TWN(Triumph Werk Nurnberg) 350 cc Boss

[Fernando L. G. Pinto]

Dia 19/3/2016(dia do Pai) o meu cunhado Rui Gomes trouxe parte da sua moto TWN Boss 350 cc, de 1956, para eu restaurar nos tempos livres, depois do conserto da Casal Titan Nobilis, ou nos intervalos.
Eis algumas fotos

 

[Fernando L. G. Pinto]

Hoje estive a tirar parafusos com ajude de um maçarico, porque muito enferrujados e calcinados e os rebites para aceder às partes interiores, chapas, dos guarda-lamas, para uma melhor limpeza com jacto de areia. Os rebites são especiais de modo que não vai ser fácil encontrar iguais, têm uma anilha antes da parte cravada(ver restos na caixa).
O simbolo "Boss" estava riscado e manchado, estive a poli-lo para depois envernizar com verniz dourado/amarelado.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Fotos de há uns dias atrás, da continuação dos trabalhos, aproveitando o tempo bom de sexta-feira.
Os filtros de entrada de ar para os 2 carburadores foram limpos de terra, lavados, soprados com ar. O sistema de abertura, de rotação, estava bloqueado por sujidade, ferrugem e falta de uso.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Tirar a chapa identificativa da moto foi um bocado complicado; presa com dois cravos de metal, valeu-me o aparelho que aparece na foto, que o meu sogro me emprestou, para os desfazer, sempre com muito cuidado para não danificar mais a chapa.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Lá me aventurei a desamassar o guarda-lamas traseiro e, atendendo a que não tenho ferramentas à altura, até não me saí nada mal. Isto é que é chapa da boa. Agora, o resto é trabalho para o chapeiro.
A base do motor, os veios das rodas e outras pequenas peças que ali encaixam, foram enviados para o torneiro, a fim de avivar as roscas.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Chegou mais material cá a casa velho, claro.
Procedemos à desmontagem do assento. Há várias partes para compor e terá de ser novamente forrado, já não irá ser a primeira vez.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Um trabalho que demorou horas a fazer: tirar os parafusos de aperto, todos enferrujados; limpar o alumínio com esfregão; tirar todas as marcas maiores e cavidades que tiveram que ser enchidas(amassando as peças pelo interior; passar lima folha de oliveira nas saliências; lixar com lixa de água e.... finalmente..ufa.... os frisos do assento estão prontos a ser polidos!

 

[Fernando L. G. Pinto]

Vi um motor de tirar água adaptado a polidor de peças metálicas. Falei com o meu sogro que me deu um que tinha arrumado. Está no torneiro para fazer um aumento do veio.
Desmontei os pneus.
Com a preciosa ajuda do Gil desenraiamos as duas rodas, uma na oficina dele mas, dado o adiantado da hora - ia fechar - emprestou-me a chave adequada para o efeito e fiz o resto do serviço em casa.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Hora de desmontagem parcial dos cubos e de tirar raios.
A cavilha que aparece na 4ª a 6ª fotos deu imenso trabalho a tirar, valeu-me o torno e a ajuda do amigo e vizinho Tone Pinto.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Peguei agora nos amortecedores da frente para retirar as bainhas mas não consegui. Tenho que arranjar um torno grande e vou pedir ajuda amanhã, talvez dando um bocado de calor nas roscas. Vou deitar do spray da lata amarela das fotos para ir penetrando nas roscas.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Estivemos a ver como eram compostos os interiores das bainhas.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Desmontaram-se as bainhas para ver o seu interior. Levam muitas peças.
Soldou-se a peça que segura a direcção porque tinha umas falhas de metal.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Uma rápida vista de olhos pelo farol da frente, desmontagem e inspecção dos amortecedores traseiros. Vão dar um bocado de trabalho a consertar e a encontrar algumas peças substitutas.

 

[Fernando L. G. Pinto]

O guiador tem sido objecto de várias soldagens e limpeza da solda que nunca mais acaba. Levo-o ao Marinho, chapeiro da oficina de pintura, que o solda e depois eu em casa retiro os excessos; no dia a seguir, sempre ao fim da tarde, lá vou eu outra vez para a romaria diáriamente. Porque não tenho ferramenta à altura , só tenho um esmeril e limas o trabalho torna-se mais difícil e moroso.
Estava muito empenado e amolgado, como não há novos à venda há que aproveitar o que existe.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Mais soldas do guiador, vai-me valendo o esmeril emprestado pelo meu sogro.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Mais umas peças que foram revistas, duas delas dos amortecedores traseiros, o terminal e os veios que levaram soldas e novas cabeças(trabalho de torneiro), respectivamente.
Desta vez o guiador parece que vai ficar por aqui, até ver.

 

[Vitor Dinis Reis]

Trabalho fantástico! Esse guiador

 

[Fernando L. G. Pinto]

Mais uma tentativa de aproveitamento do material original, desta vez do aro do farol, agora só falta soldar a latão.
Os parafusos são só para ajudar o soldador.

 

[Fernando L. G. Pinto]

Estou a precisar de adquirir peças como as das duas primeiras fotos, alguém me sabe dizer onde posso encontrá-las?
Entretanto, juntei algumas peças que irão para cromar.

 

[Fernando L. G. Pinto]

O restauro continua a ritmo lento, há sempre algo a fazer que nunca mais acaba de se fazer, porque muitas vezes dependemos de terceiros.
Desmontei todas as molas do banco, que por sinal não são poucas. Algumas precisam de restauro e de ser refeitas. Vou mandar zincá-las, mais tarde.
Nalgumas partes das chapas os buracos já estão deformados, de muito gastos, pelo que irão ser reforçadas.