Marketers Vs Engineers

Eduardo Relvas disse:
Esses tempos áureos a que te referes, já foram criados sob a égide da Fiat e do departamento de competições, também conhecido por Abarth... não tinham nada de Lancia. Da Lancia pura nos rallyes só tens o Fulvia, mesmo o Stratos já beneficiou do facto de estar dentro do "guarda-chuva" da Fiat...

Ainda assim, concordo contigo que o que se tem feito à Lancia é vergonhoso... é pena ver a marca definhar com produtos sem originalidade, e o badge engineering com a Chrysler então nem se fala. Falou-se em tempos num ressuscitar, especialmente quando apareceu aquele protótipo lindo de um Fulvia moderno (em base Fiat Barchetta), mas foi tudo em vão.

Pode ser que agora que a Alfa mudou de rumo e já conquistou outro patamar mais de acordo com a sua história, se possa vir a fazer o mesmo com a Lancia. Mas sinceramente a mim já pouco me diz... não me estou a ver cliente de nenhuma delas, nem de outra qualquer. Coisas descartáveis e ilusões a mim não me dizem nada.

Um abraço!
Eu sei que o delta WRC é tempo da Fiat. Cesari Fiori nào era assim o fabuloso chefe de equipa..?
Não sou assim tão Inculto....;)

apenas dei a minha apreciação que a partir daí pouco fizeram.

E além do Fulvia tentaram recriar o Stratos.
Até o nosso Tiago Monteiro era piloto de testes... ;)
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Muito já se escreveu aqui sobre este assunto.
Cada um tem a sua opinião, e logicamente penso que é válida; pelo menos para quem a dá.

Mas pensemos um pouco …….

1 Que raio de “organização” tem uma fábrica/empresa/construtor de carros que permite uma “guerra” entre departamentos no seu interior?

2 O “marketing” no sector automóvel (não só no sector automóvel, mas neste momento é o que interessa) é dos mais “agressivos” no mercado. Assim a psicologia humana tem de ser levada/estudada ao extremo. Será que as marcas/departamentos de “marketing” usam “psicologia negativa” na sua actuação?

Em relação à primeira pergunta penso que não existe/existiu nenhuma guerra entre departamentos. Tudo isso é fruto de situações que “não deviam suceder” e que de uma forma simplista “passaram” para o exterior, opinião pública, (técnica de remediação) como sendo fruto de “guerras internas”. Do nosso ponto de vista, pensando como consumidor, até é bom psicologicamente (enche o ego) – os “gajos” estão a “esfarrapar-se” todos para nos dar um bom produto ….

Mas vamos um pouco além … Uma empresa tem um “Ceo”/dono/patrão, abaixo dele ficam os departamentos. Se há “bronca” (com um produto) quem deve ser protegido? Tal como nas guerras também aqui será um; o comandante. Assim, os subalternos serão sempre os sacrificados, e isso será admitir que determinado departamento errou. Todos nós sabemos que “a culpa é sempre dos outros” logo para não haver erro nada melhor que umas “guerrinhas internas”.



Sobre a segunda pergunta o melhor era nem falar porque vai ser polémica. Digo “era” porque vou falar….

Usam a “psicologia negativa” e abusam, negativamente, da psicologia.

Abusam negativamente da psicologia quando nos “levam” a comprar coisas desnecessárias.

- Para quê, comprar um carro “limitado electronicamente” aos 250 Km/h, se a velocidade legal nas estradas ronda os 140? Estarão a fazer apelo para que o “pessoal” passe a criminoso; ou ao que cada um tem dentro de si … excelente “imagem” que os gajos têm de nós :D

- Na mesma linha, para quê, comprar um carro cujo “aileron” se “levanta” a partir dos 140 …

Não vou falar de sistemas de som estereofónicas/quadrifónicos /ambiente/5:1/etc…, e/ou outros “gadgets” mais ou menos dispensáveis e por vezes “fabricantes” de acidentes.

Sobre a “psicologia negativa” (não és capaz de …), talvez fosse conveniente dar uma “olhada” nos “planos de financiamento” na compra de carros.



As marcas de carros (todas) usam e abusam de todos os “truques”, conhecidos e desconhecidos, para nos levarem a comprar carros.

Pessoalmente, quando vejo “notícias”, como a que dou no link a seguir, fico logo “de pé atrás”

http://www.youtube.com/watch?v=9VETEGEpFw8

O que se pretende dizer?

Que a marca é uma m€r.. e por isso colocou no mercado uns milhões de carros com defeito???

