Bem, vamos lá actualizar isto... já lá vão uns meses.
A 124 continua a fazer o seu serviço diário, e só viu o interior da oficina quando fiz a revisão aos travões traseiros há uns tempos...
Já julgando que tinha as pastilhas nas lonas porque começaram a fazer ruido de roçar metal com metal, desmontei as rodas e deparei-me com isto...
O bloco deslizante que fica entre a pinça e o suporte saltou (!!) e deixou a pinça com movimento suficiente para raspar no interior da jante. Eu de facto achei estranho porque as pastilhas ainda não tinham muitos quilómetros, mas como a minha condução raramente é muito calma até poderiam estar a precisar... mas não. As molas que seguram o bloco não me pareceram das originais, por isso tirei-as todas e troquei por um conjunto original do meu stock. Aqui vê-se mais de perto...
Depois de reposta a travagem em condições, troquei os líquidos do diferencial (valvulina EP 90) e da caixa (ZC90), que já estavam na altura... parece mentira, mas já lá vão mais de 30,000 km na minha mão!
Terminada a revisão (que inclui sempre mais alguns mimos como a lubrificação geral da carroçaria), está no chão e pronta para voltar ao serviço...
... serviço esse que ultimamente tem sido partilhado:
Até tem dado jeito o Spider, porque de há uns dias para cá ela desenvolveu o seu primeiro problema eléctrico, pois o alternador deixou de carregar e ainda não tive oportunidade de investigar o que se passa (provavelmente precisa apenas de escovas). Como assim precisa de atestar de electricidade com alguma regularidade, deixei de a usar nos trajectos de final de dia quando já são precisas as luzes. Como tenho uma bateria sobressalente na garagem simplesmente vou-as rodando quando faz falta, mas com o uso diurno a carga dura para mais de uma semana de uso regular sem problema.
Entretanto, ontem fui com ela a Espanha buscar trotil para a frota toda, e na volta o sol de inverno inspirou-me o suficiente para sacar da máquina e bater umas chapas, entre as quais lá retratei a minha fiel companheira de trabalho...
A ver se esta semana resolvo esta chatice, não me agrada não poder fazer uso indiscriminado dela.
Já a tenho há algum tempo. Foi uma adição útil, só tenho pena que não seja mais estável porque é muito leve e não tem nenhum íman nem nada parecido para ajudar a fixá-la, já levou mais pancadas e quedas do que me apetece contar, mas continua a funcionar perfeitamente.
Bom, isto já vai uns quantos dias atrasados, mas como já referi várias vezes, o meu trabalho é algo bipolar... tenho um semestre ímpar calmo, e o par bastante mais intenso. Quando chego ao pc à noite já nem tenho paciência de organizar e escrever as coisas.
Mas vamos então pôr a história em dia. Depois de o anterior projecto ter ficado sem efeito devido a um problema incontornável a nível documental, entrei numa fase de misto de depressão e psicose, pensando que nunca mais ia conseguir encontrar uma coisa que me agradasse.
Felizmente pouco tempo depois veio a verificar-se que não podia estar mais errado, e através de um contacto amigo de longa data, fui dar com esta bela menina que podia passar por irmã gémea (embora mais nova), até bem perto daqui. Pelos vistos é mesmo possível um relâmpago acertar duas vezes no mesmo sítio... Da mesma cor e tudo!
Parada desde 2006 quando o anterior dono (senhor muito cuidadoso) deixou de conduzir, foi sempre guardada em garagem, mas teve um uso intensivo, e contava com cerca de 127,500 km de bons serviços.
Não levou muito para que o negócio fosse fechado, e o brinquedo viesse às costas de um reboque para a sua nova casa. Chegou num dia daqueles horríveis de temporal, tivemos de a tirar do reboque debaixo de chuva torrencial. Mas felizmente saíu pelos próprios meios, e sem grandes protestos. Aliás, tem sido assim desde o primeiro dia.
As únicas coisas que lhe tive de fazer, além de tirar as jantes originais algo ferrugentas (que troquei pelas de aço que estavam no Spider) mas ainda com pneus decentes, foi sangrar os travões e alinhar toda a suspensão dianteira. O anterior dono, senhor bastante cuidadoso, tinha pouco tempo antes mandado trocar todas as rótulas e os amortecedores, mas não corrigiu o alinhamento.
Depois disto, foi entrar pelo centro de inspecções, e depois de no local dar um toque num dos faróis que estava baixo demais, saímos pelo outro lado com folha verde... Nessa mesma tarde, fiz o seguro e promovi-a a daily driver...!
