Não, Jorge, têm ligeiramente mais... as originais são 40/45w (médios/máximos), estas são 55/60w. Mas acima de tudo, são é de halogéneo, o que só por si implica um maior rendimento. Mas é exactamente por serem mais potentes que antes disso pus os relés no circuito.
Há quem monte as 80/100w, mas essas são ilegais para uso em estrada. Mas a malta usa-as para contrariar o mau resultado causado por ópticas envelhecidas... enfim, coisas mal amanhadas. Eu cá uso faróis em bom estado e as 55/60, e resulta muito bem.
Não, Jorge, têm ligeiramente mais... as originais são 40/45w (médios/máximos), estas são 55/60w. Mas acima de tudo, são é de halogéneo, o que só por si implica um maior rendimento. Mas é exactamente por serem mais potentes que antes disso pus os relés no circuito.
Há quem monte as 80/100w, mas essas são ilegais para uso em estrada. Mas a malta usa-as para contrariar o mau resultado causado por ópticas envelhecidas... enfim, coisas mal amanhadas. Eu cá uso faróis em bom estado e as 55/60, e resulta muito bem.
Mas se quiseres eu explico-te ao detalhe... é chato de fazer a fiarada e cravar terminais, mas as ligações são simples. Já leste o tópico sobre os relés?
Mas se quiseres eu explico-te ao detalhe... é chato de fazer a fiarada e cravar terminais, mas as ligações são simples. Já leste o tópico sobre os relés?
Bem, hoje quando terminei o serviço passei pela casa dos escapes, e o material já estava à espera do paciente. Esperei uns minutos, mas em breve estava o rapaz levantado no elevador para a cirurgia...
E depois de um ataque com a serra eléctrica (como referi ontem, o escape ainda era o de fábrica, que vinha como uma peça única desde o colector até ao final da primeira panela, mas as de substituição implicam manter o tubo dianteiro, logo tem de se cortar, operação que ainda não tinha sido feita neste), estavam as duas panelas no chão...
E aqui vê-se o tubo cortado... curiosamente, bem espesso, pensava que fosse mais fino.
E depois de alguma persuasão, lá foram as duas panelas novas ao sítio...
E pronto, em breve o menino estava pronto para a acção. Fui atendido pelo dono da oficina, que cuidou dele do princípio ao fim, e sempre atencioso. Até perdeu um bocado de volta de uma coisa que ainda não percebi, uma trepidação que só se sente em frio, mas não é nada de especial, mas como entretanto ele aqueceu logo e deixou de fazer não conseguimos tirar a limpo.
Despesa total: 125€ (duas panelas, uma abraçadeira, massa vedante e meia hora de mão-de-obra). Nada mau.
A sonoridade não ficou nada má... obviamente perdeu aquele ronco grave que tinha, mas agora tem um ronronar mais agudo mas suave, e acabou o restolhar da panela com o miolo solto que me irritava.
Para acabar o programa em grande, decidi levar o bicho a tomar um banho. Desconfio que tenha sido a primeira vez dele numa coisa destas, mas estes dias são de tal maneira concorridos de tempo que não dava para estar com lavagens manuais...
Apesar de ter entrado alguma água, não foi nada de mais. Acho que a pior foi mesmo na embaladeira da porta do pendura, um dia tenho de trocar a borracha. Mas ficou logo com outro aspecto, a condizer com o som suave e certinho...
Com as chatices resolvidas, agora é dar-lhe uso...
Pois, um dia destes com calma tenho de ver de uns que lhe fiquem bem... porque tem dos dois lados, tenho de trocar os dois. Mas como os frisos têm preto, e os pára-choques também, e a grelha é preta, não destoam muito. Mas definitivamente uns cromadinhos (ou inox) dão-lhe outro ar... tenho de ver.
Eduardo, estou sem palavras com o desenrolar deste topico!
Não sei se fique deliciado com a qualidade e com a info que nos passas, ou se fico arreliado por não conseguir fazer um acompanhamento destes aos meus!
Esse teu 128 e o trabalho que nele tens desenvolvido, da-me uma vontade enorme de continuar a usar os meus no dia a dia! Não pelo gozo que eles dão, mas sim pela facilidade com que se pode mexer neles. Tenho pena de não morar mais perto daí, pois tenho a certeza que serias o professor que eu tanto gostava de ter aqui, que para alem de saber, gosta de por a mão na fruta!
Parabéns! Pelo carro! Pelo achado! Pelo trabalho! Pelo gozo!
Eduardo, estou sem palavras com o desenrolar deste topico!
