Nova definição de veiculos históricos

O que acha da nova definição de clássicos?


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Pedro C Cunha

Pedro Cunha
b.oliveira disse:
boas,

de muitas coisas que li, concordo com umas e outras não...

Queria sublinhar uma frase do colega nelson faria,que é a seguinte:
("quanto a mim estão a tentar fazer com que se acabe com o "clássico de estrada" e passe só a haver o "clássico de montra".)

no entanto vou deixar aqui a minha opiniao:

- quanto ao facto de subir de 25 para 30...são só mais cinco anos para que muitos carros desapareçam,sem dúvida que é isso que eles querem. O importante é vender carros novos,assim entra mais € no estado, pois cá em portugal, é tudo ao contrário do que as pessoas querem.

- quanto há circulação diária, o problema é do proprietario, pois o desgaste e manutenção é do bolso do mesmo que sai e os acidentes acontecem a qualquer momento( eu por exemplo, na minha vida profissional, estive, em 4 anos de condução em estrada/viagens activa, nunca sofri um acidente,no dia de despedida da estrada por subida de posto,bateram-me duas vezes, uma de manhã outra ao final da tarde) o perigo espreita a qualquer segundo! As companhias de seguro não controlam a kilometragem e se quiserem controlar,todos nós conseguimos contornar,agora, o preço sao eles que fazem,nao é a pagar mais que vamos ter mais regalias, se tiverem despesa,concerteza que nunca ficam a perder e os problemas sao sempre os mesmos, independentemente do tipo de seguro! Se pagamos a inspecção, não é para ficar na garagem. Quanto ao imposto de circulação, ja o pagamos durante muitos anos (que é outra palhaçada ca em portugal e ainda por cima servem-nos com as estradas que todos conhecemos)

eu tenho um mini 1000 - 1970, uso no dia-a-dia e vou usar sempre, ate deixar de ter competencias para conduzir. Era so o que me faltava ter terceiros a mandar naquilo que é meu!

Cumprimentos


excelente comentário! Melhor... Impossivel!
 

Jorge Pais

Clássico
Caros amigos,

Com esta conversa toda, não percebi qual a utilidade em Portugal da nova definição de clássicos, tenham eles25, 30 ou 35 anos.
Passo a explicar.
Importei um carro clássico antes de Juho de 2007, vinha em mau estado para restaurar. Em Julho de 2007 a lei alterou-se e deixou de haver o conceito de clássico. Tive ameaças da alfandega para abate do carro, etc, etc. Uma longa história. Tive de o restaurar em tempo util para fazer uma inspeção B e para não ter de o abater. Agora estou há mais de 1 ano à espera de uma matricula historica (Portugal é o Portuganho, se não houver ganho não há nada).

O carro é de 1975, tem 37 anos e pelo que sei quando registar o carro na conservatória vou pagar o IUC como se fosse um carro moderno, com componentes de CO e cilindrada. Uma pipa de massa, digo-vos eu. E é um carro que pouco circulará, pouco poluirá comparativamente com um carro moderno que circula diariamente.
Pergunto eu a quem saiba,

Para que serve a definição de veiculo histórico em Portugal?
Só por causa do valor do seguro!!!
De resto e pela lei atual, não vale para mais nada para os veiculos importados que tenham data de fabrico após 1960.

Cumprimentos clássicos
 

luis macedo

YoungTimer
Para mim os 30 anos ainda vai que nao vai mas quanto ao uso do classico no dia a dia eu acho bem, mostrarmos as belas maquinas antigas a esta juventude de hoje em dia e nao so ! para mim nao faz setido ter um carro seja ele qual for e nao o poder utilizar no dia a dia se me apetecer,aqui fica o meu ponto de vista espero que entendam e respeitem a minha ideia,como respeito todas as outras cups ao pessoal.
 

Gustavo Soares

Veterano
Vou também opinar, com o risco da polémica, mas acho que isso só faz bem a um local onde apesar de todas as nossas diferenças, todos somos maluquinhos por autromóveis.