Primeiras impressões... é uma delícia! A suspensão é suave q.b., a direcção responde lindamente e é relativamente leve, o motorzinho faz o que pode com 1197 cc e um diferencial ultra-curto, mas "amanda-se" para os 100-110 com uma facilidade espectacular. Mais que isso torna-se altamente ruidoso devido às rotações a que o motor já vai, mas... a vontade de subir está lá!
Esta ainda por cima tem o famigerado extra, opcional, do termómetro...! E já deu para perceber, graças a ele, que o termostato está pifado... O motor mal aquece. Ainda tentei arranjar um aqui, mas já não há desta versão externa. Como penso em breve mexer na mecânica toda, também pouco me rala...
Outra coisa que adorei desde o primeiro instante nesta menina é um dos poucos detalhes não-originais que o dono lhe acrescentou, e que é algo que já tinha pensado fazer... uma chapeleira para cobrir a mala!
Sim, é verdade, esqueci-me de referir... mais uma vez, o interior é daquele delicioso vermelho... E a chapeleira fica mesmo a matar! Pode tirar-se (não é fácil, mas sai para dentro), e um dia destes tenho de lhe dar uma renovação, mas para o uso diário é uma excelente adição, não deixa ver o conteúdo da bagageira como aconteceria de origem. E tenho de elogiar o bom gosto de fazer com o plissado, dá-lhe um toque de charme brutal...
Planos para já... uns tapetes! Trazia uns de supermercado já super-coçados que foram direitinhos para o caixote do lixo, junto com as capas que protegiam os bancos e a capa do volante (manias!).
Depois, e para breve, um diferencial longo (a Familiare tem a relação mais curta de todas, para puxar bem com cargas, mas a minha vai ser mais estradista), um motor mais pujante (algo com duas cames no "telhado"...) e quiçá uma caixinha de 5...
De visual, não pretendo mexer em nada a não ser dar uns toques em detalhes estéticos e pontinhos de ferrugem. O aspecto geral é bom, mas uma pintura com mais de 40 anos já começa a pedir carinhos...
Por enquanto está a dar-se lindamente como daily driver, e os miúdos adoram-na! Espaçosa (parece quase cavernosa ao pé do Spider...!), com 4 portas generosas, confortável, luminosa, segura... é mesmo uma máquina espectacular! Até já pus os cintos traseiros (esta trazia já todos os pontos de apoio para os cintos de 3 pontos) para poder circular direitinho com os dois catraios.
Faz a school run, vai às compras, vai para o trabalho... e é inconfundível. Os meus alunos nem precisaram de pensar duas vezes para perceber que só podia ser minha...
Com este tempo miserável também já me apercebi que há algumas infiltrações que terão de ser resolvidas, mas nada de mais. Tem dormido no lugar mesmo à porta, e que bem que ela lá fica...
A ver se agora finalmente a coisa encarrilha e temos uma 124 em pleno serviço.
Resta-me dizer também que neste momento saltou para o "poleiro" do uso diário e está lá sozinha, porque tive de encostar o Spider enquanto espero pelo tubo do depósito que estava a verter gasosa. Felizmente tem-se portado à altura, mas preciso de dar uma limpeza ao carburador nos próximos dias porque anda a hesitar um pedacito e julgo que deve ter entrado alguma sujidade lá para dentro com este retorno à actividade depois de uns anitos de descanso.
Oi.
Fui pesquisar esta tua menina. Tou um bocado atrasado, mas parabéns: bela máquina. É de que ano? Faz o meu estilo, um utilitário prático e elegante. Bem, e os estofos e o volante são mt fixes! O vermelho é de origem? Um pouco estranha a junção com o verde escuro... E o verde tb é de origem?
Boa sorte para ti, família e p esta bicha. Só uma dúvida: se calhar merecia uma garagenzita... digo eu...
Salvé. Luis
Oi.
Fui pesquisar esta tua menina. Tou um bocado atrasado, mas parabéns: bela máquina. É de que ano? Faz o meu estilo, um utilitário prático e elegante. Bem, e os estofos e o volante são mt fixes! O vermelho é de origem? Um pouco estranha a junção com o verde escuro... E o verde tb é de origem?
Boa sorte para ti, família e p esta bicha. Só uma dúvida: se calhar merecia uma garagenzita... digo eu...
