Citröen Citröen Visa GT Tonic - Je Suis Mangualde

Diários de Bordo

Citröen Citröen Visa GT Tonic - Je Suis Mangualde

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
Portalista
percebe-se que o samba é o mais forte em quase tudo, devia ser um desportivo a sério, só o preço é que devia ser demasiado caro tal como o visa (60000fr = 1500 contos + -)
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
O mundo ainda ia ter de esperar uns anos até que o venerável motor Série-A sobre-alimentado aparecesse num chassis à altura da potencia debitada. No caso deste Mini preparado pela BAC pelo 30º aniversário, e com um compressor volumétrico em vez de um turbo, a potencia até era bem superior à do MG Metro Turbo!
BAC Mini.jpeg
Comme je suis un téte d'essence bien elevé, la magazine de l'article et aussi en français.
 

Anexos

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pintodealmeida

GT Abarth
Sem dúvida que a versão do Uno está deslocada, pois nem sequer é a SX.
E o Uno 70 tinha os travões, amortecedores do 55 ou 60 ou 45.
Os SX vinham era com 165/65-13 em vez de 155/70-13 ou 135/80-13.

As aptidões desportivas eram mesmo deslocadas, no entanto a mecânica é uma maravilha.
Se o carro com o motor 1116 do 128 já era uma delícia, com tudo +20% ainda mais interessante fica.

É a mecânica Regata mas com o peso do Uno, Aerodinâmica do Uno, caixa do Uno, manobridade do Uno.

Não tem hipótese para o MG Metro Turbo, mas tem para muitos carros em arranque sim.
 
OP
OP
David Silva

David Silva

scuderi
Bem, já que o Moisés não nos traduz isto vamos lá colocar a tradução da conclusão em português googliano.

Acho que as conclusões, 32 anos depois podem ser apelidadas de "bastante controversas"... O Corsa SR (GT) como preferido é de todo uma surpresa. E como podem ver o Uno não está assim tão desenquadrado:

"Em conclusão, vem à mente que é o italiano (Uno), o mais rigoroso, e o Alemão (Corsa) o mais quente. O primeiro surpreende pelo acabamento de seu interior e rigor do seu eixo dianteiro. O seu motor é bom, a sua caixa é de longe a melhor do lote, apesar de uma hierarquização inteligente e que carece de um pouco de fantasia para seduzir mais do que o Corsa. Um pouco mais cavalos de potência e linha menos banal, alguns instrumentos suplementares e dois bancos desportivos, justificariam a suspensão desconfortável. É deste modo que depois deste teste, o Corsa SR se torna o mais desejado. Apesar de algumas falhas: um acabamento mediano, motricidade muitas vezes insuficiente e reacções no volante acompanhadas de trajectórias variáveis (escorregadias), e por fim, uma caixa menos perfeita e pior escalonada do que no Fiat. Em contrapartida, a sonoridade, equipamento completo, motor potente e vivo que incentiva ao seu uso por si só. Enquanto sentado em verdadeiras baquets, o volante alto, vertical e bem na mão, nós nos divertimos constantemente neste pequeno desportivo que leva seu nome e dá ao condutor mais prazer do que os cinco concorrentes. Como se fosse de uma categoria superior. Portanto, por trás dele, os outros sofrem. O Visa, no papel, tem algumas vantagens, é agradável à vista, mas cansa ao volante. O motor demasiado tranquilo, sonoridade desanimadora, direção desmultiplicada e suspensão confortável... Não preenche os requisitos especialmente a este preço. O Samba esta reservado à competição. Ou a grande condutores de pé pesado. Responde rapidíssimo se empurrar com força no pedal direito mas não gosta de velocidades de cruzeiro. O seu equipamento espartano só irá agradar aos adeptos do puro e duro. Quanto ao Metro, pareceu menos em forma do que a primeira vez (talvez um ensaio anterior???). Apesar do seu turboboost (controle de pressão do turbo) subir menos o motor reagiu mais fraco. Sob estas condições, perde um pouco do seu encanto e tem de seduzir pelo equipamento especialmente completo, um interior alegre e moderno e um símbolo de prestígio... para os olhos de alguns. Dito isto, que a pressão do turbo é variável, é possível pensar que umas mãos hábeis não têm problemas em fazer de um mau Metro um bom Turbo. Porque quando o turbo entra, torna-se irresistível, apesar das suas suspensões ridículas. Finalmente o Autobianchi, como já se suspeitava na retaguarda. O menos rápido, menos confortável (ruído e suspensão), menos preso ao solo, é também o mais barato. Para os mais jovens, dispostos a tudo, e apesar das prestações mais fracas, oferece um caráter brilhante na cidade . Desportivo com uma caixa perfeitamente escalonada, tão bom que sugere umas subidas de montalha ao estilo Rampa. Um lanterna vermelha a quem não falta personalidade."

