Nova definição de veiculos históricos

O que acha da nova definição de clássicos?


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António Barbosa

Red Line
Portalista
Re: Novas Regras para Clássicos

Fico um pouco reticente em relação à idade (gosto mais dos 25 anos), mas já esperava...[/QUOTE]

Quem tem um Panda...:p
 
Re: Novas Regras para Clássicos

Ricardo Santos Silva disse:
Isto fala-se mais de seguros do que propriamente discutir os pontos em votação !

É da crise .... está tudo preocupado com a carteira :D

Se o classico for um carro de dia a dia ... de uso "ordinário", comum, então estaremos a banalizar a importancia e o estatuto do mesmo. Não tarda teremos os ambientalistas à perna a dizer que somos poluidores, os governos a querer tributar com impostos os nosso automoveis etc.

Sou da opinião que ter um classico, é ter um carro para circular e andar regularmente, mas não faz as vezes do carro de dia a dia!

Não consigo entender qual o problema de andar com um clássico o dia a dia....o_O
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Re: Novas Regras para Clássicos

António Barbosa disse:
Quem tem um Panda...:p

A principal razão nem é o Panda... Há outros anteriores que considero que deviam entrar nas contas.
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Re: Novas Regras para Clássicos

Agora a sério, acho que em veículos onde a eletrónica "não mete bedelho", é impossível controlar os Km.

As Seguradoras são na realidade quem tem a "faca e o queijo na mão", e decidem quem tem acesso aos seguros automóveis acessiveis.

25, 30 ou 35 anos, cada um é que considera o seu automóvel como clássico ou não, não é a FIVA a FIA ou, como diria o Mike Silva, um bando de empertigados de bigodinho e sapatinho de vela...
 
Re: Novas Regras para Clássicos

globalmente a definição talvez tenha ficado melhor.

apenas não concordo de todo com a exigência de não serem utilizados no dia-a-dia, pois pode haver pessoas que prefiram usar os seus clássicos diariamente, conservando-os e mantendo-os exemplarmente.

esta definição acaba por premiar os "carros de garagem", que ja passaram à reforma em detrimentos daqueles que continuam a circular.

não é que eu seja contra pois eu penso que a maior parte dos clássicos ganham mais em ser protegidos pois estão mais expostos aos perigos vários que enfrentamos diariamente e às condições climatéricas, mas julgo também que o requisito de "não serem usados diariamente" pode prejudicar quem não concorde comigo.

Quanto à idade minima exigida, faz todo o sentido. Podia até ter-se ido mais longe e passar para os 40 anos.

Eu não me agarro à definição de "clássico". Há carros que eu gosto e outros há que não gosto, sejam eles dos anos 50, 60, 70, 80, 90 ou actuais.
 

Pedro Pires

pedrompires
Re: Novas Regras para Clássicos

Paulo Jorge Silva Santos disse:
Desculpa, mas discordo!

Estás com "pena" das seguradoras!!???
Olha que o reverso não existe!!!
Se tiveres um acidente eles automaticamente agravam o prémio, mas o inverso não se passa(bónus).

Além do mais, e garanto-te (sou mediador) que não perdem dinheiro, pelo contrario.


Mas sim sou a favor da obrigatoriedade de outro veiculo(carro/mota) para uso diário, podendo ser aceite,desde que devidamente reconhecido, carro da firma.

Porque, se a companhia conseguir provar que fazem uso diário da viatura, meus amigos eles não pagam, porque o contrato de seguro é baseado na boa-fé entre as partes envolvidas.

Relativamente a 25 ou 30 anos, é me igual.

Não estou com pena das seguradoras, mas sim das consequências que os proprietários que usam pouco os seus clássicos possam vir a sofrer por causa daqueles que os usam regularmente e tenham acidentes com frequência. Se todas as companhias de seguros forem como a sua, então tudo bem, no entanto não creio que todas sejam, pois continua a haver quem utilize os seus clássicos diariamente, tenham acidentes e continuem a receber um valor para os recuperarem. Boa fé, infelizmente, é uma característica que se tem vindo a degradar com o tempo nas sociedades ditas modernas. Trata-se da minha opinião que é tão legitima como a sua, são apenas dois reversos da medalha num assunto de interesse geral.
 

Pedro Pires

pedrompires
Re: Novas Regras para Clássicos

Ricardo Santos Silva disse:
Isto fala-se mais de seguros do que propriamente discutir os pontos em votação !

Não necessariamente, no terceiro ponto abordado pelo Vítor Reis, os seguros também têm haver com este tópico:


«não são utilizados como meio de transporte para o dia-a-dia - Aqui não há novidades. Pode ser um ponto de extrema importância por uma questão de salvaguarda perante governos (leia-se impostos) e seguradoras.»
 

