Porque comprar um carro usado?...e não um novo

OP
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José Luís Serôdio Nunes
Eduardo Relvas disse:
Isto é algo que sempre acreditei e continuo a praticar.

Ainda nunca comprei um carro novo, e é pouco provável que alguma vez o faça. Para quê sermos ludibriados a pagar uma fortuna imensa (e uma boa parte dela para os ladrões que alguém elegeu para serem os nossos gatunos preferenciais), e ficar sem ela de um dia para o outro, e com a agravante que ainda temos de andar a gramar com carros que não sabemos usar a 100%, concessionários que não os sabem arranjar, e tão complexos que começamos a ter medo até de meter ar nos pneus sem ter um computador?

O meu electrodoméstico cá de casa é um BMW 525i de 2001. Comprei-o em 2006, sou o segundo proprietário, e dado o nível de equipamento opcional que o carro traz, o dono anterior deve ter pago pelo menos 5 vezes (!!!) aquilo que eu paguei por ele quando o levantou na Baviera. Tinha 150,000 km acabadinhos de fazer, a maioria dos quais em AE. O interior estava como novo, assim como basicamente tudo o resto. Foi sempre revisto a tempo e horas na Baviera, porque fazia parte do contrato já que o carro foi adquirido através da empresa do anterior dono. Como é a gasolina, ninguém neste país o queria a não ser eu, fiz um negócio espectacular... :D E ainda dei o meu outro série 5 anterior também a gasolina de retoma! :cool:

Nos quase 5 anos desde que o comprei não tenho feito mais que alimentá-lo, dar-lhe manutenções, pneus, uma bateria (desconfio que a que ele trazia ainda era a de fábrica, e só a troquei há 2 semanas!) e, salvo erro, uma lâmpada de médio. Ah, e troquei o pára-brisas, mas isso foi culpa de uma pedra projectada e não do carro.

Nunca tive um problema com ele, e trabalha como novo. É um carro potente, seguro, fiável, luxuoso, espaçoso, silencioso, e agradável de conduzir (para um electrodoméstico, claro). Os motores de 6 cilindros da BMW são excelentes, e este curiosamente até se revelou bastante económico (ok, tirando as voltas em cidade, mas isto é um estradista por excelência), consigo fazer 6 litros aos 100 em estradas nacionais e 7,2-7,4 em AE sem grandes precauções.

Tem agora 214,000 km e espero que me chegue pelo menos aos 350,000 sem grandes chatices. As revisões não são nada caras (sei de quem pague bem mais por carros inferiores), e o que paguei a menos em relação a um charuto equivalente movido a diseasel dá para cobrir muita gasolina, tenho a certeza que ainda não ultrapassei essa margem nem estou perto disso.

Para quê ser escravo de um mercado maluco se podemos fazer as regras jogar a nosso favor? Eu sei bem por que lado opto...

Um abraço a todos!

Olá Eduardo

Boa opção a tua. Os BMW são umas grandes máquinas, sem dúvida, e então nas versões 5, são realmente luxuosos.

É como dizes, quem o comprou pagou muito, mas muito mais, do que aquilo que pagas-te. Eu ainda estou a optar por semi-novos mas não discordo, de forma nenhuma, da tua opção.

Tenho um amigo que só compra máquinas com mais de 8 anos e digo-te, compra cada maquinão, que é de ficarmos com os olhos em bico.

Abraço
Luís Nunes
 
José Luís Serôdio Nunes disse:
Olá Eduardo

Boa opção a tua. Os BMW são umas grandes máquinas, sem dúvida, e então nas versões 5, são realmente luxuosos.

É como dizes, quem o comprou pagou muito, mas muito mais, do que aquilo que pagas-te. Eu ainda estou a optar por semi-novos mas não discordo, de forma nenhuma, da tua opção.

Tenho um amigo que só compra máquinas com mais de 8 anos e digo-te, compra cada maquinão, que é de ficarmos com os olhos em bico.

Abraço
Luís Nunes

Digamos que a curva de desvalorização do automovel novo começa de forma abrupta. até aos primeiros 4 anos do veículo onde dependendo da marca e modelo e estado, pode desvalorizar mais de 50% do que custou novo.