Salvé. Luis
Obrigado, é provavelmente a máquina que mais queria para a minha frota e não desiludiu, estou totalmente rendido. É uma delícia de conduzir, muito fácil e suave, além de espaçosa e confortável. O chassis inspira confiança e o motor dá-lhe uma genica que dá gosto utilizar a fundo. Apesar de não ser nenhuma bomba, anda muito bem e dá bem conta de si no trânsito.
Esta embora tendo sido registada em 72, desconfio que seja ligeiramente mais antiga, ainda nunca me dei ao trabalho de investigar mas penso que seja no máximo de 70, não sei o porquê desta discrepância mas por vezes acontecia.
Quanto ao esquema de cores, tanto quanto sei é de origem, mas não deve ser uma combinação muito comum, embora já tenha visto uma Berlina com esta combinação.
Quanto à garagem, era bom... mas nas condições actuais é impossível. Assim que tenha possibilidade hei-de lhe dar nem que seja um telheiro, mas por enquanto é mesmo debaixo das estrelas...
Ora bem, já ando há que tempos para actualizar isto como deve ser... cá vai.
Como já seria de esperar, a 124 tem continuado ininterruptamente o seu serviço diário. A manutenção é mínima, mas não há muito para falhar numa máquina destas.
O problema da falta de carga do alternador indicado no último relatório veio a revelar-se como sendo uma ponte rectificadora que pifou, problema que foi rapidamente resolvido trocando toda a traseira do alternador com outro sobressalente.
De resto, tudo a andar... tirando a muito ocasional folga quando uso o Spider, tem feito todo o serviço, que não foi fácil durante os últimos meses com as mudanças da oficina.
Há uns dias fomos à capital numa visita-relâmpago para entregar umas peças ao meu bate-chapas de confiança e fechar um negócio. Toca a saír cedo pelas lindas estradas alentejanas...
O IC13 é um bocado monótono, mas felizmente só dura cerca de 30 km, e a partir daí são nacionais bastante agradáveis. Este é sem dúvida o meu caminho preferido para ir a Lisboa, além de ser o mais curto (embora seja só nacionais e o ritmo seja mais lento, acaba por dar o mesmo tempo dos outros trajectos mais longos).
Estava um dia muito agradável, e ainda parei na Ponte de Sôr, onde fui dar com um 124 Spider que já é um velho conhecido a ser revisto numa oficina de um senhor que esteve muitos anos ligado à marca, ainda perdi um bom bocado a conversar com ele. Mas a estrada chama e os compromissos também.
Passei um dia bastante agradável na companhia do meu amigo, almoçámos em Oeiras e de tarde fizemos a marginal toda até ao Guincho. Pelo meio fomos a Cascais buscar a minha nova aquisição, e depois voltámos à oficina dele. Um bom dia com muito convívio de qualidade. Ao final da tarde, já era mais que tempo de regressar ao Alentejo, e lá nos fizemos ao caminho. Eu, a 124, e a nova aquisição que rapidamente se irá tornar na minha nova paixão...
O final de tarde já ia longo quando atravessámos a Vasco da Gama direitos ao Alentejo...
Foi mais uma viagem com esta fiel menina, sem nada de histórias más a assinalar. A monotonia da AE é de curta duração, e lá viemos alegremente até casa.
Para os mais curiosos, aqui fica uma foto do novo brinquedo num ângulo mais favorável...
(sim, é o Taunus do @Nelson C. Santos por trás, a foto é na minha oficina)
É uma bicicleta de passeio, de um modelo que me apaixonou desde a primeira vez que andei numa há anos e que sempre desejei ter. É a bicicleta mais confortável de conduzir que já experimentei, e já me tinha prometido a mim próprio comprar uma quando mudasse a oficina. Na minha zona há poucos caminhos bons para andar, mas na zona industrial é óptimo, e é o meu veículo para deslocações curtas. Poupo a 124, faço exercício, e adoro.
Bom, mas regressando à 124, o uso não pára mesmo. Há uns dias andávamos a pensar em fazer mais um piquenique, e aproveitando o feriado do 25 de Abril lá fomos fazê-lo. O sítio escolhido é uma barragem lindíssima a poucos quilómetros da cidade, mas o acesso é um pouco sinuoso. Eu conheci o sítio num passeio com amigos que são entusiastas do TT, que me avisaram logo que o caminho era difícil. Mas como eu sou teimoso, disse logo que não era nada de mais, e que a 124 o faria sem problemas. E que melhor forma de provar isso senão com ela carregadinha até às orelhas?
Deixámos o outro carro junto à entrada do caminho de terra, e metemos 6 pessoas, 2 cães e uma imensa parafernália do piquenique dentro da 124, e vamos embora. Passados uns bons 20 minutos, lá chegámos ao local...
