Ricardo Duarte Kadypress disse:
Eduardo, são pois belos momentos estes que aqui nos traz, que viajam desde os saudosos Saab 93 e 96 de 2T até quase aos dias da independência. Foram anos fabulosos. Concordo consigo que as saias eram muito interessantes
Quanto ao mau momento que
postou os infelizes indivíduos não caiem, mas voam , pois foram, inafortunadamente, projectados pelo embate do Porsche Carrera 6 do
Janita Andrade Villar.
Neste acidente foi também mortalmente colhida a esposa de um dos pilotos em prova, (filmava o marido*) - o sul africano Ian Craigie - que corria em Lotus Cortina e que mantinha interesses comerciais na Ford de Angola.
*este extracto de filme, a existir, seria um momento único de cinema e um documentário tão fabuloso quão macabro.
Caro Ricardo,
Muitas saudades guardo dos belos tempos em que passei em Luanda. Nessa altura era mais entusiasta das motos, "vício" que me veio a ficar para toda a vida, tendo-o só deixado há cerca de alguns meses por questões de saúde (alergias).
Assim, são as corridas de motos que ainda recordo com mais precisão, sendo o barulho grave das Honda 50, que pouco ou nada andavam, que mais me excitava o entusiasmo. Essas motos ainda eram pouco encontradas na metrópole, dado que a sua importação começou por Moçambique, passsando depois para Angola, senão me engano.
Cá eram ainda as Zundapp e as Kreidler que faziam furor. Assim, quando cheguei a Luanda e ouvi aquele troar de moto de alta cilindrada, em motor de 50, instalado num quadro de quase bicicleta, fiquei logo fascinado. Não cheguei a ter nenhuma, mas foi uma das minhas paixões.
Vi as corridas de automóveis de 68, em Luanda, e o carro que mais me gostei de ver foi um 600 Abarth, não sei de quem, especialmente pelo seu nível de preparação e afinação.
Vi essas corridas no fim da recta da marginal, na curva que circundava o castelo.
Pelo que li dos seus posts, verifico que é um verdadeiro expert desta matéria e também que deve ter vivido bastantes anos em Angola.
É pena termos deixado aquela jóia de forma tão imtempestiva. Eram os tempos da revolução, que eu acompanhei por dentro, por ser militar de carreira, desde 69 até 92.