Depois teremos um 2º patamar em que a curva de desvalorização não é tão acentuada, que pode durar mais 3/4 anos, em que irá sofrer o restante da desvalorização.
Digo o restante porque, a partir desta idade, e claro, dependendo da marca e modelo e estado, o carro pode perfeitamente passar a valer apenas o somatório das peças, ou seja, motor, caixa de velocidades, centralinas, airbags, e etc...

A partir desta idade(8-10 anos), o carro entra numa fase quase estacionária, onde já perdeu todo o valor que havia a perder, não sendo por isso estranho vermos salvados em razoável estado, que foram encostados porque a reparação já superava o seu valor comercial.
 
OP
OP
José Luís Serôdio Nunes
Eduardo Relvas disse:
Amigo Rui,

é exactamente por isso que muita gente está a retornar aos carros de há uns anos atrás. A própria Mercedes já reconheceu isso e criou um serviço especializado na venda, assistência e retoma de modelos mais antigos, especialmente os que os alemães chamam de "Youngtimers", que estão cada vez a ter mais procura. Há muito quem esteja a ir buscar os W123 ou W124 em bom estado ou recuperados e revistos pela marca em vez de comprar um modelo novo. Ficam melhor servidos...

As pessoas começam a cansar-se da complexidade ridícula a que se chegou, e receio que a evoluirmos mais nesta direcção o automóvel como o conhecemos esteja a chegar ao risco bem real de extinção, para ser tornado num "white good" como um telemóvel ou um pc.

As próprias marcas começam a ter dificuldades em manter o ritmo, e daí vermos o surgir de componentes e fornecedores cada vez mais duvidosos. Aquilo que constitui o carro em si cada vez tem uma qualidade perceptível mais reduzida, para se poder atafulhar de electrónicas de última geração. Mas é nisto que dá quando as marcas se agarram aos tótós viciados em gadgets....

Um abraço!

Olá Eduardo

Concordo contigo, embora não a 100%. Algumas introduções tecnológicas vêm efectivamente atrapalhar mais do que ajudar, mas outras, no entanto, são efectivamente muito úteis.

Por exemplo, a minha carrinha C 220 CDI tem vários "extras" tecnológicos de uso bastante agradável, tais como:

- GPS integrado do tablier. Acabou o tempo do TomTom que, quando em viagem, tinha que o estar sempre a tirar sempre que parava para ir tomar um café ou, por exemplo, para visitar um monumento. Se não tivesse o cuidado de o tirar, provavelmente quando regressa-se ao carro, teria um vidro partido por alguém somente com o intuito de roubar o GPS TomTom.

- Sistema de telefone de alta voz. Acabou o atender/efectuar as chamadas de telemóvel com uma mão, enquanto a outra mão tratava de todas as acções necessárias à condução, mudar o pisca, mudar as mudanças, segurar o volante, etc. Isto já sem falar na falta de concentração que tudo isto acarretava na condução, bem como do perigo de sermos apanhados pela policia a meio de uma chamada, e todos sabemos quais as consequências deste "azar".

- Sistema de controlo da pressão de ar nos pneus. Ainda um dia destes, estava eu em plena condução quando de repente a luz do rádio, onde se encontra também o computador de bordo, ficou vermelha, de um vermelho tão brilhante que era impossivel não reparar. Motivo? Simplesmente porque um pneu estava furado e, um pouco antes de ficar totalmente vazio, fui informado pelo computador do que estava a acontecer e assim, dessa forma, pude parar numa estação de serviço mais próxima, meter ar, e ir directo uma oficina Norauto para remover o furo.

Isto para não mencionar outros extras que também considero úteis, tais como o Cruise Control, o limitador de velocidade, etc, mas que não me vou alongar mais sobre os mesmos, para não tornar esta meu comentário muito extenso.

Portanto, na minha opinião, nem todos os extras tecnológicos são maus mas, é claro, tudo o que for exagero, poderá ser prejudicial.

Abraço
Luís Nunes
 
OP
OP
José Luís Serôdio Nunes
José Aguiar disse:
Como se pode ver as teses podem ser contrariadas.... o que é verdade para alguns, para outros pode não ser bem assim.
Não concordo nada com ideias pré concebidas relativamente a uma matéria que tem muitas variaveis e condicionalismos. Há muitas estorias, algumas delas muito tristes de quem comprou carros usados em detrimento de novos. Tive uma com um Mercedes, que infelizmente nunca irei esquecer...

