Portal Quizz Júnior

Rafael Isento

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Antes do próximo desafio...

Óh @JP Vasconcelos, anda cá ler isto :wub:

Certissimo.

No caso do da foto é um Chrysler Sunbeam LS

Anos setenta. Uma década que nos deu coisas que hoje preferíamos esquecer (calças à boca de sino) e coisas que já esquecemos (Disco Music). No entanto a década de setenta foi um período de grande inovação no mundo automóvel. Logo no seu início e em rápida sucessão apareceram os três carros que tornaram a paisagem automóvel europeia no que ela é ainda hoje (agora cada vez menos). Assim apareceram o FIAT 127 (o primeiro supermini acessível com motor e caixa transversal), o Renault 5 (embora tivesse o motor longitudinal foi o primeiro hatchback verdadeiramente funcional já para não falar dos fantásticos para-choques) e por fim o inultrapassável VW Golf, o carro que redefiniu o objectivo a alcançar por todos os fabricantes auto.​

Ver anexo 1212171

O que era fantástico para o consumidor era um pesadelo para as firmas mais tradicionalistas que por falta de meios ou de vontade nunca tinham modernizado a sua forma de fazer automóveis. Se a Ford rapidamente viu que teria que fazer algo para não ser cilindrada, o que nos daria o Fiesta, outros preferiram (ou foram forçados pela falta de capital) tentar ‘enganar’ os consumidores apresentando-lhes hatchbacks desenvolvidos em cima de plataformas RWD já antigas que, no entanto, não necessitariam de um investimento milionário no desenvolvimento de novos carros. Foi o caso da BMW com os seus Touring, da Vauxhal/Opel com o seu Chevette/City e o caso da Chrysler UK com este Chrysler Sunbeam.​

Ver anexo 1212170

Perante a derrocada das vendas e a fuga maciça dos clientes para os novos reis do mercado a Chrysler UK que estava à beira do colapso, decidiu criar um hathback sobre a plataforma do ultrapassado Avenger, devidamente encurtada em cerca de 8 cm. Assim o Sunbeam podia utilizar os motores já existentes nomeadamente o 900cc (derivado do motor do Hillman Imp) e os 1300cc e 1600cc do Avenger. Na verdade a reciclagem chegou ao ponto do novo carro utilizar as portas do velho Avenger.​

Ver anexo 1212164

Com uma carroçaria de linhas modernas o Sunbeam foi inicialmente colocado à venda no ano de 1977 em três versões sendo a LS a entrada de gama, a GL o acabamento intermédio e por fim a S (mais tarde GLS) que era o topo da gama. No ano seguinte surgiu o Ti que utilizava uma pintura bicolor, jantes de liga leve, bancos e volante desportivos, suspensão rebaixada e reforçada e principalmente o motor do Avenger Tiger com uns muito interessantes 100cv. Mas o melhor estava ainda para vir.​

Ver anexo 1212167

Numa tentativa desesperada de melhorar a sua imagem junto do publico a Chrysler contratou a Lotus para desenvolver uma versão especial do Sunbeam para uma futura utilização no campeonato do mundo de rallies. O "Sunbeam Lotus" era baseado no 1.6 GLS, mas equipado com uma suspensão especifica, uma barra estabilizadora maior e um túnel de transmissão alargado. O motor era uma versão ampliada do motor Lotus Type 907 para 2172cc e a caixa de velocidades era uma ZF de 5 relações.​

Ver anexo 1212165

O Sunbeam Lotus, apresentado no Salão Automóvel de Genebra em Abril de 1979, foi produzido principalmente em preto e prateado, embora os modelos posteriores pudessem ser moonstone blue e prateado (ou preto) e bordeaux e prateado. O carro teve muito sucesso no Campeonato Mundial de Rally já que em 1980 Henri Toivonen venceu o 29º Lombard RAC Rally, e em 1981 o Sunbeam Lotus ganhou o Campeonato Mundial de Marcas. O Chrysler (Talbot) Sunbeam foi construido em cerca de 105.000 exemplares aos quais devem ser somados os cerca de 10.000 Sunbeam Ti e os 2308 Sunbeam Lotus.

