Andre Jacinto
Veterano
Mais um pequeno update. (Setembro de 2018)
O 213 teve que fazer mais uns kms que o normal, uma vez que o carro da minha namorada decidiu portar-se mal e o meu carro de uso diário foi matar saudades de Coimbra. Fora isso, no início do mês de Agosto serviu de escolta para a pequena prima afastada, na sua deslocação até à nova morada em Lisboa.
Aproveitando a estadia pela capital no primeiro fim-de-semana do mês, decidimos ir ao Sintra Clássicos.
Durante os próximos tempos, por um bom motivo, não vão haver grandes novidades... Mas depois cheira-me que quando chegarem vão ser em força
... E foi assim que acabei na altura e não voltei a postar actualizações até hoje. Porquê? Bem, não é por minha vontade e muito menos do meu agrado.
Logo na semana após esta ida a Lisboa, o 213 começou a ser desmontado porque tinha ficado de dar entrada no bate-chapa em Setembro para o tão aguardado restauro de chapa.
Escolhi o local que escolhi porque era uma pessoa de confiança para o meu pai, que lhe tinha passado bastantes clientes e todos os serviços feitos em carros lá de casa tinham sido de excelente qualidade, incluindo num dos meus carros de uso diário. Por vezes demorava um pouco mais, mas que demorasse mais 6 meses que o previsto, não me chateava.
Infelizmente e compreensivelmente, por motivos de saúde, a entrada foi adiada indeterminadamente. Tudo bem, obviamente que isto não está em causa e assim fui desmontando tudo mais calmamente.
No início de 2019, foi dada a luz verde para entrar em logo em finais de Janeiro. Calhava muito bem, porque precisamente no início de Fevereiro iria mudar de emprego e também de cidade, para 180km de distância... Se fosse depois da minha mudança, seria mais complicado em termos de logística, até porque todas as coisas essenciais para levar o carro de casa ao bate chapa só foram desmontadas lá. Em dois dias deixei a minha parte feita, o carro estava com os paineis da carroçaria todos desmontados e estava pronto para prosseguirem com o trabalho.
O carro tinha inspecção até Abril e seguro até Junho, e supostamente seria possível fazer a substituição do vidro dianteiro pelo seguro, uma vez que se encontrava extremamente picado. E assim ficou acordado, sendo também a empresa de substituição de vidros a tirar o vidro traseiro e posteriormente a colocar, assumindo eu o custo, para evitar problemas.
Mas chegamos a Abril e... Nada, não tinham tocado no carro. Começo a estranhar a proximidade com o prazo, 2 meses para tratar da chapa e pintar seria impossível, mas, estupidamente, nada disse. Mas a desconfiança começou, e na ida seguinte a casa dos meus pais passei lá (no fim-de-semana), e deparo-me com o carro todo desmontado conforme o deixei, mas na rua, coberto com uma capa. Ou seja, com o motor, tablier e toda a cablagem electrica que ficou a ser protegidos por um mero pedaço de lona e meia dúzia de blocos para não voar...
Durante a semana lá liguei, sendo que não me atendiam. Quando o fizeram eventualmente, começaram com desculpas de terem ficado sem o bate-chapa, mas já tinham arranjado solução e estava para breve.
Os meses passavam, o carro na rua, as desculpas a diversificar (mas sempre algures entre falta de pessoal e tempo com a chegada de carros para reparação com seguro ao barulho, a quem teriam de dar prioridade), as promessas a continuar.
Ao fim de pouco mais de um ano, durante o primeiro confinamento, finalmente começaram os trabalhos.
Em Junho recebo a notícia que ao remover o vidro traseiro este partiu.
-"Mas partiu como?!"
-"Então, estávamos a tirá-lo, e quase não esforçámos nada para ir cortando a cola e ele estilhaçou"
-"Mas quem é que o estava a tirar? Foram vocês?"
-"Sim, fomos... Mas quase nem tocámos, ele ia partir de qualquer forma".
Tendo ou não razão, não foi o combinado. Referi de início que queria que fosse alguém especializado lá tirar, e que pagaria o serviço.