Não sei se fique deliciado com a qualidade e com a info que nos passas, ou se fico arreliado por não conseguir fazer um acompanhamento destes aos meus!
Esse teu 128 e o trabalho que nele tens desenvolvido, da-me uma vontade enorme de continuar a usar os meus no dia a dia! Não pelo gozo que eles dão, mas sim pela facilidade com que se pode mexer neles. Tenho pena de não morar mais perto daí, pois tenho a certeza que serias o professor que eu tanto gostava de ter aqui, que para alem de saber, gosta de por a mão na fruta!
Parabéns! Pelo carro! Pelo achado! Pelo trabalho! Pelo gozo!
Mauro, obrigado pelos comentários. Sim, tem andado bastante bem nos últimos tempos, mas também andou porque além de me dar pica vê-lo ficar em forma, o semestre que agora terminou foi bastante stressante, e por causa disso eu tenho tendência a fugir mais ainda para a garagem sempre que posso. Parece algo contraditório, passar mais tempo na garagem exactamente quando tenho mais trabalho, mas é mesmo assim que eu lido com a pressão... preciso de usar as mãos e sujar-me para descontrair!
O carro dá um gozo imenso, especialmente quando o vemos responder ao tratamento. O investimento não foi muito grande, porque as peças para estes modelos são muito acessíveis (a peça individual mais cara que comprei deve ter sido agora alguma das panelas de escape, e cada uma ficou em pouco mais de 50 euros), e há aqui muita hora de mão-de-obra, mas essas são dadas por puro e simples prazer.
Quanto a aprenderes, só é preciso vontade... eu ando nisto desde a adolescência, e ainda não parei. Não só nos carros, mas em tudo... desde que me dê gozo, adoro aprender. E se eu puder ajudar nalguma coisa, já sabes... é só apitares!
Pode haver vários tipos de problemas. As fugas de gasolina são relativamente simples de ver, porque um carburador por fora deve sempre estar seco. Se tiveres alguma zona húmida, é imediatamente sinal que algo está errado. Por vezes o problema pode é estar noutro lado e estar a verter internamente em vez de para fora, como por exemplo se a bóia da cuba estiver a funcionar mal, e a afogar o carburador, mas nesses casos normalmente a junta da tampa nota-se também húmida.
Outros problemas comuns são fugas de vácuo na borboleta, gicleurs entupidos (total ou parcialmente), e também podes ter fugas na tubagem entre o depósito e o carburador.
Notas alguma falha no comportamento do motor? Consumo excessivo pode ser muita coisa, não necessariamente só fugas.
O brinquedo continua a rolar, sem qualquer problema. Outro dia tirei-lhe um retrato num sítio onde já fotografei muitos dos meus veículos... à porta de casa dos meus pais:
Mecanicamente, está totalmente impecável. Conduz-se e rola como um carro novo. Ainda estou a ponderar trocar os discos de travão, porque os que ele tem têm um ligeiríssimo empeno, mas é uma coisa mínima. Tenho uns novos na bancada à espera, logo se verá.
Entretanto estive a ajustar a embraiagem, porque o cabo esticou ligeiramente e não estava a desembraiar completamente, mas é normal. Um toque depois, está no ponto. Falando em ponto, também revi o ponto da ignição porque me parecia ligeiramente retardado, e confirma-se... devo ter-lhe dado um toque quando apertei o distribuidor da outra vez, mas agora ficou mesmo impecável.
A próxima foto é do último trabalho, que será implementado hoje...
Estive ontem a planear e montar o circuito de alimentação da bomba de gasolina. Como já referi várias vezes, neste momento ela está a ser alimentada pelo circuito das luzes, o que obriga a que ande sempre com os mínimos acesos. Mas ontem já andei a investigar e é fácil levantar a carpete para passar o fio por baixo, e é o que lhe vai acontecer hoje.
Explicando por traços gerais o que se vê na foto, o relé verde é o de comando geral, que liga através do comutador da chave. O terminal de aro liga à massa, para fechar o circuito de activação. Entretanto, vai buscar corrente ao fio rosa que vimos no episódio das luzes, e passa-a ao relé prateado. Este não é um relé simples, mas sim de comutação. É activado pelos fios laranjas, que se irão intrometer no circuito da luz de pressão do óleo, de forma a que a bomba só seja alimentada directamente quando houver pressão de óleo no motor. No entanto, e para permitir atestar a cuba quando não existe pressão, o circuito alternativo tem um botão de pressão (o cilindro castanho que se vê à direita) que me permitirá ligar a bomba por momentos em caso de precisar.
