Citröen Citroën GS Club 1974

Depois de 6 meses de busca e de 2 anos a aprender mecânica básica com o meu Fiat Uno, cá fiz a loucura: comprei o meu primeiro clássico.
Diários de Bordo

Citröen Citroën GS Club 1974

E ainda digo mais, muita paciência e nunca perder a vontade e a paixão, pois tudo tem solução, e a menos que tenhas duas mãos esquerdas consegues fazer tudo, se não sabes, fazes como eu, consultas na Internet, compras manuais Haynes, perguntas a pessoas com experiência. Uma coisa que o meu pai sempre me diz , me incutiu desde pequenote e que também aprendi a minha maneira, è que uma pessoa està sempre a aprender, e que toda a gente tem sempre algo para ensinar. Basta quereres fazer e aprender e consegues como todos os outros

Ora, nem mais!
Eu aprendi quase tudo aqui no Portal!
:thumbs up:
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Um clássico vale mais pelo que nós lhe fizemos/melhorámos do que por qualquer valor de mercado. Consegui reduzir o valor de mercado do meu Mini, e nem assim o trocava por nada deste mundo.

Essa da alcatifa foi de mestre, não falavas nas 5 ou 6 horas que isso levou (foras as cabeçadas no vidro de trás e as dores nas costas) e montavas um negócio de alcatifas.
Ainda bem que o alternador tinha um fusível interior, foi com certeza o regulador mecânico que o fundiu, marca-o com uma caveira e 2 ossos cruzados para não enganar mais ninguém.

Acho que deves recuperar o sistema de controlo da temperatura de ar de refrigeração do motor, mas instala mesmo que provisoriamente um termómetro de óleo just in case...

Relativamente à caixa curta, se a 100 km/h em 4ª o motor está às 3300rpm, tens cerca de 30 km/h por cada 1000rpm, o que está perfeitamente na média para um familiar da época. Os Minis só tinham 26 km/h por cada 1000rpm, ainda "ganiam" mais a 100 km/h...
Acho que a massificação das auto-estradas nos anos 80 levou os fabricantes a criarem as caixas de 5 para baixarem a rotação dos motores em velocidades de cruzeiro.
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Ficou mesmo muito bom e foi uma melhoria bastante boa. Agora depois de ver as fotos disso montado já percebi como tinha de ser aplicado e digo-te já que não é nada fácil fazer isso montado no carro, portanto volto a dizer que fizeste um excelente trabalho, parabéns!

Muito bom! Parabéns pelo trabalho! abraço


Bom trabalho!
Ficam logo com um aspecto magnifico, as coisas... que são feitas por nós!

Obrigado!! Eu nunca tinha feito nada parecido. Na verdade, é mais fácil do que imaginava. Mas soube muito bem fazer isto!


Trouxeste.o aqui ao Porto?
Não. Soube de um electricista de velha guarda e resolvi experimentar, pois é aqui mais perto. Gostei muito! Ainda não montei o alternador, mas achei o electricista conhecedor.
Aliás, assim que lhe levei o alternador, identificou imediatamente que era de um Citroën, ainda antes de lho dizer!

Mais importante do que o jeito, é ter as ferramentas certas.

Na maioria dos casos o meu melhor amigo é o berbequim com a escova de arames.
Ver anexo 1068553

Mas posso usar a escova de arames no alternador? Não estrago nada? Sou muito mariquinhas com medo de estragar tudo...

E ainda digo mais, muita paciência e nunca perder a vontade e a paixão, pois tudo tem solução, e a menos que tenhas duas mãos esquerdas consegues fazer tudo, se não sabes, fazes como eu, consultas na Internet, compras manuais Haynes, perguntas a pessoas com experiência. Uma coisa que o meu pai sempre me diz , me incutiu desde pequenote e que também aprendi a minha maneira, è que uma pessoa està sempre a aprender, e que toda a gente tem sempre algo para ensinar. Basta quereres fazer e aprender e consegues como todos os outros

O meu problema é mesmo esse: tenho duas mãos esquerdas! ;). Sou o maior desastrado em tudo o que implique jeito de mãos. E sou pouco perfeccionista, desistindo facilmente de continuar a trabalhar até ficar impecável.
Mas pelo menos tenho consciência do defeito, o que é meio caminho andado para o corrigir!

Um clássico vale mais pelo que nós lhe fizemos/melhorámos do que por qualquer valor de mercado. Consegui reduzir o valor de mercado do meu Mini, e nem assim o trocava por nada deste mundo.

Essa da alcatifa foi de mestre, não falavas nas 5 ou 6 horas que isso levou (foras as cabeçadas no vidro de trás e as dores nas costas) e montavas um negócio de alcatifas.
Ainda bem que o alternador tinha um fusível interior, foi com certeza o regulador mecânico que o fundiu, marca-o com uma caveira e 2 ossos cruzados para não enganar mais ninguém.

Acho que deves recuperar o sistema de controlo da temperatura de ar de refrigeração do motor, mas instala mesmo que provisoriamente um termómetro de óleo just in case...

