Carlos Vaz disse:
Ora bem... essa coisa de dizer que um estilo RWD é incomparavelmente superior ao prazer FWD... é exactamente como dizer que uma gaja gorda dá mais prazer que uma gaja magra, ou vice versa!
A frase certe deveria ser: RWD é PARA MIM (desculpem as mausculas) incomparavelmente superior ao prazer de um FWD!
É que eu tanto gozo tiro de um como de outro, até porque para mim o gozo está na consução e não no drift!
Ah... e embora concordando que o MX5 é um produto superior no conjunto ao Barchetta, garantidamente o mesmo não fica a milhas nas curvas!
Já aqui o disse: da mesma forma que há malta que não sabe curvar com um RWD, parece-me que há malta que não sabe curvar com um FWD!
E que malta é essa que não sabe curvar com FWD?
Mais difícil é curvar com RDW ou não?
E muito mais divertido...mais FABULÁSTICO...agora em maiúsculas! Condução ganha PARA MIM outro sabor, outra sensação outro..PRAZER!
E o Mazda oferece esse sabor especial que o outro (o barchetta) nem sonha..afinal, nenhum dos dois foi feito para tirar tempos e dar a volta mais rápida.
Ambos sao roadsters, especificamente e literalmente.. Feitos para prazer de cabelos (quem os tem) ao vento, sentir a liberdade, a pequena forma prática de utilização, normalmente segundos carros, com estilo, alguma diversão e muita sensação de liberdade ao volante.
Em termos mais picantes na condução nenhum é um primor mas ambos despacham-se bem, inclusivamente e sobretudo o Mazda com as suas características RDW e excelente afinação em comportamento em curva.
Se o barchetta não fica garantidamente a milhas nas curvas então, na mesma ordem de ideias e, respondendo igualmente à letra.. a frase certa na primeira analogia seria: o barchetta é mais rápido que o Mazda mas.. Não fica a milhas!
completamente diferente.
Ficar a milhas é Fiat 600 vs Fiat barchetta..por exemplo.
Continuo a dizer que o Mazda além de superior, é mais bonito, mais estiloso, mais fiável (com tudo o que esta palavra significa, seja fiabilidade, seja descanso para o proprietário na ausência comparativa de supostos problemas ou manutenção), mais engraçado, mais popular, mais apetecível para uma condução mais empenhada, mais divertido pelo factor conjunto chassis, proporção, transmissão RDW e dá um gozo bestial a quem já o experimentou alguma vez.
Para mim, o barchetta é um Punto HGT sem capota e com um fatinho mais bonito para ir à missa.. E perdoem-me pelo menos 2 amigos meus que possuem este modelo mas, é o que lhes digo. Prefiro o Mazda 1000990900999 vezes..e o MR2 igualmente. O bmw Z3 idem, sobretudo em versões "SIX". Um Z3 2.8 já me enchia bem as medidas...RDW, power... Roadster engraçado! Mas é outro preço e outra raridade face a estes modelos aqui considerados.
Bem, deixando as divagações vamos ao Mazda novamente:
Certo é que falta algum motor com mais potência mas infelizmente as versões turbo não vieram para Portugal. Pela falta de potência, responde com consumos simpáticos para 115cv devido ao escalonamento da caixa, à apetência do motor pelos altos regimes (tipicamente japonês da época..) para se mover com decisão e sobretudo pelo baixo peso do conjunto que realmente fazem milagres de 7/8 litros de média geral. Falta binário..Há quem diga que a pastar até faz menos de 7l/100km sem ser a descer!
Outra má característica é que a partir de velocidades acima dos 150 a capota fica como as bochechas do bucha (bucha e estica..) e os ruídos aerodinâmicos aumentam em catadupa.. A 200km/h no velocímetro é simplesmente insuportável! Mas não é carro para isso...ninguém disse que era!
Serve para desfrutar em trajectos mais curtos, mais secundários a velocidades bem mais lentas que a AE.
O ratear que eles têm por vezes tem origem em 3 ou 4 coisas. Má manutenção ao nível de óleos, intervalos e qualidade do óleo nas revisões que afectam as touches e por conseguinte as Cames. Má conduta e utilização dos proprietários e elevada kilometragem que afecta algo, sobretudo para aqueles que já tem acima dos 180.000 km. E muitos que andam aí têm elevadas kilometragens..e muitos são vendidos com desconto..desconto nos km do quadrante! Sobretudo muitos dos importados e aqueles que não têm história conhecida e sao vendidos em stands de beira de estrada, muitas vezes sem vendedores que percebam muito do que está ali.
Enfim..opiniões, gostos e considerações.
Abraços