Antes de mais gostaria de clarificar a questão em discussão: A definição de automóveis clássicos, históricos, antigos, como queiram chamar-lhes e não a questão dos seguros. Vou referir-me apenas à questão em dsiscussão e deixar as questões associadas (não são só os seguros).

Os carros que tenho, compreio-os com dibnheiro que ganhei a trabalhar e recuperei-os da mesma forma. Tenho-os porque gosto deles, e sobretudo porque gosto de andar com eles o que faço com muita frequência (nunca tanbta quanto gostaria). Nunca tive nenhum apoio nem da marca nem de qualquer clube. Já pertenci a um e rapidamente me vim embora, porque não admito que me queiram dizer o que devo fazer com os MEUS carros.

Gosto dos clássicos para os usar, para andar com eles e divertir-me com eles e não para os ter num museu, os guardar quando chove e outras coisas semelhantes. Mas não me move absolutamente nada contra quem assim pense e actue, desde que não pretenda impôr-me semelhante conduta.

Resumindo, parece-me aceitável a passagem dos 25 para os 30 anos (não sei se seria necessária). Já me parece importante a admissibilidade de alterações de época, até porque, como é óbvio, os carros nas suas épocas não eram utilizados exactamente como saíam do stand, até porque a sua utilização assim o impunha (por exemplo a utilização no desporto automóvel, ou estes não fazem parte do acervo histórico?).

Relativamente à utilização dos clássicos no dia a dia. Então se os usarmos diariamente já não são clássicos? Mesmo que seja exactamente o mesmo carro? Perdoem-me, mas não faz qualquer sentido, cada um deve poder usá-lo como muito bem o entender. Pior ainda pretender limitar dias de utilização ou mesmo nº de Km anuais (então se eu quiser ir a um encontro na Alemanha com o carro, já não posso andar com ele o resto do ano?)
 
Eu estou de acordo com as alterações propostas. Já agora seguiu em frente a proposta?


Quando ao uso no dia a dia. Isto deve-se a questões de seguros. Poder usar um carro de 30 ou 40 anos no dia a dia pode usar-se. No entanto, o seguro tem que ser diferente e bem superior ao que pagamos por um clássico, de uso esporádico.

Qual é o limite de quilómetros anuais "permitidos"? Ao certo não sei, mas julgo que 5000Km anuais para um histórico é um valor aceitável.
 
Quanto ao seguro é simples de explicar

O valor do prémio de um seguro para um veículo é calculado pela taxa de risco, certo?

O motivo porque as seguradoras oferecem o privilégio de um seguro mais barato para uma viatura antiga deve-se ao facto de a seguradora reconhecer que o veículo antigo não irá ser para uso constante, reduzindo por isso em muito, o risco de sinistralidade.
Propondo assim como benefício um premio de seguro mais acessível, apenas por uma questão de proporcionalidade da taxa de risco
versus um seguro de uso diário.

Atenção que poderá ser questionavel a ideminização caso se possa provar existir uso diario do veiculo com seguro de classico

Cumps
FS
 

FilipeMAtias

YoungTimer
Eu por mim concordo com as alterações embora já se soubesse que, no que diz respeito a "modificações de época" eles seriam pouco ousados. E atenção que "modificações de época" não é meter um espelho de plástico dos anos 80 num carro de 1970 que tem espelhos cromados, como infelizmente se vai vendo por esse país fora, onde mais do que a falta de dinheiro impera o mau gosto...
 

Carlos Vaz

Pre-War
Caro Fernando Sampaio... tava a ver que ninguém se chegava á frente com a explicação correcta para a questão do seguro! ;)
Quanto ao resto, para mim ficavam os 25 anos e francamente não consigo entender como é que há quem defenda os 30, 35 ou 40 anos! Que me desculpem a franqueza, mas parece-me que há quem queira "travar" a chegada de novas pessoas ao mundo dos classicos!​
É curioso que certamente haja quem comprou classicos que estavam na definição do conceito há 2 ou 3 anos (logo com 27/28 anos) e agora pretenda ver isso vedado a outros...​
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Que me desculpem a franqueza, mas parece-me que há quem queira "travar" a chegada de novas pessoas ao mundo dos classicos!​