Olá José

Tens toda a razão, todas as teses podem ser contrariadas. Neste post, apenas manifestei uma opinião que tem a validade que tem, é uma opinião...

Também conheço algumas histórias de amigos que compraram carros novos e que, desde a data da sua compra até à data em que venderam os carros, só tiveram chatices. Não vou mencionar marcas para não ferir susceptibilidades, mas há marcas de carros novos que causam bastantes chatices, quando comparadas com outras.

Por exemplo, tenho um amigo que já trabalhou numa cadeia de montagem de uma marca de carros que são cá montados em Portugal e ele disse-me:

Luís, uma boa parte dos carros que são montados à 2º Feira e á 6º Feira apresentam problemas e sabes porquê? Porque à 2º Feira ainda vimos com o espirito de fim de semana, algumas vezes ainda a ressacar de uns copos que bebemos enquanto assistimos ao futebol no Domingo, e à 6º Feira, já só pensamos no fim de semana.

Se alguma peça não entra bem, nestes dias não estamos com paciência e se não entra bem à primeira, entra a mal (leia-se à porrada).

Portanto quem comprar carros novos que foram montados entre a 3º Feira e a 5ª Feira, tem sorte, já os outros montados à 2ª Feira, ou à 6ª Feira, poderão ter azar, e muito...

Portanto, comprar carro novo ou carro usado, poderá ser uma questão de sorte ou de azar, só que o carro usado custa menos...

Abraço
Luís Nunes
 

José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
Portalista
Andre Jacinto disse:
No meu caso, a resposta é simples... Os Rovers deixaram de ser fabricados em 2005 :rolleyes::D

:DD Curiosamnete o unico carro que comprei novo foi um Rover 25 Dockland´s ( comercial ). Custou novo 20.000€ e ao fim de 5 anos, devirado ao encerramento da Rover custei a vende-lo e abalou por 7.400€.
E muitos poucos foram os interessados que me aparecereram em mais de 7 meses.
Não desgostei do carro mas foi sem duvida o pior negócio da minha vida:wacko:
 

José Aguiar

Clássico
José Luís Serôdio Nunes disse:
Olá José

Tens toda a razão, todas as teses podem ser contrariadas. Neste post, apenas manifestei uma opinião que tem a validade que tem, é uma opinião...

Também conheço algumas histórias de amigos que compraram carros novos e que, desde a data da sua compra até à data em que venderam os carros, só tiveram chatices. Não vou mencionar marcas para não ferir susceptibilidades, mas há marcas de carros novos que causam bastantes chatices, quando comparadas com outras.

Por exemplo, tenho um amigo que já trabalhou numa cadeia de montagem de uma marca de carros que são cá montados em Portugal e ele disse-me:

Luís, uma boa parte dos carros que são montados à 2º Feira e á 6º Feira apresentam problemas e sabes porquê? Porque à 2º Feira ainda vimos com o espirito de fim de semana, algumas vezes ainda a ressacar de uns copos que bebemos enquanto assistimos ao futebol no Domingo, e à 6º Feira, já só pensamos no fim de semana.

Se alguma peça não entra bem, nestes dias não estamos com paciência e se não entra bem à primeira, entra a mal (leia-se à porrada).

Portanto quem comprar carros novos que foram montados entre a 3º Feira e a 5ª Feira, tem sorte, já os outros montados à 2ª Feira, ou à 6ª Feira, poderão ter azar, e muito...

Portanto, comprar carro novo ou carro usado, poderá ser uma questão de sorte ou de azar, só que o carro usado custa menos...

Abraço
Luís Nunes

Verdade Luís Nunes, sem dúvida.

Hoje em dia com a massificação de produção automovel, a excelencia e diferenciação de um produto para os demais é cada vez mais ténue.
Os carros descartáveis estão aí, e basta ver o tratamento que alguns oficinas especializados das marcas dão a carros com mais de 10 anos que se atrevem a aparecer.... para eles não passa de um carro velho e algumas vezes olham e não sabem bem que modelo é.....
 
