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João Paulo C. Ribeiro

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Gaura ou Guara ou qualquer coisa parecida.
Eu gostava era da Barchetta, fazia-me lembrar a da Maserati dos anos 90.
Certíssimo.

E olha que a parecença é maior que o que parece.

O DeTomaso Guarà foi o último projecto do fundador e proprietário da DeTomaso Automobili. Apresentado no Salão Automóvel de Genebra de 1993, o Guarà estava inicialmente apenas disponível na versão coupé. Mais tarde surge o roadster e uma fantástica barchetta, que na verdade era um coupé decapitado equipado com um pequeno deflector de ar que tentava proteger os tripulantes. A protecção era mínima o que obrigava à utilização de um capacete integral caso se quisesse viajar com algum conforto.

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O Guarà foi baseado no protótipo Maserati Barchetta Stradale de 1991, um dos carros preferidos de Alejandro. Infelizmente a situação económica do seu grupo industrial era catastrófica, o que forçou a venda da Maserati à FIAT, facto que impediu Alejandro de Tomaso de construir em quantidade essa variante da Barchetta. Acresce que a Maserati cessou a produção do Barchetta assim que o seu novo proprietário tomou posse. Quem não tem cão caça com gato e o carro foi fabricado pela De Tomaso, tendo recebido o nome de Guarà, palavra que é a designação local (nas pampas argentinas) do ibis-vermelho. Sem grande espanto o Guarà foi desenhado por Carlo Gaino da "Synthesis Design" que tinha sido o designer do Maserati Barchetta.

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O Guarà tem uma carroçaria mista de fibra de vidro, Kevlar e outros compósitos e utiliza um chassis de alumínio tipo ‘backbone’. A suspensão semelhante à dos Fórmula 1 da altura conferia ao carro uma agilidade excepcional mas para um condutor não profissional poderia ser considerado um carro demasiado "nervoso".

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Inicialmente o Guará utilizava o motor BMW M60, um V8 de 4000cc derivado do que equipava o BMW 840Ci, já que a Ford se viu temporariamente impossibilitada de fornecer motores para o carro. Mais tarde foi adoptado um motor V8 de 4,6 litros da Ford essencialmente porque a BMW deixou de fabricar o motor anterior. Uma curiosidade eram os travões Brembo não serem servo-assistidos, sendo no entanto semelhantes aos usados no Ferrari F40. O carro atingia uma velocidade máxima de cerca de 275kmh.

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Os primeiros carros foram vendidos em 1994 e com algumas interrupções o Coupé e o Barchetta estavam ainda disponíveis em 2004 na Itália, Áustria e Suíça. O último carro, encomendado por um austríaco em 2004, só foi entregue em 2011, devido à falência da De Tomaso. Julga-se que foram construídos cinquenta e dois exemplares (dez barchettas, quatro descapotáveis e 38 coupés).

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Rafael Isento

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Certíssimo.

E olha que a parecença é maior que o que parece

O De Tomaso Guarà foi o último projecto do fundador e proprietário da DeTomaso Automobili. Apresentado no Salão Automóvel de Genebra de 1993, o Guarà estava inicialmente apenas disponível na versão coupé. Mais tarde surge o roadster e uma fantástica barchetta, que na verdade era um coupé decapitado equipado com um pequeno deflector de ar que tentava proteger os tripulantes. A protecção era mínima o que obrigava à utilização de um capacete integral caso se quisesse viajar com algum conforto.

Ver anexo 1211769

O Guarà foi baseado no protótipo Maserati Barchetta Stradale de 1991, um dos carros preferidos de Alejandro. Infelizmente a situação económica do seu grupo industrial forçou a venda da Maserati à FIAT, facto que impediu Alejandro de Tomaso de construir em quantidade essa variante da Barchetta. Acresce que a Maserati cessou a produção do Barchetta assim que o seu novo proprietário tomou posse. Quem não tem cão caça com gato e o carro foi fabricado pela De Tomaso tendo recebido o nome de Guarà palavra que é o nome local do ibis-vermelho. Sem grande espanto o Guarà foi desenhado por Carlo Gaino da "Synthesis Design" que tinha sido o designer do Maserati Barchetta.