Não, o que se “pretende” transmitir, é que a marca é responsável; que se preocupa com os seus consumidores; que não quer “ganhar” dinheiro com eles – até porque o “serviço” é de borla.

Afinal qual o objectivo?

Não tenham dúvidas …. vender mais …. Ter mais lucro (se possível aumentar 3% ao ano – no mínimo) … Falar (publicitar) na marca (nem que seja mal) :D

Resumo – mundo louco em que vivemos …

Tenham saúde e sejam felizes
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Hugo Norton disse:
Eu sei que o delta WRC é tempo da Fiat. Cesari Fiori nào era assim o fabuloso chefe de equipa..?
Não sou assim tão Inculto.... wink.png

apenas dei a minha apreciação que a partir daí pouco fizeram.

E além do Fulvia tentaram recriar o Stratos.
Até o nosso Tiago Monteiro era piloto de testes... wink.png
Sim, entretanto meteram-se os miseráveis anos 80/90 no caminho e a coisa "encalacrou"...

O Fenomenon Stratos foi um concept lindíssimo feito por um privado (que descobriu que a Lancia tinha deixado expirar os direitos ao nome), que começou como um estudo de design e acabou por ser tornado num protótipo plenamente funcional, com base num F430. Falou-se numa produção limitada, mas não sei se já chegou a dar em alguma coisa que se visse. A marca não teve nem tem envolvimento nesse projecto, foi iniciativa completamente privada.

Um abraço!
 

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Eduardo Relvas disse:
Sim, entretanto meteram-se os miseráveis anos 80/90 no caminho e a coisa "encalacrou"...

O Fenomenon Stratos foi um concept lindíssimo feito por um privado (que descobriu que a Lancia tinha deixado expirar os direitos ao nome), que começou como um estudo de design e acabou por ser tornado num protótipo plenamente funcional, com base num F430. Falou-se numa produção limitada, mas não sei se já chegou a dar em alguma coisa que se visse. A marca não teve nem tem envolvimento nesse projecto, foi iniciativa completamente privada.

Um abraço!
O fenomenon Stratos, criado em 2005 é uma coisa, o protótipo que o nosso Português testou é outra, de um projecto diferente:

"Following the stalled Fenomenon project, one interested backer funded a one-off model. Commissioned by Michael Stoschek (a keen rally driver and chairman of Brose Group) and his son, Maximilian, the New Stratos was announced in 2010 based on the overall design and concept of the original seventies Stratos and was designed and developed by Pininfarina."
Portanto, com motor da Ferrari 430, etc..

Creio...mas posso estar enganado...Não é marca que domine e siga com frequência. ;)

Pelos vistos, e de acordo com o tema, o Marketing da Ferrari anda a querer meter o projecto na gaveta... (Não lhes convém a concorrência..?? Será canibalização de produto dentro do mesmo?) :D
 
Bom, os meus quinhentos seguem abaixo:

É impensável o cenário que alguns de vós pintam. Um Dep. de Marketing nunca colidirá com um Dep. de I&D. talvez numa empresa de colchões (com o devido respeito às empresas de colchões) mas nunca numa grande empresa seja ela de automóveis ou de telemóveis.
Existe um grupo accionista, a seguir administradores (executivos ou não), depois provavelmente um DG ou um CEO e logo abaixo o grupo de direcção onde se encontram os departamentos, sejam este de RH, Marketing ou I&D.
Em grupos grandes estes até voltam a subdividir-se em muitos outros…

O que vocês querem dizer com marketing chama-se estratégia. E marketing é uma ferramenta para lá chegar, bem como o I&D ou outro departamento qualquer.
Um marketer dirá que todos os outros existem para o servir, mas é mentira. wink.png

Outra ideia errada é de que o marketing existe há 15 dias.
A primeira viagem de automóvel teve lugar algures na Alemanha em 1888 por uma senhora que quis precisamente desmistificar a máquina do diabo e mostrar como a invenção do seu marido era fiável e fácil de utilizar.
Teve sucesso. Muito sucesso! Não será marketing com certeza, mas um óptimo golpe de comunicação (tende-se a confundir marketing com comunicação).