José de Sá disse:
:DD Curiosamnete o unico carro que comprei novo foi um Rover 25 Dockland´s ( comercial ). Custou novo 20.000€ e ao fim de 5 anos, devirado ao encerramento da Rover custei a vende-lo e abalou por 7.400€.
E muitos poucos foram os interessados que me aparecereram em mais de 7 meses.
Não desgostei do carro mas foi sem duvida o pior negócio da minha vida:wacko:

Os britânicos de cá de casa são os únicos carros que acabam por não sair :huh:

Pelo menos, no meu caso, se comprasse um seria para fazer companhia ao 213, e para ser mantido. :feliz:

Aliás, brevemente virá o 6º automóvel do grupo em minha casa :feliz:
 
José Luís Serôdio Nunes disse:
Olá Eduardo

Concordo contigo, embora não a 100%. Algumas introduções tecnológicas vêm efectivamente atrapalhar mais do que ajudar, mas outras, no entanto, são efectivamente muito úteis.

Por exemplo, a minha carrinha C 220 CDI tem vários "extras" tecnológicos de uso bastante agradável, tais como:

- GPS integrado do tablier. Acabou o tempo do TomTom que, quando em viagem, tinha que o estar sempre a tirar sempre que parava para ir tomar um café ou, por exemplo, para visitar um monumento. Se não tivesse o cuidado de o tirar, provavelmente quando regressa-se ao carro, teria um vidro partido por alguém somente com o intuito de roubar o GPS TomTom.

- Sistema de telefone de alta voz. Acabou o atender/efectuar as chamadas de telemóvel com uma mão, enquanto a outra mão tratava de todas as acções necessárias à condução, mudar o pisca, mudar as mudanças, segurar o volante, etc. Isto já sem falar na falta de concentração que tudo isto acarretava na condução, bem como do perigo de sermos apanhados pela policia a meio de uma chamada, e todos sabemos quais as consequências deste "azar".

- Sistema de controlo da pressão de ar nos pneus. Ainda um dia destes, estava eu em plena condução quando de repente a luz do rádio, onde se encontra também o computador de bordo, ficou vermelha, de um vermelho tão brilhante que era impossivel não reparar. Motivo? Simplesmente porque um pneu estava furado e, um pouco antes de ficar totalmente vazio, fui informado pelo computador do que estava a acontecer e assim, dessa forma, pude parar numa estação de serviço mais próxima, meter ar, e ir directo uma oficina Norauto para remover o furo.

Isto para não mencionar outros extras que também considero úteis, tais como o Cruise Control, o limitador de velocidade, etc, mas que não me vou alongar mais sobre os mesmos, para não tornar esta meu comentário muito extenso.

Portanto, na minha opinião, nem todos os extras tecnológicos são maus mas, é claro, tudo o que for exagero, poderá ser prejudicial.

Abraço
Luís Nunes
Quando for preciso reparar ou subestituir esses avancos tecnologicos vai de certeza mudar de opiniao.Conduzir um "carro" continua a ser para muitos nao so um meio de transporte, mas tambem uma experiencia que nos da um sentido de liberdade e de controlo .Os automoveis de hoje ja se parecem mais com "Space ships" que precisam de ser navegados.E nao esquecer o assalto aos direitos de privacia pessoal.Qualquer automovel com GPS e telefone pode ser localizado por identidades governamentais (outras)e pode ser desabilitado a qualquer momento_Os dias de um propriatario mais ouzado trocar o oleo,um jogo de velas ou ate mesmo trocar uma lampada fundida chegaram ao fim.Hoje troquei pneus a um 2006 BMW 5 series e so porque as rodas estiveram a uns metros do carro tive que reprogramar o sistema de avizo de baixa pressao.Boa merdola!
 
OP
OP
José Luís Serôdio Nunes
Rui Fernando Mauricio disse:
Quando for preciso reparar ou subestituir esses avancos tecnologicos vai de certeza mudar de opiniao.Conduzir um "carro" continua a ser para muitos nao so um meio de transporte, mas tambem uma experiencia que nos da um sentido de liberdade e de controlo .Os automoveis de hoje ja se parecem mais com "Space ships" que precisam de ser navegados.E nao esquecer o assalto aos direitos de privacia pessoal.Qualquer automovel com GPS e telefone pode ser localizado por identidades governamentais (outras)e pode ser desabilitado a qualquer momento_Os dias de um propriatario mais ouzado trocar o oleo,um jogo de velas ou ate mesmo trocar uma lampada fundida chegaram ao fim.Hoje troquei pneus a um 2006 BMW 5 series e so porque as rodas estiveram a uns metros do carro tive que reprogramar o sistema de avizo de baixa pressao.Boa merdola!

