Caro Claudio, o que pretendi com este posto, foi precisamente a "discussão" (no bom sentido) de diversas opiniões e a sua, evidentemente vale tanto ou mesmo mais (já explico porquê) que a minha!
A razão para eu achar (genuínamente) que a sua opinião poderá valer mais que a minha (neste fórum), é porque a sua está mais em linha com o próprio forum (por ser um fórum de classicos) e eu sei disso á partida!
Devo desde já assumir que não gosto de clássicos, gosto de AUTOMÓVEIS de preferencia "apimentados", daí que perdoem-me mas não acho grande piada aos classicos populares, (Carochas, R4, 2CV e afins) apenas não indo ao ponto de um amigo meu que acha que devem ser todos enfardados. O facto de não lhes achar piada, não implica que não reconheça um restauro extraordinário, ou um destes carros que está em exelente estado de origem, tendo tido 40 anos de história em cima. Simplesmente, o tipo de condução que proporcionam não me entusiasma nem um bocadinho.
O engraçado disto é que me sinto "encravado", pois os carros novos (a não ser alguns desportivos bastante caros) também não me dizem nada do ponto de vista da condução (daí, caro Pedro Marques que me tenha permitido achar a sua opinião demasiado redutora). De facto, tenho aqui uma misturada daquilo que considero ser o carro ideal... pois a meu ver a época em que se fizeram os melhores carros do ponto de vista da condução (com um certo espirito) situa-se mais ou menos de meados de 80 a meados de 90 em que os carros já são reletivamente modernos, têm alguns elementos de conforto, fiabilidade elevada, ainda não foram afectados por demasiadas normas antipoluição, ainda não engordaram (peso a mais) com demasiados elementos de segurança, ainda não aderiram á moda dos pneus demasiado "gordos" trabalhando a estrada á custa do "grip" e ainda não são castrados com as ditas ajudas electronicas á condução!
Excelente, dirão alguns: há por ai muito exemplar dessa época que certamente poderá preencher os requisitos... e... sim, haver, há! Acontece, que do ponto de vista estético e de estilo, a época que vai dos 60 ao final dos 70, efectivamente produziu coisas que me enchem (desse ponto de vista) muito mais as medidas!
Será crime, gostar da ideia de juntar ambas as coisas?
De resto, percebo perfeitamente que este tema "incomode" ou não agrade, pois de facto, deixamos de estar a falar de classicos, para falar de hibridos ou como se chamam muitas vezes "frankenstein"... agora parece-me que mesmo sem ser essa a nossa praia, pode-se apreciar, nem que seja pelo esforço (nalguns casos evidente e conseguido) em respeitar a traça original como é o caso do MG que aí postei, ou o caso dos 911 PSAutoart em que se pega num carro mais moderno e se faz parecer com um mais antigo.
Vejam esta "moda" da seguinte forma: imaginem que têm hipótese de restaurar uma casa antiga para morarem, o que fariam? Ficava sem sanitários? A cozinha igual ao séc XIX? ou seria restaurada com materiais de hoje, com as comodidade e funcionalidades de hoje e deixando a fachada e restante traça exterior consoante o original?