Para quem nao sabe, este ano o modelo Fiat 124, faz 50 anos.
O Fiat Clube Classicos de Portugal, vai ter exposto na Exponor, dois veículos, um 124 ST e um 124 S.
Quem quiser ver, estamos por lá, bem como a Perola do Nosso Clube a Carrinha Oficina Fiat, equipada.
Para quem nao sabe, este ano o modelo Fiat 124, faz 50 anos.
O Fiat Clube Classicos de Portugal, vai ter exposto na Exponor, dois veículos, um 124 ST e um 124 S.
Quem quiser ver, estamos por lá, bem como a Perola do Nosso Clube a Carrinha Oficina Fiat, equipada.
Acho que fazem muito bem, é de louvar... não é todos os dias que se faz 50 anos! E o 124 tem sido sempre injustamente esquecido, é mais que altura de se começar a dar-lhe a atenção que tanto merece.
Quanto à estrela deste DB, continua a ser a 124 mais mal apresentada e mais duramente usada que eu conheço. Raramente a fotografo, mas continua a trabalhar todos os dias sem queixas. No final de Julho ficou em casa porque me esqueci de lhe fazer a IPO e andava entretido a resolver as broncas do carro moderno da casa (afectuosamente denominado de electrodoméstico) para garantir que estava tudo em condições para as férias.
Mas quando regressei tratei de imediato de a levar, e mais uma vez passou sem problemas, apesar de ter as pastilhas de travão nas lonas (mas ainda travava, e estava tudo gasto por igual, por isso travava direitinho). Passados uns dias lá atendi aos grunhidos desesperados dos travões...
Como já era de prever, as pastilhas estavam desgraçadinhas de todo, foi usar até ao osso... comparem as velhas com as novas:
Por dentro, dá para ver bem onde já havia contacto com o disco:
Casa de ferreiro, espeto de pau, como se costuma dizer... ando a cuidar dos carros dos outros e os meus ficam para último. Mas quando mimo, é como deve ser. As pinças foram limpas e untadas com massa de borracha, e os êmbolos recolhidos (depois de retirar óleo do depósito para não transbordar):
Mais um cheirinho de massa de borracha nos guarda-pós, que apesar de ressequidos e velhinhos, ainda vão protegendo alguma coisa:
Os suportes foram limpos e, como é habitual, levaram uma pequena dose de massa de cobre nas zonas de contacto onde a pinça desliza:
Outras peças a levarem massa de cobre são as pastilhas sobre as quais a pinça desliza:
... e depois vai tudo ao sítio (ainda faltam as molas limitadoras):
Um lado pronto, vamos ao outro:
E em breve está no chão, a travar como nova e pronta para mais uso intensivo...
Entretanto tive um outro problema que ainda não resolvi, porque aqui acho que os meus talentos já são capazes de não chegar... a forra do tejadilho cedeu e descaíu:
Ainda não sei bem como hei-de resolver isto, um dia destes tenho de ir falar com um estofador a ver o que ele me diz, já me chateia estar a roçar com a cabeça ali.
De resto, a 124 continua a espalhar o seu charme como sempre. Há umas semanas voltou a conquistar o João Luís, como já de resto ele testemunhou aqui. Há uns dias emprestei-a a um amigo cujo carro estava a reparar para poder ir almoçar e deixar o dele ainda desmontado aqui, voltou encantado. Já a tinha experimentado antes, mas não num uso normal em cidade. Ficou rendido à usabilidade e facilidade de condução. E há uns dias era o Camacho quem estava sentado dentro dela a dar ao acelerador...
Parabéns por essa bela 124, em relação ao tejadilho acho que posso ajudar, aí onde estão as costuras tem uns arames que vão de um lado ao outro do tejadilho e que serve para esticar o pano as costuras cederam e para se voltar a cozer tem que se tirar a forra fora, normalmente tem de ser cozido com maquina.
Parabéns por essa bela 124, em relação ao tejadilho acho que posso ajudar, aí onde estão as costuras tem uns arames que vão de um lado ao outro do tejadilho e que serve para esticar o pano as costuras cederam e para se voltar a cozer tem que se tirar a forra fora, normalmente tem de ser cozido com maquina.
Sim, isso é o que eu suspeitava. Acho que neste caso até tem uma manga interna para passar o ferro de suporte, deve ter descosido toda, com sorte está tudo ressequido. Tenho de investigar em quanto ficará fazer uma forra nova, esta já está muito velhinha para andar com muitas aventuras...
Tenho de reconhecer publicamente que desenvolvi um ligeiro fetiche pela Familiare... Sempre que a vejo, tenho de a conduzir ou sentar-me e agarrar aquele volante. Só depois é que me lembro: "Camacho, tu não estás nada bem, então não reparaste que isto é um FIAT???" Acabo por tomar consciência e vou a correr para casa tomar banho e penitenciar-me com umas chibatadas nas costas...