Ver anexo 1211773

O Guarà tem uma carroçaria mista de fibra de vidro, Kevlar e outros compósitos e utiliza um chassis de alumínio tipo ‘backbone’. A suspensão é do tipo Fórmula 1 o que confere ao carro uma agilidade excepcional mas para um condutor não profissional pode ser considerado um carro "nervoso.

Ver anexo 1211770

Inicialmente o Guará utilizava o motor BMW M60 V8 de 4000cc derivado do que equipa o BMW 840Ci, já que a Ford se viu temporariamente impossibilitada de fornecer motores para o carro. Mais tarde foi adoptado um motor V8 de 4,6 litros da Ford porque a BMW deixou de fabricar o motor anterior. Uma curiosidade era que os travões Brembo não eram servo assistidos, sendo no entanto semelhantes aos usados no Ferrari F40. O carro atingia uma velocidade máxima de cerca de 275kmh.

Ver anexo 1211772

Os primeiros carros foram vendidos em 1994 e com algumas interrupções o Coupé e o Barchetta estavam ainda disponíveis em 2004 na Itália, Áustria e Suíça. O último carro, encomendado por um austríaco em 2004, só foi entregue em 2011, devido à falência da De Tomaso. Julga-se que foram construídos cinquenta (dez barchettas, quatro descapotáveis e 38 coupés).

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Pois, as semelhanças com o Maserati são notórias mas não fazia ideia da ligação.
O Maserati Barchetta foi um dos meus carros de sonho da juventude.
 

Rafael Isento

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Idem.

Sabias que existiram em Portugal três dessas Barchettas? Tenho tentado perceber o porquê mas até agora...
Soube da existência de uma cá em Portugal, não faço a mínima ideia de quem era nem a história. Na altura eram coisas a que não ligava.
Apenas queria ver a máquina e sonhar com o dia em que poderia ter uma.
Entretanto os gostos e preferências amadureceram. Continuo a adorar a Barchetta mas, hoje, teria muitas outras opções à frente dela ;)
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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Soube da existência de uma cá em Portugal, não faço a mínima ideia de quem era nem a história. Na altura eram coisas a que não ligava.
Apenas queria ver a máquina e sonhar com o dia em que poderia ter uma.
Entretanto os gostos e preferências amadureceram. Continuo a adorar a Barchetta mas, hoje, teria muitas outras opções à frente dela ;)

Na altura que esses carros foram feitos o importador da Maserati (que eu não sei quem era) fazia encomendas relativamente grandes. Soube na altura pela imprensa que viriam dois carros para pilotos do Norte que queriam participar num troféu que usaria essas Barchettas. O troféu existiu em Itália mas que eu saiba não participaram portugueses.

Uns anos depois vi uma dessas Barchettas num leilão on line. No descritivo dizia que o carro estava em Portugal. O carro foi vendido. Passaram mais alguns anos e apareceu no site Barchetta.cc outra à venda com origem Portugal. Tinha um nº de chassis diferente da primeira. De referir que só foram construídos 20 exemplares.

O ano passado estava a falar com um conhecido que me mostrou fotos de uma garagem perto do Porto onde ele tem dois carros, Ao fundo estava uma Maserati Barchetta. É espantoso que tenham vindo tantas. A ter dinheiro para comprar um clássico a sério escolheria um em que conseguisse entrar e não este mini carro de competição. Mas que são fantásticas lá isso são.​
 
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Pedro Seixas Palma

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Ora, como não podia deixar de ser...

... está correto!

Ver anexo 1212111
* mais fácil que escrever, fica a descrição!
Curioso! Quando olhei para o motor pensei Hillman Imp, depois só encontrei duas velas e pensei Ford V4. Por fim fiz batota e fiquei convencido de que se tratava de um Coventry Climax. Afinal é um motor de Hillman Imp?
P.S. Já percebi, o motor do Hillman Imp é derivado do Coventry Climax...
 
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