O que poucos sabem é que o Chrysler Sunbeam foi vendido em Portugal, embora em quantidade reduzida (talvez algumas dezenas de exemplares). Em 1980 e 1981 tive um colega de escola cuja mãe trabalhava no stand da Simca da Avenida de Roma. Nunca percebi quais as funções da senhora mas todos os anos tinha um automóvel diferente. Em 1980 foi um Chrysler Sunbeam 1.3GL azul petróleo metalizado. Julgo que foram cá vendidos apenas os 1.0 LS e os 1.3 GL mas desde então e até hoje nunca mais vi nenhum, nem ao vivo nem à venda nos OLX da vida. O carro em causa foi substituído por um Talbot Samba que era muito melhor em todos os aspectos.

Próximo desafio sff​
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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É um "Raio-de-Sol", se é Talbot ou Chrysler, não sei.
Só me lembro de um certo Lotus...
Certíssimo.

No caso do da foto é um Chrysler Sunbeam LS

Anos setenta. Uma década que nos deu coisas que hoje preferíamos esquecer (calças à boca de sino) e coisas que já esquecemos (Disco Music). No entanto a década de setenta foi um período de grande inovação no mundo automóvel. Logo no seu início e em rápida sucessão apareceram os três carros que tornaram a paisagem automóvel europeia no que ela é ainda hoje (agora cada vez menos). Assim apareceram o FIAT 127 (o primeiro supermini acessível com motor e caixa transversal), o Renault 5 (embora tivesse o motor longitudinal foi o primeiro supermini hatchback verdadeiramente funcional já para não falar dos fantásticos para-choques) e por fim o inultrapassável VW Golf, o carro que redefiniu o objectivo a alcançar por todos os fabricantes auto.​

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O que era fantástico para o consumidor era um pesadelo para as firmas mais tradicionalistas que por falta de meios ou de vontade nunca tinham modernizado a sua forma de fazer automóveis. Se a Ford rapidamente viu que teria que fazer algo para não ser cilindrada, o que nos daria o Fiesta, outros preferiram (ou foram forçados pela falta de capital) tentar ‘enganar’ os consumidores apresentando-lhes hatchbacks desenvolvidos em cima de plataformas RWD já antigas que, no entanto, não necessitariam de um investimento milionário no desenvolvimento de novos carros. Foi o caso da BMW com os seus Touring, da Vauxhal/Opel com o seu Chevette/City e o caso da Chrysler UK com este Chrysler Sunbeam.​

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Perante a derrocada das vendas e a fuga maciça dos clientes para os novos réis do mercado a Chrysler UK, que estava à beira do colapso, decidiu criar um hatchback sobre a plataforma do ultrapassado Avenger, devidamente encurtada em cerca de 8 cm. Assim o Sunbeam podia utilizar os motores já existentes nomeadamente o 900cc (derivado do motor do Hillman Imp) e os 1300cc e 1600cc do Avenger. Na verdade a reciclagem chegou ao ponto do novo carro utilizar as portas do velho Avenger.​

1621341960423.png

Com uma carroçaria de linhas modernas o Sunbeam foi inicialmente colocado à venda no ano de 1977 em três versões sendo a LS a entrada de gama, a GL o acabamento intermédio e por fim a S (mais tarde GLS) que era o topo da gama. No ano seguinte surgiu o Ti que utilizava uma pintura bicolor, jantes de liga leve, bancos e volante desportivos, suspensão rebaixada e reforçada e principalmente o motor do Avenger Tiger com uns muito interessantes 100cv. Mas o melhor estava ainda para vir.​

1621342027066.png

Numa tentativa desesperada de melhorar a sua imagem junto do publico a Chrysler contratou a Lotus para desenvolver uma versão especial do Sunbeam para uma futura utilização no campeonato do mundo de rallies. O "Sunbeam Lotus" era baseado no 1.6 GLS, mas equipado com uma suspensão especifica, uma barra estabilizadora maior e um túnel de transmissão alargado. O motor era uma versão ampliada do motor Lotus Type 907 para 2172cc e a caixa de velocidades era uma ZF de 5 relações.​

