Eu acho que cada um tem o direito de opinar sobre aquilo que quer, como e quando quer. Mas também acho que, - e a vida já me tirou alguma coisa por isso dando o resto em troca - herdo na mesma medida a independência de falar também do que quero, quando e como.
O Sprint "de trás"é o meu. O da frente é do Rafael que lhe faz assistência. O propósito do artigo foi exactamente o de oferecer duas perspectivas de um mesmo tema. Um elaboração de época comparada com um modelo completamente original.
Quem conhece o método do Rafael, o percurso a pulso e sem padrinhos, reconhece aqui uma perspectiva de mérito que o próprio contruiu, que testemunho. É um dos meus mecânicos de Alfas. Empresta-lhe um nível de detalhe, cuidado e minúcia que não a muitos reconheço.
O Sprint do Rafael é um laboratório experimental. Não me cabe a mim dizer se bem, se mal. Aliás ele sabe que a minha perspectiva sobre o mesmo tema está declinada no meu carro, assim como a dele se expressa pela outra via. Quem sou eu para dizer de quem, para além do facto da escolha de um caminho de representação de época fiel à origem, por oposição a um trabalho muito bem executado daquilo que seria essa mesma época sem condicionamentos de orçamento ou de uma lógica industrial.
Creio que o artigo traduz exactamente este paradoxo.
Todos os acessórios do Sprint do Rafael são de época e ligados de uma forma ou de outra ao modelo. Os inputs mecânicos de alinhamentos e geometrias são produto do conhecimento base que tem e levou à práctica.
Do Hugo, que não conheço pessoalmente e que apenas nos cruzamos de vista há algumas luas atrás, nada mais posso dizer que o melhor dentro do que as limitações ao nosso contacto permitem.
Posto isto, e dada a nossa reduzidíssima massa crítica, entenda-se a enorme carolice por detrás de uma imprensa escrita dedicada por comparação com outros mercados onde vingam outro tipo de condições assim como outra dimensão do número de entusiastas a quem se dirige.
Não quero oferecer muito mais a isto, não gosto honestamente. Mas gosto de pessoas (no geral, como algumas que aqui estão e felizmente conheço, e de outras tantas que gostaria mas não conheço). E quando sei quanto às pessoas não me cabe mais do que fazer-lhes justiça. E não me importa o que vem à frente ou atrás honestamente. Foi-me pedido o carro, que emprestei com todo o gosto. Foi-lhe dado o espaço que como modelo começa a ganhar por mérito e direito próprios na história do automóvel e, particularmente, no capítulo que lhe pertence na história da Alfa Romeo.