Relativamente à caixa curta, se a 100 km/h em 4ª o motor está às 3300rpm, tens cerca de 30 km/h por cada 1000rpm, o que está perfeitamente na média para um familiar da época. Os Minis só tinham 26 km/h por cada 1000rpm, ainda "ganiam" mais a 100 km/h...
Acho que a massificação das auto-estradas nos anos 80 levou os fabricantes a criarem as caixas de 5 para baixarem a rotação dos motores em velocidades de cruzeiro.

Obrigado, António!! Muito obrigado!
Pelos dados da caixa, pelo apoio e pelos conselhos!
A recuperação do termostato de admissão de ar quente vai ser mais difícil do que eu imaginava: não encontrei até agora nenhum termostato que esteja a funcionar correctamente. Vou continuar a busca.
Quanto ao termómetro do óleo, o GS tem um circuito de luz avisadora no quadrante quando o óleo está muito quente! O primeiro passo vai ser testar o sensor para saber se posso confiar nele. Antes disso, não reponho o termostato.
E também tenho de saber melhor a história dos GSA X3 e ver quais eram os que sobre-aqueciam!

Obrigado!
 
Última edição:
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afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Acabadinhos de chegar da Holanda. Infelizmente aquela casa de borrachas do Porto já não tinha os fluid-blocs para o braço de suspensão inferior esquerdo. O remédio foi mandar vir da Holanda (onde há uma das maiores legiões de fãs de Citroën GS) mas a um preço absolutamente exorbitante...
De todo o modo, estão cá à espera de corrigir a folga detectada na IPO!

IMG_6877.JPG
 

Anexos

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Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
O invólucro do alternador deve dar para ser limpo com o escovilhão sem problemas, normalmente é apenas uma caixa de alumínio fundido. Só tens de ter o cuidado de não chegar às bobinagens internas, porque são isoladas com um verniz, e se o removes queimas o circuito.

Se conseguires abrir o alternador e retirar o rotor para fora, o trabalho fica bem mais fácil. Eu tenho limpo muita coisa assim, com o berbequim e escovilhões de arame, e resulta lindamente.

Quanto à caixa, o António tem razão. Não te esqueças que estamos a falar de uma época anterior às AE por toda a parte, e de carros com um binário modesto, por isso a relação final nunca poderia ser muito longa para poder explorar bem o desempenho do motor. Muitos de nós já estranham um motor atingir mais rotação porque nos habituámos a ouvir um turbodiesel em rotação muito mais baixa, porque têm uma faixa de uso mais reduzida e o maior binário permite uma relação final muito mais longa, mas a ciência dos motores a gasolina desta altura era mesmo à base de rotação.

Eu acho que estás a ser muito modesto, tens vindo a demonstrar um excelente desenvolvimento nestes tempos de convívio no Portal, evoluis rápido e não tens medo de aprender e experimentar, e é só isso que faz falta! O trabalho na chapeleira ficou excelente, tenha levado o tempo que levou, isso é irrelevante. Para ficar bem feito faz-se com calma, não tens ninguém a correr atrás de ti.
 
Afonso, aquele GS francês que mostras-te para venda, o dono também tem 2 CX? É que estão à venda na net e o GS está ao lado. São do mesmo senhor?
 
OP
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afonsopatrao

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Portalista
Portalista
Depois de quase uma semana quietinho, hoje trouxe-o para o trabalho.
Mas fiquei com uma pulga atrás da orelha: quando subiu a suspensão, no eixo frontal, subiu mais de um lado que do outro!


Quando tirei o carro da garagem medi a distância da roda ao guarda-lamas e havia 2cm de diferença!
Subi a suspensão manualmente para a posição intermédia: não havia diferença.
Voltei a descer para a posição de estrada — carro inclinado....
Estranho...
Andei uns metros, parei e voltei a medir: tudo equilibrado!! Suspensão toda direita!
E desde aí ficou sempre direita no resto da manhã...
IMG_6924.JPG

Entendidos (@Samuel e outros): Porque aconteceu isto? A esfera esquerda pode estar com pressão diferente da direita e, por isso, demora a colocar a altura na posição correcta? Ou isto é normal nos primeiros minutos de funcionamento da suspensão — demora a afinar a altura ao solo correctamente?

Entretanto, estacionei junto a um hidropneumatico com menos 35 anos...
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E estou hoje equipado de Citroën.
 

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Samuel

Veterano
Depois de quase uma semana quietinho, hoje trouxe-o para o trabalho.
Mas fiquei com uma pulga atrás da orelha: quando subiu a suspensão, no eixo frontal, subiu mais de um lado que do outro!


Quando tirei o carro da garagem medi a distância da roda ao guarda-lamas e havia 2cm de diferença!
Subi a suspensão manualmente para a posição intermédia: não havia diferença.
Voltei a descer para a posição de estrada — carro inclinado....
Estranho...
Andei uns metros, parei e voltei a medir: tudo equilibrado!! Suspensão toda direita!
E desde aí ficou sempre direita no resto da manhã...
Ver anexo 1069151

Entendidos (@Samuel e outros): Porque aconteceu isto? A esfera esquerda pode estar com pressão diferente da direita e, por isso, demora a colocar a altura na posição correcta? Ou isto é normal nos primeiros minutos de funcionamento da suspensão — demora a afinar a altura ao solo correctamente?