1621342058088.png

O Sunbeam Lotus, apresentado no Salão Automóvel de Genebra em Abril de 1979, foi produzido principalmente em Embassy Black e prateado, embora os modelos posteriores pudessem ser Moonstone Blue e prateado (ou preto) e numa espécie de bordeaux e prateado. O carro teve muito sucesso no Campeonato do Mundo de Rallyes já que em 1980 Henri Toivonen venceu o 29º Lombard RAC Rally, e em 1981 o Sunbeam Lotus ganhou o Campeonato Mundial de Marcas. O Chrysler (Talbot) Sunbeam foi construído em cerca de 105.000 exemplares aos quais devem ser somados os cerca de 10.000 Sunbeam Ti e os 2308 Sunbeam Lotus.​

1621342437000.jpeg

O que poucos sabem é que o Chrysler Sunbeam foi vendido em Portugal, embora em quantidade reduzida (talvez algumas dezenas de exemplares). Em 1980 e 1981 tive um colega de escola cuja mãe trabalhava no stand da Simca da Avenida de Roma. Nunca percebi quais as funções da senhora mas todos os anos tinha um automóvel diferente. Em 1980 foi um Chrysler Sunbeam 1.3 GL azul petróleo metalizado. Julgo que foram cá vendidos apenas os 1.0 LS e os 1.3 GL mas desde então e até hoje nunca mais vi nenhum, nem ao vivo nem à venda nos OLX da vida. O carro em causa foi substituído por um Talbot Samba que era muito melhor em todos os aspectos.​
 
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Tiago Baptista

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Certíssimo.

No caso do da foto é um Chrysler Sunbeam LS

Anos setenta. Uma década que nos deu coisas que hoje preferíamos esquecer (calças à boca de sino) e coisas que já esquecemos (Disco Music). No entanto a década de setenta foi um período de grande inovação no mundo automóvel. Logo no seu início e em rápida sucessão apareceram os três carros que tornaram a paisagem automóvel europeia no que ela é ainda hoje (agora cada vez menos). Assim apareceram o FIAT 127 (o primeiro supermini acessível com motor e caixa transversal), o Renault 5 (embora tivesse o motor longitudinal foi o primeiro hatchback verdadeiramente funcional já para não falar dos fantásticos para-choques) e por fim o inultrapassável VW Golf, o carro que redefiniu o objectivo a alcançar por todos os fabricantes auto.​

Ver anexo 1212178

O que era fantástico para o consumidor era um pesadelo para as firmas mais tradicionalistas que por falta de meios ou de vontade nunca tinham modernizado a sua forma de fazer automóveis. Se a Ford rapidamente viu que teria que fazer algo para não ser cilindrada, o que nos daria o Fiesta, outros preferiram (ou foram forçados pela falta de capital) tentar ‘enganar’ os consumidores apresentando-lhes hatchbacks desenvolvidos em cima de plataformas RWD já antigas que, no entanto, não necessitariam de um investimento milionário no desenvolvimento de novos carros. Foi o caso da BMW com os seus Touring, da Vauxhal/Opel com o seu Chevette/City e o caso da Chrysler UK com este Chrysler Sunbeam.​

Ver anexo 1212179

Perante a derrocada das vendas e a fuga maciça dos clientes para os novos reis do mercado a Chrysler UK que estava à beira do colapso, decidiu criar um hathback sobre a plataforma do ultrapassado Avenger, devidamente encurtada em cerca de 8 cm. Assim o Sunbeam podia utilizar os motores já existentes nomeadamente o 900cc (derivado do motor do Hillman Imp) e os 1300cc e 1600cc do Avenger. Na verdade a reciclagem chegou ao ponto do novo carro utilizar as portas do velho Avenger.​

