Ricardo Teixeira
Gasolina nas veias
António Barbosa disse:Tem toda a razão, estava a confundir com Toe. As ferragens que existem para o Mini que controlam os angulos da suspenção de trás permitem a afinação do Camber o do Toe. Não são complicadas, nem aumentam o peso do conjunto. Tenho visto alguns carros de velocidade com tracção atrás mais modernos (DTM) com as rodas de trás muito inclinadas para dentro, camber negativo, que em curva compensará o esforço da suspenção, ou não?
Correctíssimo. Vejo que fez o seu TPC ...
Realmente os ângulos traseiros são o Camber (inclinação vertical) e a Convergência (Toe - inclinação Horizontal).
Por incrível que possa parecer, os eixos rígidos já têm alguns desses angulos incorporados (mínimos), podendo ser ainda mais acentuados se modificarmos a ponte traseira com ajuda de uma prensa ou re-manufacturação do eixo.
Nos primeiros carros de IRS (independent rear suspension) é notório que quanto mais curso mais anómalo fica o camber em relação ao chão, prejudicando nitidamente a tracção (melhorando o conforto porque cada irregularidade do chão é absorvida independentemente).
Para corrigir isso nasceu o sistema multi-link, que permite uma correcta posição do camber ao longo de todo o curso da suspensão, implicando no entanto mais componentes resultando num sistema mais pesado e mais frágil do que o simples eixo rígido. Reparará actualmente que em muitas provas de Rally existem abandonos por rodas traseiras arrancadas, e nos tempos dos escort os rally eram bem mais severos.
(Nota: o camber que vê nos carros de turismo equivale ao ângulo de rolamento, ou seja, o mesmo que o carro inclinará em curva, permitindo que a roda de apoio fique perpendicular à pista.)
Armando... desculpa o Off-topic, e continua esse trabalho, e RITMO, invejáveis..