Certo...
Acho que é daquelas coisas que só importa para quem pilota (em vez de meramente conduzir), estes brinquedos.
Não necessariamente apenas para essas pessoas!!
Eu comecei a conduzir motas já lá vão uns anos bons e tenho vindo a assistir a uma mudança subtil tanto nas motas como nos motociclistas. Nos finais dos anos 90 e inícios dos 2000 assistia-se a autentica uma corrida às armas entre os fabricantes, principalmente japoneses. Nesse período as motas desportivas reinavam e quanto mais potencia melhor… até chegarem a um ponto em que apenas uma pequena minoria conseguia tirar partido do seu potencial e os restantes borravam-se de medo.
Essas mesmas pessoas agora estão mais velhas, mais sensatas (algumas) e começam a dar mais valor ao conforto e facilidade de utilização… para os mais novos, entram os limites de velocidade, a carta por pontos e o facto de as superbikes custarem agora mais que muitos automóveis
Aquilo que vemos agora é o ressurgir das motas de média cilindrada, mono ou bicilindricas, com muita potência utilizável mas sem meter medo e com uma estética mais variada e de inspiração clássica. Estas motas acabam por ser entusiasmantes apesar de não serem muito potentes porque mostram alma, vibram, fazem um barulho diferente, sobem de rotação depressa e permitem brincar sem medo…
Como as motas novas continuam a ser caras e nem todas as pessoas as podem ou querem comprar assistimos também ao crescimento do mercado de usados e da personalização de motas mais antigas. Aqui os puristas das clássicas podem por vezes ficar ofendidos, mas para mim as motas sempre foram e serão uma extensão dos seus utilizadores…
PS: desculpem lá a prosa mais longa