Quem se lembra do Styling (USA) nascido por volta dos nos 30 sabe o peso que a estratégia de vendas pode ter num automóvel.
Quanto a mim (opinião pessoal) este foi o período mais vazio da indústria automóvel comerciável (excepto os períodos das grandes guerras…).
A estilização dos carros em contraponto à função. Todos pareciam foguetes, enormes e pesados foguetes. Quando faltam argumentos…

Queiramos ou não, o marketing cria-nos necessidades e nós vamos atrás. Cria tendências e o mais curioso, é que funciona!
Veja-se a moda. O que era ridículo há 5 anos atrás agora volta a ser bonito.
Relógios digitais dourados manhosos? São fashion!! wacko.png
Grande parte de nós lê os livros que nos indicam, vê os filmes e ouve a musica que nos dão. Somos uma espécie de “consumidores ovelha”.
É triste mas é uma realidade.
Pensar que passamos uma vida a trabalhar para comprarmos o que nos impingem…


Lembremo-nos da imprensa da especialidade. Hoje uma Turbo vem recheada de automóveis dinâmicos, emotivos e irracionais que poucos podem comprar.
Quem pegar na mesma revista com 15 ou 20 anos verá com facilidade que o conteúdo destas é predominantemente utilitários, citadinos e afins…
Isto porque eram estes os argumentos que as pessoas procuravam. Carros cinzentos mas duros e poupados. Hoje, com uma classe média mais alargada e abastada, com os revivalismos que nos impingem, é ver os 500 ou Cooper cheios de riscas coloridas e plásticos e saídas e entradas de ar (tapadas) … enfim. Uma macacada!


Falou-se e bem de consumismo (não vamos falar de crédito…).
É verdade. Uma verdadeira praga civilizacional!
O que ontem era luxo hoje é bem de primeira necessidade.
O que ontem só o filho do médico tinha (na minha altura era assim) hoje está democratizado.

Todos os produtos têm uma vida bastante mais curta porque as pessoas querem o que é novo. O meu carro do dia a dia é de 2001 e para as pessoas que me rodeiam é velho! Curiosamente é o mais novo que eu tenho…
Como há mais pessoas a ter e consequentemente os gostos são diferentes (embora pouco) a oferta é de doidos.
Eu lembro-me de me lembrar (!) das gamas completas das marcas mais tradicionais.
Hoje, excepto as de raça, acho que já me perdi tal é a oferta e derivações…

O investimento e ferramentas de I&D, a politica de joint ventures entre marcas permitem às empresas criarem produtos com enorme rapidez.
Se são bons ou maus é porque,
1_ Opção das marcas. Reduzir a vida útil de peças e produtos.
2_ Economia de escala. Veja-se o caso da Toyota nos USA. Querem tanto aumentar as margens que terciarizam quase tudo. E depois claro, uma peça feita na China durante a noite com um trabalhador cansado e explorado não é a mesma do que uma feita no vizinho Japão. Onde o custo de hora trabalhador (e tudo o que o rodeia) deve ser gritantemente maior.

Quanto aos carros de ontem serem “melhores” do que os de hoje. Além da tecnologia e opção das marcas e mercado que existe, é também uma questão cultural e crónica.
A saudade e memória são-nos muito caras. Para mim, “O carro do meu pai é que era”, imagino que para o meu filho e quando chegar a hora dele há-de ser o mesmo… acho.

Enfim…
Longe vão os tempos em que indivíduos se fechavam em garagens e faziam os seus carros, não produtos. Vão existido algumas excepções, no UK ou USA ainda há casmurros que decidem fazer os seus produtos (leia-se carros). Fazer como se fossem para eles, com paixão e amor há causa. O problema é que muitos desaparecem com a mesma rapidez com que aparecem.




Um P.S. muito importante.
Não nos podemos esquecer que sem marketing não existiria competição automóvel já que este serve tanto para o desenvolvimento tecnológico (pois sim…) como para montra (isto sim) – “ganha domingo vende segunda-feira”.
 

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António Barbosa

Red Line
Portalista
Sinto-me à parte do mundo referido acima em que o pessoal do marketing nos impinge tudo o que quer. Os meus 'plásticos' têm 11 e 17 anos respectivamente, e um deles é um Rover com daqueles motores que ninguém gosta mas na minha mão já passou dos 300 000Km. A mim ninguém me convence que aquilo não presta, no dia em que EU achar que está na hora, ele vai, até lá vai servindo para todo serviço! Nunca tive automóveis alemães nem a diesel, mais indiferente ao marketing que isto, não estou a ver...
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
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Delegado Regional
Portalista
António Barbosa disse:
Sinto-me à parte do mundo referido acima em que o pessoal do marketing nos impinge tudo o que quer. Os meus 'plásticos' têm 11 e 17 anos respectivamente, e um deles é um Rover com daqueles motores que ninguém gosta mas na minha mão já passou dos 300 000Km. A mim ninguém me convence que aquilo não presta, no dia em que EU achar que está na hora, ele vai, até lá vai servindo para todo serviço! Nunca tive automóveis alemães nem a diesel, mais indiferente ao marketing que isto, não estou a ver...
Eu estou a ver. Não é mais mas pelo menos muito parecido. Estou exactamente no mesmo barco, embora com carros diferentes.
Já falamos sobre isto ao vivo, penso eu, António.
Segundo o que se diz por aí a tua Rover nem existe nem nada... tongue.png
 