Sim, isso é o que eu suspeitava. Acho que neste caso até tem uma manga interna para passar o ferro de suporte, deve ter descosido toda, com sorte está tudo ressequido. Tenho de investigar em quanto ficará fazer uma forra nova, esta já está muito velhinha para andar com muitas aventuras...
O diário de bordo por vezes pode ter tempos mortos, mas a 124 não... bem longe disso.
Hoje de manhã fui numa rapidinha a Castelo Branco tratar de uns assuntos urgentes, e como sempre portou-se como qualquer veículo italiano que se preze tem de se portar... esta não cria carvão!
Ainda bem que vai havendo uns troços de autobahn por aí... que seria de nós sem eles? (o ponteiro ainda foi mais para a direita, a foto foi já a tirar o pé...)
Tirando uma ligeira ressonância, que depois identifiquei como o resguardo do motor de arranque ligeiramente frouxo, nada a assinalar... foi e veio sempre a dar gás, a envergonhar os modernos, e ainda fez uma média cerca dos 8 litros aos 100, por incrível que possa parecer.
Não, está perfeita. Desde que esteja dentro do segundo traço, está bem. E com o sistema de arrefecimento a 100%, só sai daquela zona a andar muito devagar em esforço ou parada.
É uma aventura bem gira... adorava repetir, mas não quero fazê-la com esta 124 outra vez (embora ela se tenha aguentado fenomenalmente bem). Gostava de arranjar uma carroçaria Lada para fazer essas macacadas, são muito mais aptos para isso. Um dia destes, quem sabe...?
Claro que não... apesar de tudo, não apertei demasiado com ela. E para baixo vim ligeiramente mais devagar que fui.
Bom, mas vamos começar a história do princípio.
Decidi há umas semanas atrás visitar a AutoClássico deste ano, aproveitando para conjugar os interesses pessoais e profissionais. A monta ainda estava por decidir, mas quanto mais pensava nisso mais chegava à conclusão que tinha de ser um 124. E quando tive de decidir, a Familiare ganhou, apesar de não ser a melhor estradista com a relação final curta e caixa de 4. Chamem-me velho, mas o conforto e o espaço fazem diferença, e as dúvidas quanto à fiabilidade do Spider depois destes meses de inactividade deixou-me pouco confiante.
A viagem tinha de ser feita apenas num dia, por várias condicionantes, por isso a partida foi antes do cantar do galo... ainda nem a máquina conseguia focar bem!
Portalegre ainda dormitava pacatamente, aguardando pelo raiar de mais um dia solarengo de Outono...
Dia esse que começou de forma magnífica, diga-se de passagem. As cores do Outono, pelo menos por estas paragens, são fantásticas, e o anunciar de um novo dia veio com a pompa e circunstância digna de foto que podem ver...
Bom, fotos são bonitas mas há 300 km para fazer... o sol deu os primeiros (e ainda tímidos) ares da sua graça já a Familiare tinha transposto a barragem do Fratel:
Já algures no IC8, havia bastante sol mas o calor, esse já era pouco...
... e antes de chegar ao IC3, entrámos numa zona nublada e com algum nevoeiro que ainda tornou a temperatura menos agradável e me fez repensar a escolha de vestuário...
Apesar de se ter mantido durante um bom pedaço, um pouco antes da zona de Aveiro lá deixámos o nublado e reencontrámo-nos com o sol, que nos escoltou até à Invicta...
Um pouco por todo o lado já surgem alguns veículos interessantes, é inegável a forte cultura automobilística que aqui se vive e demonstra a sua força nestes eventos. Ainda antes de chegar a Gaia passou-me uma Moto Guzzi com muito bom aspecto. E na A28 passei por este amigo, que vinha de lotação esgotada de malta bem disposta que me saudou calorosamente:
A foto é obviamente já no parque / zona de exposição para os clássicos dos visitantes, para o qual já tinha indicação para seguir. O senhor que governava o direito de acesso ao parque no exterior ainda me perguntou se, dada a ocasião, "não podia ter passado um paninho" pelo veículo, ao que eu respondi simplesmente que esta menina não é peça de museu mas sim carro de uso diário e acabara de fazer mais de 300 km desde o Alentejo para estar ali. Não houve mais discussão, pediu-me que entrasse e lhe desse o merecido descanso.
Obviamente a Familiare destacava-se no meio de tanto bombom caramelizado como um dedo aleijado, mas para mim continua a ser a máquina perfeita. Depois de arrumar as minhas tralhas no porta-luvas e na mala para deixar apreciar melhor o interior vermelho aos que ainda pudessem ter alguma curiosidade por tal cangalho, lá a tranquei e deixei repousar enquanto fui apreciar os outros carros na companhia de alguns amigos Portalistas...