Não penses que estou sempre a embirrar contigo hein... mas acho que não se trata de pessoas e sim de carros. Acho que se está a tentar travar a entrada de alguns carros ao mundo dos clássicos e nem sei se acho bem ou se acho mal. Por um lado acho mal porque os carros já têm uma carrada de anos em cima, por outro lado acho bem porque esses carros são geralmente, reforço o geralmente, carros sem história nenhuma, feitos por máquinas apenas com o intuito de criar lucro à empresa e não satisfação no cliente, não sei se me estou a exprimir bem. Eu acho que dos anos 80 para a frente para algumas marcas, anos 70 para outras não se criaram carros para amar ou para perdurarem na memória, fizeram-se antes carros para usar e deitar fora sem nada que os caracterizasse ou diferenciasse dos outros. Basta olhar para hoje em dia e, se eu me sentar num Alfa Romeo 159 de olhos fechados e o colocar a trabalhar, ao tentar adivinhar que carro é vou dizer Citroen ou Opel ou qualquer coisa... igual, porque realmente são iguais, é tudo a mesma coisa. O mundo dos clássicos é constituído por pessoas que são, geralmente (reforço o geralmente), sensíveis a esse aspecto e muito provavelmente por esse motivo têm alguma desconfiança no que está para vir. Eu falo por mim, existem modelos que não me dizem nada por serem recentes e por nunca terem marcado uma época. Não considero certos carros apesar de terem 25 anos clássicos. Para não ferir susceptibilidades aqui no fórum até vou falar da minha marca de eleição, um Alfa Romeo Arna é, para mim, um produto sem alma, sem carácter, sem arte, sem carisma... nunca o vou considerar um clássico, só lá para 2050 quando aquilo tiver uns 70 ou 80 anos... e mesmo assim. :)
 

Carlos Vaz

Pre-War
Não penses que estou sempre a embirrar contigo hein...

Pois... cá pra mim, queres é arranjar caldeirada! :) :D :lol:

mas acho que não se trata de pessoas e sim de carros.

Pedro, não são os carros que chegam ao "mundo dos classicos" e sim as pessoas que são donas deles! Logo, impedes um carro, estás a impedir o seu dono!

Pedro, por muito que nos custe, os carros actuais têm tanta história como os de ontem... a questão é que hoje conferes história e tradição a um carro de ontem, como amanhã o vais fazer a um de hoje!

Ou há 40 anos as marcas não andavam cá para ganhar dinheiro? E para o fazerem não tinham que vender? As coisas não mudaram assim tanto!

Faz-me lembrar eu, que dou hoje ás minhas filhas, exactamente os mesmos "sermões" que ouvi do meu pai há 25 anos!

Em relação aos carros que marcaram uma época, se pensares bem, na altura em que estavam disponiveis nos stands, não havia consciencia disso, esta só apareceu muito mais tarde. Daqui a 30 anos haveremos de estar a falar de carros de hoje exactamente com as mesmas palavras e a dizer deste ou daquele que marcaram uma época.

A questão é que nunca gostei muito que se "mudassem regras a meio do jogo" e é a isso que me cheira! Eu não queria que isto resvalasse para a "politica", mas... a percepção que tenho é que esta coisa dos classicos foi sempre uma coisa de elites em Portugal e que depois da "explosão económica" nos anos 90 e depois na 1ª metade dos anos 2000 se democratizou um pouco, precisamente porque muita gente que até então pese embora uma grande dose de paixão, estava fora do "establishement" porque não podia ter um Jaguar xpto... é a partir daí que aparece uma verdadeira "febre" pelos classicos populares que anteriormente não tinham valor (facial e não só) nenhum!
Aumentar a idade para que se considerem classicos, é uma "aberração" sem qualquer sentido, a não ser querer limitar o acesso de outros, ou mesmo selecionar eventualmente pelo poder económico. É precisamente por isto que eu gosto de classicos, gosto deste meio, mas prefiro coisas mais abrangentes em que caibam mais pessoas!