Se não tivessem partido, será que me iriam cobrar o serviço como se fosse externo? Não acredito, mas fica a questão no ar.
Outra questão com que fiquei foi onde raio arranjar outro vidro? Pesquisei na net e corri todas as casas de vidro: Já não existe nada sem ser o pára-brisas para este carro. Óptimo.
Felizmente, no centro de abate mais próximo, e onde me dou bem com o proprietário, tinham um 213 em péssimo estado em que a única coisa que se aproveitava era precisamente o vidro traseiro. As pistas do desembaciador aparentavam estar intactas, o vidro não estava riscado... Perfeito! Foi só desviar o meu pai do serviço dele e perder uma tarde inteira a tirá-lo.
Como estava num dia calmo, de quando em quando o proprietário do centro ia ter connosco e ficava uns bons minutos à conversa (até porque já não o via há praticamente um ano). Contei-lhe a história do porquê de querer o vidro, e no fim, também revoltado com a situação e vendo o nosso esforço a tirar o vidro, não pediu absolutamente nada. Muito, muito obrigado!
Infelizmente, apesar do bate-chapa o merecer não consigo omitir a verdade. Disse que realmente o vidro foi dado, mas que obviamente que queria que tivessem em conta o sucedido no fim das contas. A ver vamos.
Apesar disto, e como, mais uma vez, infelizmente, sou uma pessoa de ver sempre o lado melhor das coisas, foi uma alegria para mim ver, no Verão, o carro com o painel do depósito trocado, e com os outros podres que sabia que estavam em gestação já reparados. Mas lá veio "pois, apareceram mais umas coisas que não se esperava". Ok, mais uma vez, é compreensível, é um carro com 33 anos que nunca teve qualquer intervenção na chapa... Mas tendo em conta que se encontra junto à costa, o ano que esteve na rua com um pedaço de lona em cima não terá certamente ajudado.
Com o alívio das medidas de combate à pandemia, e provavelmente consequente aumento da movimentação de carros para reparação, lá ficou o 213 num canto depois disso, com as desculpas do costume. Outra pessoa que não o responsável, mas que trata da parte administrativa, lá me disse: "Sabes, este serviço, ainda para mais com a atenção que ele te quer fazer ao preço, não é o que nos dá lucro, muito menos tendo carros de seguros a entrar e com prazos."
Certo. Mas se me dissessem na altura que o valor estimado implicava ter o carro parado um ano na rua, outro ano em reparação num pára-arranca deprimente, que teria que arranjar um vidro traseiro novo e que o da frente já não pode ser trocado pelo seguro (a menos que o monte assim, e depois de ter o carro na estrada active o seguro, mas isso é mesmo a pedir asneira no processo de troca, num carro acabado de pintar)... Teria dito que não aceitava, e que preferia pagar mais.
Como tal, pela falta de transparência, pelos consecutivos abusos e falhas para comigo, e por muito bom que o resultado final seja (porque, mais uma vez, pelo que tenho conhecimento na primeira pessoa não tenho qualquer dúvida que será), é a última vez que um carro meu lá vai entrar. Tenho o carro da minha namorada também já prontinho para seguir para a pintura, e mesmo o meu SD1 (sendo que o trabalho de chapa será feito por mim, nesse) já lhe estaria apalavrado no futuro... Assim sendo, não será o caso em ambos. O problema é que também não conheço nenhum bate-chapa/pintor de confiança na zona (Caldas da Rainha), mas em princípio o carro da minha namorada vem comigo para Aveiro para ser pintado.
Tudo bem que o 213 não é o carro de uso diário. Mas também não é um carro dispensável ou de passeio como é o 2600.
É, sim, um 2º carro e tem que estar pronto a fazer as lides de uso diário quando necessário.
Nestes dois anos já tive que recorrer duas vezes a outras viaturas, e isso também não vai entrar no custo final dos trabalhos. Mas pronto, assim é.
(Peço desde já desculpa pelo desabafo)
O prazo que me deram depois de terem falhado com o prazo anterior de estar pronto até ao Natal foi meio de Janeiro. Esta semana lá vai mais uma chamada.
