ANGOLA - Factos Históricos do Automobilismo (pré 1975)

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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

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(Cortesia de Oliva/Suécia)

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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

Curva dos Correios
(Cortesia de Oliva/Suécia)

David Piper no 250 LM #11 já devia a estar a dar uma ou mais voltas de avanço aos dois GTO, os quais, por sinal, andavam perto um do outro. O GTO #15 de Maggs era de facto, propriedade de David Piper, mas ao que parece, o GTO #9 de Langlois também "abriu"" para Piper passar.
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964


O #3, António Peixinho, no Ferrari 250 GTO, um carro relativamente menos competitivo, mesmo assim, teve uma prestação notável.

(Foto da revista Zuid Africa Motorsport de Jan/1965)
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

Garagem do ATCA Automovel Touring Clube de Angoa (Dez/1964)
4 Porsche 904 GTS, um Ferrari 250LM e um Ferrari GTO identificáveis.
(foto cedida por Oliva/Suécia)
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

As chuvadas repentinas (como na Taça de Oiro'66) são só para quem conhece Angola em que chovia e os 40 graus secavam a chuva num instante. Numa prova em que arrancam a seco e em que se vê Müller a fazer spray com o 718RSK. Aqui Eugster (Porsche 904GTS) andou aos papeis e foi, ao passeio, dar nova forma às jantes.

(fotos cedidas por Oliva/Suécia)
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

Willy Mairesse #7 (Ferrari 250LM) na sua longa caminhada (de 100 voltas) para a vitória. Os Caluandas que identifiquem o local que teve direito a ponte aérea e tudo.Esta não caíu!!!

(Foto da revista Zuid Africa Motorsport de Jan/1965)
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

Mais uma foto do dito. Igualmente se convidam os Caluandas a identificar o local.

Está dispensada a identificação do polícia entre muros, saber onde se meteu o bombeiro (ou o extintor será do o comissário de que só se vê a bandeira e braço?), ou o numero de frutos que a árvore contém :).
Contudo será bem vinda a identificação do perseguidor(?) ou ultrapassado(?) por W.Mairesse. ;)

(foto da Revista Zuid-Africa Motorsport de Jan/1965)
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Ricardo Duarte Kadypress
VII Grande Prémio de Angola em 1964

"Parece que o equipamento fotográfico usado pela Zuid-Africa era um bocado melhor do que o da imprensa local. As imagens do Notícia - exemplo abaixo - parecem pinturas expressionistas."

(foto e comentário de Oliva/Suécia)
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Só estive em Angola em 1968, durante cerca de 8 meses, em 1971, durante cerca de 6 meses e em 1975 desde Junho até à véspera da independência.
Tive oportunidade de ver as corridas de Lunada em 1968, mas as memórias já estão um tanto apagadas, pois nessa altura, com 18 anos, era mais aficionado por saias do que por automóveis e realmente as primeiras não me davam tempo livre.
No entanto, descobri no computador dum cunhado meu estas fotos de Angola que aqui coloco esperando dar algum contributo para o tema que é realmente histórico.
 

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Mais imagens...
 

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O fatídico acidente de 1969:
Na segunda foto podem ver-se duas pessoas a cair do passadiço.
 

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Ricardo Duarte Kadypress
Eduardo, são pois belos momentos estes que aqui nos traz, que viajam desde os saudosos Saab 93 e 96 de 2T até quase aos dias da independência. Foram anos fabulosos. Concordo consigo que as saias eram muito interessantes;)

Quanto ao mau momento que postou os infelizes indivíduos não caiem, mas voam , pois foram, inafortunadamente, projectados pelo embate do Porsche Carrera 6 do Janita Andrade Villar.
Neste acidente foi também mortalmente colhida a esposa de um dos pilotos em prova, (filmava o marido*) - o sul africano Ian Craigie - que corria em Lotus Cortina e que mantinha interesses comerciais na Ford de Angola.:(

*este extracto de filme, a existir, seria um momento único de cinema e um documentário tão fabuloso quão macabro.
 
Ricardo Duarte Kadypress disse:
Eduardo, são pois belos momentos estes que aqui nos traz, que viajam desde os saudosos Saab 93 e 96 de 2T até quase aos dias da independência. Foram anos fabulosos. Concordo consigo que as saias eram muito interessantes;)

Quanto ao mau momento que postou os infelizes indivíduos não caiem, mas voam , pois foram, inafortunadamente, projectados pelo embate do Porsche Carrera 6 do Janita Andrade Villar.
Neste acidente foi também mortalmente colhida a esposa de um dos pilotos em prova, (filmava o marido*) - o sul africano Ian Craigie - que corria em Lotus Cortina e que mantinha interesses comerciais na Ford de Angola.:(

*este extracto de filme, a existir, seria um momento único de cinema e um documentário tão fabuloso quão macabro.