Entretanto, estacionei junto a um hidropneumatico com menos 35 anos...
Ver anexo 1069152

E estou hoje equipado de Citroën.


É estranho de facto.
Acho que nunca me sucedeu nada parecido.

O corretor de altura não faz distinção entre esquerda e direita (acho eu).
Se fosse diferença de pressão, a situação manter-se-ia igual sempre mas pelos vistos depois estabilizou.
Ar no sistema... não sei se teria esse efeito...
Não poderá ser o braço da suspensão que esteja mais preso? Quando estabilizou dos dois lados ficou nos 2cms acima ou abaixo?
 
OP
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afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
É estranho de facto.
Acho que nunca me sucedeu nada parecido.

O corretor de altura não faz distinção entre esquerda e direita (acho eu).
Se fosse diferença de pressão, a situação manter-se-ia igual sempre mas pelos vistos depois estabilizou.
Ar no sistema... não sei se teria esse efeito...
Não poderá ser o braço da suspensão que esteja mais preso? Quando estabilizou dos dois lados ficou nos 2cms acima ou abaixo?
Na posição acima; no fundo, subiu o que tinha a subir. E já medi a altura nessa situação, está com a altura correcta.

Se fosse o braço preso, quando eu recoloquei na posição de estrada (depois de ter estado equilibrado na posição intermédia), ficaria equilibrado. Não?
Talvez seja ar no sistema... vou ver se sangro o circuito. Mal não fará!
 
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afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Eu, aprendiz de @João Pereira Bento e de @JorgeMonteiro me confesso.
Lá fui eu aventurar-me na limpeza do alternador.
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Estou com sentimentos divididos quanto ao resultado.
Fui comprar o disco de arame para o berbequim e trouxe da garagem duas escovas de arame. Instalei-me na varanda de alternador à frente. image.jpeg

Assim que comecei os trabalhos, fiquei MARAVILHADO com o efeito! De repente, volta a aparecer o prateado de peça nova. Aquelas coisas que eu só vejo acontecer nos tópicos dos outros!
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A principal dificuldade foi prender o alternador. A segunda maior dificuldade foi estar sempre com medo de estragar tudo e de estar a errar na forma como limpava e na ferramenta usada.
Mas pouco a pouco, o Ducellier recuperava a sua dignidade.
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Bom, estive uma hora nisto. Deu-me imenso gozo! Foi uma sensação fabulosa.

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Mas cheguei a um ponto em que preciso de umas dicas.
Por um lado, porque com o disco e com as escovas, já não consigo melhorar mais isto; é porque está bom ou há alguma coisa que devo fazer agora?
Por outro lado, porque ficaram alguns riscos em certos pontos do metal do alternador. Não sei se foi porque eu fiz alguma coisa mal, se a ferramenta é desadequada ou se isto é suposto acontecer. Seja como for: há alguma coisa que eu possa fazer para minorar os riscos?

Enquanto espero, o alternador fica a aguardar!
Um abraço e obrigado!
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João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
O Afonso tem umas capacidades acima da média, sou bem mais nabo. :p Eu também não sabia nada inicialmente e ainda não sei. Já consigo é desmontar um Fiat 128 ao seu ponto mais indivisível. :p

Recomendo uma Dremel, das poucas ferramentas que adicionei à garagem e que fazem mesmo imenso jeito. Dizem que as do Lidl são boas. A minha Dremel só nunca foi à pesca porque de resto já fez tudo.

Os últimos que limpei foi com jacto de areia/água. Claro que implicou que os tivesse desarmado. Há quem diga que devia ter dado verniz para travar aquela oxidação que o alumínio tende a criar. Um grande coleccionador disse-me para aplicar verniz que se dá no betão/cimento. Esta dúvida também serve para este do Citroen no fim de limpo. Aplicar ou não verniz? Se fossem limpos com esferas de vidro ficavam mais bonitinhos.

Cuidado com essas escovas de arame, não comprar no Chinês. Utilizar uns óculos bons porque se salta um arame para os olhos...

Offtopic: No outro dia saltou uma limalha para o olho do meu Pai, fui com ele ao hospital de Leiria uns dias depois. A médica tinha uma cara de Daimler SP250, pegou mal de manhã, era mesmo intratável. Ao vir me embora recomendou muito cuidado e eu disse-lhe: "eu não o deixo lapidar diamantes nos próximos dias". Consegui que ficasse a sorrir, mal ela imagina que foi por causa de um carro velho.

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Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Os riscos no alumínio são excesso de zelo! O alumínio é relativamente mole quando comparado com o arame da escova (latão?). Para disfarçar só passando uma lixa grossa, penso eu...
Eu também gosto da dremel para limpar os cantos, tenho umas pequenas escovas que funcionam bastante bem. De resto costumo usar bastante lã de aço, e não tenho paciência para deixar as peças a brilhar. De qualquer forma elas não brilhavam quando eram novas, nem na sua maioria tinham qualquer espécie de proteção.
 
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