Fiat Fiat 850 Sport Coupé

Diários de Bordo

Fiat Fiat 850 Sport Coupé

João Luís Soares

Pre-War
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@JorgeMonteiro , o motor do 126 roda no sentido horário ou anti-horário?
O manual Haynes do 126 diz para montar a corrente com os bicos de pato para fora, portanto presumo que seja anti-horário.
Parece que apenas e somente a Fiat utilizava estas correntes "antivibra". Mas continuo sem descobrir quando surgiram e qual a lógica por trás. Encontro muitas para o 1300/1500 da marca Regina, mas não sei se seriam primeiro equipamento.

Os 1300 e 1500 traziam correntes dessas de origem.

Logo posso ver nos manuais para que lado estão os bicos de pato.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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Ora viva,

Esses bicos são amortecedores de vibração, e a orientação é obviamente importante, depende do sentido de rotação. Por exemplo, os 850 e 127 usam exactamente o mesmo material em termos de kit de distribuição, mas com a corrente montada ao contrário, para que os dentes fiquem orientados correctamente, porque o 850 tem o sentido de rotação contrário. Se a corrente for montada indevidamente vai fazer uma barulheira tremenda.
 

João Luís Soares

Pre-War
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Ora viva,

Esses bicos são amortecedores de vibração, e a orientação é obviamente importante, depende do sentido de rotação. Por exemplo, os 850 e 127 usam exactamente o mesmo material em termos de kit de distribuição, mas com a corrente montada ao contrário, para que os dentes fiquem orientados correctamente, porque o 850 tem o sentido de rotação contrário. Se a corrente for montada indevidamente vai fazer uma barulheira tremenda.

E montam-se a apontar para o sentido de rotação ou ao contrário?
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
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Ora viva,

Esses bicos são amortecedores de vibração, e a orientação é obviamente importante, depende do sentido de rotação. Por exemplo, os 850 e 127 usam exactamente o mesmo material em termos de kit de distribuição, mas com a corrente montada ao contrário, para que os dentes fiquem orientados correctamente, porque o 850 tem o sentido de rotação contrário. Se a corrente for montada indevidamente vai fazer uma barulheira tremenda.



Ups ..... "something is wrong, here".
Desculpa lá ...
Há muitos anos mudei a corrente de distribuição do ex-meu 127.
Não tinha esses "pintelhos"; por fazer muito barulho mudei a dita por outra igual, estive à espera que ela chegasse de Itália ….
Resultado continuou a fazer o mesmo barulho … :wub:
O 127 tinha a matricula DL-45-64, e já não me lembro bem mas seria de 1971 ou 72.
Como tal deduzo que os 127 a seguir ao meu, e isto é garantido, tinham a corrente diferente da do meu (por isso estive à espera que ela viesse lá de longe). Porem a diferença estava também no tamanho das "rodas dentadas". Diferente número de dentes.

Agora os "surf", MKII, e companhia não sei qual a corrente que eles tinham ...
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Como tal deduzo que os 127 a seguir ao meu, e isto é garantido, tinham a corrente diferente da do meu (por isso estive à espera que ela viesse lá de longe). Porem a diferença estava também no tamanho das "rodas dentadas". Diferente número de dentes.
Nah! As distribuições são as mesmas desde o 850 Sport até ao Seicento. Há correntes com e sem os bicos, mas todas têm o mesmo número de dentes e são permutáveis. (Rufar de tambores à espera que alguém entre de carrinho às canelas e me destrua com um contra-exemplo...)
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Nah! As distribuições são as mesmas desde o 850 Sport até ao Seicento. Há correntes com e sem os bicos, mas todas têm o mesmo número de dentes e são permutáveis. (Rufar de tambores à espera que alguém entre de carrinho às canelas e me destrua com um contra-exemplo...)


O contra exemplo já está dado ….
Não necessito de fundamentar … sucedeu comigo. O que eu disse é que o numero de dentes das rodas da distribuição era diferente. Não falei do numero de dentes da corrente … alias nem sei como se conta isso a corrente não tem dentes.
:cool::cool::cool:


Então se as distribuições são as mesmas as referencias também devem ser as mesmas não é???
 
OP
OP
Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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O contra exemplo já está dado ….
Escapou-me algo???
O que eu disse é que o numero de dentes das rodas da distribuição era diferente.
Não é que haja grande liberdade para alterar o número de dentes na distribuição. Em particular se quisermos manter a retrocompatibilidade (acabei de inventar a palavra) da corrente. A cremalheira da árvore de cames tem o dobro dos dentes da cambota, o passo é o standard, a distância é fixa...

Não falei do numero de dentes da corrente …
Toda a razão. Exprimi-me mal, os dentes não estão obviamente na corrente. Mas o número de elos da corrente e o número de dentes das rodas estão relacionados e nunca mudaram nestes motores.

Então se as distribuições são as mesmas as referencias também devem ser as mesmas não é???
Sim, mais coisa menos coisa. Se bem que volta não volta alteram a referência, creio que quando alteram o código base do motor... mas a compatibilidade mantém-se.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Escapou-me algo???

