Automóveis descartáveis excepto...aqueles que são exclusivos e muito fora da carteira de milhões. Esses continuarão numerados, exclusivos, pretendidos, marcadamente com lugar num Museu.
Agora, a presença de grandes carros, com identidade marcada, alguns até de estilo retro faz -se pagar muito mais!
Mas dos modernos não há dúvidas que o melhor é sempre optar por "instant classics" se houver O2 para tal.
Mas o melhor mesmo é clássicos... Sobretudo aqueles que sabemos que são adequados para nós. A identidade própria, a fusão entre Homem-máquina é mais fácil de ocorrer num qualquer clássico e até mais popular do que num automóvel actual que é construído às centenas de milhar todos os anos. Podemos de forma barata não nos imiscuir-nos com os demais.
Mas para quem precisa de usar o carro para muita coisa (6000km por mês...) perdoem-me mas baixem impostos de tudo para me porém a andar de clássico! A pressao é de tal ordem que...se não tivermos cuidado, vamos ser obrigados a andar de supostos chassos poluentes ao Domingo de manhã... Isto não está fácil!
E a cultura e educação não são as mesmas. E os impostos...e a pressão toda!
Outro dia, fui a Salamanca, em trabalho, saindo de Braga...400km para um lado, 400km para outro. Fiz aquilo tudo em mais ou menos 6h20 no total, em 800km por alto.(usando a A25 que todos sabemos os limites de velocidades em alguns pontos) Se fosse de clássico anos 60... A coisa, com pressa podia levar-me à falência, para não falar no tempo que não conseguia fazer porque a pressão seria de tal forma que, não cumpriria o serviço naquele dia. Mais a minha preocupação perante o carro que, neste caso não existe!
E tinha que ser porque o Mundo não espera. Ou então perdia Amor ao carro e toca a andar...160/170/200... E trava para 100/120... Pra 40... Pra 200 outra vez...a ouvir musiquinha porreira, quietinho, com silêncio, com estabilidade aparente, com travões de 280mm à frente, abs, Esp, controle de tracção e essas mariquices todas! Dão jeito para isto, a cena do trabalho, levar tralha, rapidez, boa luz, bom radio, bom conforto, bom consumo..., excelente tempo. Pra clássico...partia aquilo tudo...ou então dêem-me um ordenado Inglês para brincar aos carros clássicos no dia-a-dia em Portugal e para os meus 'mais de 60.000km anuais em viaturas de trabalho.
Agora, para quem faz uns meros Km por dia...tudo bem! Porque não usar o clássico? Se me desse ao luxo de ter o meu trabalho a 20/30 km da minha casa...era já! Porreiro! Ia de clÁssico de anos 50 até!
Casos como o Nuno Granja a usar aqueles tanques eighties na A1 todas as semanas são raros...e tiro o chapéu mas não nos esqueçamos que são carros muito robustos, ele é determinadamente zeloso por tudo, tem condução moderada para não andar com coisas em cima da hora estupidificadas como eu fiz em Salamanca..a médias de 140/150km/h onde sabemos, cá entre nós que o ponteiro andou muitas vezes nos 2..km/h. Nas secções espanholas onde não há radares e estrada vazia...e em alguns pontos em Portugal que não digo!
Mas com carros anos 80 é uma coisa...com carros de anos 50 seria outra coisa.
Agora, o que mais me incomoda é o domínio do Marketing de marcas como a Lancia, por exemplo. Que dos tempos áureos teve um sopro genial com o Delta de rallyes ao se envolver no WRC e a partir daí só fez de guarda-chuva para a Fiat...
Hoje olho para aquele Lancia que em certos momentos até era engraçado (por ser diferente e tipo gangster Style) e chamava-se 300C da Chrysler e não consigo comer, agora nem um, nem outro...
Olho para a SAAB a partir do momento que se fez com chassis GM e nada... Só mesmo os motorzoes que aquilo tem!
Olho para os coreanos e só me apetece fazer cocktails molotof para atirar à maior parte... (Não digo que não sejam fiáveis, baratos e competitivos) mas o "sal no bacalhau" é obrigatório e intrínseco!
Mas de facto, vamos deixar de fazer DYI nestes carros modernos...não vale a pena! Usa e Lixo...
Abraços