O 213 teve que fazer mais uns kms que o normal, uma vez que o carro da minha namorada decidiu portar-se mal e o meu carro de uso diário foi matar saudades de Coimbra. Fora isso, no início do mês de Agosto serviu de escolta para a pequena prima afastada, na sua deslocação até à nova morada em Lisboa.
Aproveitando a estadia pela capital no primeiro fim-de-semana do mês, decidimos ir ao Sintra Clássicos.
Durante os próximos tempos, por um bom motivo, não vão haver grandes novidades... Mas depois cheira-me que quando chegarem vão ser em força
... E foi assim que acabei na altura e não voltei a postar actualizações até hoje. Porquê? Bem, não é por minha vontade e muito menos do meu agrado.
Logo na semana após esta ida a Lisboa, o 213 começou a ser desmontado porque tinha ficado de dar entrada no bate-chapa em Setembro para o tão aguardado restauro de chapa.
Escolhi o local que escolhi porque era uma pessoa de confiança para o meu pai, que lhe tinha passado bastantes clientes e todos os serviços feitos em carros lá de casa tinham sido de excelente qualidade, incluindo num dos meus carros de uso diário. Por vezes demorava um pouco mais, mas que demorasse mais 6 meses que o previsto, não me chateava.
Infelizmente e compreensivelmente, por motivos de saúde, a entrada foi adiada indeterminadamente. Tudo bem, obviamente que isto não está em causa e assim fui desmontando tudo mais calmamente.
No início de 2019, foi dada a luz verde para entrar em logo em finais de Janeiro. Calhava muito bem, porque precisamente no início de Fevereiro iria mudar de emprego e também de cidade, para 180km de distância... Se fosse depois da minha mudança, seria mais complicado em termos de logística, até porque todas as coisas essenciais para levar o carro de casa ao bate chapa só foram desmontadas lá. Em dois dias deixei a minha parte feita, o carro estava com os paineis da carroçaria todos desmontados e estava pronto para prosseguirem com o trabalho.
O carro tinha inspecção até Abril e seguro até Junho, e supostamente seria possível fazer a substituição do vidro dianteiro pelo seguro, uma vez que se encontrava extremamente picado. E assim ficou acordado, sendo também a empresa de substituição de vidros a tirar o vidro traseiro e posteriormente a colocar, assumindo eu o custo, para evitar problemas.
Mas chegamos a Abril e... Nada, não tinham tocado no carro. Começo a estranhar a proximidade com o prazo, 2 meses para tratar da chapa e pintar seria impossível, mas, estupidamente, nada disse. Mas a desconfiança começou, e na ida seguinte a casa dos meus pais passei lá (no fim-de-semana), e deparo-me com o carro todo desmontado conforme o deixei, mas na rua, coberto com uma capa. Ou seja, com o motor, tablier e toda a cablagem electrica que ficou a ser protegidos por um mero pedaço de lona e meia dúzia de blocos para não voar...
Durante a semana lá liguei, sendo que não me atendiam. Quando o fizeram eventualmente, começaram com desculpas de terem ficado sem o bate-chapa, mas já tinham arranjado solução e estava para breve.
Os meses passavam, o carro na rua, as desculpas a diversificar (mas sempre algures entre falta de pessoal e tempo com a chegada de carros para reparação com seguro ao barulho, a quem teriam de dar prioridade), as promessas a continuar.
Ao fim de pouco mais de um ano, durante o primeiro confinamento, finalmente começaram os trabalhos.
Em Junho recebo a notícia que ao remover o vidro traseiro este partiu.
-"Mas partiu como?!"
-"Então, estávamos a tirá-lo, e quase não esforçámos nada para ir cortando a cola e ele estilhaçou"
-"Mas quem é que o estava a tirar? Foram vocês?"
-"Sim, fomos... Mas quase nem tocámos, ele ia partir de qualquer forma".
Tendo ou não razão, não foi o combinado. Referi de início que queria que fosse alguém especializado lá tirar, e que pagaria o serviço.