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Encarem isto como um estudo sociológico e não das nossas/vossas individualidades.
Eu não me identifico minimamente com o que As Massas querem, mas não estou a falar nem de mim nem de uma comunidade de Clássicos que já por si são outsiders.

Eu, até as BTT compro velhas e restauro com muita paciência/critério. No entanto basta ver a moda das bikes caras…
 
pedro miguel oliveira disse:
Bom, os meus quinhentos seguem abaixo:

É impensável o cenário que alguns de vós pintam. Um Dep. de Marketing nunca colidirá com um Dep. de I&D. talvez numa empresa de colchões (com o devido respeito às empresas de colchões) mas nunca numa grande empresa seja ela de automóveis ou de telemóveis.
Existe um grupo accionista, a seguir administradores (executivos ou não), depois provavelmente um DG ou um CEO e logo abaixo o grupo de direcção onde se encontram os departamentos, sejam este de RH, Marketing ou I&D.
Em grupos grandes estes até voltam a subdividir-se em muitos outros…

O que vocês querem dizer com marketing chama-se estratégia. E marketing é uma ferramenta para lá chegar, bem como o I&D ou outro departamento qualquer.
Um marketer dirá que todos os outros existem para o servir, mas é mentira. wink.png

Outra ideia errada é de que o marketing existe há 15 dias.
A primeira viagem de automóvel teve lugar algures na Alemanha em 1888 por uma senhora que quis precisamente desmistificar a máquina do diabo e mostrar como a invenção do seu marido era fiável e fácil de utilizar.
Teve sucesso. Muito sucesso! Não será marketing com certeza, mas um óptimo golpe de comunicação (tende-se a confundir marketing com comunicação).

Quem se lembra do Styling (USA) nascido por volta dos nos 30 sabe o peso que a estratégia de vendas pode ter num automóvel.
Quanto a mim (opinião pessoal) este foi o período mais vazio da indústria automóvel comerciável (excepto os períodos das grandes guerras…).
A estilização dos carros em contraponto à função. Todos pareciam foguetes, enormes e pesados foguetes. Quando faltam argumentos…

Queiramos ou não, o marketing cria-nos necessidades e nós vamos atrás. Cria tendências e o mais curioso, é que funciona!
Veja-se a moda. O que era ridículo há 5 anos atrás agora volta a ser bonito.
Relógios digitais dourados manhosos? São fashion!! wacko.png
Grande parte de nós lê os livros que nos indicam, vê os filmes e ouve a musica que nos dão. Somos uma espécie de “consumidores ovelha”.
É triste mas é uma realidade.
Pensar que passamos uma vida a trabalhar para comprarmos o que nos impingem…


Lembremo-nos da imprensa da especialidade. Hoje uma Turbo vem recheada de automóveis dinâmicos, emotivos e irracionais que poucos podem comprar.
Quem pegar na mesma revista com 15 ou 20 anos verá com facilidade que o conteúdo destas é predominantemente utilitários, citadinos e afins…
Isto porque eram estes os argumentos que as pessoas procuravam. Carros cinzentos mas duros e poupados. Hoje, com uma classe média mais alargada e abastada, com os revivalismos que nos impingem, é ver os 500 ou Cooper cheios de riscas coloridas e plásticos e saídas e entradas de ar (tapadas) … enfim. Uma macacada!


Falou-se e bem de consumismo (não vamos falar de crédito…).
É verdade. Uma verdadeira praga civilizacional!
O que ontem era luxo hoje é bem de primeira necessidade.
O que ontem só o filho do médico tinha (na minha altura era assim) hoje está democratizado.

