Sim, Vaz. É só bonito.
É bem desenhado. Mas, seja carro ou carrinha, não gosto, não queria para mim, nem dado.
Esteticamente é agradável, mas sofre do mal da forma antes da função. Supostamente é um carro familiar, mas... Entrei num berlina e numa SW há uns tempos e são ridiculamente acanhados atrás.
Passaste ao lado do 156 e nem o viste!
Essa questão estava brilhantemente resolvida pela VW com o Passat. Entrar nessa "guerra" éra perdê-la antes mesmo de a começar.
O 156 não é um carro familiar, é como brilhantemente sintetizado pelo
@Miguel Gomes Dinis O último carro aparentemente familiar com o único objectivo de satisfazer o condutor. A parte do familiar era um ardil engenhoso para enganar esposas grávidas de 7 meses, ou seja, não era em boa verdade um familiar. (já agora, isto é tão verdade que este era um dos poucos ou mesmo o unico carro em que o passageiro, mesmo que se esticasse não conseguia ver o velocimetro.
Mas era um carro que servia perfeitamente um jovem executivo um pouco mais conservador que não apreciasse um 2 volumes da moda.
E foi (a meu ver) por funcionar tão bem na estradada para um condutor que apreciasse o "acto de conduzir", mais ainda por ser bonito que foi o sucesso que foi. Este carro chegou a susentar todo o grupo.
Os defeitos de que o Miguel fala... são consequencia de um caminho diferente. Convivo diariamente com um carro que partilha com este uma suspensão dianteira muito especial (sim o Primera tem o que eles chamam uma suspensão dianteira multilink que acaba por ser muito parecida com os duplos triangulos do 156) e que sofre de alguns dos mesmos problemas, um raio de viragem ridiculo (chega a ser confrangedor) e um consumo algo exagerado de casquilhos/triangulos/braços, mas que lhe dá um trem dianteiro com uma precisão (e no 156 ainda mais pelo camber negativo)
a toda a prova.
Mesmo a história de comer pneus no interior (camber negativo), tem remédio, deixa as autoestradas e faz mais curvas. Cumpriste esse passo? Muito bem, agora dá-lhe mais "calor" para ver se comes o exterior do pneu.
Definitivamente não era um carro para todos... como brilhantemente o Miguel descreveu, era um carro de paixões e até por isso, o digno herdeiro e o "canto do cisne" daquilo que a marca tinha feito com a Giulia... e essa paixão podia até começar pelo fisico, (era bonito) mas consubstânciava-se na forma como se "dançava" na estrada.
O 156 é a meu ver o mais apaixonante representante dos "sport sedans", onde só o BMW série 3 (e46) poderá "brilhar" ao mesmo nível.
De resto, a questão do espaço, como disse foi brilhantemente resolvida pela VW com várias gerações de Passat.
Quem queria resolver os mesmos problemas e ser diferente, tinha sempre Os Xantia e C5 lá para os lados de França... nenhum era (ou devia ser) percepcionado como concorrente do 156.