Um dos melhores utilitários da história. Ágil, barato, fiável, pequeno por fora e enorme por dentro.
Foi a minha cobaia para apreender mecânica básica. E tornou-se uma paixão.
Fica muito bem! Ontem vi um Uno, penso que era 45 SX num tom de cinza meio escuro e com umas riscas amarelas laterais. Estava como novo... matricula OX e nota-se que sempre foi carro de garagem, quando olhei pelo vidro vi que tinha apenas 20.000 kms! Faltou foi a fotografia..
Fica muito bem! Ontem vi um Uno, penso que era 45 SX num tom de cinza meio escuro e com umas riscas amarelas laterais. Estava como novo... matricula OX e nota-se que sempre foi carro de garagem, quando olhei pelo vidro vi que tinha apenas 20.000 kms! Faltou foi a fotografia..
São os primeiros Uno Evolution!
A Fiat Portuguesa, em meados 1990, chegou à conclusão que era preciso aumentar o equipamento da sua versão mais vendida. Talvez por causa da chegada do Clio, que prometia ser uma bomba no mercado.
Assim, na versão 45S (com o motor FIRE de 999cm3 e algum equipamento melhorado face à versão base — revestimentos integrais nas portas; tecidos melhores nos bancos; tampões integrais; relógio; manómetro de temperatura do motor; tampa no porta-luvas), e exclusivamente em Portugal o 45S passou a ser vendido como 45S Evolution. A diferença é que eram equipados, aqui em Portugal, com vidros eléctricos e fecho centralizado (sem comando). Como era uma adaptação feita cá em Portugal, as quartelas têm as marcas do buraco para sair a manivela dos vidros à frente.
Os primeiros Evolution tinham umas riscas amarelas em toda a parte lateral do carro.
Mas como os clientes não gostaram, passaram a vir, em 1991, só com umas pequenas riscas no pilar C, junto do logo "Uno Evolution".
Por causa disto, o 45S "normal" rapidamente saiu do catálogo, pelo que o nível de equipamento "S" ficou, na prática, enriquecido com os vidros eléctricos e o fecho central.
Curiosamente, esta adaptação "Evolution" era apenas para a versão com o motor de 999cm3 (o Uno 45S), mas não para o mesmo nível de equipamento que viesse com o motor melhor (1108cm3) — o Uno 60S. Isto é, o Uno 60S não era "Evolution" e, por isso, tinha menos equipamento que o 45S Evolution.
Obrigado pela explicação era igual ao da primeira foto! Dá para ver que foi vendido num stand de cá pela placa que tem por baixo da matricula traseira. Tenho que lhe tirar uma foto!
Os tampões do Uno não obrigam a retirar as rodas, pois apesar de prenderem com os pernos de roda, um deles não precisa de sair, pois tem espaço para desencaixar com o perno colocado.
Ainda assim, roda a roda, levantei o carro. Achei que era perigoso deixar um único perno a suportar o peso do carro...
Entretanto, e antes de vos mostrar o resultado final, fiz mais coisas.
1- Apertei a porca que prende os espelhos laterais, que estavam com uma ligeira folga. O do lado do condutor não é de origem (não tem a inscrição "Vitaloni") e, por isso, será mais novo do que o do lado do passageiro. No entanto, o mecanismo de regulação pelo interior funciona muito menos bem que o direito! É escusado, o material de origem é quase sempre muito melhor que o demais.
2- Tentei atacar o defeito que me apontaram na IPO: a roda traseira esquerda trava menos do que a direita mas só no travão de mão! No travão de pé, a travagem traseira está equilibrada.
Isto (o facto de a travagem estar equilibrada no travão de pé) permitiu eliminar como possível causa todo sistema de travagem que seja comum — tambores, calços, etc..
Também não era uma questão de afinação do cabo, pois o curso da alavanca está curto (3/4 cliques) e o Uno fica bem preso.
Bom, ao que apurei este sistema de travão de mão do Uno é uma das diferenças face ao do 127, sendo directamente herdado do Ritmo. Não me parece especialmente genial...
Há um único cabo que vai da alavanca até perto da roda esquerda: Ver anexo 425172
Daí chega a um mecanismo que é, por um lado, uma espécie de roldana e, por outro, um "accionador" de um segundo cabo. Isto é, o cabo que vem da alavanca passa por essa roldana (junto à roda esquerda) e segue até à roda direita. Mas ao ser puxado essa roldana, acciona um segundo cabo, mais pequeno, que vai desse mecanismo até à roda esquerda. Ver anexo 425173
Ora, julgo que o busílis tem de estar neste mecanismo; porventura, não está a puxar suficientemente o segundo cabo, fazendo a travagem à custa do cabo principal (que vem da alavanca, passa pelo mecanismo junto à roda esquerda e segue até à roda direita).
Assim, lubrifiquei abundantemente o mecanismo com WD40 e depois coloquei-lhe massa de cobre. Qualquer dia passo na IPO e peço para me deixarem ver se melhorou (não teve anotações, mas o inspector avisou-me que havia diferenca significativa entre as duas rodas no travão de mão).
Está com uma pinta do caraças.
Ainda se vêem muitos Unos "MK2" a circular em Lisboa, infelizmente a esmagadora maioria num estado fraquinho, para ser generoso.
Dia solarengo. Dia de passeio em família. De Uno, está claro.
Uma bagageira de fazer inveja a alguns companheiros do segmento C... Até triciclos ficam à larga.
Banco de trás com duas grandes cadeirinhas, reclinadas. Sobra espaço e as miúdas adoram a enorme superfície vidrada.
Tudo pronto para partir!