Ver anexo 1212180

Com uma carroçaria de linhas modernas o Sunbeam foi inicialmente colocado à venda no ano de 1977 em três versões sendo a LS a entrada de gama, a GL o acabamento intermédio e por fim a S (mais tarde GLS) que era o topo da gama. No ano seguinte surgiu o Ti que utilizava uma pintura bicolor, jantes de liga leve, bancos e volante desportivos, suspensão rebaixada e reforçada e principalmente o motor do Avenger Tiger com uns muito interessantes 100cv. Mas o melhor estava ainda para vir.​

Ver anexo 1212181

Numa tentativa desesperada de melhorar a sua imagem junto do publico a Chrysler contratou a Lotus para desenvolver uma versão especial do Sunbeam para uma futura utilização no campeonato do mundo de rallies. O "Sunbeam Lotus" era baseado no 1.6 GLS, mas equipado com uma suspensão especifica, uma barra estabilizadora maior e um túnel de transmissão alargado. O motor era uma versão ampliada do motor Lotus Type 907 para 2172cc e a caixa de velocidades era uma ZF de 5 relações.​

Ver anexo 1212182

O Sunbeam Lotus, apresentado no Salão Automóvel de Genebra em Abril de 1979, foi produzido principalmente em preto e prateado, embora os modelos posteriores pudessem ser moonstone blue e prateado (ou preto) e bordeaux e prateado. O carro teve muito sucesso no Campeonato Mundial de Rally já que em 1980 Henri Toivonen venceu o 29º Lombard RAC Rally, e em 1981 o Sunbeam Lotus ganhou o Campeonato Mundial de Marcas. O Chrysler (Talbot) Sunbeam foi construído em cerca de 105.000 exemplares aos quais devem ser somados os cerca de 10.000 Sunbeam Ti e os 2308 Sunbeam Lotus.​

Ver anexo 1212184

O que poucos sabem é que o Chrysler Sunbeam foi vendido em Portugal, embora em quantidade reduzida (talvez algumas dezenas de exemplares). Em 1980 e 1981 tive um colega de escola cuja mãe trabalhava no stand da Simca da Avenida de Roma. Nunca percebi quais as funções da senhora mas todos os anos tinha um automóvel diferente. Em 1980 foi um Chrysler Sunbeam 1.3GL azul petróleo metalizado. Julgo que foram cá vendidos apenas os 1.0 LS e os 1.3 GL mas desde então e até hoje nunca mais vi nenhum, nem ao vivo nem à venda nos OLX da vida. O carro em causa foi substituído por um Talbot Samba que era muito melhor em todos os aspectos.​

O único que vi até hoje, foi na Expo Clássico de Coimbra, em 2010.

Talbot Sunbeam  (1).jpg Talbot Sunbeam  (2).jpg
 

Rafael Isento

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Certíssimo.

No caso do da foto é um Chrysler Sunbeam LS

Anos setenta. Uma década que nos deu coisas que hoje preferíamos esquecer (calças à boca de sino) e coisas que já esquecemos (Disco Music). No entanto a década de setenta foi um período de grande inovação no mundo automóvel. Logo no seu início e em rápida sucessão apareceram os três carros que tornaram a paisagem automóvel europeia no que ela é ainda hoje (agora cada vez menos). Assim apareceram o FIAT 127 (o primeiro supermini acessível com motor e caixa transversal), o Renault 5 (embora tivesse o motor longitudinal foi o primeiro hatchback verdadeiramente funcional já para não falar dos fantásticos para-choques) e por fim o inultrapassável VW Golf, o carro que redefiniu o objectivo a alcançar por todos os fabricantes auto.​

Ver anexo 1212178

O que era fantástico para o consumidor era um pesadelo para as firmas mais tradicionalistas que por falta de meios ou de vontade nunca tinham modernizado a sua forma de fazer automóveis. Se a Ford rapidamente viu que teria que fazer algo para não ser cilindrada, o que nos daria o Fiesta, outros preferiram (ou foram forçados pela falta de capital) tentar ‘enganar’ os consumidores apresentando-lhes hatchbacks desenvolvidos em cima de plataformas RWD já antigas que, no entanto, não necessitariam de um investimento milionário no desenvolvimento de novos carros. Foi o caso da BMW com os seus Touring, da Vauxhal/Opel com o seu Chevette/City e o caso da Chrysler UK com este Chrysler Sunbeam.​

