Fiat Fiat 850 Sport Coupé

Diários de Bordo

Fiat Fiat 850 Sport Coupé

OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Zero progresso a reportar em seja o que for que estou a fazer.
Do lado do hardware concluí, depois de alguns esboços em CAD (Cardboard Aided Design) que não é possível fixar o sensor da cambota aos parafusos do cárter. Pelo menos não da forma como estava a imaginar.
Do lado do hardware electrónico, depois de corrigir alguns lapsos visíveis nas fotos e de ter verificado que pelo menos o sensor de pressão funciona e que os meus pulmões conseguem gerar uma depressão de 40-50 kPa, enleei-me numa dúvida filosófica sobre que cores utilizar para os diversos fios que vou ter de ligar a diversas coisas. Há alguns que são mais ou menos pacíficos, como o vermelho e preto, mas a Fiat também utiliza laranjas em circuitos ligados à ignição. Isto tudo antes de ter determinado que não consigo cravar os terminais Molex Micro-Fit da ficha porque são micro. Mesmo muito micro e não tenho um alicate de cravar que trate do assunto. Mais despesas...
Isto tudo para concluir que escolhi a centralina errada para a minha aplicação. Ou escolhi a certa e depois fui demovido com a promessa de poupar uns trocos. Passo a explicar: o Speeduino vem em dois sabores, o V0.3 e o V0.4. Fazem a mesma coisa mas são diferentes no conceito. O V0.3 é uma placa para experimentar e prototipar, com conectores de parafuso e áreas para avacalhar o sistema. A V0.4 é o modelo acabado, mais compacto e com fichas e tal e coisa. Naturalmente escolhi a V0.3, mas cometi o erro de pedir conselhos e alguém me disse que para a minha aplicação o que eu queria era um NO2C, uma placa de 2 canais super-compacta. E de certa forma tinham razão, os dois canais são mais do que suficientes para controlar um SPI com wasted spark. Não preciso da capacidade para controlar um V8 de forma sequencial. Contudo e infelizmente, debati-me com a pequenez dos componentes e agora estou a lutar com a pequenez dos terminais. Nos bons velhos tempos eu era capaz de cravar terminais JST e NSR com alguma destreza, mas esses tempos já lá vão... (e os Micro-Fit são ainda mais pequenos...)
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Inspirado por uma conversa aqui no Portal, resolvi mandar fazer um segundo jogo de chaves. Ignição e duas portas. O que me levou a questionar a função da quarta chave que herdei ao adquirir o carro. Ou era do tampão da gasolina ou da mala, uma vez que são as únicas fechaduras adicionais.
Hoje o google identificou-a inequivocamente como a chave da mala. Tem uma forma característica. Problema: não funciona. A chave parece ser a certa, mas o canhão não se mexe.
20210707_155657.jpg
Azeite e isopropanol pela goela abaixo e logo se vê... (estava à mão, cheira menos mal que o wd40 e não tive pachorra para ir buscá-lo.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Inspirado por uma conversa aqui no Portal, resolvi mandar fazer um segundo jogo de chaves. Ignição e duas portas. O que me levou a questionar a função da quarta chave que herdei ao adquirir o carro. Ou era do tampão da gasolina ou da mala, uma vez que são as únicas fechaduras adicionais.
Hoje o google identificou-a inequivocamente como a chave da mala. Tem uma forma característica. Problema: não funciona. A chave parece ser a certa, mas o canhão não se mexe.
Ver anexo 1216816
Azeite e isopropanol pela goela abaixo e logo se vê... (estava à mão, cheira menos mal que o wd40 e não tive pachorra para ir buscá-lo.
Provavelmente .. em tempos foi furtado.
Depois substituíram o canhão ...
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
20210708_120201.jpg
Um pouco de arqueologia...
Quando eu era miúdo tinha uma pequena coleção de canivetes antigos. Tudo começou com um canivete suíço novinho, que me foi oferecido ainda não existia o MacGyver e que ainda conservo. Depois um pequeno canivete ferrugento, depois um grande canivete ferrugento e por aí a fora.
O problema dos canivetes antigos feitos de bom aço de Shefield é que enferrujam e se os limparmos com abrasivos deixam de parecer antigos e passam à categoria de "lixados".
20210708_120513.jpg
Dois pormenores: a chave pertence à fechadura e o meu carro está pintado com algo semelhante a guache.
Igualmente quando era jovem um dos meus livros favoritos era "Está a brincar, Sr. Feynman", uma ligeira biografia/ memórias de Richard Feynman, Nobel da Física. E nele Feynman contava e explicava como, enquanto desenvolvia a bomba atómica no projecto Manhattan, se dedicava a arrombar fechaduras e cofres. Ainda hoje não resisto a um cadeado, seja de combinação ou canhão...
Isto tudo para dizer que a fechadura está a funcionar, o mecanismo está limpo e vai tudo voltar para o seu sítio.
 