Noutra nota, estava um pouco ansioso para ver como estaria a chapa por dentro, dada a reputação que estes modelos têm, mas confirma-se o excelente estado... só chapa pintada, e como nova. Definitivamente, este não é um 128 qualquer... Está impecável.
Bem, eu já estava desconfiado, mas os sintomas basicamente eram uma reduzida facilidade de resposta ao acelerador (aquela "soltura" típica dos motores italianos estava um pouco reduzida), e o ralenti estava um pouco diferente do que é habitual. Não havia nada de excessivo, e o motor funcionava perfeitamente, simplesmente notava-se que a performance não era a mesma. O desvio era de 7-8º (estava perto do PMS em vez de estar nos 10º recomendados).
Bem, como disse antes, hoje foi dia de finalizar a instalação da bomba de gasolina. O circuito estava feito, faltava implementá-lo e passar o fio da bomba para a frente. Comecei exactamente por esse ponto, que julgava ser o mais chato, mas até se revelou simples. Desapertei a chapa que segura a carpete junto à soleira da porta, e os restantes que fecham a carpete nas extremidades, para ter o caminho aberto para a passagem do fio desde a zona do quadro de fusíveis (a.k.a. centro da "acção"...) até à traseira.
O fio estava passado para dentro do porta-bagagens, foi questão de o puxar para dentro. A passagem por baixo do encosto do banco traseiro foi conseguida com um tubo fino que empurrou a ponta para dentro, mesmo ao lado de onde passam todos os outros fios da cablagem... aqui vê-se o fio (verde) a surgir debaixo da insonorização:
E aqui vemos o tubo do outro lado a "empurrar"...
Seguiu-se o acrescento do fio, para chegar até ao sítio pretendido. Aqui vê-se toda a carpete desviada para dar acesso à passagem do fio pelo "piso técnico". Podem ver também o estado imaculado da chapa por baixo...
Bem, esta parte deu-se de tarde, mas entretanto havia compromissos, por isso o piso foi reposto no sítio, e a ligação voltou a ser feita através do circuito das luzes, de forma provisória. Já depois do jantar, voltei ao ataque para a montagem devida. Aqui vê-se já parte dos circuitos integrados:
Descobri através do diagrama que o fusível da ponta direita era alimentado pelo canhão de ignição, por isso fui lá buscar corrente para o relé de alimentação. O conjunto de relés que já estava no carro já previa a possibilidade de ligar mais uma linha, para tirar corrente para a bomba através do fio rosa, e foi aí que liguei.
A seguir vieram os fios laranja, que foram intrometidos no circuito do avisador de pressão do óleo, para dar a protecção de segurança:
De notar que todas as ligações foram feitas sem cortar um único fio no carro, logo é tudo reversível sem qualquer prejuízo para a instalação. Depois de tudo ligado, foi testada a instalação...
Assim, quando não há pressão de óleo, não chega corrente à bomba. Se for preciso, é possível atestar a bomba manualmente pelo botão de pressão, mas assim que o motor pega e a luz de pressão se apaga, a bomba passa a estar alimentada directamente.
Como estava tudo a funcionar como planeado, restava "arrumar a casa"... Mandar a "embrulhada" de relés para o lado de dentro, recolocar o quadro de fusíveis no sítio, esconder o botão de atesto, e repor o pano de limpeza que normalmente habita deste lado:
Depois de tudo isto, era hora de ir testar. Tive o carro a funcionar uns minutos na garagem, mas nada como uma voltinha... aproveitei e fui "bater umas chapas" a um sítio que já se tornou habitual:
Depois de terminada a sessão fotográfica, e de o road test não ter levantado nenhuma falha, regressámos a casa, onde a máquina ficou parada à porta, aguardando pelo serviço da manhã...
Posso agora afirmar que não resta muito mais a fazer... em termos funcionais, o carro está impecável. Há naturalmente pequenos detalhes que se podem sempre aperfeiçoar, mas não é nada de mais... acho que a única coisa que não funciona ainda são as luzes de cortesia nos pilares B. Um dia destes perco um bocado de volta disso. De resto, há alguns retoques a dar em falhas de tinta, e pouco mais. Conduz-se como um carro novo, e porta-se como tal. Ainda hoje dei boleia a uma colega quando regressei do serviço, e ficou agradavelmente surpreendida com o conforto e suavidade, bem como o andamento do brinquedo.
Pode não ser nenhum avião, pode não ser nenhuma top model, mas dá um gozo bestial... e aquela satisfação de saber que o trabalho foi nosso não tem preço.
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