Está trama está a ficar complicada. Neste momento tenho as seguintes opções:
1 - 75 2.0 TS segunda série. Muito poucos kms, absolutamente imaculado. Valor mais alto do que o modelo que deu origem a este tópico. Ainda um bom número mais alto. Absolutamente zero a fazer. Sei do que falo nesta unidade. Zero a a fazer.
2 - 75 2.0 TS primeira série. Mais kms que o primeiro. Um bom bocado mais. Bastante bom com alguns detalhes a corrigir. Alguns já aqui aflorados. Barra reflectora laranja da mala, farolins de nevoeiro (não tem e não gosto de os ver sem). Faltam os chuventos. Tapetes a precisar de reforma. Volante um pouco gasto. Original em todos os aspectos, não está inventado. O alfa control funciona como é suposto. Um pouco abaixo do valor do modelo que deu origem a este tópico.
3 - Giulietta tipo 116, segunda e penúltima fase 2.0. O mais em conta de todos. Aparentemente bem e com nada a fazer... melhor dizer que aparentemente com nada a fazer, dado que o "nada a fazer" em carros com esta idade não existe. Gosto muito da cor, da patine e do encanto. O giulietta já dá para virar a página da história para trás. O 75 talvez ainda esteja no início de uma mesma página. 75 que eu gosto mais apesar do paradoxo exposto para com a Giulietta e com o qual viverei em permanente dilema e desassossego.
Tomarei a decisão sozinho como é normal, ninguém o pode fazer por mim. Sinto-me ainda assim bastante perdido nos caminhos que escolhi, e receio bem não estar a ver a coisa como seria suposto ver. Antes disso, e assim me parece, talvez esteja a ver as coisas como se esperaria que fossem vistas. No meio delas talvez esteja eu, não sabendo já se vejo o que quero, ou se quero o que vejo...
Claro que depende do valor, mas assim à primeira vista parece-me que a primeira opção é a mais barata. Geralmente os 75 em "bom estado" precisam de alguns sinoblocos, apoios, cardans, secções de escape, bombas de embraiagem (ás vezes de travões também), bomba de gasolina, tubos vários, a essencial mudança de óleos e filtros, pneus e pormenores de interior que são sempre complicados de optimizar dado a escassez de peças. Em resumo e contando com a mão de obra, um 75 Twin Spark em "bom estado" ainda precisa de uns bons dois a três mil euros para ficar em excelente estado isto, obviamente, se não tiver podres, se não precisar de pintura e estiver imaculadamente original.
Também acho que, sempre dependendo do valor, a primeira opção é a mais barata e a que dá logo oportunidade de começar a desfrutar do carro. Não há percas de tempo nem chatices com oficinas e peças e, para além disso, se estiver mesmo em EXCELENTE estado será um Alfa Romeo pronto a dar tudo o que a marca projectou. Digo isto porque há infelizmente muitos casos de maus Alfa Romeos que dão más experiências aos proprietários, infelizmente também esses mesmos proprietários nunca chegaram à conclusão que o carro é mau porque a manutenção é nula ou barata, culpa dos mesmos e não do carro em si.
No outro dia um sr. que tem um Spider todo podre, podre até às longarinas, decidiu arranjar o carro. Quando soube que arranjar o chassis como deve de ser seria mais de 15.000 euros decidiu dar mais uma borrifadela de tinta no carro com umas fibras à mistura. Está muito bonito, pena é que eu sei que está todo podre por baixo de todo aquele brilho. Na semana passada disse-me que o carro era uma treta porque "dava a impressão que dobrava nas curvas". Pois, agora a culpa é do carro...
Outro que tem uma Alfetta é a mesma coisa: Anda a gastar o dinheiro todo em suspensões, discos e maxilas de travões, tubos de aço, motores com mais cavalos e o carro tem o chassis partido (sim, PARTIDO). Nunca será um Alfa Romeo e, infelizmente, há-de haver mais um a dizer mal dos Alfas.
A opção acho que tem que passar pelo rácio custo/benefício, tendo em conta o dinheiro e o tempo que se vai gastar na opção "mais barata" para ficar igual à "mais cara".