A minha análise após isto faz-me pensar que o Visa GT Tonic francês teria um rapport bem mais longo e pachorrento que o GT Tonic português. Não me custa acreditar nisto uma vez que sei que as caixas francesas dos Alfa Romeo desta época eram diferentes das italianas, e o caráter mais pachorrento do GT Tonic francês, competiria menos com o mais vivaço Chrono.
Quanto ao Corsa a surpresa é total, mais ainda quando não apontam os travões como um dos defeitos.
De resto a conclusão do ensaio usa argumentos que são antagónicos com os nossos passados 32 anos. O obsoletismo usado na análise do A112, seria um trunfo para um amante de clássicos como nós nos dias de hoje.

Já agora deixo o meu ranking neste comparativo:

1º Talbot Samba Rallye
2º Autobianchi A112 Abarth
3º Citröen Visa Gt Tonic
4º Fiat Uno 70S
5º MG Metro Turbo
6º Opel Corsa

Devo ser mesmo doido...
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
@David Silva, Vim tarde, mas cheguei:).

Estou surpreendido com os resultados, a minha tabela de classificação antes de colocares seria:

1º Talbot Samba Rallye - Claramente o mais desportivo, o ancião dos 205/106 Rallye:)
2º Autobianchi A112 Abarth - Conduzi-lo deveria ser dar uma pica temível, escalonamento de caixa para cortar em recta na mudança mais alta:thumbs up:
3º Citröen Visa Gt Tonic - Aquele quadrante é doido como os gauleses
4º Opel Corsa 1.3 SR - Surpreendeu-me as prestações indicadas, com bancos e jantes a sério.
5º MG Metro Turbo - Não sou apreciador do Metro
6º Fiat Uno 70S - Foi penalizado não me parece ter qualquer apetência para desportivo nesta versão.

Obrigado pela partilha.
O Visa melhora a olhos vistos.

Abraço,
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Nos anos 80 pude conduzir 3 dos ensaiados, um Visa GT Bi-Campeão, o A112 Abarth de 1985, e um Corsa GT de 1987.
Curiosamente um dos defeitos que na altura apontei ao Visa GT Bi-Campeão foi ter a caixa mesmo muito curta, até aos 140 ou 150 era um tirinho mas depois...
O A112 Abarth, não tinha binário absolutamente nenhum abaixo das 5000 rpm, depois disso ensandecia por completo. Uma vez ensandeceu a meio de uma curva na Praça da República, aqui no Porto, e vi-me aflito para o segurar...
O Corsa GT tinha o red-line às 7000r.p.m. ou mais! A entrega da potencia era bastante progressiva, e se necessário dava para 'esticar uma 3ª ou uma 4ª até à ultima e o motor não se negava.

A minha classificação não seria fácil pois não acho o Talbot Samba Rallye de todo comparável com o Uno 70.

Para um 'Téte d'essence' de vinte e poucos anos vividos nos anos 80 seria,

1º O Visa GT Bi-Campeão, fazia principalmente cidade portanto mais do 150Km/h não era uma prioridade
2º O Corsa, mais discreto mas muito carro, com muito motor para andar.
3º O Talbot Samba Rallye, só vem aqui em 3º por que o dono do Visa que conduzi trocou-o por AX Sport e aquilo não era um carro para cidade, era para circuito. Não acho que este Talbot fosse muito diferente...