Não é que haja grande liberdade para alterar o número de dentes na distribuição. Em particular se quisermos manter a retrocompatibilidade (acabei de inventar a palavra) da corrente. A cremalheira da árvore de cames tem o dobro dos dentes da cambota, o passo é o standard, a distância é fixa...


Toda a razão. Exprimi-me mal, os dentes não estão obviamente na corrente. Mas o número de elos da corrente e o número de dentes das rodas estão relacionados e nunca mudaram nestes motores.


Sim, mais coisa menos coisa. Se bem que volta não volta alteram a referência, creio que quando alteram o código base do motor... mas a compatibilidade mantém-se.



Volto a repetir … antes de 1979; e como a corrente fazia um "chamfrim" danado, perguntei na Castro e Castanheira - Figueira da Foz, se eles tinham o kit da corrente para o 127; e preço. Na secção de peças disseram-me que sim mas era melhor levar a corrente e as rodas dentadas velhas.
Ao desmontar deixei o dente e o ressalto que costumam estar assinalados (no caso era um ponto e uma seta), tudo certinho, de modo a que quando fosse substituir era tirar e por.
Toca de tirar fora e levar para a Figueira, na secção de peças o "amigo" que lá estava conferiu com o Kit em stock. Não era igual, as rodas dentadas tinham numero de dentes diferente.
Só mandando vir de Itália .... e lá foram mais oito dias de espera ...

Sucedeu comigo ...
Os motores dos 127 não são todos iguais. Para mim isto é um dogma. É sabido que os 1ºs 127 "disparavam" mais rápido, se sucedeu ainda com os MKI (os que tinham a porta grande na traseira) tornou-se por demais evidente nos MKII, e depois nos restantes. Razões de consumo sem dúvida, mas por alguma razão seria.
Na altura dizia-se que os testes ao dito carro foram feitos na Córsega e por isso eles vinham tão "adaptados" a Portugal. Verdade ???
Não sei mas que o MKII (ainda) de um familiar é muito mais "pachorrento" que era o meu sem dúvida.



Post scriptum - o "catalogo" de peças ainda era em papel … nada do que foi depois com as micro fichas.
 
OP
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Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Pois...
Uma breve busca mostra três referências:
5882106 para os motores 100G, do 850.
5881841 para os motores 100GL, A112 e 146A.000, do 127, Panda, A112 e Uno
5892884 para os motores 1170A.1, do Cinquecento e do Seicento.
A razão para o 850 ter um número diferente é porque os motores subsequentes requerem um espaçador, que é incluído no kit de distribuição, e está ausente no kit específico para o 850.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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Houve ao longo dos anos várias modificações nestas coisas, estes motores não ficaram sempre na mesma. E sei que mesmo nos 127 há dois kits de distribuição diferentes, até meados de 77 e daí em diante. Já soube qual era a diferença, mas já não sei. Todas são corrente duplex.

E montam-se a apontar para o sentido de rotação ou ao contrário?

São de forma a que os bicos fiquem para trás, é para encostar suavemente e evitar que haja impactos.

Ups ..... "something is wrong, here".
Desculpa lá ...
Há muitos anos mudei a corrente de distribuição do ex-meu 127.
Não tinha esses "pintelhos"; por fazer muito barulho mudei a dita por outra igual, estive à espera que ela chegasse de Itália ….
Resultado continuou a fazer o mesmo barulho … :wub:
O 127 tinha a matricula DL-45-64, e já não me lembro bem mas seria de 1971 ou 72.
Como tal deduzo que os 127 a seguir ao meu, e isto é garantido, tinham a corrente diferente da do meu (por isso estive à espera que ela viesse lá de longe). Porem a diferença estava também no tamanho das "rodas dentadas". Diferente número de dentes.

Agora os "surf", MKII, e companhia não sei qual a corrente que eles tinham ...

Das duas, uma... ou a corrente estava demasiado lassa para os carretos, ou havia alguma coisa mal montada. Mas se era dos primeiros, é natural que ainda houvesse alguns melhoramentos a serem introduzidos.

Antigamente, dado que as peças eram caras e havia outra consciência a nível da manutenção, até havia correntes em sobremedida para poder usar os carretos com desgaste e tirar a folga. Mas mais tarde começou a vender-se só o kit completo.

Nah! As distribuições são as mesmas desde o 850 Sport até ao Seicento. Há correntes com e sem os bicos, mas todas têm o mesmo número de dentes e são permutáveis. (Rufar de tambores à espera que alguém entre de carrinho às canelas e me destrua com um contra-exemplo...)

Sim e não. Ao longo dos anos houve vários desenhos, mas uma coisa que a Fiat tem de bom é que eles fazem por manter as peças com retrocompatibilidade, ou seja, a peça nova pode substituir a velha, pelo menos se trocares o kit completo.