Foi fixe comprar um carro com 23 anos porque já só faltam 2 para poder participar neste ou naquele evento... mas o gajo que vem depois, que se lixe pois vai ter que esperar mais 5 (ou segundo a opinião de alguns, mais 10)!!!!!!!!!!!!!

Não me lixem... quem faz os meios e os ambientes são as pessoas... os carros são apenas boas desculpas, porque se fossem apenas os carros a estar em causa, não havia clubes nem espaços como este!

Pois... eu sei que custa (a mim também) pensar que um dia destes temos um desfile de classicos e 50% são TDIs, 15% HDIs, 10% JTDs, outros 10% DCIs... e apenas o resto consome do que a malta gosta... mas... é mesmo assim!
 
Carlos Vaz,

Não podia estar mais de acordo consigo. Gostei das medidas adoptadas, mas a alteração da idade "clássico" dos 25 para os 30, não tem qualquer lógica.

O que eu gostava de ver em Portugal, de uma vez por todas, era uma Lei de importação igual á da Comunidade Europeia. Não tem lógica a discrepância de valores a que um aficcionado está sujeito, caso queira importar um carro que não foi construído em solo europeu. Aqui poderia referir também, o assalto que sofremos na Alfândega numa simples encomenda vinda dos States, mas estaria a entrar num campo mais complicado.

Relativamente aos carros, é chocante ver o mesmo carro, mesmo modelo, mesmo ano, mesmo "engine displacement" pagar 2 ou 3 mil euros em Espanha e cerca de 20 mil euros em Portugal. Não faz sentido, criar o conceito "clássico" e certas premissas serem esquecidas. Será assim tão difícil, a quem tem poderes para tal, perceber que a importação de um carro, com estatuto clássico, vai gerar receita de todas as formas possíveis e imagináveis ?? Mais não seja pelo facto de que em 99 % dos casos, irá ser um carro de lazer, a chamada segunda viatura constituindo mais um acréscimo de encargos ao seu dono.

É ridículo, chega a parecer que existe um certo desleixo e a legislação foi feita em cima dos joelhos. Espero que as mentalidades mudem e que nós, temos de ser corpo activo, mostremos como as coisas podem e devem ser feitas. Um património automóvel rico, é importante para um país e contribui para uma recita estatal maior. Tão simples quanto isto.

Cumprimentos
 
Vejam como os ingleses encaram os veiculos clássicos.
fotowct.jpg


Serão eles os burros??????
 

Rui Guedes

Clássico
Eu acho que um modo geral isto não tráz nada de novo, seja 25 ou 35 ou 100 anos continua a ter de pagar selo, a ir à inspecção e a ser impossível arranjar um seguro decente....

Eu pessoalmente sou obcecado com a manutenção e não gosto do conceito do carro para "mostrar". O meu clássico está sempre em condições de ir à estrada e durante bastante tempo ia todos os dias comigo para o trabalho (eu trabalhava fora da cidade e apanhava sempre uns 20 km de autoestrada ou seja 40 por dia). Essa limitação de km sinceramente causa-me comichão porque eu comprei 1 carro antigo do qual é suposto usufruir, precisamente por ser antigo, e não uma estátua para por na garagem e mostrar aos amigos ;)

Outra coisa que não entendo verdadeiramente é reticência das seguradoras em cobrirem decentemente este tipo de investimentos... O seguro de "clássico" é bastante conveniente, mas no caso do meu bólido é inútil porque não cobre nada do que é preciso, por isso tenho um seguro "normal" que já meu deu jeito quando uma pedra de um camião me partiu o para-brisas, com um seguro de clássico estava desgraçado da minha vida... Pior ainda é a impossibilidade de se fazerem seguros contra todos os riscos, isso é pura e simplesmente ridiculo. Se ficasse comprovado o estatudo (de clássico), o estado de conservação, etc.,etc., deveria ser possível pelo menos ter um seguro melhorzinho, afinal todos nós gastamos imenso tempo e dinheiro ao longo dos anos e era bom ter isso de alguma forma protegido ou coberto...
 
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