4º O A112 Abarth, os disparos do pequeno motor às rotações mais elevadas eram divertidos. É o modelo com menos cm3 do grupo, não há milagres...

O MG Metro Turbo não o incluo, não sou juiz de causa própria. Foi um modelo vitima da eterna má situação financeira da BL. O MG Metro tinha muito melhor relação preço/performance. Na versão troféu, com suspensões convencionais, era grande máquina!

O Uno também não faz sentido classificá-lo com os outros, seria com certeza um familiar interessante.
 
OP
OP
David Silva

David Silva

scuderi
Vamos lá actualizar isto mais um pouco.

Andava a ver-me grego para encontrar uma chapeleira inviolada pelas colunas à moda dos anos 80. Decidi mais uma vez chatear alguns amigos. Uma chamada com o @ze miguel silva e este cedeu-me o contacto de uma pessoa simpaticíssima que dispunha de algumas peças de Citröen Visa. Marcamos encontro e finalmente encontrei o que queria. Além disso trouxe também um farol Valeo para que os faróis no carro fossem exactamente iguais, uma vez que dispunha de um Cibié e outro Valeo, notando-se diferença de tonalidade na zona dos piscas. E também um auto-rádio Beltek (made in Japan), que serve principalmente para compôr a zona em aberto que tinha no tablier. Achei o auto-rádio um pouco antigo demais para o carro mas como foi uma pechincha não hesitei.

IMG_20160331_124708.jpg

Como podem ver a chapeleira tem a alcatifa degradada mas o difícil estava feito. Depois de uma boa limpeza e uma pequena reparação no auto-rádio já fiquei com o carro mais composto.

IMG_20160403_223921.jpg IMG_20160404_142130.jpg P4043473.JPG

O auto-rádio é um Beltek MR401, e a única informação que encontrei sugere que o modelo seja de 1980. Não estará muito desfasado portanto.

MR401 Car Radio Beltek Corporation; Tokyo, build 1980 ??, 2

upload_2016-4-10_22-12-31.png

Entretanto fez-se uma breve limpeza na baía de motor e aproveitei para colocar o macaco no sítio. Nestas fotos podem ver que o corpo dos 2 faróis têm cor diferente por serem de marcas também diferentes. Fiquei com pena de não ter encontrado outro Cibié mas paciência, vai ficar com 2 Valeo. Não iria deixar de ser feio por isso...:lol:
Com pneu suplente:

P4043464.JPG

Sem pneu suplente:

P4043467.JPG

Uma coisa que tenho reparado é que a qualidade dos plásticos interiores do Visa é realmente má e os anos não ajudam nada, principalmente na zona do tablier. Não vou fazer nada quanto a isto mas será algo a rever por um futuro proprietário.

Entretanto comprei o tal spray para pintura de tecido e vinis e já estou a tratar da experiência nas quartelas. A relatar em breve.
 

Anexos

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Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
O comando da caixa original é igual ao do Visa GT.

Ver anexo 411022

Como a haste costuma enferrujar terão optado por colocar uma do AX. Pra mim valoriza o habitáculo por isso vai ficar.
Então já agora uma dica, a do AX GTi Exclusive é mais parecida com a original. Mesmo design da do AX GTi "normal" mas com gravação a branco e acabamento brilhante. Pena a minha estar partida, mas ofereço-a de boa vontade ;)
 

Samuel

Veterano
Nos faróis, por vezes, não é só na cor/tonalidades que varia de uma marca para a outra mas também no desenho do vidro de espalhamento da luz, por isso ter os dois a combinar é também uma mais valia ao nível de desempenho da iluminação e, consequentemente, da segurança.
 

Carlos Vaz

Pre-War
A minha análise após isto faz-me pensar que o Visa GT Tonic francês teria um rapport bem mais longo e pachorrento que o GT Tonic português. Não me custa acreditar nisto uma vez que sei que as caixas francesas dos Alfa Romeo desta época eram diferentes das italianas, e o caráter mais pachorrento do GT Tonic francês, competiria menos com o mais vivaço Chrono.

