Portal Quizz Júnior

Tiago Baptista

Portalista
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A frente parece-me ser a de um Maserati Ghibli. Mas aquela traseira deixa-me confuso.

Se tiver que apostar, será num Ghibli protótipo usado para quebrar um record de velocidade.
 

João Paulo C. Ribeiro

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A frente parece-me ser a de um Maserati Ghibli. Mas aquela traseira deixa-me confuso.

Se tiver que apostar, será num Ghibli protótipo usado para quebrar um record de velocidade.
As vossas respostas deixaram-me confuso ao ponto de tornar a ir ver que raio de foto é que postei.

Porque é que falam na frente quando a mesma não é visível?

O carro é italiano mas não é um Maserati.

É algo mais pobrezinho mas raçudo e (para mim) muito belo. Só foi feito este exemplar.
 

João Paulo C. Ribeiro

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Certíssimo.

O DeTomaso Mangusta foi mais um carro que nasceu de uma das muitas trapalhadas de Alejandro de Tomaso, o ex-piloto de Formula 1 e playboy milionário que durante mais de quarenta anos andou a brincar aos construtores de automóveis. Dizem as más línguas que o irascível e autocrático argentino teria acordado com Carroll Shelby a construção de um carro para competir no campeonato Can-Am de 1966.​

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Com o habitual entusiasmo dos americanos, Shelby aceitou financiar a construção de cinco carros e enviou uma equipa de designers para Itália. È claro que o Alejandro não queria ninguém a controlar o design e os conflitos foram mais que muitos, o que levou a um atraso monumental. Esse atraso e o facto de De Tomaso estar a enganar Carroll Shelby prometendo-lhe um motor de 427 c.i.d. (7 litros) a partir do bloco de 289 c.i.d., algo que é fisicamente impossível, levou ao abandono por parte de Shelby do projecto, escolhendo antes colaborar com a Ford no desenvolvimento do GT40. A DeTomaso contratou então a Carrozzeria Ghia para finalizar o design do projecto P70, tendo o único carro construído sido exibido no Salão Automóvel de Torino de 1965 sob o nome Ghia De Tomaso Sport 5000.

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DeTomaso ficou verdadeiramente irritado com Shelby e quando precisou de um carro para substituir o limitado DeTomaso Vallelunga, aproveitou o pouco desenvolvido chassis do Sport 5000 e, não sem algum sentido de humor baptizou-o de Mangusta, palavra italiana que se refere ao mangusto, um pequeno mamífero que se alimenta de cobras.

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O DeTomaso Mangusta, que foi projectado por Giorgetto Giugiaro quando este passou pela Ghia, entrou em produção em 1967, tendo sido construídos 401 exemplares, sendo cerca de 150 exemplares da versão destinada a ser comercializada na Europa, e os restantes da versão destinada à América do Norte. A característica que assegurou a imortalidade deste desenho é o capot traseiro que é constituído por duas partes que abrem em estilo ‘gullwing’. Os veículos inicialmente estavam equipados com um motor Ford HiPo 289 c.i.d. de 305cv que foi substituído mais tarde por motores Ford 302 c.i.d. Um exemplar foi construído com motor Chevrolet para o vice-presidente da General Motors, Bill Mitchell.
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O Mangusta estava equipado com quatro travões de disco, suspensão independente, direcção de pinhão e cremalheira, ar condicionado e vidros eléctricos que eram equipamentos relativamente raros na época. O jornalista Paul Frère afirmou que atingiu uma velocidade máxima de 250 kmh num Mangusta. Pode ser que sim. Mas Paul Frére era um antigo piloto de Fórmula 1. Uma distribuição de peso desadequada e um chassis com a rigidez de um pedaço de cordel faziam com que o comportamento do Mangusta em curva fosse no mínimo assustador. Assim e apesar do baixo preço teve um êxito limitado. Esse comportamento deficiente talvez explique o facto de muitos dos sobreviventes terem quilometragens muito reduzidas. É seguro afirmar que este mangusto não papou muitos Cobras…

Próximo desafio sff​
 
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