Restauro Fiat Topolino 500A

Bela história... Todos os classicos têm aventuras e algumas bastante interessantes. O ideal é escrever tudo o que sabemos do carro e registar em documentos que farão parte do património para sempre e que pertencem ao historial do clássico.

Parabéns pela bela narrativa aqui apresentada.

Abraço
 
OP
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Manuel Pereira Roque
Bela história... Todos os classicos têm aventuras e algumas bastante interessantes. O ideal é escrever tudo o que sabemos do carro e registar em documentos que farão parte do património para sempre e que pertencem ao historial do clássico.

Parabéns pela bela narrativa aqui apresentada.

Abraço

Obrigado José, mas falta contar o resto quando tiver tempo.
Abraço
Roque
 
OP
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Manuel Pereira Roque
Bom dia a todos: Não vou para já contar o resto da história do meu falecido amigo ( Sr, Ricardo) antigo dono do meu , Fiat Topolino.

Vou mostrar sim 2 fotos de um acessório "raro" de encontrar por cá, e que nos Topolinos que já tive a oportunidade de ver restaurados ou por,nenhum tinha.
É a tampa da roda suplente traseira , também vinda recentemente de Itália.

Falta-me ainda arranjar muitas peças para o Fiat ficar completo , de forma a finalizar o restauro, não é por que não tenha onde as arranjar, mas sim porque não são de todo baratas, e como todos sabemos, há prioridades na vida de cada um, de maneira que vamos aos poucos.

Vou mostrar duas fotos de um Topolino com e sem tampa, e pedir a vossa opinião, de como fica melhor, se com a roda à vista, ou tapada?
Eu por mim já decidi...
Abraço
Roque
 
OP
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Manuel Pereira Roque
Boas: Hoje quero mostrar uma das varias peças do meu Topolino que eu mesmo resolvi restaurar.
É o suporte, ou friso da grelha da frente onde se fixa o emblema da Fiat.

O material de que é feito, parece-me ser antimónio, ou uma mistura de varias ligas, com algum grau de dureza .

Como poderão ver pelas fotos; Antes, durante e depois de restaurado.

O cromado estava em mau estado, de maneira que tive que tirar o velho, o que não foi facil, estava também bastante corruida pelo tempo, já com muitos buraquinhos em quase todas as zonas da peça.
Posso dizer-vos o seguinte, não foi nada facil, tive que ter muito cuidado para não retirar material á peça , que não fosse o cromado velho, foi um trabalho cirurgico e demorado.
Muitas horas depois, e também muita paciênçia, a utilizar para o efeito, limas fininhas de varios formatos e também lixa de ferro de varios grãos, e tudo isso para que para que não desbastasse demasiado, nem deixa-se riscos profundos no material, que não pudesse remover ou remediar, resultou no que verão pelas fotos.

Que acham do trabalho :cool: ?


Ainda não mandei cromar , pois ainda quero dar mais um toque final, desta vez num polidor feito pelo meu Pai, (e que polidor :) ) de um motor com muita rotação ,onde foi colocado um disco de pano feito também por ele artesanalmente.

Este disco foi feito de varias camadas de circunferencias de calças de ganga, subrepostas e cozidas entre elas, e adicionando sabão de polimento de metais, não muito abrasivo, isto para que elimine todos os riscos feitos pela lixa, ainda que sejam muito fininhos.

Já fiz várias experiencias a polir enquanto fui lixando a peça, para ver a diferença, e descobrir as imperfeições ao mesmo tempo, e acreditem, que resulta.
Quero por isso que fique perfeito :D .



Abraço.
Roque
 
OP
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Manuel Pereira Roque
067.JPG 068.JPG 069.JPG Boas a todos: Eu também partilho da mesma opinião que vós, com a tampa fica melhor.
Obrigado por comentarem, fomos unanimes , " o Fiat levou uma tampa :lol: ".

Abraço a todos e não deixem de comentar.
Roque
 

Anexos

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João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
O trabalho no friso ficou excelente!

Embora a minha experiência em Fiat se resuma a 2 carros com esse tipo de frisos, pela época e pelas fotos também me parece que esse friso seja de antimónio.
 
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Manuel Pereira Roque
Boas a todos: Hoje chegou mais uma peça :) para o meu topolino, que estava em falta, segue a foto.
É a luz traseira de presença, que faz também stop, e ilumina ao mesmo tempo a chapa de matricula. 071.JPG

Falta-me arranjar o suporte para a matricula que terá a forma quadrada, ao contrario da que tinha no fiat quando o adquiri, que é rectangular.
Este suporte é tambem onde vou fixar as luzes traseiras por cima da matricula.

Vou mostrar-vos uma foto com as luzes que tinha no fiat e que não era dele, bem como da matricula, que vai passar a ser quadrada.

E por falar em matricula: Alguem tem o contacto duma firma que fabrica matriculas para clássicos?
Há bastante tempo eu vi uma empresa da especialidade, exposta numa feira de clássicos , mas não me recordo do nome :( !! Alguem sabe?

Vou mostrar também uma foto da traseira de um topolino com um suporte igual ao que pretendo arranjar, se souberem de algum, digam?

E mostro também uma foto antiga do conjunto na traseira de um topolino na época e de um actualmente restaurado .

Qualquer informação ou ajuda ^_^ , sera bem vinda ;) .
Obrigado e abraço a todos.
Roque
 

Anexos

  • 071.JPG
    071.JPG
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Última edição:

João P Silva

Veterano
olá, arranjar as peças miúdas faz parte. Então a matricula não é originalmente no sitio onde estava.
é provável que esse farolim que lhe falta, ou melhor faltava tivesse partido e fizeram a alteração.
 