Ver anexo 1212179

Perante a derrocada das vendas e a fuga maciça dos clientes para os novos reis do mercado a Chrysler UK que estava à beira do colapso, decidiu criar um hathback sobre a plataforma do ultrapassado Avenger, devidamente encurtada em cerca de 8 cm. Assim o Sunbeam podia utilizar os motores já existentes nomeadamente o 900cc (derivado do motor do Hillman Imp) e os 1300cc e 1600cc do Avenger. Na verdade a reciclagem chegou ao ponto do novo carro utilizar as portas do velho Avenger.​

Ver anexo 1212180

Com uma carroçaria de linhas modernas o Sunbeam foi inicialmente colocado à venda no ano de 1977 em três versões sendo a LS a entrada de gama, a GL o acabamento intermédio e por fim a S (mais tarde GLS) que era o topo da gama. No ano seguinte surgiu o Ti que utilizava uma pintura bicolor, jantes de liga leve, bancos e volante desportivos, suspensão rebaixada e reforçada e principalmente o motor do Avenger Tiger com uns muito interessantes 100cv. Mas o melhor estava ainda para vir.​

Ver anexo 1212181

Numa tentativa desesperada de melhorar a sua imagem junto do publico a Chrysler contratou a Lotus para desenvolver uma versão especial do Sunbeam para uma futura utilização no campeonato do mundo de rallies. O "Sunbeam Lotus" era baseado no 1.6 GLS, mas equipado com uma suspensão especifica, uma barra estabilizadora maior e um túnel de transmissão alargado. O motor era uma versão ampliada do motor Lotus Type 907 para 2172cc e a caixa de velocidades era uma ZF de 5 relações.​

Ver anexo 1212182

O Sunbeam Lotus, apresentado no Salão Automóvel de Genebra em Abril de 1979, foi produzido principalmente em preto e prateado, embora os modelos posteriores pudessem ser moonstone blue e prateado (ou preto) e bordeaux e prateado. O carro teve muito sucesso no Campeonato Mundial de Rally já que em 1980 Henri Toivonen venceu o 29º Lombard RAC Rally, e em 1981 o Sunbeam Lotus ganhou o Campeonato Mundial de Marcas. O Chrysler (Talbot) Sunbeam foi construído em cerca de 105.000 exemplares aos quais devem ser somados os cerca de 10.000 Sunbeam Ti e os 2308 Sunbeam Lotus.​

Ver anexo 1212184

O que poucos sabem é que o Chrysler Sunbeam foi vendido em Portugal, embora em quantidade reduzida (talvez algumas dezenas de exemplares). Em 1980 e 1981 tive um colega de escola cuja mãe trabalhava no stand da Simca da Avenida de Roma. Nunca percebi quais as funções da senhora mas todos os anos tinha um automóvel diferente. Em 1980 foi um Chrysler Sunbeam 1.3GL azul petróleo metalizado. Julgo que foram cá vendidos apenas os 1.0 LS e os 1.3 GL mas desde então e até hoje nunca mais vi nenhum, nem ao vivo nem à venda nos OLX da vida. O carro em causa foi substituído por um Talbot Samba que era muito melhor em todos os aspectos.​
Ao início ainda andei aos papéis...
À primeira vista, parecia-me coisa de Vauxhall. Depois de olhar, comecei: mas qual?
De Vauxhall comecei a relacionar: será Chevrolet?
Assim do nada, e já que já estava do lado de lá do Atlântico, lembrei-me de Chrysler e foi aí que se fez luz.
Olho mais atento no vidro da mala e dobradiças e penso: eu já vi isto.
Como amante de rallys, daí para a frente foi um tirinho.
Só faltava saber se ainda era Chrysler ou o rebatizado Talbot.

Bom desafio e bela descrição :thumbs up:
 

Tiago Baptista

Portalista
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Bom, então cá vai...

