Portal Quizz Júnior

Tiago Baptista

Portalista
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Correto.

A primeira geração do Daihatsu Charade (G10) foi lançada para o mercado em 1977, inicialmente proposta somente na versão de cinco portas.

Daihatsu Charade (G10) (1).png Daihatsu Charade (G10) (2).png

No ano seguinte, aparecia a versão de três portas que tinha a particularidade sui generis na zona do pilar C: um pequeno óculo instalado de cada um dos lados do modelo. Quando a tradição "mandava" que esses vidros tivessem a forma, na grande maioria das vezes, trapezoidal, a marca japonesa aproveitou a ocasião para deixar o seu cunho e seguir um rumo diferente.

Daihatsu Charade (G10) (3).jpg

O pequeno modelo tinha um grupo propulsor de três cilindros, com 993cm3 capaz de debitar, aproximadamente, 50cv. Isto para os mercados de exportação. Internamente, a potência chegava aos 54cv. O sucesso obtido pelo Charade foi tal que lhe permitiu arrecadar o troféu de Carro do Ano japonês em 1979.

Em 1980, a Daihatsu decidiu operar por uma operação estética no modelo, prolongando-lhe a carreira até 1983, ano em que aparece a segunda geração (para os mercados externos onde era produzido, como a Grácia ou a Indonésia, este automóvel foi retirado dos catálogos somente em 1985). Os faróis redondos foram substituídos por outros com formato quadrado e os farolins redesenhados para uma melhor leitura dos automobilistas. Internamente era designado como G20.

Daihatsu Charade (G20) (1).png
Daihatsu Charade (G20) (2).png

Foram produzidos 89.792 Charades G10/G20.

Em 1981, a Daihatsu, em colaboração com a De Tomaso Automobili, exibiu um protótipo de um Charade com motor de 1000cm3 turbo, inspirado no Charade XTE e conhecido como Charade De Tomaso. A ideia não vingou nesta geração mas na seguinte lá saiu para o mercado um pequeno irrequieto japonês, capaz de espalhar o terror por onde passava.

Na competição, as provas de revelo onde marcou presença foram:

- Rali de Monte-Carlo de 1981, onde a dupla Mario Luini / Michel Wyder terminou em 28º à geral, arrecadando a vitória na classe 2/1. Por outro
os seus companheiros Eric Chapuis / Edy Bernasconi terminaram em 33º à geral e 4 na classe 2/1;

- Rali Safari 1982, a dupla Suresh Shah / Manjit Gharial terminaram em 17º na geral e venceram a classe 2/1.

Próximo desafio sff
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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Este é um dos carros de que tenho recordações interessantes. Como já mencionei em vários posts, no inicio dos anos noventa trabalhei na mais antiga transportadora TIR do país (embora possuísse o alvará nº2). Essa empresa, já desaparecida, inovou também na criação de um serviço de táxis para transporte de cargas. Na altura tínhamos mais de cinquenta carrinhas.

Estou a falar nisto porque um dos motoristas tinha um Daihatsu Charade Coupé (o Runabout da janelinha redonda) G20 numa cor entre o bordeaux e o rosa velho metalizado. O carro era muito bem construído, dando a sensação de solidez comum nos Toyota e era muito bem equipado (rádio leitor de cassetes, vidros coloridos em bronze, bancos em veludo, caixa de cinco velocidades, etc). O motor embora parecesse sem grandes ambições era surpreendentemente rápido e os 50cv pareciam muitos mais. Na altura eu tinha um Uno 45S com a cabeça do motor trabalhada, com árvore de cames 'Piper', com um Weber de 36 com cornetas e os colectores de admissão e escapes polidos mas o Daihatsu em linha recta era mais rápido. Conduzi o carro uma ou duas vezes e gostei muito. O único defeito pareceu-me ser a corrosão que já começava a fazer-se sentir.

Outra curiosidade foi esse motorista ter um dia de manhã parado o Daihatsu e saiu com a carrinha para o dia de trabalho. Sucede que nunca mais voltou a buscar o carro. A carrinha apareceu uns dias depois intacta. O caso meteu policia e tudo mas nada. Não sei como o caso acabou porque entretanto mudei de emprego.​
 
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