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Manuel Pereira Roque
olá, arranjar as peças miúdas faz parte. Então a matricula não é originalmente no sitio onde estava.
é provável que esse farolim que lhe falta, ou melhor faltava tivesse partido e fizeram a alteração.

Boas João: É provavel que sim, deve mesmo ter sido isso que aconteceu.
Ao longo dos anos, com o uso diario, tenham ocorrido alguns acidentes ligeiros na viatura, daí as alterações !!
Abraço.
Roque
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Não terá necessariamente sido alterado por acidente, lembrem-se que a legislação ia evoluindo aos poucos, e é natural que a troca tenha sido em função de uma sinalética mais recente.

Aliás, convém verificar se efectivamente é possível circular com o carro equipado dessa forma, porque nem sempre o equipamento de origem é compatível com a legislação actual. E mesmo em novos já era assim, havia várias pequenas coisas que eram diferentes consoante os territórios de destino das viaturas, para respeitar as legislações locais.

Um abraço a todos!
 
OP
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Manuel Pereira Roque
Não terá necessariamente sido alterado por acidente, lembrem-se que a legislação ia evoluindo aos poucos, e é natural que a troca tenha sido em função de uma sinalética mais recente.

Aliás, convém verificar se efectivamente é possível circular com o carro equipado dessa forma, porque nem sempre o equipamento de origem é compatível com a legislação actual. E mesmo em novos já era assim, havia várias pequenas coisas que eram diferentes consoante os territórios de destino das viaturas, para respeitar as legislações locais.

Um abraço a todos!

Bom dia Eduardo: Antes de mais, obrigado.
O Amigo colocou essa questão/ explicação que me parece ser a mais correcta, e no que diz respeito ao meu Fiat, e que eu não havia pensado ainda, pode mesmo ter sido por uma questão de sinalética,mais recente e também de legislação, há época dos factos!!
No entanto, o Amigo levantou mais uma questão que me parece bastante pertinente ;) , e muito a propósito que se prende precisamente com a legislação actual no nosso País.
Posso para já dizer, que do que apurei e ao contrario do que ultimamente se fazia em inspeções a clássicos, onde e no que diz respeito precisamente à sinalética, onde éra obrigatório ter piscas, stops, etc, e que ia de encontro ás caracteristicas de alguns carros e também do País onde eram fabricados na origem.
Tais alterações tiveram tão só a ver, com uma questão de segurança rodoviária.
Nos automoveis mais antigos desprovidos de piscas e stops originalmente, sofrerem essas alterações, éra e é, no meu entender e nos demais uma aberração, um atentado á originalidade do carro independentemente da época, daí e que segundo parece, algo mudou de algum tempo a essa parte !!
E o que mudou segundo parece:
Clássicos como o meu, (isto do que soube): Com piscas de setas, aquele formato de matrícula, e luzes traseiras,só de um dos lados da viatura e que na origem eram assim, assim mesmo deve permanecer actualmente, e a inspeção deve ser feita precisamente, nestes moldes e seguindo este critério, ou seja (pode circular na via como é no livrete, e segundo a originalidade da viatura), penso que o mesmo se aplica agora nos restantes.
Eu perguntei num centro de inspeção, e disseram-me isto que acabei de expor, mas isto disse-me o indivíduo que estava a inspecionar o meu carro actual, quando lhe coloquei a questão, será que é assim?
Há que confirmar ??
Se alguem souber :), que diga ??

Obrigado Eduardo ;) .
Abraço

Roque
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Caro amigo,

Toda a questão da legalidade, originalidade versus conformidade, é um tópico de facto complicado. Mas temos de ter presente que, por mais que queiramos, não estamos no ano em que o carro foi fabricado.

Todos os carros em circulação, por via da sua utilização continuada, foram sujeitos a alterações ao longo do tempo. Umas melhor conseguidas que outras, umas por questões simples de sobrevivência, outras por obrigatoriedades legais. Tudo isso faz parte do historial dos mesmos, e não deve ser desconsiderado quando se faz um trabalho de recuperação, porque temos de ter a noção que não se trata simplesmente de rebobinar toda a história até ao ponto de partida, mas sim de prestar homenagem às muitas décadas pelas quais o veículo passou.

Se o pretendido com o trabalho de recuperação é apenas e unicamente recriar na íntegra o aspecto original do veículo, então tudo bem, mas mesmo assim convém ter a certeza de qual a especificação com que foram entregues aos clientes em território nacional, porque certamente mesmo os Topolinos italianos teriam pequenos detalhes diferentes daqueles que foram vendidos cá, logo aí deixando dúvidas quanto ao utilizar fotografias de época de carros italianos como referência para o restauro de um carro nacional. Seria mesmo esse o aspecto dos carros vendidos aqui?

Outra hipótese é também a que se levanta caso o veículo pretenda ser alvo de utilização na via pública. Obviamente ninguém lhe vai exigir que ponha umas daquelas luzes mariquinhas tipo luzes de natal como têm os carros modernos mas, se vai circular com o seu precioso automóvel na via pública, a segurança dele (e dos ocupantes) depende também de como os restantes utentes da via o vêem. Se não se apresentar em conformidade com os mínimos exigidos na lei, isso põe o seu veículo em risco e em desvantagem. Obviamente ninguém quer ir para a estrada a pensar em bater em ninguém, mas é um risco que não deve ser desconsiderado. E aí a originalidade terá de passar para o banco de trás, e deixar a usabilidade falar em primeiro lugar.

São dilemas que nos confrontam a todos, e que temos de ponderar quando se toma em mãos uma destas "empreitadas"... espero ter ajudado alguma coisa!

Um abraço!
 
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