Um modelo popular mas é perfeitamente possível ter mais de um nome:
Ver anexo 1212177







O @João Paulo C. Ribeiro, mesmo que acerte não ganha, que ele sabe a missa toda :xD:

Vejo um todos os dias. :lol::lol:

Ford Anglia 101E (1).jpg Ford Anglia 101E (2).jpg

Quando tirei a carta, os meus pais tiveram para adquirir um que andava na cidade à venda. Seria a surpresa/prenda pelo feito alcançado. Pertencia ao dono de uma casa de pneus e estava quase sempre no mesmo local. Era, pois, para mim, difícil resistir quando o via ali parado. Por incrível que pareça, só me deu para tirar uma foto no estacionamento onde era realizada a Expo Clássico.

Ford Anglia 101E (1).jpg Ford Anglia 101E (2).jpg

Ford Anglia 101E (3).png Ford Anglia 101E (4).png

O preço pedido era considerado elevado para os meus pais. 5000€ não negociáveis e o carro era meu. Dono irredutível e o negócio não avançou. Ainda andou uns largos meses a saltitar entre o parque de estacionamento ao lado dos Bombeiros Sapadores (onde estava mais vezes) e o passeio localizado à frente da casa de pneus.

Até que um dia deixei de o ver. Fora vendido. Para onde? Não fazia ideia. Mas como a vida dá muita volta, em 2016, venho a tomar conhecimento que o avô paterno de uma amiga tinha falecido e eu, como sou uma pessoa reconhecida, fui até São Pedro de Alva retribuir o gesto. Entre cumprimentos e algum conforto, reparo que nesse Sábado decorria um passeio de clássicos e, para meu espanto, na esquina da igreja, parado, lá estava o Anglia 101E (GD-41-87). Enigma desfeito. Desconheço se se seria de alguém de lá ou se na região de Penacova permanece, mas que continuava elegante naquele tom negro, lá isso continuava.
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
Ao início ainda andei aos papéis...
À primeira vista, parecia-me coisa de Vauxhall. Depois de olhar, comecei: mas qual?
De Vauxhall comecei a relacionar: será Chevrolet?
Assim do nada, e já que já estava do lado de lá do Atlântico, lembrei-me de Chrysler e foi aí que se fez luz.
Olho mais atento no vidro da mala e dobradiças e penso: eu já vi isto.
Como amante de rallys, daí para a frente foi um tirinho.
Só faltava saber se ainda era Chrysler ou o rebatizado Talbot.

Bom desafio e bela descrição :thumbs up:

O carro da foto é um Chrysler Sunbeam LS que foi comprado originalmente por dois irmãos mas que por desavenças entre os dois foi guardado com apenas 21 km andados. Está agora à venda

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Última edição:

Rafael Isento

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Vejo um todos os dias. :lol::lol:

Ver anexo 1212187 Ver anexo 1212188

Quando tirei a carta, os meus pais tiveram para adquirir um que andava na cidade à venda. Seria a surpresa/prenda pelo feito alcançado. Pertencia ao dono de uma casa de pneus e estava quase sempre no mesmo local. Era, pois, para mim, difícil resistir quando o via ali parado. Por incrível que pareça, só me deu para tirar uma foto no estacionamento onde era realizada a Expo Clássico.

Ver anexo 1212189 Ver anexo 1212190

Ver anexo 1212191 Ver anexo 1212192

O preço pedido era considerado elevado para os meus pais. 5000€ não negociáveis e o carro era meu. Dono irredutível e o negócio não avançou. Ainda andou uns largos meses a saltitar entre o parque de estacionamento ao lado dos Bombeiros Sapadores (onde estava mais vezes) e o passeio localizado à frente da casa de pneus.

