Não tenho coragem, isto é, quero ir e voltar no sábado e se a viagem de ida se faz na boa, sei que dificilmente aguento fazer a viagem de regresso à noite.
Mas se o 33 não estiver operacional levo o Rafael e fazemos turnos, cada um esvazia um depósito
O que não está assegurado é a autorização das Marias
Ora bem
Faz tempo que não me dedico à nobre e subtil arte de adormecer elefantes, afinal a razão que me levou a iniciar a prosa em Outubro de 2012, era eu ainda um rapaz novo e o Sunbeam um valente chaço, convenhamos, com pretensões a clássico.
Desde 2012 o Sunbeam viu as suas pretensões reconhecidas, eu fiquei apenas menos novo e com mais sinais preocupantes de fadiga de material.
Mas está bem assim, o Sunbeam é que é o importante porque ele é que acumula, além de quilómetros, memórias que me são caras, queridas admito.
O Sunbeam num futuro, que espero longínquo, mereceria um justo descanso em local confortável para aí ser observado e permitir antever, a alguns, histórias, coisas da vida muitas, antigas e plenas.
Sabem-no desde 2012, o meu Sunbeam foi o último carro do meu avô e por isso merecerá o meu reconhecimento sempre.
Sabem também que o meu avô nunca ligou pevas a carros, apenas os usou para se deslocar de um lado para outro, como antes fazia, aliás continuou a fazer, com os cavalos. Mas os cavalos eram bichos de sentimentos e isso fazia toda a diferença para o meu avô e para os cavalos, para os cavalos que tiveram privilégio de lhe passar pelas mãos, pelo olhar, pelo coração mesmo.
Depois de anos a espiar, chego eu aqui sem saber bem ao que vinha, mas trago o meu Sunbeam e, sem uma única foto, sou logo bem recebido.
Estou grato, estarei sempre a quem gostar do meu Sunbeam porque....
Sem saber bem o que fazer, começo a escrever e rapidamente percebo que não tenho matéria para fazer um DB. Então começo a inventar, mentir, imaginar e às vezes recordar.
Não sei o que acontecerá às recordações se um dia também este sítio fenecer, é que por aqui tive recordações que já não lembrava, por isso seria doloroso, ficar-me-ia um desenxabido sabor de vazio, ficaria sem memórias que aqui estacionei.
Sim, inventei, menti, romanciei, imaginei, mas nunca os atraiçoei, os Sunbeams, os que antes viveram e as memórias que guardam.
Em todo o caso fui contando coisas que foram verdade, algumas ficaram mesmo registados num breve frame e por isso as partilho aqui convosco e com gosto,
ficam como um guia neste labirinto de memórias e coisas
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