Ricardo Duarte Kadypress
Clássico
I Grande Rallye de Angola – 1957
Por : Ricardo Duarte / [email protected]
Dois mil quilómetros e estrada atravessando Angola quase de Cabinda ao Cunene, desde a longínqua e desértica Namibe (ex-Moçâmedes) às verdes serras do Uíge passando pelos incontornáveis planaltos da Huíla e Huambo, o itinerário deste rali foi quase um projecto para um futuro itinerário turístico de Angola tantos eram os pontos belíssimos que puderam ser apreciados no decorrer das etapas. Foi o maior desafio automobilístico que se colocou à organização do ATCA - Automóvel Touring Club de Angola. Esta instituição organizou também, em conjunto com esta prova, provas de “velocidade e perseguição” - a Taça Cidade de Luanda e o I Grande Prémio e Angola. O conjunto da três provas constituíram a iniciativa intitulada “Semana Automobilística de Luanda”.
Para o I Grande Rallye de Angola apresentaram-se vinte e sete inscritos que partiram das suas cidades rumo às etapas a cumprir - 16 de Luanda, 3 do Uíge (ex-Carmona), 2 do Lobito, 5 do Namibe e 1 do Huambo (ex-Nova Lisboa).
Cinco provas complementares abrilhantaram este Rallye. As duas primeiras foram efectuadas na nóvel e progressiva cidade de Uíge. No Uíge foi Henrique Ahrens de Novaes em VW quem levou a melhor classificando-se em 1ºlugar no conjunto ponderado das duas provas: 1º lugar na perícia e 4º lugar na prova de velocidade/regularidade a qual foi vencida por Maximino Correia em DKW, carro a 2 tempos conhecido popularmente como “dêkavê”..
Seguiu-se a terceira prova complementar – 400 mts de arranque – que foi disputada em Luanda e que teve como vencedor novamente um piloto do Namibe - Jaime Lúcio dos Santos com um pesado Mercury ao fazer o melhor tempo - 20,45 segundos.
A quarta prova complementar – uma perícia na marginal de Luanda foi ganha por Ferreira do Carmo em DKW.
A quinta e ultima prova complementar foi uma prova de “velocidade e perseguição” em circuito fechado com a extensão de 1.800 mts. Esta prova foi dividida em várias séries de poucos pilotos consoante o tipo de carros e classes. Jaime Lúcio dos Santos haveria de fazer melhor tempo de todas as séries que, naturalmente, tiverem vencedores distintos.
No cômputo geral o jovem do Namibe - Henrique Ahrens de Novaes havia de sagrar-se o vencedor absoluto do I Grande Rallye de Angola e haveria de ser recebido na “terra das Welwitschias”, aquela em que o mar se casa como deserto, em grande apoteose.
Av. Marginal de Luanda com os "bólides" alinhados em espinha para as séries de velocidade com partidas tipo "Le Mans"
Manuel Santos Baptista,piloto do Namibe, em plena prova de perícia com o seu VW, com uma bancada apinhada de espectadores com "pano de fundo".
Sebastião Gouveia, 2º classificado na 4ª prova complementar de perícia, em acção com o seu DKW.
Momento da prova de velocidade por séries em que Jaime Lucio dos Santos (Mercury) ainda persegue Bordalo Pereira (MGA).
Por : Ricardo Duarte / [email protected]
Dois mil quilómetros e estrada atravessando Angola quase de Cabinda ao Cunene, desde a longínqua e desértica Namibe (ex-Moçâmedes) às verdes serras do Uíge passando pelos incontornáveis planaltos da Huíla e Huambo, o itinerário deste rali foi quase um projecto para um futuro itinerário turístico de Angola tantos eram os pontos belíssimos que puderam ser apreciados no decorrer das etapas. Foi o maior desafio automobilístico que se colocou à organização do ATCA - Automóvel Touring Club de Angola. Esta instituição organizou também, em conjunto com esta prova, provas de “velocidade e perseguição” - a Taça Cidade de Luanda e o I Grande Prémio e Angola. O conjunto da três provas constituíram a iniciativa intitulada “Semana Automobilística de Luanda”.
Para o I Grande Rallye de Angola apresentaram-se vinte e sete inscritos que partiram das suas cidades rumo às etapas a cumprir - 16 de Luanda, 3 do Uíge (ex-Carmona), 2 do Lobito, 5 do Namibe e 1 do Huambo (ex-Nova Lisboa).
Cinco provas complementares abrilhantaram este Rallye. As duas primeiras foram efectuadas na nóvel e progressiva cidade de Uíge. No Uíge foi Henrique Ahrens de Novaes em VW quem levou a melhor classificando-se em 1ºlugar no conjunto ponderado das duas provas: 1º lugar na perícia e 4º lugar na prova de velocidade/regularidade a qual foi vencida por Maximino Correia em DKW, carro a 2 tempos conhecido popularmente como “dêkavê”..
Seguiu-se a terceira prova complementar – 400 mts de arranque – que foi disputada em Luanda e que teve como vencedor novamente um piloto do Namibe - Jaime Lúcio dos Santos com um pesado Mercury ao fazer o melhor tempo - 20,45 segundos.
A quarta prova complementar – uma perícia na marginal de Luanda foi ganha por Ferreira do Carmo em DKW.
A quinta e ultima prova complementar foi uma prova de “velocidade e perseguição” em circuito fechado com a extensão de 1.800 mts. Esta prova foi dividida em várias séries de poucos pilotos consoante o tipo de carros e classes. Jaime Lúcio dos Santos haveria de fazer melhor tempo de todas as séries que, naturalmente, tiverem vencedores distintos.
No cômputo geral o jovem do Namibe - Henrique Ahrens de Novaes havia de sagrar-se o vencedor absoluto do I Grande Rallye de Angola e haveria de ser recebido na “terra das Welwitschias”, aquela em que o mar se casa como deserto, em grande apoteose.
Av. Marginal de Luanda com os "bólides" alinhados em espinha para as séries de velocidade com partidas tipo "Le Mans"
Manuel Santos Baptista,piloto do Namibe, em plena prova de perícia com o seu VW, com uma bancada apinhada de espectadores com "pano de fundo".
Sebastião Gouveia, 2º classificado na 4ª prova complementar de perícia, em acção com o seu DKW.
Momento da prova de velocidade por séries em que Jaime Lucio dos Santos (Mercury) ainda persegue Bordalo Pereira (MGA).