Até que um dia deixei de o ver. Fora vendido. Para onde? Não fazia ideia. Mas como a vida dá muita volta, em 2016, venho a tomar conhecimento que o avô paterno de uma amiga tinha falecido e eu, como sou uma pessoa reconhecida, fui até São Pedro de Alva retribuir o gesto. Entre cumprimentos e algum conforto, reparo que nesse Sábado decorria um passeio de clássicos e, para meu espanto, na esquina da igreja, parado, lá estava o Anglia 101E (GD-41-87). Enigma desfeito. Desconheço se se seria de alguém de lá ou se na região de Penacova permanece, mas que continuava elegante naquele tom negro, lá isso continuava.
E está correto, claro!

Ford 100E.
Tanto quanto sei, pode ser Anglia, Popular e Perfect, mas sempre 100E.
 

JP Vasconcelos

Raio de Sol
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Certíssimo.

No caso do da foto é um Chrysler Sunbeam LS

Anos setenta. Uma década que nos deu coisas que hoje preferíamos esquecer (calças à boca de sino) e coisas que já esquecemos (Disco Music). No entanto a década de setenta foi um período de grande inovação no mundo automóvel. Logo no seu início e em rápida sucessão apareceram os três carros que tornaram a paisagem automóvel europeia no que ela é ainda hoje (agora cada vez menos). Assim apareceram o FIAT 127 (o primeiro supermini acessível com motor e caixa transversal), o Renault 5 (embora tivesse o motor longitudinal foi o primeiro hatchback verdadeiramente funcional já para não falar dos fantásticos para-choques) e por fim o inultrapassável VW Golf, o carro que redefiniu o objectivo a alcançar por todos os fabricantes auto.​

Ver anexo 1212178

O que era fantástico para o consumidor era um pesadelo para as firmas mais tradicionalistas que por falta de meios ou de vontade nunca tinham modernizado a sua forma de fazer automóveis. Se a Ford rapidamente viu que teria que fazer algo para não ser cilindrada, o que nos daria o Fiesta, outros preferiram (ou foram forçados pela falta de capital) tentar ‘enganar’ os consumidores apresentando-lhes hatchbacks desenvolvidos em cima de plataformas RWD já antigas que, no entanto, não necessitariam de um investimento milionário no desenvolvimento de novos carros. Foi o caso da BMW com os seus Touring, da Vauxhal/Opel com o seu Chevette/City e o caso da Chrysler UK com este Chrysler Sunbeam.​

Ver anexo 1212179

Perante a derrocada das vendas e a fuga maciça dos clientes para os novos réis do mercado a Chrysler UK, que estava à beira do colapso, decidiu criar um hatchback sobre a plataforma do ultrapassado Avenger, devidamente encurtada em cerca de 8 cm. Assim o Sunbeam podia utilizar os motores já existentes nomeadamente o 900cc (derivado do motor do Hillman Imp) e os 1300cc e 1600cc do Avenger. Na verdade a reciclagem chegou ao ponto do novo carro utilizar as portas do velho Avenger.​

Ver anexo 1212180

Com uma carroçaria de linhas modernas o Sunbeam foi inicialmente colocado à venda no ano de 1977 em três versões sendo a LS a entrada de gama, a GL o acabamento intermédio e por fim a S (mais tarde GLS) que era o topo da gama. No ano seguinte surgiu o Ti que utilizava uma pintura bicolor, jantes de liga leve, bancos e volante desportivos, suspensão rebaixada e reforçada e principalmente o motor do Avenger Tiger com uns muito interessantes 100cv. Mas o melhor estava ainda para vir.​

Ver anexo 1212181

Numa tentativa desesperada de melhorar a sua imagem junto do publico a Chrysler contratou a Lotus para desenvolver uma versão especial do Sunbeam para uma futura utilização no campeonato do mundo de rallies. O "Sunbeam Lotus" era baseado no 1.6 GLS, mas equipado com uma suspensão especifica, uma barra estabilizadora maior e um túnel de transmissão alargado. O motor era uma versão ampliada do motor Lotus Type 907 para 2172cc e a caixa de velocidades era uma ZF de 5 relações.​

