Mini Aventuras do MINI Speedy Gonzalez - Mini 1000 HLE - 1984

Diários de Bordo

Mini Aventuras do MINI Speedy Gonzalez - Mini 1000 HLE - 1984

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Eu não me ficava se me chamassem, ainda por cima por escrito, "Cliente indiferenciado". Há coisas piores mas pelo menos chamavam Consumidor Final. Assim havia uma identificação clara do propósito e uma expectativa temporal. Espero que daqui a 10 anos não façam o mesmo...

Ri-me a sério com o "Tinha ido c'o cesto da gávea".

Isso do Speedy não pode ficar assim.
Nem é o pior ...

Bem e muito pior me parece o PT50 ....
e onde está a chave da AT ???
 
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António M. Vieira e Sousa

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Eu não me ficava se me chamassem, ainda por cima por escrito, "Cliente indiferenciado". Há coisas piores mas pelo menos chamavam Consumidor Final. Assim havia uma identificação clara do propósito e uma expectativa temporal. Espero que daqui a 10 anos não façam o mesmo...

Ri-me a sério com o "Tinha ido c'o cesto da gávea".

Isso do Speedy não pode ficar assim.
Realmente o correcto seria “Consumidor Final” mas o consumidor final é mesmo o 106 que um dia também mandará para o já referido cesto o novo sensor, depois de o ter bem usado e abusado. :)

À partida o novo sensor deverá aguentar bem mais de 10 anos. O anterior, que os aguentou neste 106 depois de ter passado por outro, foi comprado num sucateiro que já não existe, por €5,00. Usando uma regra de 3 simples, o novo que custou €33,21 deverá aguentar 66,42 anos, não acredito, se aguentar metade, uns 33 anos já será muito bom e eu com mais 33 em cima estarei com 98 o que nessa altura não me importarei nada de ser tratado por “Cliente indiferenciado” por escrito ou/e em voz alta, até vou gostar, porque terei tido muita sorte. :xD:

Não vai mesmo ficar assim, agora que já encontrei a origem da falha eléctrica é arregaçar as mangas mas como vai ser preciso desmontar o tablier, o que é um pincel do caraças, vai ser necessária muita pachorra que nesta altura devido a vários motivos está em falta, felizmente não tenho pressa e estou médicamente proibido de estressar. :cool:


António, depois de ler isto, acho que culpa não é dos carros!
Tu é que os avarias de propósito ;)!

São avarias cirúrgicas, pois até avariados andam:xD:
A brincar que o digas... ainda vou tirando umas casquinhas. :xD:


Atenção a tenssão !!!
O Speedy, aquela maquina!!!
Sem estresse! :cool:

O Speedy é uma verdadeira máquina, consegue sempre chegar a casa pelos próprios meios mesmo todo rebentado... ai dele! :xD:

Um dia destes dar-lhe-ei atenção. ;)
 
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António M. Vieira e Sousa

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Ontem virei-me ao Speedy, desmontei o tablier para alcançar o corta-corrente geral, eliminei-o e experimentei ligando o motor, notei melhoras mas ao mexer na fiarada o motor calou-se e todas as luzes se apagaram; voltei a mexer na fiarada e as luzes acenderam voltando o motor a trabalhar, afinal o defeito não estava no corta-corrente. Com muita paciência e aproveitando o tablier estar desmontado confirmei todas as ligações que encontrei e uma delas estava assim:
Fiarada FDP.jpg
Este tipo de ligadores não é nada aconselhável para esta função mas é o que está e o que tenho de momento.

Ligações corrigidas tudo voltou a funcionar, corta-corrente recuperado, tablier no sítio e levei-o à rua; está bem melhor mas ainda se notam pequenas falhas até às 3500 rpm, depois e até às 6000 rpm nada se nota, acho que agora impõe-se uma afinação mais fina do ponto do motor e dos carburadores. Já me sinto mais confiante para o levar mais longe a quem será capaz de o afinar como deve ser. Aos poucos vai recuperando a saúde de outrora.
 

António Miguel Sequeira

mikeira
Portalista
Ontem virei-me ao Speedy, desmontei o tablier para alcançar o corta-corrente geral, eliminei-o e experimentei ligando o motor, notei melhoras mas ao mexer na fiarada o motor calou-se e todas as luzes se apagaram; voltei a mexer na fiarada e as luzes acenderam voltando o motor a trabalhar, afinal o defeito não estava no corta-corrente. Com muita paciência e aproveitando o tablier estar desmontado confirmei todas as ligações que encontrei e uma delas estava assim:
Ver anexo 1281710
Este tipo de ligadores não é nada aconselhável para esta função mas é o que está e o que tenho de momento.