Todos os produtos têm uma vida bastante mais curta porque as pessoas querem o que é novo. O meu carro do dia a dia é de 2001 e para as pessoas que me rodeiam é velho! Curiosamente é o mais novo que eu tenho…
Como há mais pessoas a ter e consequentemente os gostos são diferentes (embora pouco) a oferta é de doidos.
Eu lembro-me de me lembrar (!) das gamas completas das marcas mais tradicionais.
Hoje, excepto as de raça, acho que já me perdi tal é a oferta e derivações…

O investimento e ferramentas de I&D, a politica de joint ventures entre marcas permitem às empresas criarem produtos com enorme rapidez.
Se são bons ou maus é porque,
1_ Opção das marcas. Reduzir a vida útil de peças e produtos.
2_ Economia de escala. Veja-se o caso da Toyota nos USA. Querem tanto aumentar as margens que terciarizam quase tudo. E depois claro, uma peça feita na China durante a noite com um trabalhador cansado e explorado não é a mesma do que uma feita no vizinho Japão. Onde o custo de hora trabalhador (e tudo o que o rodeia) deve ser gritantemente maior.

Quanto aos carros de ontem serem “melhores” do que os de hoje. Além da tecnologia e opção das marcas e mercado que existe, é também uma questão cultural e crónica.
A saudade e memória são-nos muito caras. Para mim, “O carro do meu pai é que era”, imagino que para o meu filho e quando chegar a hora dele há-de ser o mesmo… acho.

Enfim…
Longe vão os tempos em que indivíduos se fechavam em garagens e faziam os seus carros, não produtos. Vão existido algumas excepções, no UK ou USA ainda há casmurros que decidem fazer os seus produtos (leia-se carros). Fazer como se fossem para eles, com paixão e amor há causa. O problema é que muitos desaparecem com a mesma rapidez com que aparecem.




Um P.S. muito importante.
Não nos podemos esquecer que sem marketing não existiria competição automóvel já que este serve tanto para o desenvolvimento tecnológico (pois sim…) como para montra (isto sim) – “ganha domingo vende segunda-feira”.
Falou quem percebe da poda. wink.png

Eu também passava a vida a dizer ao pessoal que diziam que o marketing isto, que o marketing aquilo, estavam a confundir com comunicação e/ou com outras ferramentas do mesmo (principalmente do MKT MIX)...mas já desisti. biggrin.png

É como convencer alguém, por exemplo, fora do meio, que não existem marcas brancas actualmente em PT...simplesmente "não querem aceitar", tal foi a forma como o termo caiu no goto dos portugueses (com a ajuda da comunicação social ignorante).

Focando-me mais no tópico em si, devo acrescentar que a grande diferença das estratégias adoptadas pelos construtores actualmente para os antigamente é que dantes tentava-se seduzir quem gostava de carros ou quem necessitava de um carro.

Hoje, com a ânsia de aumentar as vendas, não se contentam em conquistar quota de mercado, mas em aumentar o próprio mercado! Hoje o alvo alargou-se a quem não gosta e não necessita de carros (daí as senhoras em Q5 nas cidades e outras patetices mais), daí surgirem produtos com 4 rodas patetas, absurdos, "verdes", etc.
 

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António José Costa

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Bom eu venho cá infelizmente por espaços alargados e muitas vezes com pouco tempo, lancei o tópico que teve várias variações e fiquei satisfeito por ver tantas respostas em pouco tempo, diria que praticamente tudo foi dito.

O MKT vende desejo, seja nas corridas ao Domingo ou diariamente na publicidade que entra pelos olhos seja na TV seja na net wink.png

E a maioria perde-se com esse desejo, alguns posts são excelentes e o Pedro Oliveira define quase tudo.

E aproveitando algumas das palavras do pedro, diria tambem que temos uma sociedade que tem a necessidade de se mostrar perante os outros esquecendo-se até dos laços familiares ou mesmo do conceito família, muitos dos jovens casais de hoje não só não tem filhos por não existir politica de natalidade no Pais (que realmente não existe), não tem filhos porque não abdicam do BM, Merc, ou Audi (em Janeiro 2014 bmw 1º, Merc - 4º, num pais onde o ordenado médio bruto é inferior a 900 €) novo à porta e ainda da roupa de marca para mostrar aos amigos, mais os IPAD, IPOHNE e outros acessórios de moda, é nessa sociedade que predominantemente vivemos e que não dá valor aos valores tradicionais, a politica de consumismo puro com ordenados miseráveis, em que se sobrevive das aparências, enfim, perdoem-me o desabafo.

Em relação ao tópico, epá eu queria mais casos que vocês soubessem, por acaso até afirmaram um o do Mercedes classe A, será que os indivíduos do R&D se esqueceram daquilo?

E o Corvair, alguém quer expor situações dessas em que tenham mais conhecimentos do que eu.

Mais conhecimento aqui para a malta leiga.

Obrigado.

abraço,
 

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