IUC - Imposto Único de Circulação

João Paulo Ferreira

Portalista
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É uma boa ideia, tem é que se encontrar alguém com m€ios e disponibilidade para tal.
Contudo, não nos podemos esquecer que existem muitos interesses neste campo e que, muitas vezes, são conflituantes...
A muitos atores, no ramo automóvel, com bastante poder e influência, esta medida só traz vantagens...

Os pobres que paguem a crise.
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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E o ACP (Automóvel Club de Portugal) distraído ...

Post scriptum - já é tempo de organizar um partido que defenda os proprietários de carros.
Post scriptum do post scriptum - Assim vamos pagar duas vezes, uma por aumento do IUC (com as desculpas apresentadas) e depois pagar a manutenção das scuts??? ...

E vamos ter de sustentar o partido também?? :xD:
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
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Grande Guilherme é isso mesmo:

Já houve um partido dos reformados, há um partido dos animais, porque não um partido dos automobilistas?

Há 6 000 000 de veículos ligeiros mais 500 000 pesados isto deve dar um número de proprietários, de automóveis e motos, suficientemente revoltados para alterar o quadro parlamentar.

Deverá haver, dentro do quadro do associativismo automobilístico, gente com a competência necessária para organizar um movimento cívico desta natureza.

Boa ideia Guilherme

Abraço.
Eu disse "proprietários de carros", mas na verdade bastava apenas "proprietário"; e aqui tanto pode ser de carros, casas ou terrenos.
Em jeito de off-topic ...

Há uns tempos recebi uma chamada com voz de senhora identificando-se como sendo do Instituto Nacional de Estatística; e "dadas as condicionantes do Covid, queria fazer um inquérito, dado que eu era agricultor, (segundo o INE)..."
:xD::xD::xD::xD:
Prontos ... (marmelada preparada) :xD::xD:
"- Não dou dados pessoais, por telefone, a ninguém".
- Mas olhe que é obrigatório responder ao inquérito do INE, e pode ter problemas judiciais ...
- Ah sim ... então olhe só respondo presencialmente e devidamente identificada, para lhe dizer que não sou agricultor; e mais não se esqueça que em tribunal há sempre dois advogados. Não sou agricultor, sou aposentado; e gostava de saber quem me indicou como agricultor ao INE.
Conclusão não sei como ela descalçou a bota ... mas não me aborreceu mais.
Já sobre a moradia dos meus sogros, o INE também andou mal. Depois de contactada a JFL deixei andar; vamos ver se não me arrependo...

Quanto ao grande ... olha que não, são apenas 1,75m e 95 Klg. - a fugir para o anafadinho ... :xD::xD::xD::xD:
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
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Só para conferir as horas e dia....

Há uns anos que não sou sócio do ACP depois de vinte a pagar quotas, e apenas "usufruir" das "cartas de campista" (que pagava).
Mas apesar da "defesa" ... o que só te fica bem ... o ACP deve ter ficado cego com a promessa de não pagamento das scuts; e depois foi apanhado na curva. Para uma entidade como o ACP, devia ter uma atitude mais "lutadora", e pró activa (em oposição a reactiva) no que respeita à defesa dos automobilistas, qualquer que seja o partido do governo. Infelizmente parece que o PCP faz mais ...
Ontem ou anteontem li na net um sujeito a dizer que "o governo dá com uma mão, mas tira com a outra". Está totalmente enganado ... os governantes dão com uma mão e tiram com as duas ... agora conta quantos são eles ... :xD::xD:
 

Eduardo Correia

Portalista
Portalista
Os pobres que paguem a crise.
Essa frase não deixa (uma vez mais) de ter o seu sentido.

Quem (consegue) pagar € 100.000 por um eléctrico beneficia de isenção de IUC.
Quem não tem meios para trocar um carro com 20 anos por outro mais novo leva com este aumento.

Há muito que se confia que o povo é sereno...
 

João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
Essa frase não deixa (uma vez mais) de ter o seu sentido.

Quem (consegue) pagar € 100.000 por um eléctrico beneficia de isenção de IUC.
Quem não tem meios para trocar um carro com 20 anos por outro mais novo leva com este aumento.

Há muito que se confia que o povo é sereno...

É amigo do ambiente

Depois faz 10 viagens de avião por ano, 5 cães de estimação, não faz chichi ao ar livre, compra saladas num pacote, tem uma casa com piscina a 30 metros do mar...