A questão do número de dentes é irrelevante se usarmos o conjunto completo, só interessa que os carretos tenham sempre a relação de 2 para 1 para desmultiplicar correctamente. Hoje podemos ver o mesmo kit de distribuição a ser usado para os vários motores, mas ao longo dos anos houve n iterações do desenho.

Tenho ali no armazém um motor de 600 dos antigos, se for ver a distribuição de certeza que é diferente da do 127. Mas se calhar os componentes novos até poderão ser compatíveis com o motor mais antigo, havia sempre esse cuidado. A evolução geralmente era assim sempre que possível, tanto por uma questão de redução de custos como a preocupação em manter o material disponível e poder melhorar a fiabilidade dos exemplares já em circulação.

Um abraço a todos!
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Ora bolas!! Ainda não cheguei a perceber se estava esclarecido o assunto dos bicos de pato e já surgiu outro imbróglio com os dentes das cremalheiras.

Isto vai ter que ficar esclarecido "preto no branco". É para isso que existe o portal. :D
 
OP
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Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Ora bolas!! Ainda não cheguei a perceber se estava esclarecido o assunto dos bicos de pato e já surgiu outro imbróglio com os dentes das cremalheiras.

Isto vai ter que ficar esclarecido "preto no branco". É para isso que existe o portal. :D
Eu já desisti. Encomendei uma nova corrente com os dentes no sentido convencional e quando chegar troco a minha. Aliás isto tudo só aconteceu porque a Autodoc não me enviou a corrente quando comprei o resto das peças.
Ver se este fim de semana aproveito a bonança de porcas e ponho o carro a andar... ora amanhã estão 30⁰... não me parece!
 
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Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Estava eu a medir a folga dos segmentos nos cilindros (lamento, não há fotos) quando aconteceu enfiar um pistão ao contrário. Nem estava a prestar atenção porque o pistão só lá estava para localizar os segmentos. E rodei ligeiramente a cambota e a biela encravou no contrapeso. E o pistão encravou no cilindro. Nada de especial, foi só dar um jeitinho para soltar tudo. Mas fez-me pensar porque é que continuo a ler em vários sítios que é necessário rodar os pistões 180⁰ quanto se montam motores A112 nos 850, ou 850 nos 600. Ou que fulano ou sicrano tinha um pistâo ao contrário. É que aqui não consigo montar o pistão ao contrário. A biela encosta a um lado e o cavilhão tranca o pistão no cilindro...
Relativamente à folga, foi mais um pro forma. Estava a medir às cegas porque não tinha o valor de referência à mão, mas entretanto já confirmei.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Estava eu a medir a folga dos segmentos nos cilindros (lamento, não há fotos) quando aconteceu enfiar um pistão ao contrário. Nem estava a prestar atenção porque o pistão só lá estava para localizar os segmentos. E rodei ligeiramente a cambota e a biela encravou no contrapeso. E o pistão encravou no cilindro. Nada de especial, foi só dar um jeitinho para soltar tudo. Mas fez-me pensar porque é que continuo a ler em vários sítios que é necessário rodar os pistões 180⁰ quanto se montam motores A112 nos 850, ou 850 nos 600. Ou que fulano ou sicrano tinha um pistâo ao contrário. É que aqui não consigo montar o pistão ao contrário. A biela encosta a um lado e o cavilhão tranca o pistão no cilindro...
Relativamente à folga, foi mais um pro forma. Estava a medir às cegas porque não tinha o valor de referência à mão, mas entretanto já confirmei.


Pois isto é como as cerejas …. :wub::wub:

Desde pistons com seta a indicar a frente do carro, noutros essa seta indica o escape, ou .... ou …
Penso que temos de ter em atenção a marca do carro e a marca fabricante dos pistons.
Simples cada caso é um caso, mesmo sendo um modelo de 127.

Há uns anos um amigo comentava comigo:
- O gajo tem uma batida certinha ...

Pois tinha … até partiu :mad::mad:

O "gajo" era um carocha …… e a batida era mesmo batida, que por qualquer razão (ou desgaste) deixava andar; porque o que deveria ser o piston nº1 estava a funcionar como nº3.

Até parece que isto dos carros não é uma ciência exacta ..... :wub::wub::wub:
 
OP
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Pedro Seixas Palma

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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porque o que deveria ser o piston nº1 estava a funcionar como nº3.
Obviamente impossível de acontecer...

Voltando à faina, depois de dar (mais) uma limpeza aos pistão número 1 foi altura de sacar o plastigage e verificar a folga dos mancais.
20200604_121941.jpg
Aqui está ele, no local próprio, ainda sem segmentos. Quando ia apertar os parafusos descobri que não tenho uma chave de caixa de 14mm para a dinamométrica.
Também descobri que, se mexer a cambota com o Plastigage no sítio, este fica todo esbodegado e é um pincel para remover.
Aproxima-se portanto o momento de colocar os segmentos. E causa-me alguma apreensão passar os meus segmentos novinhos e lindos, com um ar super hi-tec revestidos a teflon (!), sem cair nas ranhuras erradas e sem partir ou dobrar nada...
 
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