Ligações corrigidas tudo voltou a funcionar, corta-corrente recuperado, tablier no sítio e levei-o à rua; está bem melhor mas ainda se notam pequenas falhas até às 3500 rpm, depois e até às 6000 rpm nada se nota, acho que agora impõe-se uma afinação mais fina do ponto do motor e dos carburadores. Já me sinto mais confiante para o levar mais longe a quem será capaz de o afinar como deve ser. Aos poucos vai recuperando a saúde de outrora.
Excelentes notícias. Afinal não era nada demais
 
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António M. Vieira e Sousa

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Ontem levei o Speedy à rua, levei-o a comprar pão, a distância é curta não correndo o risco de me cansar muito se ele, porventura, calar o motor e asnear de vez. Até nem se portou mal, as falhas eléctricas não voltaram a dar sinal somente alguns engasganços e um irritante grilar enquanto as goelas não abrem totalmente, até parece estar com vontade de voltar a papar mais uma junta. Impõe-se uma regulação mais fina dos carburadores e do ponto do motor por alguém mais habilitado que eu, já está combinado e até lá não voltará a sair à rua.
A caminho da padaria e como o Speedy não tem rádio, lembrei-me destes Bacanos:
 
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António M. Vieira e Sousa

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À PROCURA DO PONTO (parte 2)


Antes de mais um agradecimento especial à malta que tem paciência para me aturar com o Speedy!

A três de agosto e conforme havia sido combinado, levei novamente e após o jantar o Speedy à Garagem dos Chaços, aproximadamente uns 35 Km, a viagem até começou bem, facilmente pegou a trabalhar e sem falhas, mas por pouco tempo, após algumas centenas de metros percorridas os falhanços e soluços apareceram com força até às 3500 Rpm que quando ultrapassadas os mesmos praticamente desaparecem; será falta de uma afinação mais fina dos carburadores e ponto do motor, quis eu crer e como estava a caminho dela... siga... que prá frente é que é caminho. Na N14 para manter o motor acima das 3500 Rpm a 4ª velocidade não pode ser utilizada:
Teoricamente é isto:
7 Rpm-Km:h.jpg
Têm de ser as 2ª e 3ª velocidades se eu não quiser sofrer dentro do carro safanões... como estes?!:
10 Uiiii.jpg
E todo o caminho foi: Ai bailha-me Deus...! Porque foi muito dificil mantê-lo acima das 3500 Rpm.

Lá chegados e enquanto o resto do pessoal não chegava ganhei uma visita guiada à Garagem dos Chaços pelo Armando, para além dos muitos carros tem muita coisa bem interessante, um verdadeiro e multifacetado museu particular.

Chegado o Luís, de imediato lançamos mãos à obra, grelha e capot fora, motor a trabalhar e a segunda parte da procura do ponto iniciou-se, mais uma vez a pistola estroboscópica foi posta de lado e o ponto encontrado de ouvido, motor desligado. Filtros de ar fora e atacamos os carburadores... liga motor, desliga motor, liga motor... e a certa altura o motor de arranque ficou colado a trabalhar só parava desligando o corta-corrente geral voltando a trabalhar mal o corta-corrente (situado no tablier) fosse ligado mesmo sem ligar a ignição.
O resto da malta já tinha chegado e o António disse logo: é o corta-corrente, António, desmonta lá o tablier para vermos o que se passa!
Torci o nariz, não me agradou a ideia, o António julga que eu ainda tenho a mesma agilidade que ele, é que o tablier é preso por seis porcas de orelhas em sítios pouco acessíveis, duas delas só as consigo alcançar praticamente fazendo o pino, mas pronto, com gosto fiz-lhe a vontade até porque o interesse era meu. Nada de errado encontrado! O que será? O que não será? Era mesmo a velha bobine de chamada do motor de arranque que tinha ficado presa na posição de contacto. Será que vou ter de ir a pé para Famalicão? Nope! De maneira nenhuma, o António tem em casa uma bobine de chamada recondicionada tendo no momento e uma vez mais, baixado o Espírito do Portal dos Clássicos. O Nuno com o seu 106 XSI ofereceu-se de imediato para levar o António a casa para apanhar a tal bobine. Antes de arrancarem diz o António: António, enquanto vamos buscar a bobine podes voltar a pôr no sítio o tablier, já não há lá nada a fazer.

