Na época-alvo deste artigo, não há nada minimamente interessante de motores diseasel.
E ainda assim, o que é que se considera quando escolhemos um motor como sendo dos melhores ou mais marcantes na história do automóvel?
Para mim, acima de tudo é uma questão de paixão, e emoções ao volante. E nisso, vão-me desculpar, mas continuo a não ver uma coisa dessas a entrar... por mais sofisticado que pretenda ser, continua a ser um burro, embora possa ser um burro vestido com o smoking do James Bond. Já experimentei muita coisa, e convivo regularmente com muito motor desses, mas nada chega sequer perto do desempenho e finesse de um bom motor a gasolina.
É um facto que, com a cegueira que o mundo ocidental continua a ter pelos produtos do grupo VAG, muitos opinarão que os tdi da marca serão concorrentes fortes a este ranking. Mas só porque algo é feito aos milhões e comprado sem discussão por gente motivada por uma lealdade cega e infundada, devo aceitar essa "sabedoria convencional" (um termo que me arrepia, no mínimo) e considerá-lo memorável?
Nunca me deixei ir pelas opiniões populares, e não vai ser agora, com a inteligência global em forte declínio... continuo a ter as minhas orientações e a achá-las mais fiáveis que isso, especialmente no que toca a automóveis. E se algo entra na indústria unicamente motivado por questões economicistas, e contraria tudo o que de bom se fez em motores, não merece o meu respeito.
E se querem fiabilidade a toda a prova, também a há em muitos motores decentes. E também são despachados, mesmo sem recurso a turbinas. Alguns até são surpreendentemente económicos... e ainda mais seriam se a indústria toda não tivesse andado anos a inventar maneiras de vestir o smoking ao burro... para agora finalmente se renderem às evidências, e voltarem ao motor que durante anos negligenciaram. A "moda" dos diseasel está no fim, felizmente... nos próximos anos vão desaparecer gradualmente dos catálogos. E já não era sem tempo... o ar agradece! Pena que no nosso país vá levar muito tempo para se notar...