Pedro Pires

pedrompires
Re: Novas Regras para Clássicos

Acho que se está aqui neste tópico a confundir a definição de Antigo/Histórico com Clássico!

Antigo e Histórico serão aqueles que pela sua antiguidade em idade merecem essa categoria.

Clássicos podem ser todos, independentemente da idade, que pelo seu n.º limitado de unidades produzidas podem merecer essa categoria.
 
Re: Novas Regras para Clássicos

Desculpem mas não estou compreender esta questão de Clássicos do dia a dia e o seguro.
Quem se dá ao prazer e ao "luxo" de andar no trânsito todos os dias com um clássico, sabe que está a arriscar, pois se bater, a reparação vai ser cara e complicada. Agora o seguro tem de ser para estes casos igual aos outros, pois o terceiro que leva a panada quer é ver o seu carro reparado, independentemente de ser um Clássico que lhe bateu.
Para dar umas passeatas ao Domingo já se falou muito neste Fórum de seguradoras com preços especiais. O que nos temos de bater com o Governo é em impostos e inspecções periódicas mais favoráveis para quem preserva um património.
 

Miguel Menezes

Sumybraga
Re: Novas Regras para Clássicos

Pedro Pires disse:
Os donos sempre podem optar por uma condução diária das suas viaturas antigas, mas com um custo de acordo com a utilização diária, isto é, idêntico ao de uma viatura de uso regular, falo nesta questão do preço do seguro.

Muito de acordo com esta leitura.
Aí ninguem pode pegar ......... pelo menos por agora pois ainda não sabemos se mais tarde não vão ser proibidos por causa das emições co2, digo isto no uso diário pois para andar eventualmente nem que libertem balurdios é sempre menos do que um económico que ande todos os dias
 

Ivo do Val Gil

Buda de Bucelas
Re: Novas Regras para Clássicos

Estou completamente de acordo em relação aos 2 primeiros pontos.

Em relação a este,

...não são utilizados como meio de transporte para o dia-a-dia - Aqui não há novidades. Pode ser um ponto de extrema importância por uma questão de salvaguarda perante governos (leia-se impostos) e seguradoras.

fico algo reticente, só concordaria no caso de haver contrapartidas por parte das autoridades competentes, fossem elas, anulação de IPO para veículos que não ultrapassassem X kms/ano (independentemente de pertencer a algum clube ou não), apólices de seguros a baixo custo.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
Re: Novas Regras para Clássicos

Penso que esta definição respeita melhor o que é um VEICULO HISTÓRICO.
Há aqui vários respostas do que é um veiculo clássico (até o nome deste comentário não deveria ser "novas regras para os clássicos" mas sim "nova definição de veiculos históricos") e por isso também me parece haver alguma confusão.

A definição de Veiculo histórico poderá passar a dispensar a realização de IPO desde que certificado como tal por entidade competente (actualmente CPAA, ACP Clássicos e Museu do Caramulo para os seus próprios veículos), o que até agora só acontecia para carros anteriores a 1960. Por esta razão, os 30 anos poderão até ser pouco.

As alterações de época serão possiveis para um veiculo poder continuar a ser considerado histórico. Aqui parece-me que deveria haver alguma ponderação e maior flexibilidade pois nos anos 40, por exemplo, não havia espelhos retrovisores exteriores e agora o veículo para circular têm de os ter, mesmo que considerado histórico. Penso que deveriam ser admissiveis as modificações que visem uma maior segurança do veiculo, mesmo que inexistentes na época. O perigo de permitir estas alterações é a existência de "aberrações" que poderiam ser "desculpadas" em nome da segurança.
O meu Hillman Minx de 1948 está homologado pelo ACP Clássicos mas têm espelhos retrovisores exteriores (que não são da época) e 2 farolins atrás com luz de presença e de travão, pois era demasiado arriscado conduzir no trânsito apenas com um único farolim a meio, por cima da matrícula, como era originalmente.

O facto de não poderem ser utilizados como meio de transporte no dia-a-dia pode parecer limitativo mas não o é na realidade, volto a frisar, para um veículo histórico. Não é uma questão elitista mas a preservação dum veiculo histórico impede que seja o veículo de uso no trabalho. O que não quer dizer que não possa por vezes ser levado para o local de trabalho, o que não é a mesma coisa. O que não deve é ser o meio de transporte, sendo sim um meio de desfrutar o veículo. E um veículo histório é para ser disfrutado, não sendo obrigatoriamente um veículo de Museu. Mas não pode ser o veiculo que se usa diariamente para fazer 200 ou 300 Km, ou para ir a correr buscar o filho à escola e depois levá-lo ao treino. Pode ser sim para ir passear depois da escola com o filho.