Mais uma vez as competências e versatilidade da 124 foram elogiadas por todos. Quantos carros normais conseguem levar tanta gente em relativo conforto por um trilho de terra sinuoso? O trilho deu trabalho, mas a paisagem valeu bem a pena...
E estas eram só ao pé de onde nós assentámos arraiais, porque a barragem é consideravelmente grande... depois de um almoço generoso, fomos descobrir mais um pedaço a pé para fazer melhor a digestão:
A típica paisagem alentejana é de facto relaxante... até os cães adoram! Este amigo foi abandonado e adoptado por nós há uns anos, até tinha medo de entrar num carro, e tremia o caminho todo. Agora, assim que o convidamos para entrar na 124 salta logo, porque já sabe que a coisa promete...
Findo o programa, é hora de voltar a carregar tudo na 124... três adultos no banco de trás, dois cães na mala e dois miúdos no banco do pendura. Isto além dos vários sacos, cadeiras desdobráveis, bola, jogos, etc.
O caminho de volta fez-se com a mesma facilidade, e em breve estávamos de volta à cidade sem o menor problema tirando uma camada considerável de poeira para contar a história. Mas o serviço não estava terminado, e pouco depois de descarregar a malta em casa, voltou a saír para outro serviço...
Agora que vejo esta foto, recordo que me esqueci de relatar o único azar que tive com ela, e que aqui se vê bem... durante um almoço há uns tempos (quando recebi a visita do @Francisco Anadia e o seu 124 Special T) , alguém me bateu nela e nem sequer se dignou a dizer nada. Voltei do restaurante e nem notei, só em casa mais tarde é que dei conta do estrago. Enfim... nem vale a pena, consola-me apenas saber que se esta ficou assim, o outro deve ter ficado bem pior. Felizmente foi só chapa e o pisca daquele lado, não afectou o pára-choques nem o côco do farol. Menos mal, é uma reparação simples que o meu amigo fará assim que houver oportunidade.
Bom, voltando à conversa, fomos à fonte atestar a reserva doméstica...
Se aqui se nota a camada de pó que ficou do passeio, com a mala fechada ainda melhor...
Não haja dúvidas que esta menina é mesmo o meu veículo favorito... já não me consigo imaginar sem ela! Nestes 3 anos em que a tenho já fez quase 40,000 km, farta-se de trabalhar e pede muito pouca atenção. É uma delícia de conduzir, segura, divertida, e o ronco do 1197 cc é viciante.
Está a precisar de uns miminhos, e aos poucos vai começar a tê-los. Em breve vai levar uma revisão grande, com a ocasião de um upgrade que anda para ser feito há que tempos. Agora que há espaço e equipamento, já se acabaram as desculpas. Daqui por uns dias já explico tudo ao pormenor.
Que máquina de guerra! Só prova que quem sabe apreciar o minimalismo de um clássico, consegue facilmente prescindir dos luxos e modernices dos tupperwares com rodas.
Assim como gostarias de me ver a virar vegetariano, também eu gosto de te ver a optar pela bicicleta. A Electra é uma cruiser que tenta recriar o estilo das mais antigas Schwinn americanas, mas são bicicletas pouco versáteis e servem essencialmente para passeios ao pé da praia.
Se vais começar a ir às compras de bicicleta, o que precisavas era de uma coisa mais versátil e confortável tipo isto, ou uma equivalente mais vintage para não ir contra a tua "religião".
Ao contrário de muito evangelizadores do ambiente que tenho de aturar nas noticias e nas redes sociais, eu efectivamente utilizo a bicicleta nas pequenas deslocações, com sol ou chuva;
Acho uma piada enorme aos inimigos dos carros e adeptos das bicicletas (pelo menos online, porque quanto à prática tenho serias dúvidas). Nem toda agente pode usar uma bicicleta, eu tenho sorte em ter saúde e uma vida que o permite.
Quanto a bicicletas tenho uma posição idêntica à que a maioria das pessoas tem quanto aos carros modernos a gasóleo, uso uma bicla moderna porque para quem usa muito em cidades com muitas elevações é a opção mais pratica e económica (em termos de esforço entenda-se)
Fiquei intrigado com a bicicleta que compras-te;
É uma bicicleta antiga ou uma "evocação", assim tipo Fiat 500 actual?
É mesmo prática ou só dá para umas voltas ao quarteirão, se o quarteirão for plano?