Se não tivessem partido, será que me iriam cobrar o serviço como se fosse externo? Não acredito, mas fica a questão no ar.
Outra questão com que fiquei foi onde raio arranjar outro vidro? Pesquisei na net e corri todas as casas de vidro: Já não existe nada sem ser o pára-brisas para este carro. Óptimo.
Felizmente, no centro de abate mais próximo, e onde me dou bem com o proprietário, tinham um 213 em péssimo estado em que a única coisa que se aproveitava era precisamente o vidro traseiro. As pistas do desembaciador aparentavam estar intactas, o vidro não estava riscado... Perfeito! Foi só desviar o meu pai do serviço dele e perder uma tarde inteira a tirá-lo.
Como estava num dia calmo, de quando em quando o proprietário do centro ia ter connosco e ficava uns bons minutos à conversa (até porque já não o via há praticamente um ano). Contei-lhe a história do porquê de querer o vidro, e no fim, também revoltado com a situação e vendo o nosso esforço a tirar o vidro, não pediu absolutamente nada. Muito, muito obrigado!
Infelizmente, apesar do bate-chapa o merecer não consigo omitir a verdade. Disse que realmente o vidro foi dado, mas que obviamente que queria que tivessem em conta o sucedido no fim das contas. A ver vamos.
Apesar disto, e como, mais uma vez, infelizmente, sou uma pessoa de ver sempre o lado melhor das coisas, foi uma alegria para mim ver, no Verão, o carro com o painel do depósito trocado, e com os outros podres que sabia que estavam em gestação já reparados. Mas lá veio "pois, apareceram mais umas coisas que não se esperava". Ok, mais uma vez, é compreensível, é um carro com 33 anos que nunca teve qualquer intervenção na chapa... Mas tendo em conta que se encontra junto à costa, o ano que esteve na rua com um pedaço de lona em cima não terá certamente ajudado.
Com o alívio das medidas de combate à pandemia, e provavelmente consequente aumento da movimentação de carros para reparação, lá ficou o 213 num canto depois disso, com as desculpas do costume. Outra pessoa que não o responsável, mas que trata da parte administrativa, lá me disse: "Sabes, este serviço, ainda para mais com a atenção que ele te quer fazer ao preço, não é o que nos dá lucro, muito menos tendo carros de seguros a entrar e com prazos."
Certo. Mas se me dissessem na altura que o valor estimado implicava ter o carro parado um ano na rua, outro ano em reparação num pára-arranca deprimente, que teria que arranjar um vidro traseiro novo e que o da frente já não pode ser trocado pelo seguro (a menos que o monte assim, e depois de ter o carro na estrada active o seguro, mas isso é mesmo a pedir asneira no processo de troca, num carro acabado de pintar)... Teria dito que não aceitava, e que preferia pagar mais.
Como tal, pela falta de transparência, pelos consecutivos abusos e falhas para comigo, e por muito bom que o resultado final seja (porque, mais uma vez, pelo que tenho conhecimento na primeira pessoa não tenho qualquer dúvida que será), é a última vez que um carro meu lá vai entrar. Tenho o carro da minha namorada também já prontinho para seguir para a pintura, e mesmo o meu SD1 (sendo que o trabalho de chapa será feito por mim, nesse) já lhe estaria apalavrado no futuro... Assim sendo, não será o caso em ambos. O problema é que também não conheço nenhum bate-chapa/pintor de confiança na zona (Caldas da Rainha), mas em princípio o carro da minha namorada vem comigo para Aveiro para ser pintado.
Tudo bem que o 213 não é o carro de uso diário. Mas também não é um carro dispensável ou de passeio como é o 2600.
É, sim, um 2º carro e tem que estar pronto a fazer as lides de uso diário quando necessário.
Nestes dois anos já tive que recorrer duas vezes a outras viaturas, e isso também não vai entrar no custo final dos trabalhos. Mas pronto, assim é.
(Peço desde já desculpa pelo desabafo)
O prazo que me deram depois de terem falhado com o prazo anterior de estar pronto até ao Natal foi meio de Janeiro. Esta semana lá vai mais uma chamada.