Não sou contra os eléctricos. Mas quem anda num clio 1, 2 ou 3 só não tem um eléctrico porque não pode. :(
 
Última edição:

Antonio Godinho

Veterano
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Boa noite

Os mais novos talvez não se recordem disto.

Em julho de 2007 houve uma atualização em baixa do preço dos carros novos, tendo por base o seguinte pressuposto: baixamos o isv (imposto sobre veículos) e para compensar essa perda de receita, aumentamos o IUC que o veículo irá pagar durante toda a sua vida.

Ora os veículos matriculados até essa data pagaram o isv na totalidade. Agora o que pretendem é que veículos matriculados entre 1980 e 1989 passem a ser duplamente tributados em termos de isv.

Além de ser inconstitucional, o Tribunal Europeu vai aceitar esta dupla tributação?

Aguardemos...
 

Antonio Godinho

Veterano
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É amigo do ambiente

Depois faz 10 viagens de avião por ano, 5 cães de estimação, não faz chichi ao ar livre, compra saladas num pacote, tem uma casa com piscina a 30 metros do mar...

Não sou contra os eléctricos. Mas quem anda num clio 1, 2 ou 3 só não tem um eléctrico porque não pode. :(

Eu vou mais longe...

Há mais ou menos 30 anos a EDP renováveis fez um grande investimento nas novas fontes de energia. Neste momento tudo está a favor de começarem a colher os dividendos. Há muitos acionistas ávidos do retorno do que investiram...

O estado português está ao serviço desses lobbys e os cabecilhas que pretendem garantir reformas milionárias, fazem todos os possíveis para as garantir...

Comecem por dar o exemplo e troquem todos os veículos a combustão que o Estado possui por veículos elétricos. O Presidente da República deve ser o primeiro, seguido do primeiro ministro. Depois os restantes ministros, secretários de Estado e por aí adiante...

Vou ficar sentado a assistir...
 

Vítor Passos

Graffic
Portalista
Bem, está na altura de ir às finanças e apresentar o documento da certificação para deixar de pagar IUC no 309, mesmo isso significando 500kms de máximo anual :xD:
Ainda bem que os dois outros carros cá de casa não são afetados.

Se quiserem ver como fica podem sempre usar este site porque já mostra o calculo pronto e quanto pagam para o ano e eventualmente o total https://www.ultimatespecs.com/pt/car-specs
 
Última edição:

José H Almeida

Portalista
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Atrevo-me a centrar esta questão noutros dois planos que considero mais importantes para os carros antigos/clássicos, o argumento da poluição e o património histórico e não focar na questão no "vamos pagar mais" porque aí recebemos de troca "lá estão eles a não querer pagar" e é um ping-pong improdutivo.

A primeira é não justifiquem o aumento por questões ambientais e passo a explicar. Vivo no "interior" do país e por estes lados há carros anteriores e muito anteriores a 2007 que continuam a ser utilizados por quem mora em aldeias e vilas. São carros (como os que coloco abaixo e fotografados em apenas 10 minutos) que têm entre 20 e 30 aos e provavelmente só fizeram 70 a 120mil km até agora. Comparando com alguém que viva numa grande cidade, provavelmente faz esta quilometragem entre 3 a 6 anos. Portanto, comparando as duas realidades estes carros antigos poluíram durante 120 mil km durante 30 anos, os comprados há 30 anos num grande centro urbano já foram para a sucata, substituídos por outros (menos poluentes pós compra, mas não esquecer o ciclo completo) e na melhor das hipóteses o dono já vai num eléctrico que polui menos pós compra mas ainda teve impacto no fabrico. Portanto, em termos globais de uso qual das duas situações contribuiu mais para a poluição? Mesmo avançando mais 20 anos mantendo-se os pressupostos iguais acho que os antigos continuam a ser vantajosos, é que fabricar de raiz e reciclar no fim também polui não podemos reduzir tudo ao combustível, para falar a sério analisem-se os ciclos completos do produto. O mesmo raciocínio se aplica aos carros "clássicos" que não são usados diariamente mas que façam mil ou dois mil km ano e portanto já não isentos de IUC.
Mais, futuramente com os combustíveis sintéticos os clássicos deixam de ter impacto global, já vi que no Reino Unido há um ou outro clube que os disponibiliza, penso que a preços próximos dos 6 euros /L, com tendência para baixar. Portanto a questão da poluição não devia ser debatida pela rama, mas sim seriamente, porque é uma questão complexa e que pode ser um estrangulamento da nossa paixão e cuidado que as gerações novas não olham para os carros como nós (a maioria).