Que máquina de guerra! Só prova que quem sabe apreciar o minimalismo de um clássico, consegue facilmente prescindir dos luxos e modernices dos tupperwares com rodas.
Assim como gostarias de me ver a virar vegetariano, também eu gosto de te ver a optar pela bicicleta. A Electra é uma cruiser que tenta recriar o estilo das mais antigas Schwinn americanas, mas são bicicletas pouco versáteis e servem essencialmente para passeios ao pé da praia.
Se vais começar a ir às compras de bicicleta, o que precisavas era de uma coisa mais versátil e confortável tipo isto, ou uma equivalente mais vintage para não ir contra a tua "religião".
Eu apaixonei-me pelas Electra "à primeira pedalada". Foi uma daquelas ligações que sabemos logo que vai resultar, e desde aí que fiquei vidrado em conseguir uma.
O plano inicial era comprar uma de alumínio com mudanças internas no cubo, mas o preço era puxadote... entretanto surgiu esta com aquela patine irresistível a um preço convidativo e teve de ser!
Quanto a serem práticas, eu consigo abdicar de alguma practicalidade se gostar verdadeiramente da máquina, e esta não é excepção. Adoro as linhas limpas sem manetes (só tem travão de contrapedal, mas trava muito bem) e a posição de condução é extremamente confortável, por isso não custa muito andar nela. Podia ser mais leve (é quadro de aço), e a relação de transmissão é um pouco curta, dá-se bem com as subidas mas em terreno plano fica-se sem pedalada rapidamente. Mas estou rendido ao encanto e já não consigo passar um dia sem ir dar umas pedaladas, mesmo que não tenha onde ir.
A patine engana, porque é uma bicicleta recente (na melhor das hipóteses tem 10 anos, mas viveu muitos anos à beira-mar). As Electra são feitas ao estilo das cruiser clássicas americanas, mas com uma geometria de quadro própria patenteada, para ter a mesma posição relativa do corpo que tens na postura da bicicleta de competição, mas sentado com o tronco direito. O espigão do selim é mais recuado e o eixo da pedaleira mais avançado para conseguir este objectivo.
Quanto a ser prática, se calhar se vivesse num centro citadino caótico como Lisboa era capaz de ser complicado andar com ela porque é uma bicicleta bem grande e só tem o travão de contrapedal, mas para andar nos espaços abertos aqui dá-se lindamente. Eu entretanto já a tornei mais prática com a adição de um porta-bagagens de fabrico artesanal que eu próprio concebi com base no desenho dos originais da marca, para facilitar o transporte de mercadorias:
Também adicionei o resguardo da corrente, que esta não trazia de fábrica mas que faz falta se não vamos andar todos os dias de calções (afinal de contas, isto era uma beach cruiser). A chatice é que agora tenho um resguardo novinho e reluzente numa bicla cheia de patine, tenho de ver se resolvo isso...
Eu ando há anos a desejar ter condições para andar de bicicleta novamente, mas entre a minha BTT que já se tinha tornado extremamente desconfortável e a estrada entre o meu bairro e a cidade ser perigosíssima, nunca fiz essa opção. Portalegre teria excelentes condições para se usar a bicicleta por ser uma cidade pequena e com pouco movimento, mas há ruas que são perigosas por serem estreitas e sem passeios em condições. Além disso, é uma cidade relativamente sinuosa com muitas subidas e descidas, mas isso seria o menor dos males.
Agora que tenho o meu espaço de trabalho na zona industrial (espaços grandes e relativamente planos), definitivamente a bicla voltou para ficar... e nada me faria mais feliz!
Isto vai descamar em offtopic, mas o tópico é teu.
O problema das beach cruisers é precisamente as subidas. A posição de condução não permite pedalar em pé mas, se precisares, podes facilmente adicionar-lhe um cubo de mudanças internas com contrapedal que já te dá uma grande ajuda sem desvirtuar a estética. Metes um stickshift no quadro e manténs o guiador limpo.
Eu cheguei a ter uma "franken'bike" com essa solução
Adoro essa bicicleta ! É linda! Por cá também me costumo deslocar de bicicleta. Apanhei esse vicio novamente quando estava em Itália, comprei uma por 20€ cheia de patine em Bolonha e trouxe-a de comboio até Forli. Por lá todos andam de bicicleta, desde os mais novos até aos mais velhos! Aqui até para ir de casa ao café (alguns vivem a menos de 1km) vão de carro...para mostrar aquele 320d da moda!
Boa sorte com o projecto da oficina! Quando precisares de ajuda diz! Um grande abraço
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