Pouco depois, chegou o Santo...
... e o Diabo...!
Já lá dentro, perdi-me durante um grande pedaço a explorar as velharias, mas logo para abrir dei de caras com um dos meus maiores amores de quatro rodas... fiquei logo com os joelhos a tremer!
Continuando, no meio de tanto carro havia alguns familiares... este projecto foi um trabalho de amor de um amigo, e tem uma pecita ou duas que eu contribuí para a causa.
Este outro é um dos poucos que me deixou com inveja, porque adorava conseguir viver uma aventura como a que ele viveu...
Obviamente também não podia deixar escapar esta menina e o seu aspecto histórico fantástico. O facto de ser Fiat é apenas a cereja no topo do bolo, é uma peça documental fantástica. Muita inveja...
Do outro lado do corredor estavam instalados uns malucos nossos conhecidos... que no meio de tanta conversa e animação acabei por não retratar, mas foi muito bom rever.
E antes que desse por isso, era hora de almoço. Para onde voou o tempo eu não sei, mas passou num instante! À saída ainda retratei este amigo...
Voltando à tarde, já estava o lugar reservado ao lado de outro amigo bem conhecido cá das lides, para fazermos a nossa própria celebração do 50º aniversário do lançamento desta fabulosa gama, com dois veículos utilitários brilhantes em vez dos modelos exóticos que os clubes teimam em seleccionar para mostruário.
Depois de mais uma volta pela feira a revisitar algumas coisas e a ver melhor outras, lá se deram mais uns dedos de conversa (que nunca mais acaba, temos sempre mais que falar) com malta amiga, até que se fez hora de regressar. Ainda fui jantar antes (jantar, já?!) e lá me fiz à estrada.
Os quilómetros para baixo eram os mesmos, mas curiosamente pareceram passar mais facilmente. Talvez pela companhia e distracção fornecida pelo rádio (que para cima veio calado), mas o ronronar suave do motor veio sempre fielmente acompanhando sem o mínimo soluço todo o trajecto. Entre tudo terão sido cerca de 650 km, sempre a bom andamento (levei 3 horas e 10 minutos de Portalegre até à Exponor, incluíndo uma paragem de 5 minutos para atestar em Penela), e sem levantar o capot. A aposta na Familiare revelou-se assim acertada, e chegámos a casa direitinhos (embora cansados) perto da uma da manhã.
A única coisa que acho que agravou ligeiramente com a viagem (mas pouco, já andava mal antes) foi a fuga de óleo do retentor traseiro da cambota, que cada vez espalha mais lubrificante pelo carro fora. Fui para cima com o nível a meio das marcas, e cheguei com ele uns 5 mm abaixo do mínimo, como verifiquei há pouco. Não o queimou, borrifou-o por todo o lado... tenho de terminar a caixa de 5 rapidamente para poder tratar dos dois assuntos de uma vez.
Sinceramente não me dou a esses trabalhos, muito menos quando tenho pressa... Mas terão andado por volta dos 8 litros aos 100 km. Curiosamente, e sei que isto deve ser familiar a muitos de vós que têm clássicos italianos, não é preciso vir com o pé do acelerador muito em baixo para manter uma velocidade elevada... mesmo em AE vou com qualquer coisa como 1/4 do curso, só preciso de calcar mais se for para ganhar velocidade, depois manter basta um cheirinho.
Não, caro amigo, isto é GOZAR um clássico... que é algo que a maioria raramente faz a sério. Eu tenho total confiança na minha menina, porque é sempre mantida em condições. A preparação para esta viagem não passou de uma verificação de níveis e alguns atestos, mais a troca dos óleos de transmissão que já andavam a ser planeados. Mas em breve eu relato isso ao pormenor, ontem esqueci-me.
Quando tiver a caixa de 5 então, ninguém nos pára...
Bom relato, tive a oportunidade de te cumprimentar já no final da feira.
É de louvar a viagem a bordo da carrinha, mas foi por uma boa causa. O 50º Aniversário do modelo!
Ganhas-te o titulo da 124 que veio de mais longe. Infelizmente registei poucos modelos desses trazidos por particulares nos 3 dias de feira, mas a presença da verdinha acabou por encher os pavilhões de charme.
Quanto à sujidade dos carros sem dúvida que o João Luís e até mesmo eu não ficamos atrás.
Senti que fui deixado de parte ao entrar com um Panda todo sujo e "moderno", mesmo assim não deixei de o estacionar lá dentro nestes 3 dias de exposição.
Um abraço.
(...)Quanto à sujidade dos carros sem dúvida que o João Luís e até mesmo eu não ficamos atrás.
Senti que fui deixado de parte ao entrar com um Panda todo sujo e "moderno", mesmo assim não deixei de o estacionar lá dentro nestes 3 dias de exposição.
Um abraço.
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