Olá Rui,

Acho que também não nos podemos esquecer de quantas vidas são salvas no dia a dia, nas estradas, por via dos acidentes que são evitados pelos sistemas de segurança dos carros actuais.

Sistemas de controlo de tracção, ABS, repartição de travagem, alarme de sono, etc., são bons exemplos do que estou a falar.

Adoro automóveis clássicos e antigos, mas isso não me impede de apreciar as ventagens destes sistemas de segurança e conforto que os carros actuais nos oferecem.

Quanto à possibilidade dos carros serem localizados através dos sistemas de GPS, já quantos carros roubados não foram recuperados devido a terem incorporados estes sistemas de localização?

Já tive que mandar reparar por vezes estes "extras", cuja reparação nem sempre fica barata, mas encaro isso como uma coisa normal. Tudo, mas tudo mesmo, mais tarde ou mais cedo necessitará de manutenção/reparação, não é verdade?

Ao fim ao cabo, nada é eterno, nem os automóveis...

Abraço
Luís Nunes
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
José Luís Serôdio Nunes disse:
Olá Eduardo

Concordo contigo, embora não a 100%. Algumas introduções tecnológicas vêm efectivamente atrapalhar mais do que ajudar, mas outras, no entanto, são efectivamente muito úteis.

Por exemplo, a minha carrinha C 220 CDI tem vários "extras" tecnológicos de uso bastante agradável, tais como:

- GPS integrado do tablier. Acabou o tempo do TomTom que, quando em viagem, tinha que o estar sempre a tirar sempre que parava para ir tomar um café ou, por exemplo, para visitar um monumento. Se não tivesse o cuidado de o tirar, provavelmente quando regressa-se ao carro, teria um vidro partido por alguém somente com o intuito de roubar o GPS TomTom.

- Sistema de telefone de alta voz. Acabou o atender/efectuar as chamadas de telemóvel com uma mão, enquanto a outra mão tratava de todas as acções necessárias à condução, mudar o pisca, mudar as mudanças, segurar o volante, etc. Isto já sem falar na falta de concentração que tudo isto acarretava na condução, bem como do perigo de sermos apanhados pela policia a meio de uma chamada, e todos sabemos quais as consequências deste "azar".

- Sistema de controlo da pressão de ar nos pneus. Ainda um dia destes, estava eu em plena condução quando de repente a luz do rádio, onde se encontra também o computador de bordo, ficou vermelha, de um vermelho tão brilhante que era impossivel não reparar. Motivo? Simplesmente porque um pneu estava furado e, um pouco antes de ficar totalmente vazio, fui informado pelo computador do que estava a acontecer e assim, dessa forma, pude parar numa estação de serviço mais próxima, meter ar, e ir directo uma oficina Norauto para remover o furo.

Isto para não mencionar outros extras que também considero úteis, tais como o Cruise Control, o limitador de velocidade, etc, mas que não me vou alongar mais sobre os mesmos, para não tornar esta meu comentário muito extenso.

Portanto, na minha opinião, nem todos os extras tecnológicos são maus mas, é claro, tudo o que for exagero, poderá ser prejudicial.

Abraço
Luís Nunes

completamente de acordo contigo acrescento apenas o indespenssavel e util ABS e Anti patinagem com controlo de tração, o melhor que se iventou até hoje para ajudar o condutor moderno.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
O problema é que eu cada vez mais começo a ver essas tecnologias todas como responsáveis por cada vez mais os automobilistas se desresponsabilizarem da condução, e isso é mau. Porque não se ensinam as pessoas a conduzir como deve ser logo para começar?

Pessoalmente não sou nada adepto de GPS nem nada dessas tretas. O cruise control ainda vá que não vá, em viagens longas em AE é uma maçada manter a velocidade, mas as AE são maçada por definição. O único extra em que vejo utilidade é o ar condicionado, porque na minha zona é uma questão quase de sobrevivência no verão, mas mesmo esse não é indispensável.

Eu verifico a pressão dos meus pneus periodicamente, quer nos clássicos quer nos electrodomésticos. Se tiver um furo lento apercebo-me. Com os avanços tecnológicos actuais os pneus também resistem muito mais e custam a furar. Mas se furar, sei trocar uma roda, e toda a gente que tem um carro devia saber. Mas pronto, se não souber há assistência em viagem, todos temos telemóveis hoje em dia.