Espero que tenha feito entender a minha visão do que é um Veiiculo histórico. Porque clássico ou antigo podem ser muitos mais veiculos e esses até podem ter menos de 20 anos, podem ter alterações actuais e até serem de uso diário.
 
Re: Novas Regras para Clássicos

Pedro Pires disse:
Só para acrescentar, que na minha opinião pessoal e não como colaborador do HACETS que os clubes deveriam controlar a kilometragem dos carros dos seus associados através da obrigatoriedade da apresentação das folhas de inspecção periódicas, e as seguradoras deveriam impor limites anuais em KM para os seguros de clássicos. Eu sei que a minha opinião vai contra o interesse de alguns Portalistas, mas em prol de um sistema mais justo deve ser considerada, isto é, mais utilização, valores normais de seguro e para menor utilização valores condizentes com tal.
Desculpe pedro mas nesse caso discordo. Pois se tenho um veiculo a sua utilização não pode ser limitada seja porque razão for.
pois se eu utilizar um classico no meu dia a dia com os cuidados que todos temos não tem mal nenhum mas tambem defendo que a companhia possa cancelar o seguro por uma utilização descuidada.
Imagine que eu quero ir até italia de novo com o meu 128? e tenho uma limitação de 5000Kms ano?
Como faria?
 
Eu tenho o meu, mas não pra manter dentro da garagem , é pra usufruir , e como gosto de usufruir , usuo-o e no dia a dia , de que me serve estar guardadinho, todo tapadinho, se é so pra sair em encontros ou de tempos a tempos :huh:um carro foi feito pra andar, e enquanto puder vai andar, ora se vai :D
 

Pedro Pires

pedrompires
Re: Novas Regras para Clássicos

Luis fernando Silva disse:
Desculpe pedro mas nesse caso discordo. Pois se tenho um veiculo a sua utilização não pode ser limitada seja porque razão for.
pois se eu utilizar um classico no meu dia a dia com os cuidados que todos temos não tem mal nenhum mas tambem defendo que a companhia possa cancelar o seguro por uma utilização descuidada.
Imagine que eu quero ir até italia de novo com o meu 128? e tenho uma limitação de 5000Kms ano?
Como faria?

Luis desculpe lá, mas eu devo estar a falar chinês! Eu não sou contra a utilização diária, sou sim contra o preço que as pessoas que utilizam os clássicos diariamente pagam, ou seja, o mesmo que eu pago e não utilizo o meu diariamente. Utilização regular, preço de seguro normal, utilização esporádica, preço baixo. O problema é que nem seguradoras, nem clubes controlam isso. Deve de haver uma distinção no preço para pessoas que utilizam pouco e para pessoas que utilizem muito os seus veículos em prol de um sistema mais justo.
 

Pedro Pires

pedrompires
Para que não restem confusões quanto à minha posição, gostaria de vos explicar porque defendo seguros normais para veículos antigos de utilização diária.

Queria antes de me explicar, de frisar que não sou contra a utilização diária de um veículo antigo. Cada um sabe que uso deve dar ao que é seu!

A minha opinião, baseia-se na minha experiência como cliente de companhias de seguros, como tal peço o favor, de alguém me corrigir, caso esteja errado.

O valor do prémio de um seguro para um veículo é calculado pela taxa de risco, certo? Se vocês tentarem, em qualquer site de uma qualquer seguradora, fazer uma simulação para uma viatura vossa, irão constatar que, o valor do prémio de seguro a pagar por ano varia consoante a nossa idade, zona de residência, se a viatura pernoita ou não em garagem, e até mesmo a nossa profissão (neste último caso para grande estupefacção minha que não tinha conhecimento)! Logo o risco é um critério utilizado pela seguradora no cálculo do valor a pagar anualmente por um seguro automóvel.

Os seguros para veículos antigos também têm por base a taxa de risco! Se não vejamos, porque motivo as seguradoras oferecem o privilégio de um seguro mais barato para uma viatura antiga, somente se lá tivermos outra viatura segurada de uso regular? Presumo que seja, pelo facto de a seguradora garantir que o veículo antigo não seja para uso diário! Logo concede o benefício de um seguro mais acessível.

O que acontece é que, as pessoas, de certa forma tentam ultrapassar esta situação em seu proveito próprio e ocultam o tipo de utilização que dão ao seu antigo. Como as seguradoras não controlam a kilometragem dos veículos antigos, baseiam-se na boa fé do cliente, coisa que infelizmente nos dias de hoje, vale o que vale! Como tal, gera-se aqui uma desigualdade da seguradora para com os seus clientes com viaturas antigas que os usam pouco em relação aos clientes que os utilizam regularmente.