Ai Ai Sâre!

Mais uma sessão de contorcionismo e tablier no sítio.

Chegada a bobine recondicionada e posta no lugar:
5 Bobine Chamada.jpg
Funcionou correctamente e o motor começou a trabalhar tendo o Luís iniciado o acerto dos carburadores com as ajudas disto:
8 Carbalancer.jpg
E disto:
9 Colortune.jpg
O ralenti ficou mesmo bom mas de vez em quando ainda se notavam algumas pequenas falhas. Decidimos trocar o rotor e tampa do distribuidor por material novo tendo eu e o Luís ficado contentes com o resultado.

Speedy a descansar um pouco e o pessoal a cumbiber!

Estava na hora de regressar a casa, motor a trabalhar, luzes ligadas e... velocímetro às escuras, quando coloquei o tablier no lugar inadvertidamente terei soltado a lâmpada do velocímetro que ficou a iluminar os pedais, menos mal, o ponta-taco fica bem visível.

Mais uma vez as primeiras centenas de metros foram percorridas sem falhas, eu já a esboçar um sorriso pensando que o regresso seria rapidinho... mas... tem mesmo mau feitio o raio do Speedy, logo regressaram os falhanços e soluços até às 3500 Rpm, o regresso até foi mais difícil porque tive o azar de encontrar dois camiões TIR que não ultrapassavam os 50 Km/h obrigando-me a usar por mais tempo a segunda velocidade para evitar incomodos abanões, não havendo possibilidade de ultrapassar tive de os aguentar até saírem da frente o que aconteceu praticamente a chegar a casa. UFA!!!

No dia seguinte tirei-lhe as velas e encontrei-as assim:
6  Velas.jpg
Mesmo muito bom aspecto, o Luís fez um óptimo trabalho!

Quanto à bobine avariada o António levou-a para autopsiar e recondicionar:
(Créditos António Barbosa)
1 Bobine Chamada.jpg
2 Bobine Chamada.jpg
Concluiu que em tempos terá sido aberta por já ter 4 parafusos bem fatelas em vez de cravos e terá ficado presa por dois dos parafusos terem perdido as respectivas porcas, razão tem o Luís em dizer que há porcas que fazem muita falta:
(Créditos António Barbosa)
3 Bobine Chamada.jpg

Já funciona muito bem e como não podia deixar de ser, sendo o António a recondicionar só poderia ser fechada por parafusos umbrako inox:
(Créditos António Barbosa)
4 Bobine Chamada.jpg


Resumindo:
Quando tiver pachorra vou ter de procurar algum fio eléctrico que poderá estar traçado e a causar estes falhanços no funcionamento do motor e como não se encontra pachorra à venda... o Speedy tão cedo não voltará a sair à rua.


P.S.- O acordo ortográfico que vá para o tal cesto!
 
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R.Rodrigues

Veterano
kj1imwlyevv71.jpg
 

R.Rodrigues

Veterano
Coisas serias há parte, se ainda não foi feito sugiro começar por algo simples, trocar cabos de velas com algum conhecido só para descartar essa hipótese, verificar se o cabo da bateria não estará a dar passagem algures, passar um fio novo para alimentar a bobine só para testar.

Já me aconteceu uns cabos de velas "novos" que com o aquecimento o carro falhava, como já me aconteceu ter trocado o 998 por um 1293 e no entretanto os cabos de vela foram há vida, fui literalmente ao lixo e tirei uns cabos de 196x que tinha retirado de um Riley e meti o moto a funcionar, curiosamente esse mesmo carro está há venda por mais de 10mil eur ainda com dois cabos de vela que retirei do lixo, já não se faz material como o de antigamente.:cool:
 

miguel.guilherme

"É tão giro ter um mini"
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para mim o diagnóstico era:
- ver massa da bateria
- ver massa do motor
- testar com outra bobine (de ignição)
- testar com outros cabos de velas (velas + distribuidor-bobine)

Depois disto ja entrava em temas mais esotéricos...
- fuga na junta do coletor de admissão, que com a temperatura abra um pouco (diferença de comportamento dos materiais com a temperatura), e ao subir de rotaçao como ja metes mais gasolina deixe de notar-se
- falha na bomba de gasolina, que só se note com o carro quente


Agora uma curiosidade. Quando o carro ja está quente, se o ligares e arrancares, começa logo a falhar, ou só ao fim de algum tempo?
 
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