Última edição:
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Enquanto metia o nariz no compartimento do motor para montar a fechadura, cheirou-me a gasolina. Uma pequena inspeção revelou que uma das abraçadeiras do filtro de gasolina estava desapertada. Desagradável.
Planos para o futuro imediato: progredir no meu sonho de gestão electrónica. Hoje recebi umas prendas que vão nesse sentido, nomeadamente uma tampa da distribuição de um Fiat Seicento. Assim que conseguir limpá-la vou postar aqui umas fotos, mas para já estou agradávelmente surpreendido. O sensor que tenho não encaixa, mas quando o fizer ficará na posição exacta. O que significa que terei de modificar ligeiramente a tampa. Nada de especial, está tudo sob controle.
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
20210716_145708.jpg
Primeira prova da tampa de distribuição, já ligeiramente modificada para que o sensor passe pelo furo do apoio. Próxima tarefa é imprimir um espaçador para fixar o sensor na posição certa. Os sensores hall são ligeiramente maiores do que os sensores VR, mas simplificam a parte electrónica, portanto acho que compensa este bocadinho de complexidade adicional.
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
20210719_160941.jpg
Menos suja e com um espaçador, a tampa da distribuição está à espera que ganhe coragem para desmontar a que lá está e substituir por esta. Coisas que faltam para que isso aconteça:
  • Preciso de um retentor de óleo. Como a Autodoc demora quase duas semanas a entregar e eu ainda não encomendei, o mais provável é que o trabalho só avance lá para o meio de Agosto. Os retentores de óleo para o 850 estão mal catalogados na Autodoc, portanto devo ser das poucas pessoas que os compra lá. Mas como preciso de mais uns trecos que só mesmo lá é que arranjo...
Estive a mutilar o sensor Hall, como é visível na foto. É mais conveniente soldar-lhe um fio e colocar uma ficha familiar do que andar à pesca de fichas exóticas.
Com a tampa e a cremalheira geradora de impulsos no local... antes de avançar, não tenho 100% de certeza de ser capaz de trocar a tampa sem desmontar meio carro. Assim de repente vou ter de remover o painel central da blindagem inferior para aceder à polia, remover a tampa da polia e deixar o óleo escorrer, desdobrar a chapa de segurança da porca da cambota (vai ser um pincel...), desapertar a porca da cambota, remover a polia, remover os parafusos todos sem esquecer o que aperta ao cárter, e tirar a tampa sem estragar a junta ao cárter. A montagem é o inverso.
Voltando aonde estava, com a tampa e a cremalheira no local posso afinar a espessura do espaçador para que o sinal seja perfeito. E aí começam os problemas: preciso de arranjar um local adequado para fixar a nova bobina, que é um bajolo bastante grande e que pede uns parafusos bastante compridos. O sítio ideal é a localização actual da bobina, mas tenho lá os pernos da actual bobina, que são inúteis mas quero preservar, mais a luz do compartimento do motor e o relé mistério que atrapalha. E no meio disto tudo a única solução que me ocorre é furar a chapa e colocar umas porcas rebitadas para fixar a bobina.
Se conseguir ultrapassar estes obstáculos, terei de arranjar forma de passar todos os fios para dentro do carro. O que seria fácil se não estivessem lá todos os fios actuais a impedir a passagem. E tenho de arranjar um derivação para alimentar a centralina. E deverá ser o suficiente para ter o carro a funcionar.
A seguir irei substituir o colector para poder utilizar a pressão de admissão para regular o avanço, e a seguir tenho de pensar na injeção electrónica... lá muito para a frente.
Ah, e antes que me esqueça, tenho de ver se o alternador está em condições, i. e., se a ponte está a rectificar a corrente como deve ser, e tenho de substituir o regulador de voltagem por um "solid state". Gosto muito das coisas antigas mas não vou fritar a electrónica por causa de um regulador electro-mecânico.
E acho que é tudo.
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Ainda estou para perceber como é que apareceu aí um suporte perfeitamente perpendicular à tampa do filtro, mesmo a jeito para fixar o sensor. Perdi algum episódio?
Pensei que no meio das minhas dissertações já tinha delineado o plano: utilizar na medida do possível os componentes de ignição e injeção do Seicento 0.9. A tampa da distribuição é de um, e o apoio é para um sensor da cambota ligeiramente diferente. Não utilizo porque é um sensor indutivo e isso requer electrónica adicional.
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Claro que, enquanto espero pelas peças em falta, posso ir limpando, modificando e verificando os sensores.
A parte complexa é claramente a torre de injeção e o corpo da borboleta. Há muitos mais sensores, tomadas de vácuo e entradas/saídas do que estava à espera. Por isso resolvi abordar o assunto de uma forma sistemática e testar os sensores um a um. E o primeiro foi uma pequena surpresa:
20210720_172139.jpg
Isto é um sensor TPS, que indica a posição da borboleta à centralina. Mas é um bocadinho estranho porque tem duas saídas e é extremamente estranho porque não pertence a um Fiat Seicento. Uma rápida busca pelo código indica que foi utilizado no Citroën Xantia 2.0 16V, no Peugeot 306 , 406 e 605 2.0 16V, no Lancia Kappa 2.0 20V, e para terminar, Ferrari 456GT e 550/ 575 Maranello.
Ah, e custa 300€ novo. Será que consigo vender e comprar o sensor correto, que custa 15€?
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Avançando com algumas peças do puzzle:
20210721_121053.jpg
O coletor de admissão, com tomada de vácuo para o coiso da travagem assistida, que vai acabar tapado com um bujão se tiver as dimensões apropriadas, e para o MAP. Acho eu.
Gosto da junta tórica e, do lado inferior, da junta em silicone ou lá o que é. Aqui não há fugas de vácuo.
20210721_121227.jpg
O corpo da borboleta.
20210721_121315.jpg
Bem sujinho e com uma ou outra surpresa, como "porquê três mangueiras e para que serve a tomada de vácuo?". E já agora, o que é aquele atuador (?) cilíndrico preto.
20210721_121251.jpg
E a coisa de injeção.
20210721_121411.jpg
Temos um sensor de temperatura da admissão e um único injetor.
 
Topo