Eu sinceramente acho que toda a gente devia aprender a conduzir num carro quando muito da década de 60, para conhecer o comportamento dos carros, os limites (seus e da máquina) e ter moderação. Mas as naves espaciais de hoje em dia com ASR's, EBD's, e outras TDM's (Tretas Da M####... :D) desligam completamente os utilizadores (já nem me atrevo a chamá-los de condutores, porque já nem isso vão sendo) do processo de condução. E chamem-me aquilo que quiserem, mas o facto é que o mal começa em estarmos a contrariar a teoria evolutiva, com a intromissão cada vez maior da brigada do "Health and Safety", a salvar as pessoas da sua própria estupidez.

Como dizem os ingleses, "If you can't stand the heat, stay out of the kitchen.". Se não sabem conduzir, não conduzam. Não se armem com um computador com rodas para quando houver bronca se desculparem que a culpa não é deles. Antigamente era assim, hoje qualquer palhaço tem um diploma e uma carta de condução. Isto é evolução? Nem por isso, simplesmente soltámos um idiota mais no mundo para poder ter acidentes.

Mas porque é que isto não se resolve como deve ser? Fácil, porque isso também ajuda a vender carros, se a malta os for estampando tem de os substituír, sejam eles ou as companhias de seguros a pagar, vendem-se mais. Por isso até dá jeito que a malta seja estúpida, os estúpidos separam-se do dinheiro com mais facilidade.

Ainda outro dia falava disto com um amigo meu, e ele contou-me que há dias tinha estado numa apresentação da nova versão do seu carro do dia-a-dia, que já tem 11 anos. Quando comentou esse facto com um representante da marca, o homem ficou a olhar para ele com um misto de horror e confusão perfeitamente visível. Este é o pesadelo de qualquer vendedor de automóveis, eles não querem amores para toda a vida, querem que ao longo da nossa vida tenhamos praí uns 25 flirts pelo menos, e tudo novinho em folha, se faz favor...

Eu sei que posso ser algo radical nestes pontos de vista, mas o facto é que muito pouca gente sabe conduzir como deve ser. Eu próprio não sou nenhum "driving god", mas pelo menos esforcei-me por saber mais do que o que se ensina na escola, até porque no meu caso aprendi lá muito pouco de novo, mas isso são outras histórias. Depois de ter a carta já tirei cursos de condução avançada, de condução em pista e em todo-o-terreno, e sei o que fazer para controlar o carro numa situação de emergência. Tenho a plena noção que isso me tornou um condutor mais atento e melhor na generalidade, e o convívio com clássicos fez o resto.

Um abraço a todos!
 
A minha opiniao de tecnologias que fazem a diferenca:Cintos de seguranca,colunas de direcao telescopicas (no caso de impacto),cabines reenforcadas e airbags.Mecanicas:travoes de disco,fuel injection ,direcao assistida e travoes de servo_O resto dispenso.
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
Relvas, em Portugal não sei mas aqui em frança as mortes na estrada passaram de 14000 em 2000 para 4000 actualmente e o transito aumentou de 25%, todos os especialistas na materia afirmam que as novas tecnologias introduzidas na maioria dos automoveu=is novos são responssaveis po uma grande maioria da queda de mortes.
Desculpem-me mas eu tenho e ando de classico à muitos Anos, mas para grandes viagens nada chega a um automovel moderno com as tais mariquices todas e mais, não dispensso o automatismo da caixa de velocidades, o prazer é imensso, igual ao dos classicos.
 

Diogo Lisboa

Veterano
Adoro automóveis clássicos mas no entanto não me importava nada de ter um novo:huh:

Para mim o problema dos dias de hoje no sector automóvel não é a demasiada electrónica colocada em cada veículo mas sim a falta de qualidade de construção e claro das peças:wacko:...

Muitas avarias de carros novos não se tratam de avarias electrónicas mas também mecânicas... Sei de tantos casos de carros novos que tiveram problemas de motor, embraiagem, caixa, etc... e aí sim reside um enorme problema derivado da grande massificação automóvel que faz com que os fabricantes fabriquem mais peças com menos qualidade e claro com mais probabilidades de terem defeito....

Os automóveis vão deixar de ser o que eram e teremos que aceitar isso................
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Rui Fernando Mauricio disse:
A minha opiniao de tecnologias que fazem a diferenca:Cintos de seguranca,colunas de direcao telescopicas (no caso de impacto),cabines reenforcadas e airbags.Mecanicas:travoes de disco,fuel injection ,direcao assistida e travoes de servo_O resto dispenso.