Depois é nestes locais que muitas vezes quem gosta do hobby dos clássicos vai encontrar carros antigos usados moderadamente pelo Sr. Joaquim de Cucujães e o recupera. Se estes carros começam a ir para a prensa corremos o risco de se perderem coisas interessantes por motivos errados. Há uns meses fiz um levantamento relativo ao Reino Unido, onde já aconteceu muita coisa deste género, e usando uma página que dá os carros existentes por modelo temos Jaguar E: produzidos 38419; Existentes no RU 6115; Percentagem de sobrevivência 15,92%, Mini Metro produzidos 1 500 000; Existentes no RU 201; Percentagem de sobrevivência 0,01%. Carros muito antigos ou de gama alta, vão sempre sobreviver, os outros... Bom, a sorte é que o tal Sr. Joaquim não tem dinheiro para comprar um carro novo pelo que não vai mandar o seu Ford Fiesta Mk2 para a sucata, para já, mas os herdeiros vão fazê-lo... Notem, claro que há carros antigos em muito mau estado que deviam sair de circulação e ir para peças (não é ir para a prensa), mas no abate dos carros se aparecer alguma coisa interessante há a capacidade de a identificar e reverter o processo?

Nas fotos abaixo reparem que os carros não estão maltratados, o pessoal precisa deles a funcionar bem para ter alguma liberdade (ficar no meio da serra com o carro avariado é chato...), também não estão para ganhar prémios em concursos (talvez o Peugeot de 1996).

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João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
Atrevo-me a centrar esta questão noutros dois planos que considero mais importantes para os carros antigos/clássicos, o argumento da poluição e o património histórico e não focar na questão no "vamos pagar mais" porque aí recebemos de troca "lá estão eles a não querer pagar" e é um ping-pong improdutivo.

A primeira é não justifiquem o aumento por questões ambientais e passo a explicar. Vivo no "interior" do país e por estes lados há carros anteriores e muito anteriores a 2007 que continuam a ser utilizados por quem mora em aldeias e vilas. São carros (como os que coloco abaixo e fotografados em apenas 10 minutos) que têm entre 20 e 30 aos e provavelmente só fizeram 70 a 120mil km até agora. Comparando com alguém que viva numa grande cidade, provavelmente faz esta quilometragem entre 3 a 6 anos. Portanto, comparando as duas realidades estes carros antigos poluíram durante 120 mil km durante 30 anos, os comprados há 30 anos num grande centro urbano já foram para a sucata, substituídos por outros (menos poluentes pós compra, mas não esquecer o ciclo completo) e na melhor das hipóteses o dono já vai num eléctrico que polui menos pós compra mas ainda teve impacto no fabrico. Portanto, em termos globais de uso qual das duas situações contribuiu mais para a poluição? Mesmo avançando mais 20 anos mantendo-se os pressupostos iguais acho que os antigos continuam a ser vantajosos, é que fabricar de raiz e reciclar no fim também polui não podemos reduzir tudo ao combustível, para falar a sério analisem-se os ciclos completos do produto. O mesmo raciocínio se aplica aos carros "clássicos" que não são usados diariamente mas que façam mil ou dois mil km ano e portanto já não isentos de IUC.
Mais, futuramente com os combustíveis sintéticos os clássicos deixam de ter impacto global, já vi que no Reino Unido há um ou outro clube que os disponibiliza, penso que a preços próximos dos 6 euros /L, com tendência para baixar. Portanto a questão da poluição não devia ser debatida pela rama, mas sim seriamente, porque é uma questão complexa e que pode ser um estrangulamento da nossa paixão e cuidado que as gerações novas não olham para os carros como nós (a maioria).

