Em primeiro lugar apresento as minhas desculpas ao João pela invasão do seu tópico.
Depois gostaria de agradecer o ânimo que os amigos Portalistas transmitem e que poderá ser determinante para que em breve a máquina possa voltar ao alcatrão.
Apresento de seguida uma breve e rápida história da viatura.
Adquirido novo pelo meu pai em 1972.
Guardado desde sempre em garagem era carro de viagens, essencialmente ao Algarve, pois para as deslocações a Lisboa existia um Fiat 600D.
O meu pai falece em 1976 e o carro continuou a ser utilizado para as tais viagens em família, conduzido por um tio meu.
Quando tirei a carta em 1984 peguei no carro tinha 60.000 Kms em 12 anos.
Tal como já mencionei, entre 1984 e 1992 foi o meu carro de uso diário.
Em 1989/1990, desmonteio-o na íntegra, ficando só o tablier e forro do tejadilho. As partes de chapa que apresentavam corrosão foram substituídas por chapa sã. Preparei-o para a pintura tendo esta sido feita em estufa.
Deixei de o utilizar em finais de 1992 porque comecei a trabalhar em Lisboa. Adquiri para as minhas deslocações diárias, desde Almada, um Seat Marbella GLX que me baixou para cerca de metade os custos com combustível.
Em 1994 começaram as inspeções periódicas obrigatórias. Na altura já morava em Lisboa e o 124 estava guardado em garagem do outro lado do rio Tejo. O carro deixou de ser utilizado pois não tinha IPO e, porque até ao ano 2000 a minha vida foi essencialmente ocupada por tarefas profissionais, nascimento do filho e surgimento de doença na minha mãe.
Em 2000 gasto 4.000 contos (20.000€) na aquisição de uma boxe individual, para trazer desde a garagem na margem Sul para junto a mim. O 124 cruzou pelos próprios meios a ponte que liga as margens do Tejo. O meu carro do dia-a-dia dorme na garagem estrela.
Até mudar para a minha habitação actual em 2003, o 124 era posto a trabalhar de vez em quando.
Depois dessa data, recordo-me que, em 2004 ou 2005, tentei pô-lo a trabalhar sem sucesso. Suspeito que possa ser o platinado, bomba de gasolina ou, aquela "coisa" que está dentro do depósito de combustível.
Com efeito, o 124 nunca trabalhou com estas novas gasolinas (95 ou 98). O último abastecimento foi efectuado com aquele néctar banido pelos tempos modernos: gasolina SUPER com chumbo.
Eduardo Relvas disse:
De que precisa essa máquina fabulosa? Parece bastante estimadinho... e desejoso de voltar ao alcatrão! É um crime obrigar uma coisa dessas a ficar quieta...
Um abraço!
O que a máquina precisa é ser apresentada a um entendido na matéria para ser despertada deste sono de quase uma década, muito embora, neste momento receio que o motor possa ter ficado colado.
Obrigado a todos pelo apoio e como forma de agradecimento deixo mais umas fotos.
Abraços,