Caro Ricardo,

Muitas saudades guardo dos belos tempos em que passei em Luanda. Nessa altura era mais entusiasta das motos, "vício" que me veio a ficar para toda a vida, tendo-o só deixado há cerca de alguns meses por questões de saúde (alergias).
Assim, são as corridas de motos que ainda recordo com mais precisão, sendo o barulho grave das Honda 50, que pouco ou nada andavam, que mais me excitava o entusiasmo. Essas motos ainda eram pouco encontradas na metrópole, dado que a sua importação começou por Moçambique, passsando depois para Angola, senão me engano.
Cá eram ainda as Zundapp e as Kreidler que faziam furor. Assim, quando cheguei a Luanda e ouvi aquele troar de moto de alta cilindrada, em motor de 50, instalado num quadro de quase bicicleta, fiquei logo fascinado. Não cheguei a ter nenhuma, mas foi uma das minhas paixões.
Vi as corridas de automóveis de 68, em Luanda, e o carro que mais me gostei de ver foi um 600 Abarth, não sei de quem, especialmente pelo seu nível de preparação e afinação.
Vi essas corridas no fim da recta da marginal, na curva que circundava o castelo.
Pelo que li dos seus posts, verifico que é um verdadeiro expert desta matéria e também que deve ter vivido bastantes anos em Angola.
É pena termos deixado aquela jóia de forma tão imtempestiva. Eram os tempos da revolução, que eu acompanhei por dentro, por ser militar de carreira, desde 69 até 92.
 
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Ricardo Duarte Kadypress
Caro Eduardo
Fico fascinado com a sua memória e com o seu bom gosto.Encontro muitos pontos em comum consigo,pois eu alem de ter vivido (e nascido) em Angola, e de ser descendente de transmontanos (presumo que v é transmontano), também sou um apaixonado pelos clássicos e pelas corridas e ainda pelas ditas Hondas (possuo algumas delas de 50cc, e podemos aprofundar o assunto noutro tópico de motas aui pelo Forum, se for do interesse geral:feliz:).

Quanto à corrida de 1968 de Luanda, que refere, poderia ter sido uma das três que lá se realizaram nesse ano (I Palanca Negra, Troféu Dr Castro Pereira e IX Circuito da Fortaleza) e estou mais inclinado para esta ultima prova porque v falou nos Fiat Abarth. Nesta prova, realizada em 16-05-1968,apresentaram-se quatro Fiat Abarth à partida:

- Um Abarth 1000 Corsa (carroçaria oriunda do 600 e idêntico carro com que eu corri - foto do m/avatar) pelas mãos de José Teixeira (foi o que andou melhor, chegou a andar em 6º, mas o único dos 4 que desistiu - é o carro mais à direita na foto abaixo postada);

- Um Abarth 695 SS (carroçaria oriunda do 500) pelas mãos de Rolando Fonseca;

- Um Abarth 1300 pelas mãos de Carlos Ribeiro mas que não teve um desempenho por aí além;

- e um Abarth 1000 TC (carraçaria oriunda do 600) pela mãos de Henrique Cardão. Este carro já estava cansadinho e penso que é o mesmo carro que este piloto partilhou com Helder de Sousa.

As forças em presença eram muito desiguais e a vitória desta prova foi para o meu conterrâneo, o moçamedense Henrique Ahrens de Novaes num Porsche 904 GTS. O segundo e terceiro classificados foram dois Lancias 1300 HFR, preparados pela fábrica, e pilotados pelo "angolano" Silveira Machado e pelo "metropolitano" Corte Real Pereira.

(foto do Jornal Motor)
jornalmotor1968ixcircui.jpg
 
Caro Ricardo,

Não posso precisar qual dos Abarth me impressionou, mas era um que andava mesmo...
Eu também tive em tempos um Fiat 600, mas como o orçamento, então escasso, não dava para grandes devaneios, só me limitei a rebaixar-lhe a cabeça, equilibrar o motor, e abrir um bocadinho o escape, o que o tornou mais nervoso.
Nessa altura passava férias onde agora resido, em Cerva, Ribeira de Pena e tinha um futuro cunhado que guiava bem, mas só tinha um "ora bolas", o célebre Anglia Fascinante, que andar não era com ele. Os dois fazíamos corridas de uma aldeia próxima, célebre por ter sido onde Camilo Castelo Branco escreveu um dos seus romances, de nome Agunchos e que distava 9Km de Cerva por curvas e ganchos, sempre à beira de uma ravina, quase precípício, para um afluente do Tâmega.
Era a inconsciência da juventude.
Um belo dia convidá-mos dois primos para virem connosco a ver quem chegava primeiro a Cerva e por força do espectáculo, ainda acelarámos mais, eu ganhava nas subidas por força dos (poucos) cavalos e ele passava-me nas descidas, fruto da sua total e completa loucura.
Acontece que nesse dia batemos largamente o recorde da "pista", mas os primos é que tiveram que ir mudar de roupa interior, pois ambos se borraram completamente nas cuecas.
Bons tempos...
Qunato à minha origem, nasci em Lisboa, mas sou filho de um transmontano de Valpaços e de uma minhota Poveira. Casei com uma transmontana de Vila Real que tinha uma casa de férias em Cerva e levei-a para Lisboa, onde vivemos cerca de 40 anos.
Fiz carreira na Marinha de Guerra, 23 anos, e no Banco Totta e Açores, 11 anos, até ao ponto em que me reformei antecipadamente e decidi voltar às terras quentes de origem, onde agora me dedico ao restauro dos meus clássicos.
Mas Luanda ficou-me sempre no coração, como a todos os que por lá passaram, e só quem não lá esteve é que pode ficar indiferente a estas linahs que escrevemos.
Nada há-de haver como o Mussulo e as suas tardes de praia paradisíacas, nem como à beleza da Ilha, onde eu morava (logo na segunda moradia à direita). Não existe melhor clima no mundo, nem terra tão fértil e rica, nem gente tão boa.
Tal como eu disse anteriormente, foi uma pena...

Um grande abraço
 
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