Faz sentido até porque a fiscalidade é (ou era) sob a forma de cv fiscais que eram determinados segundo uma formula que envolvia a cilindrada e a relação final. Razão pela qual em França era comum o uso de caixas mais longas pois beneficiava em termos de custos fiscais.
 

pintodealmeida

GT Abarth
Eu conheço esse teste da altura.
E nessa altura com 12-13 anos a minha escolha seria:

MG Metro Turbo
Talbot Samba Rallye
Autobianchi A112 Abarth
Opel Corsa SR
Citröen Visa GT Tonic
(FIAT Uno 70S)

Isto apesar de ser um seguidor e apaixonado pelo Uno desde que apareceu.
Nesta comparação de 6 carros o Uno 70 S (versão normal) ficará sempre de lado.

No entanto umas considerações:
- Qualquer análise objectiva global em termos automobilísticos, dará sempre grande vantagem ao Uno por ser bem mais avançado do que os outros.
O espaço por exemplo: não dá hipótese aos outros.
- Já o inverso para o A112, que é um carro mais pequeno do que os restantes.
- O Uno não tem qualquer desportividade, mas o motor em si é capaz de ser o 3º melhor desses 6.
- O Uno não tem desportividade, mas tem medições melhores do que outros que são desportivos, pois por exemplo a aerodinâmica pode dar-lhe resposta em autoestrada melhor.
A 1ª e a 2ª em arranque são muito fortes
- Em 84-85, por ai, o MG Metro Turbo gozava de uma boa aura, até pelo troféu.
- Mais tarde houve uma versão do Uno não a "S" que nem tampões tinha, mas a SX e em 3 portas, que já tinha um aspecto bem superior, até pelo pára-choques, faróis de nevoeiro, arcos de cavas das rodas, etc.
Ainda assim continuo a não considerar incluído nos outros 5 "concorrentes".

Pub%20-%20Fiat%20Uno%20-%201988%20(Medium).jpg

;

Hoje e desde uns anos para cá, a minha escolha seria:

Talbot Samba Rallye
Autobianchi A112 Abarth
Citröen Visa GT Tonic
MG Metro Turbo
Opel Corsa SR
(FIAT Uno 70S)

Explico,

O Uno continua a correr ao lado. Menção honrosa ao fantástico casamento e equilíbrio da mecânica 1300 no conjunto "Uno".

O Talbot fica em 1º das minhas escolhas, pela raridade e pela mecânica de limite, a tirar com dois duplos 90cv de um 1200.
A sua raridade extrema (fora de França e mesmo em França) dá-lhe um exotismo enorme.
É o antecessor do AX Sport, este já 1300, por aumento e com mais 5cv.

O Autobianchi em 2º, sendo em principio o melhor desportivo do grupo, com mais factores de "elaborazione", como pormenores até de equipamento e decoração.
E até por ser apenas "1000" e estar tão "preparado".
Sendo um carro de preparador (Abarth).

O Visa em 3º e o Corsa em 5º.
Ao longo dos anos e depois de serem "clássicos" invertem valores, também em parte pela facilidade de ver e ter Corsas GT (SR é pormenor e sim, esse é raro).
E porque o Visa hoje tem um conjunto que me cativa mais e será mais competente como desportivo, apesar de não parecer, e apesar de na altura o Corsa ser mais moderno.

O MG em 4º porque o seu "desequilibro" e a perda de peso da escola Britânica, bem como já não competir, não puxa tanto interesse, apesar das prestações!
E porque se nos anos 80 o seu aspecto era muito cativante, hoje passa ao lado nessas questões.

Conclusão:

Sem ser a intenção, nem ter sido esse o pensamento, as minhas escolhas nos anos 80 parecem ordenadas pela potência e as de hoje pela raridade.
Não exactamente mas parecem.
 