Ver anexo 1212182

O Sunbeam Lotus, apresentado no Salão Automóvel de Genebra em Abril de 1979, foi produzido principalmente em preto e prateado, embora os modelos posteriores pudessem ser moonstone blue e prateado (ou preto) e bordeaux e prateado. O carro teve muito sucesso no Campeonato do Mundo de Rallyes já que em 1980 Henri Toivonen venceu o 29º Lombard RAC Rally, e em 1981 o Sunbeam Lotus ganhou o Campeonato Mundial de Marcas. O Chrysler (Talbot) Sunbeam foi construído em cerca de 105.000 exemplares aos quais devem ser somados os cerca de 10.000 Sunbeam Ti e os 2308 Sunbeam Lotus.​

Ver anexo 1212184

O que poucos sabem é que o Chrysler Sunbeam foi vendido em Portugal, embora em quantidade reduzida (talvez algumas dezenas de exemplares). Em 1980 e 1981 tive um colega de escola cuja mãe trabalhava no stand da Simca da Avenida de Roma. Nunca percebi quais as funções da senhora mas todos os anos tinha um automóvel diferente. Em 1980 foi um Chrysler Sunbeam 1.3 GL azul petróleo metalizado. Julgo que foram cá vendidos apenas os 1.0 LS e os 1.3 GL mas desde então e até hoje nunca mais vi nenhum, nem ao vivo nem à venda nos OLX da vida. O carro em causa foi substituído por um Talbot Samba que era muito melhor em todos os aspectos.​
A informação objectiva é excelente, um ou outro adjectivo é um são exercício do direito opinião que não é a minha.
O melhor, ou pior, disto tudo, é que à época ainda havia diferentes opções de escolha e ainda se reconheciam automóveis pela silhueta ou pelo trbalhar do motor.
Por exemplo na mesma época a Simca produzia o Horizon, parecido com o Sunbeam mas já com o espírito da época com FWD. Lá está, o motor deste último ao ralenti assemelhava-se a uma máquina de costura.
Já os velhos motores 0.9, 1.2, 1.3, 1.5 e 1.6 (este tiger ou normal) ainda hoje soam a motor de carro com uma facilidade enorme de subir rotação e aliás esgotar por via das relações de caixa bastante curtas.
Aliás o mais pequeno motor 0.9 na configuração do imp fazia rotações como se não houvesse amanhã. Também queimava com alguma facilidade com calor.
Prontos... Vamos ficar por aqui
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
A informação objectiva é excelente, um ou outro adjectivo é um são exercício do direito opinião que não é a minha.
O melhor, ou pior, disto tudo, é que à época ainda havia diferentes opções de escolha e ainda se reconheciam automóveis pela silhueta ou pelo trbalhar do motor.
Por exemplo na mesma época a Simca produzia o Horizon, parecido com o Sunbeam mas já com o espírito da época com FWD. Lá está, o motor deste último ao ralenti assemelhava-se a uma máquina de costura.
Já os velhos motores 0.9, 1.2, 1.3, 1.5 e 1.6 (este tiger ou normal) ainda hoje soam a motor de carro com uma facilidade enorme de subir rotação e aliás esgotar por via das relações de caixa bastante curtas.
Aliás o mais pequeno motor 0.9 na configuração do imp fazia rotações como se não houvesse amanhã. Também queimava com alguma facilidade com calor.
Prontos... Vamos ficar por aqui
De acordo com tudo o que disseste. Quanto à Simca e mais tarde ao flop Talbot novos capitulos virão...
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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Mas houve ainda um Sunbeam, totalmente novo, bem conseguido e bem sucedido, só que foi já na época PSA e chamava-se 309
Bomm...

O Arizona era o projecto C28 da Chrysler mas apenas as linhas exteriores (que eu não gosto) foram utilizadas. As suspensões são do Peugeot 205, os motores idem (se esquecermos o 1.3 e o 1.6 que era a maquina de costura da Simca). Conduzi vários e só o GTi 1.9 é que deixou boa impressão (não me deixaram conduzir o 16v com a justificação de eu ser um hooligan). Teve um êxito limitado mas pessoalmente preferia o 205 ou o 405 principalmente este ultimo que tinha um chassis fantástico.
 
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