Depois é nestes locais que muitas vezes quem gosta do hobby dos clássicos vai encontrar carros antigos usados moderadamente pelo Sr. Joaquim de Cucujães e o recupera. Se estes carros começam a ir para a prensa corremos o risco de se perderem coisas interessantes por motivos errados. Há uns meses fiz um levantamento relativo ao Reino Unido, onde já aconteceu muita coisa deste género, e usando uma página que dá os carros existentes por modelo temos Jaguar E: produzidos 38419; Existentes no RU 6115; Percentagem de sobrevivência 15,92%, Mini Metro produzidos 1 500 000; Existentes no RU 201; Percentagem de sobrevivência 0,01%. Carros muito antigos ou de gama alta, vão sempre sobreviver, os outros... Bom, a sorte é que o tal Sr. Joaquim não tem dinheiro para comprar um carro novo pelo que não vai mandar o seu Ford Fiesta Mk2 para a sucata, para já, mas os herdeiros vão fazê-lo... Notem, claro que há carros antigos em muito mau estado que deviam sair de circulação e ir para peças (não é ir para a prensa), mas no abate dos carros se aparecer alguma coisa interessante há a capacidade de a identificar e reverter o processo?

Nas fotos abaixo reparem que os carros não estão maltratados, o pessoal precisa deles a funcionar bem para ter alguma liberdade (ficar no meio da serra com o carro avariado é chato...), também não estão para ganhar prémios em concursos (talvez o Peugeot de 1996).

Ver anexo 1288479
Ver anexo 1288480
Ver anexo 1288481
Ver anexo 1288482
Ver anexo 1288483
Ver anexo 1288484
Ver anexo 1288485

Que carro actual no mercado substituí essa Hilux? :D
 

José H Almeida

Portalista
Portalista

Miguel_Almeida

Clássico
Permitam-me contribuir com a minha perspetiva sobre este assunto. Antes de começar, quero destacar que esta é apenas uma opinião entre muitas, e tem o mesmo valor que as demais.

O cálculo do Imposto Único de Circulação (IUC) sempre foi controverso e nunca foi verdadeiramente justo. Este imposto tem duas componentes a serem pagas: a primeira é relativa à posse de um veículo, e é improvável que desapareça; a segunda é a componente ambiental. Ninguém aqui está a negar a necessidade de abordar questões ambientais, mas polarizar a sociedade não ajuda em nada nenhuma das causas. Qualquer produto, desde o momento em que é extraído da natureza, transformado e utilizado, tem um impacto ambiental. É injusto concentrar-se unicamente no período de utilização do veículo, como é feito pelos utilizadores dos VE. Afinal, um carro pode não ter tubo de escape, mas o seu ciclo de vida completo é poluente. Fazer afirmações infundadas, como a ideia de que veículos elétricos (VEs) não poluem, é uma falácia. É importante não permitir que a discussão seja reduzida a acusações infundadas de ambos os lados, o que não ajuda a progredir na questão ambiental. Da mesma forma que é uma falácia não admitir que um ICE apresenta também a sua quota de poluição.

Relativamente à "componente ambiental" do IUC, basear um imposto num único valor presente na ficha técnica do veículo é, no mínimo, inadequado, especialmente quando esse valor não considera fatores como a quilometragem anual, o peso do veículo, a cilindrada e o ano de fabrico. Um carro com uma determinada taxa de CO2, no papel, só polui quando está em funcionamento. Não faz sentido penalizar carros que passam grande parte do tempo parados. A fórmula de cálculo do IUC deveria incluir uma componente de quilometragem anual, bem como levar em conta o peso, a cilindrada e o ano de fabrico. Uma política fiscal e ambiental verdadeiramente desencorajadora da utilização do veículo pessoal e justa levaria todos esses fatores em consideração para calcular o imposto.

É igualmente importante notar que tanto os veículos a combustão interna como os VEs poluem de maneiras distintas. No entanto, um veículo, independentemente do ano de fabrico, que percorre apenas 10 km polui significativamente menos do que um veículo semelhante que percorre 100 km. O ponto crucial é que o cálculo de imposto deve ser justo para todos os veículos, independentemente do ano, mas a fórmula de cálculo atual é simplista.

A petição foi assinada e encaminhada para discussão no parlamento. Acredito que este seja o momento certo para que todos os clubes e instituições ligados ao setor coloquem de lado as suas diferenças e atuem para elevar o nível do debate, apresentando argumentos sólidos e pressionando por uma revisão da fórmula do IUC, que inclua, no mínimo, a quilometragem anual e o peso como fatores relevantes.