Não faz sentido uma pessoa pagar 50€ de seguro por ano e a viatura antiga circula 3000KM/Ano relativamente a outra pessoa que paga o mesmo e que faz uso dela diariamente, para ir para o trabalho, para ir às compras, para ir buscar a mulher e o filho a qualquer lado, enfim para utilizá-lo como se de um veículo normal se tratasse. O risco de acidente para quem usa regularmente é maior! Logo o valor do seguro também tem necessariamente de ser superior aos dos 50€!

Não quero ferir susceptibilidades, pois aqui mais que a paixão pelos clássicos, prevalece sempre os interesses individuais e cada um puxa a brasa à sua sardinha! A minha é esta que vos acabei de explicar.
 
Re: Novas Regras para Clássicos

Dias Gonçalves disse:
Penso que esta definição respeita melhor o que é um VEICULO HISTÓRICO.
(...)
O facto de não poderem ser utilizados como meio de transporte no dia-a-dia pode parecer limitativo mas não o é na realidade, volto a frisar, para um veículo histórico. Não é uma questão elitista mas a preservação dum veiculo histórico impede que seja o veículo de uso no trabalho. O que não quer dizer que não possa por vezes ser levado para o local de trabalho, o que não é a mesma coisa. O que não deve é ser o meio de transporte, sendo sim um meio de desfrutar o veículo. E um veículo histório é para ser disfrutado, não sendo obrigatoriamente um veículo de Museu.

(...)

Não podia estar mais em acordo com o Dias Gonçalves.

E ainda em relação aos acessórios que refere, eles são essenciais para a circulação do veículo nas condições rodoviárias actuais. No entanto estão perfeitamente identificáveis e facilmente reversíveis.
Ou seja se no dia que o carro for requisitado para exposição ou uma mostra fixa pode facilmente retirar os espelhos e os stops suplementares para o mostrar no seu estado 100% original.
Essas alterações penso que se manterão dentro do razoável apesar de não ser de época.
 
Re: Novas Regras para Clássicos

Miguel Ângelo Martins disse:
Não consigo entender qual o problema de andar com um clássico o dia a dia....o_O

Acho que já há por aqui mais pontos de vista identicos ao meu e bem explicados ...

No entanto compreendo que dependa muito do tipo de classico ...
por exemplo para carochas, mini ou 2CVs existe quase todo o material no mercado. Logo no caso de acidente, e mesmo em peças de desgaste "facilmente" há material de substituição.
No caso de outros modelos, isso não acontece! Por isso a preservação passa pela redução do risco associado à circulação e uso diário.

Quem restaurou um carro histórico, gastou vários milhares de euros, e passou por diversas dificuldades para arranjar peças, sabe de que estou a falar.
;)
 

Carlos Antunes

Fordmaníaco
Boas. Como já referi anteriormente, não é a carteira que faz de nós mais ou menos apreciadores de automóveis, em particular de clássicos. Quando uma pessoa gasta milhares de euros a restaurar um clássico, em princípio é porque pode. Pena tenho eu de não puder ter um "Clássico" (Aston Martin, Porche, Jaguar, Ferrari) e ter somente dois "clássicos populares" (e restaurados por mim, não há €€€ para os colocar em oficinas da especialidade, mas dá mais gozo assim). Porém se fosse um feliz proprietário de um "CLÁSSICO", dos que referi anteriormente seria para usufruí-los na plenitude ou seja no dia-a-dia, não seria o uso diário que lhes retiraria o estatuto de clássico, ser clássico é bem mais que isso, assim como a idade, existem carros para mim que têm mais de 30 anos e não conseguiram esse estatuto (é tudo relativo). No que diz respeito ás seguradoras, infelizmente os acidentes não escolhem nem dias nem horas para acontecerem, poderemos circular diariamente durante anos sem ter qualquer acidente e no dia que saímos, com o tal carrito que só sai á rua "quando o rei faz anos" e o acidente dá-se, mais uma treta das companhias para os segar mais algum. Quanto á poluição é mais uma treta, para sermos ambientalmente correctos. O maior poluidor era o chumbo que as antigas gasolinas continham, hoje em dia já ninguém as usa. Existe uma afirmação de Lavoisier, e até hoje não foi desmentida que é a seguinte «NA NATUREZA NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA», logo se um motor com 25/30 anos com 1600 cc consome os mesmos litros que um motor da nova geração com a mesma cilindrada e no mesmo periodo de tempo, a poluição será a mesma. Dirão que há menos emissão de poluentes em virtude dos filtros de partículas e afins, acontece que estes também se saturam e os poluentes estão lá armazenados. Não se esqueçam da frase. Não quero dizer com isto que nos baldemos para o ambiente, antes pelo contrário. Mas não vamos atrás de politicas hipócritas, só para sernos "ambientalmente correctos". Cumps.
 
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