Uma óptima viagem para a Figueira da Foz. Um dia bem passado na companhia do italiano.
Ah, e se no Verão os trajectos em autoestrada faziam passar ligeiramente os 90º, esse problema desapareceu... Deve mesmo ser apenas porcaria a passear no circuito (por obra da acção do Paraflu) que diminui a eficácia do arrefecimento em dias quentes.
Lá para o fim do mês, quando lhe fizer a revisão, farei nova lavagem ao circuito.
Estar mais calor ajuda a que a temperatura de funcionamento seja mais alta, isso diria que é natural e apenas indica que os manómetros analógicos ajudam a perceber de forma mais real como estão as coisas, hoje muitos plásticos nem manómetros de temperatura têm!
É a óptica esquerda, nova, Carello e de origem. Os espelhos interiores da que lá está estão já estragados e, além disso, a que lá está tem os plásticos onde o pisca encaixa partidos.
Pareço um miúdo, com a excitação.
Como tinha dito, lá chegou o miminho para o Uno.
A óptica esquerda tinha os espelhos interiores já a aproximar-se do fim de vida, o que fez o inspector na IPO dizer-me que estava mesmo no limite mínimo de intensidade da luz. Não deu anotação, mas ele disse-me para trocar a óptica ou, se não quisesse, para colocar aí uma lâmpada de maior intensidade de luz, para compensar a diminuição de eficácia dos espelhos.
Como esta óptica tinha outros dois defeitos — era Valeo e, pensava eu, por isso não era de origem; os apoios do pisca estão partidos, o que fazia com que o pisca ficasse com uma folga do farol e, de vez em quando, caísse (ficando ao pendurão), achei que era altura de procurar uma substituta.
A folga do pisca via-se bem.
Esta óptica era material original (tinha o logo da Fiat).
Mas era VALEO e não CARELLO (como a óptica direita). Na minha cabeça, isso era porque o carro teria tido um toque desse lado e teriam trocado o farol. A diferença de qualidade explicaria que os espelhos não aguentassem tanto quanto os CARELLO.
Isto era reforçado pelo facto de o pisca desse lado ser de uma marca da concorrência, tendo uma cor ligeiramente diferente.
Bom, lá encontrei uma óptica nova, de origem, CARELLO, tal como eu queria.
Vinha completa (com lâmpadas novas e com o farolim do pisca). Foi um stress para conseguir encontrar o farol certo. O eper, introduzindo o meu número de chassis, diz que nenhuma das referências de faróis possíveis equipa o meu carro (?!?!?).
A minha preocupação era encontrar o farol sem regulação de altura pelo interior. Esses faróis com regulação passaram a equipar os SX depois de 1993; com a introdução da injecção electrónica e o catalisador, o manipulo do ar — starter— foi substituído por um manipulo de regulação da altura dos faróis. Ora, o que eu queria era um farol sem isso, pois o meu é de 1990, a carburador, e não tem regulação dos faróis.
Sem a ajuda do eper, pus o problema ao vendedor desta peça (uma loja de peças que tinha para lá isto há anos num canto). Como foi por telefone, ele não percebeu muito bem o que procurar.
Lá veio a óptica.
Vêem ali a alavanca encarnada? Bingo. Este é o modelo com regulação em altura.
Mas não me afligi. Pensei que se não ligasse nada à alavanca, o farol comportar-se-á como os anteriores. Mãos à obra.
Primeiro retirei as fichas eléctricas (mínimo, pisca e lâmpada H4):
Depois retirei as 3 porcas que seguram a óptica.
Não saía.
Isso mesmo, foi preciso desaparafusar a grelha.
Farol fora, e tive uma surpresa.
Data de fabrico: 1990.
Ou seja, este é que é o original! Isso explica o pior estado dos espelhos da óptica e pode também explicar porque é que as referências dos faróis CARELLO no ePer aparecem todas como não sendo do meu carro!
De facto, a óptica direita tem data de fabrico 2002! É material original mas não foi montada em Turim, no ano de 1990, com o resto do carro.
De todo o modo, a VALEO original não está em grande estado. Vejam-se os encaixes do farolim do pisca: como se partiram, está achanatado com uns parafusos, tentando recriar os encaixes do farolim.
Colocação da nova óptica...
Afinação e focagem dos faróis (a olhómetro... amanhã quero ver se vou à IPO e peço o favor de os alinharem)
E temos uma óptica nova, a dar um novo brilho ao grande Uno.
Afonso, olha que no que respeita a iluminação estás um pouco enganado quanto à VALEO, é bom material. Não vou comparar marcas mas, seja VALEO ou CARELLO, ficas bem servido com qualquer uma. Agoro o que eu acho é que devem-se usar sempre em pares iguais, isto é, as duas VALEO ou as duas CARELLO
Afonso, olha que no que respeita a iluminação estás um pouco enganado quanto à VALEO, é bom material. Não vou comparar marcas mas, seja VALEO ou CARELLO, ficas bem servido com qualquer uma. Agoro o que eu acho é que devem-se usar sempre em pares iguais, isto é, as duas VALEO ou as duas CARELLO
Pois, já vi que estava enganado.
Sei que o meu Uno tem bastantes peças VALEO. Algumas, todos os Unos têm (o radiador, por exemplo), mas noutras peças o meu Uno tem mais do que é habitual! Ópticas (a maioria deles trazia CARELLO) e alternador (a maioria trazia MagnetiMarelli).
Só estamos a falar de óticas, no resto já pode variar.
Ahh, as escovas limpa-vidros também não são más.
Uma regra fácil de aplicar é: material de visibilidade da VALEO é de qualidade.
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