclamar eu aguento bem :)


Filipe;

Um destes dias uma compatriota nossa apanhou este carro velho "on the wild" ai para esses lados;
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nuno granja
 

Anexos

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Carlos Vaz

Pre-War
Olhem, eu gostei deste tópico. Acho que o Rui se excedeu em alguns pontos (mas também acho que não foi o único!). Agora isso não muda a qualidade do tópico. O tópico é bom e agradeço ao Rui por ele!

Foi graças a ele (ao tópico!) que consegui racionalizar por que razão é que gosto de usar o Uno (já sei, não é clássico...) no dia-a-dia; e porque é que pego no Volvo (moderno) para fazer viagens com a família — essencialmente a segurança.
E voltei a ler o que escrevi acima e continuo totalmente convencido. Resposta rápida do carburador e da borboleta a cabo; dimensões reduzidas; grande superfície vidrada; economia. E, claro, prazer de condução (até num Uno 60SX existe. E muito!).

Onde o tópico descambou foi quando se começou a querer impor a visão pessoal de cada um aos outros. E isso não interessa nada! O que interessa é o que cada um acha deste problema. E está a ser muito interessante de acompanhar.
(Sim, eu sei. Estou a repetir timtim por timtim o que o @Pedro Pereira Marques já disse... várias vezes. Que querem? Sou um tipo repetitivo... ;) )


Eu sabia que tinhas sido uma "aquisição" de grande valor para esta casa!
E garantidamente não estou a ironizar.

Depois disto, podem fechar o tópico!

Esperem... não sem antes me enviarem (por PM) a localização do tal parque de estacionamento!
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Em jeito de balanço, volto a insistir em algo que disse na minha primeira intervenção neste tópico... a escolha do clássico faz a sua usabilidade, não há trajectos impossíveis. Desde que haja vontade, há uma solução.

Se olharmos para os carros actuais, temos quantas opções? Duzentas? Trezentas? Que na prática se reduzem a umas vinte ou trinta quando começamos a aplicar os nossos critérios e gostos individuais.

Se olharmos da mesma forma para tudo que foi produzido dos anos 60 para cá, quantos serão? Três mil? De certeza que no meio disto tudo há alguma coisa que sirva a toda a gente.

Muitos trajectos citadinos, com pára-arranca? Porque não um Mercedes de caixa automática? O espaço de estacionamento é pequeno e difícil de encontrar? Um Panda ou um Mini entram na boa. Estradas em mau estado? Nada que um francês não coma ao pequeno-almoço. Querem mais estilo? Um carro dos anos 60 é o ideal. Querem mais comodidades? Um carro dos anos 80 não deve nada a um actual nesse aspecto. E o que não tem, põe-se. Ainda ontem estive a ver kits de bluetooth para adaptar a rádios, pode-se arranjar sempre uma solução.

Eu continuo a manter a minha perspectiva... um carro moderno só ganha incomensuravelmente em segurança. Aí há que dar o braço a torcer. Mas eu não quero um carro para andar a fazer tabelas, e se vou comprar carro a pensar nisso também há clássicos da Volvo que prometem cuidar bem de nós num aperto. Mas eu prefiro acatar essa responsabilidade acrescida e ser um condutor mais consciente. Aliás, prefiro tudo o que tenho a liberdade de fazer num clássico em vez de ser decidida por mim num moderno. ABS? Tenho sensibilidade no pé. Direcção assistida? Sim, a minha é assistida a bifes (de seitan, faxavor! :p). Nem servo-freio faço questão, gosto de ter mais feedback do pedal. Vidros eléctricos? O ano passado troquei o elevador do vidro da porta do condutor da 124, era o de fábrica... e eu gosto de dar à manivela. Aliás, no moderno chateia-me ter de andar à lotaria para conseguir deixar a fisga que deixo quando está calor para o interior poder arejar, enquanto a manivela pára exactamente onde eu quero sempre à primeira.

Controle de tracção e de estabilidade? Já me dói a cabeça... eu sei conduzir! E se me apetecer dar uma gazada a saír de uma rotunda, tenho de gramar com a ama-seca electrónica que me dá um ralhete? Não, obrigado. Prefiro assumir a responsabilidade e ser infantil se me apetecer sem ter de me justificar.

Isto dava para estarmos aqui indefinidamente, mas uma coisa para mim é clara... detesto a "fiabilidade" dos modernos. Nunca sei quando vou ficar apeado. E quando fico (já fiquei), é algo que não consigo remediar. Enquanto nos clássicos sei que mesmo que haja alguma chatice, as que aparecem sem anunciar raramente são graves, porque graças a andar nisto desde miúdo sei ouvi-los e percebo quando se queixam, logo os males nunca chegam a sê-lo.

Aliás, a última vez que pedi um reboque para um carro meu foi há 15 anos... e foi simplesmente para não massacrar o carro, porque ele até teria chegado a casa a trabalhar a 3 cilindros (furou um pistão). Mas tinha outro carro de outra pessoa que ia em caravana comigo e seguimos viagem no clássico dele. Sem chatices, e ainda envergonhámos uns BMW novinhos na AE a caminho de Lisboa. Se tivessemos ido num TDI qualquer hoje já nem nos lembraríamos disso, assim é algo de que ainda nos podemos rir e lembrar com afecto.

Os clássicos tornam todas as viagens e trajectos em algo mais interessante do que simplesmente ir de A para B, passa a ser mais divertido. Fazemos amizades, temos histórias para contar, e temos algo que nos dá orgulho em ter e manter. Só isso já tem imenso valor e faz com que qualquer concorrência moderna fique logo posta de parte, pelo menos para mim.

E por mais que tente, não vejo nenhum ganho em usar um carro moderno. Não gosto de pagar 10 vezes o valor de uma revisão justa, nem peças inflaccionadas na mesma proporção ou mais ainda (já vi uma factura de um espelho retrovisor de um carro de gama média no valor de 930€ mais IVA! - e isto ainda sem estar pintado). E muito menos gostaria de estar a pagá-lo ao banco até depois de ele deixar de ser sustentável, coisa que num carro moderno é uma inevitabilidade. As maravilhas da tecnologia não me dizem nada, não quero internet no carro (nem o meu telemóvel deixo ligar, quanto mais o carro), não preciso que o rádio fale com o telefone, e muito menos quero um híbrido ou um eléctrico.

No final de contas acaba por ser também aquela opção de fugir da descartabilidade da sociedade de consumo, e para mim até mesmo o fugir de coisas que parecem oferecer muito mas no fim acho que tiram mais do que oferecem. Eu não me quero enquadrar num mundo onde as pessoas vão para uma esplanada para estar cada uma com o seu telefone pseudo-esperto em vez de conversarem. Onde cada vez há mais tecnologias para falarmos mas cada vez comunicamos menos, onde o culto do "eu" se sobrepõe aos valores de sociedade, onde a inteligência cada vez rareia mais apesar de acharmos que somos cada vez mais informados.

Desculpem o "testamento", já não volto a chatear... siga a dança!
 
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