A habitual rubrica TOP TEN teve como tema o aerodinamismo e a primeira posição coube ao C3…
Já em 2010 a Classic Car publicou um artigo de 4 páginas na rubrica “Mould breakers”, termo que designa conceitos que esqueceram tudo o que tinha sido feito e partiram de bases completamente novas ( o inglês é uma língua fabulosa).
O titulo é “O que faz um chasso de 4 portas na Classic Car” (o humor britânico é fabuloso)
Apesar de ainda não ser um clássico, estas primeiras notas na imprensa de referência, definem o C3 como marco importante na história recente da marca (muitas milhas atrás do quattro) e fazem com que se comece a notar a forma do para-choques na cortina que separa os clássicos das “ocasiões” em fim de carreira.
Um comentário interessante na Octane dizia “como futuro clássico o Audi C3 (lançado em 82…) é moderno de mais para o seu próprio bem”
E “o que faz um chasso de 5 portas na minha vida?”, os “ques”;
Precisava de um carro “que” eu gostasse; “que” fosse relativamente raro; “que” mecanicamente fosse pouco banal; “que” pudesse pagar e manter com pocket money; “que” fosse fiável; “que” fosse utilizável com a família “au grand complet”; “que” permitisse atravessar a Europa de armas + bagagens e com todo o conforto.
A família adorou e eu também.
O reverso da medalha é que tenho de mudar completamente o estilo de condução. Nos outros carros dá para andar de “faca na boca” (mesmo no Golf) sempre que quero, são maneirinhos e a amplitude do consumo entre andar devagar ou depressa não assume proporções assustadoras.
Já na C3 devido ao tamanho, peso e amplitudes épicas no “apetite”, é mais “crusing”, desfrutando da paisagem e tirando partido do binário. Resumindo, apesar de andar bastante bem para um carro com 24 anos, não é para isso que foi feita.
Outro aspecto singular é o método para tirar fotos para o RR. Quando ando sozinho nos outros carros, muito rapidamente escolho enquadramentos e bato umas chapas. Com a C3 e a família a tiracolo é mais difícil….
Fantástica reportagem!