Anexos

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Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
(...) Além disso trouxe também um farol Valeo para que os faróis no carro fossem exactamente iguais, uma vez que dispunha de um Cibié e outro Valeo, notando-se diferença de tonalidade na zona dos piscas.
(...)
Nestas fotos podem ver que o corpo dos 2 faróis têm cor diferente por serem de marcas também diferentes. Fiquei com pena de não ter encontrado outro Cibié mas paciência, vai ficar com 2 Valeo.
Na realidade Cibié e Valeo são a mesma coisa, pois a Cibié pertence à Valeo.
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
Portalista
Bem, já que o Moisés não nos traduz isto vamos lá colocar a tradução da conclusão em português googliano.

Acho que as conclusões, 32 anos depois podem ser apelidadas de "bastante controversas"... O Corsa SR (GT) como preferido é de todo uma surpresa. E como podem ver o Uno não está assim tão desenquadrado:

"Em conclusão, vem à mente que é o italiano (Uno), o mais rigoroso, e o Alemão (Corsa) o mais quente. O primeiro surpreende pelo acabamento de seu interior e rigor do seu eixo dianteiro. O seu motor é bom, a sua caixa é de longe a melhor do lote, apesar de uma hierarquização inteligente e que carece de um pouco de fantasia para seduzir mais do que o Corsa. Um pouco mais cavalos de potência e linha menos banal, alguns instrumentos suplementares e dois bancos desportivos, justificariam a suspensão desconfortável. É deste modo que depois deste teste, o Corsa SR se torna o mais desejado. Apesar de algumas falhas: um acabamento mediano, motricidade muitas vezes insuficiente e reacções no volante acompanhadas de trajectórias variáveis (escorregadias), e por fim, uma caixa menos perfeita e pior escalonada do que no Fiat. Em contrapartida, a sonoridade, equipamento completo, motor potente e vivo que incentiva ao seu uso por si só. Enquanto sentado em verdadeiras baquets, o volante alto, vertical e bem na mão, nós nos divertimos constantemente neste pequeno desportivo que leva seu nome e dá ao condutor mais prazer do que os cinco concorrentes. Como se fosse de uma categoria superior. Portanto, por trás dele, os outros sofrem. O Visa, no papel, tem algumas vantagens, é agradável à vista, mas cansa ao volante. O motor demasiado tranquilo, sonoridade desanimadora, direção desmultiplicada e suspensão confortável... Não preenche os requisitos especialmente a este preço. O Samba esta reservado à competição. Ou a grande condutores de pé pesado. Responde rapidíssimo se empurrar com força no pedal direito mas não gosta de velocidades de cruzeiro. O seu equipamento espartano só irá agradar aos adeptos do puro e duro. Quanto ao Metro, pareceu menos em forma do que a primeira vez (talvez um ensaio anterior???). Apesar do seu turboboost (controle de pressão do turbo) subir menos o motor reagiu mais fraco. Sob estas condições, perde um pouco do seu encanto e tem de seduzir pelo equipamento especialmente completo, um interior alegre e moderno e um símbolo de prestígio... para os olhos de alguns. Dito isto, que a pressão do turbo é variável, é possível pensar que umas mãos hábeis não têm problemas em fazer de um mau Metro um bom Turbo. Porque quando o turbo entra, torna-se irresistível, apesar das suas suspensões ridículas. Finalmente o Autobianchi, como já se suspeitava na retaguarda. O menos rápido, menos confortável (ruído e suspensão), menos preso ao solo, é também o mais barato. Para os mais jovens, dispostos a tudo, e apesar das prestações mais fracas, oferece um caráter brilhante na cidade . Desportivo com uma caixa perfeitamente escalonada, tão bom que sugere umas subidas de montalha ao estilo Rampa. Um lanterna vermelha a quem não falta personalidade."