Edit: Claro que, para tornar esta abordagem eficaz, seria necessário que as pessoas fossem responsáveis e honestas ao declarar os quilômetros reais percorridos e evitassem manipular o odômetro. Infelizmente, o comportamento cívico é uma questão relevante, e, muitas vezes, o comportamento de alguns acaba por afetar todos.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Permitam-me contribuir com a minha perspetiva sobre este assunto. Antes de começar, quero destacar que esta é apenas uma opinião entre muitas, e tem o mesmo valor que as demais.

O cálculo do Imposto Único de Circulação (IUC) sempre foi controverso e nunca foi verdadeiramente justo. Este imposto tem duas componentes a serem pagas: a primeira é relativa à posse de um veículo, e é improvável que desapareça; a segunda é a componente ambiental. Ninguém aqui está a negar a necessidade de abordar questões ambientais, mas polarizar a sociedade não ajuda em nada nenhuma das causas. Qualquer produto, desde o momento em que é extraído da natureza, transformado e utilizado, tem um impacto ambiental. É injusto concentrar-se unicamente no período de utilização do veículo, como é feito pelos utilizadores dos VE. Afinal, um carro pode não ter tubo de escape, mas o seu ciclo de vida completo é poluente. Fazer afirmações infundadas, como a ideia de que veículos elétricos (VEs) não poluem, é uma falácia. É importante não permitir que a discussão seja reduzida a acusações infundadas de ambos os lados, o que não ajuda a progredir na questão ambiental. Da mesma forma que é uma falácia não admitir que um ICE apresenta também a sua quota de poluição.

Relativamente à "componente ambiental" do IUC, basear um imposto num único valor presente na ficha técnica do veículo é, no mínimo, inadequado, especialmente quando esse valor não considera fatores como a quilometragem anual, o peso do veículo, a cilindrada e o ano de fabrico. Um carro com uma determinada taxa de CO2, no papel, só polui quando está em funcionamento. Não faz sentido penalizar carros que passam grande parte do tempo parados. A fórmula de cálculo do IUC deveria incluir uma componente de quilometragem anual, bem como levar em conta o peso, a cilindrada e o ano de fabrico. Uma política fiscal e ambiental verdadeiramente desencorajadora da utilização do veículo pessoal e justa levaria todos esses fatores em consideração para calcular o imposto.

É igualmente importante notar que tanto os veículos a combustão interna como os VEs poluem de maneiras distintas. No entanto, um veículo, independentemente do ano de fabrico, que percorre apenas 10 km polui significativamente menos do que um veículo semelhante que percorre 100 km. O ponto crucial é que o cálculo de imposto deve ser justo para todos os veículos, independentemente do ano, mas a fórmula de cálculo atual é simplista.

A petição foi assinada e encaminhada para discussão no parlamento. Acredito que este seja o momento certo para que todos os clubes e instituições ligados ao setor coloquem de lado as suas diferenças e atuem para elevar o nível do debate, apresentando argumentos sólidos e pressionando por uma revisão da fórmula do IUC, que inclua, no mínimo, a quilometragem anual e o peso como fatores relevantes.

Edit: Claro que, para tornar esta abordagem eficaz, seria necessário que as pessoas fossem responsáveis e honestas ao declarar os quilômetros reais percorridos e evitassem manipular o odômetro. Infelizmente, o comportamento cívico é uma questão relevante, e, muitas vezes, o comportamento de alguns acaba por afetar todos.
Pois é .... claro que há ideias e perspectivas; afinal dizem que vivemos em democracia ...

Por essa teoria vais ter de pagar o oxigénio que gastas a cada respiração; dependendo, a quantia do pagamento, do exercício físico que fazes, isto para não falar da capacidade do pulmão ... :mad::mad::mad::mad:
Na mesma linha quanto pagas pela m€rda que fazes? Sim porque os esgotos são uma forma de poluição ...

:mad::mad::mad:


Outra brilhante ideia essa de pagar imposto por ter/possuir uma coisa/bem ...

Já agora, porque razão tenho de pagar impostos??

Se formos a ver bem, o imposto de circulação antigo (da antiga senhora/antes do 25/4) era de "menor" valor que o "único" actual.

Tanta conversa ... quando pagamos imposto no combustível que metemos nos carros; quanto mais combustível mais imposto pagamos, não é necessário calcular quilómetros ...

É vergonhoso ... uns cidadãos (os que passam nas scuts) deixam de pagar pela utilização de um bem, supostamente construído com o dinheiro de todos... outros, para compensar, têm de pagar por ter um carro (rainha de garagem) em casa ...
 
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