A minha análise após isto faz-me pensar que o Visa GT Tonic francês teria um rapport bem mais longo e pachorrento que o GT Tonic português. Não me custa acreditar nisto uma vez que sei que as caixas francesas dos Alfa Romeo desta época eram diferentes das italianas, e o caráter mais pachorrento do GT Tonic francês, competiria menos com o mais vivaço Chrono.
Quanto ao Corsa a surpresa é total, mais ainda quando não apontam os travões como um dos defeitos.
De resto a conclusão do ensaio usa argumentos que são antagónicos com os nossos passados 32 anos. O obsoletismo usado na análise do A112, seria um trunfo para um amante de clássicos como nós nos dias de hoje.

Já agora deixo o meu ranking neste comparativo:

1º Talbot Samba Rallye
2º Autobianchi A112 Abarth
3º Citröen Visa Gt Tonic
4º Fiat Uno 70S
5º MG Metro Turbo
6º Opel Corsa

Devo ser mesmo doido...
Ufa,
Safei-me!
 
OP
OP
David Silva

David Silva

scuderi
Então já agora uma dica, a do AX GTi Exclusive é mais parecida com a original. Mesmo design da do AX GTi "normal" mas com gravação a branco e acabamento brilhante. Pena a minha estar partida, mas ofereço-a de boa vontade ;)

Mostra lá uma foto disso. Mas agrada-me ver aquele vermelho no meio daquele cinzentismo todo...

Nos faróis, por vezes, não é só na cor/tonalidades que varia de uma marca para a outra mas também no desenho do vidro de espalhamento da luz, por isso ter os dois a combinar é também uma mais valia ao nível de desempenho da iluminação e, consequentemente, da segurança.

Confesso que é uma coisa que incomoda mais ao Daniel do que a mim... Mas ele tem razão. E como o farol a chapeleira e o auto-rádio ficaram por 30€ nem hesitei...

Faz sentido até porque a fiscalidade é (ou era) sob a forma de cv fiscais que eram determinados segundo uma formula que envolvia a cilindrada e a relação final. Razão pela qual em França era comum o uso de caixas mais longas pois beneficiava em termos de custos fiscais.

Obrigado por essa informação Carlos. Agora estou mesmo convencido que a caixa do Tonic francês é uma treta. Estes gajos de Mangualde é que são uma vergonha. Não se consegue tirar as especificações do Tonic português em lado nenhum...

Eu conheço esse teste da altura.
E nessa altura com 12-13 anos a minha escolha seria:

MG Metro Turbo
Talbot Samba Rallye
Autobianchi A112 Abarth
Opel Corsa SR
Citröen Visa GT Tonic
(FIAT Uno 70S)

Isto apesar de ser um seguidor e apaixonado pelo Uno desde que apareceu.
Nesta comparação de 6 carros o Uno 70 S (versão normal) ficará sempre de lado.

No entanto umas considerações:
- Qualquer análise objectiva global em termos automobilísticos, dará sempre grande vantagem ao Uno por ser bem mais avançado do que os outros.
O espaço por exemplo: não dá hipótese aos outros.
- Já o inverso para o A112, que é um carro mais pequeno do que os restantes.
- O Uno não tem qualquer desportividade, mas o motor em si é capaz de ser o 3º melhor desses 6.
- O Uno não tem desportividade, mas tem medições melhores do que outros que são desportivos, pois por exemplo a aerodinâmica pode dar-lhe resposta em autoestrada melhor.
A 1ª e a 2ª em arranque são muito fortes
- Em 84-85, por ai, o MG Metro Turbo gozava de uma boa aura, até pelo troféu.
- Mais tarde houve uma versão do Uno não a "S" que nem tampões tinha, mas a SX e em 3 portas, que já tinha um aspecto bem superior, até pelo pára-choques, faróis de nevoeiro, arcos de cavas das rodas, etc.
Ainda assim continuo a não considerar incluído nos outros 5 "concorrentes".

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Hoje e desde uns anos para cá, a minha escolha seria:

Talbot Samba Rallye
Autobianchi A112 Abarth
Citröen Visa GT Tonic
MG Metro Turbo
Opel Corsa SR
(FIAT Uno 70S)

Explico,

O Uno continua a correr ao lado. Menção honrosa ao fantástico casamento e equilíbrio da mecânica 1300 no conjunto "Uno".

O Talbot fica em 1º das minhas escolhas, pela raridade e pela mecânica de limite, a tirar com dois duplos 90cv de um 1200.
A sua raridade extrema (fora de França e mesmo em França) dá-lhe um exotismo enorme.
É o antecessor do AX Sport, este já 1300, por aumento e com mais 5cv.

O Autobianchi em 2º, sendo em principio o melhor desportivo do grupo, com mais factores de "elaborazione", como pormenores até de equipamento e decoração.
E até por ser apenas "1000" e estar tão "preparado".
Sendo um carro de preparador (Abarth).

O Visa em 3º e o Corsa em 5º.
Ao longo dos anos e depois de serem "clássicos" invertem valores, também em parte pela facilidade de ver e ter Corsas GT (SR é pormenor e sim, esse é raro).
E porque o Visa hoje tem um conjunto que me cativa mais e será mais competente como desportivo, apesar de não parecer, e apesar de na altura o Corsa ser mais moderno.

O MG em 4º porque o seu "desequilibro" e a perda de peso da escola Britânica, bem como já não competir, não puxa tanto interesse, apesar das prestações!
E porque se nos anos 80 o seu aspecto era muito cativante, hoje passa ao lado nessas questões.

Conclusão:

Sem ser a intenção, nem ter sido esse o pensamento, as minhas escolhas nos anos 80 parecem ordenadas pela potência e as de hoje pela raridade.
Não exactamente mas parecem.

Pah, eu acho que estás agarrado à estética do carro para não o enquadrares no ensaio. O Turbo saiu no ano seguinte mas ficaria bem mais desenquadrado que este. E se reparares o carro só não venceu o comparativo por não ter uma estética compatível com o comportamento dinâmico principalmente a nível da suspensão. Confesso que gostava de experimentar um....

Ufa,
Safei-me!

Tu hás de cá vir... :lol::lol::lol:
 

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Hugo Albuquerque

Rover Enthusiastic
Hoje lembrei-me de ti David Silva, ao ver fotos deste GT Tonic abandonado em Guimarães.
 

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OP
OP
David Silva

David Silva

scuderi
Hoje lembrei-me de ti David Silva, ao ver fotos deste GT Tonic abandonado em Guimarães.
:lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol:

Ora vai lá ver como se chama o gajo que postou essas fotos...

E olha que não está abandonado... ;)

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Parti-me a rir quando um dos que comentou o post me disse que já tinha visto este Visa a fugir à polícia duas vezes!
 

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David Silva

David Silva

scuderi
Um dia destes, estava eu a trabalhar no Visa, e as luzes da garagem começaram a falhar... De repente começo a ver uns relâmpagos e muitas faíscas. Logo depois aparece um vulto envolto em fumo e deixa dois rastos de fogo no chão da garagem... Quando o fumo começa a esvanecer começo a vislumbrar uma traseira de um DeLorean toda xunada. De repente a porta do lado esquerdo abre-se e sai de lá o Michael J. Fox com um skate esquisito e sem rodas debaixo do braço.

- Hey pal! Where am I?
- Porra Michael! Que tas aqui a fazer ca$&/#lho???
-Sorry I don't understand you very well! Where the hell is car$%/#lho?
-Tas em Braga pah! Portugal! Não vês estes padres todos?
-Oh!!!! Yeah! You're right! Let's do this: I'm going to catch Doc back in 1876 and then I'll be back here to dinner a frigideira do cantinho, ok?
-Ok pah! Mas só se me levares nisso até à Rampa da Falperra de 1987!
-"Alrighty" then! We've got a deal! See ya!

E passou-se ao fresco da mesma forma que apareceu! O gajo estava com muito bom aspeto mesmo para quem sofre de Parkinson!

Entretanto fui logo preparar o Visa para esta viagem!

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Eu sei que não vão acreditar mas nesta foto de 1987 era eu que ia 2 lugares atrás do Rui Lages...

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Saudades! :rolleyes:
 

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