Nem mais, amigo... mas se formos ver, tudo isso foi desenvolvido na década de 60 ou quando muito inícios de 70's... de resto, daqui em diante, tecnologia a sério para o automóvel foi nicles...

Moises Trovisqueira disse:
Relvas, em Portugal não sei mas aqui em frança as mortes na estrada passaram de 14000 em 2000 para 4000 actualmente e o transito aumentou de 25%, (...)
Desculpem-me mas eu tenho e ando de classico à muitos Anos, mas para grandes viagens nada chega a um automovel moderno com as tais mariquices todas e mais, não dispensso o automatismo da caixa de velocidades, o prazer é imensso, igual ao dos classicos.

Amigo Moisés,

Obviamente cada um de nós vê e sente os carros à sua maneira. Eu nunca fui condutor de longo curso, faço poucas viagens verdadeiramente grandes. Mas quando as faço, acabo por perder a paciência com o cruise control estar a governar o acelerador como ele entende e não como eu acho adequado. Aliás, já cheguei á conclusão que até consigo manter médias idênticas com menos consumo do que sendo ele a controlar.

Não posso com caixas automáticas, talvez se vivesse na estrada a minha visão fosse outra mas nunca pude com carros automáticos e já experimentei imensos, alguns de modelos bem luxuosos. Mas como digo, isto sou eu, que me dou ao luxo de escolher carros porque me dão gozo, não porque preciso simplesmente de ir de A para B e voltar a A.

As tecnologias sérias de segurança, como disse acima, foram já desenvolvidas há uns bons anos, levaram foi bastante tempo para chegar ao carro comum. Carroçarias de deformação programada, airbags, pré-tensores, tudo bem. Mas alguém precisa mesmo de ter bancos que massajam? Ou bluetooth? Ou tv? Ou sistemas de parqueamento automático? Por favor...

O meu carro moderno, apesar de tudo ainda é uma excepção no meio dos carros actuais, e ainda se sente que há um automóvel a sério debaixo daquilo tudo. Mas a regra já não é nada disso, e até os BMW actuais são uma treta ao pé deste. Nota-se que estão a perder de dia para dia aquilo que os faz serem bons carros e a tornar-se em electrodomésticos descartáveis. Eu bem digo que qualquer dia passam a ter prazo de validade, tipo iogurte...

Diogo Lisboa disse:
(...)
Para mim o problema dos dias de hoje no sector automóvel não é a demasiada electrónica colocada em cada veículo mas sim a falta de qualidade de construção e claro das peças:wacko:...
(...)

Nem mais, Diogo... vêem-se às dúzias parados nas bermas. Hoje só aqui na minha pequena zona vi 5 parados á espera ou a ser carregados. E um veio-me morrer à porta!

Veio cá um amigo buscar uma coisa que tinha para ele há algum tempo, e o carro dele morreu aqui mesmo (um Focus de 2006 ou 7). Estivemos 3 horas à espera do reboque, foi anedótico...

Qual foi o grande problema? Suspeitava-se que fosse o alternador, mas chegámos rapidamente à conclusão que foi a polie da cambota que se desfez (!!!) e "limpou" a correia dos acessórios, ficou sem alternador e sem direcção assistida.

Eu tenho carros com mais de 40 anos, e nunca vi uma polie falhar por si... tenho um motor na garagem que tem 51 anos e se o quiser levantar pela polie da cambota vai na maior... sem dar cabo dela.

Isto demonstra como os construtores andam desesperadinhos a cortar aos últimos décimos de cêntimo para sacar dinheiro dos carros... coisas que nunca falhavam agora pifam sem ai nem ui. Não valem nada. Antigamente o Enzo Ferrari dizia que a pessoa comprava o motor e ele oferecia o carro para o levar para casa. Hoje compra-se um computador cheio de tretas e o carro todo (feito em países de terceiro mundo) vem de oferta para o passear!

Um abraço a todos!
 
Eduardo Relvas disse:
Nem mais, amigo... mas se formos ver, tudo isso foi desenvolvido na década de 60 ou quando muito inícios de 70's... de resto, daqui em diante, tecnologia a sério para o automóvel foi nicles...



Amigo Moisés,

Obviamente cada um de nós vê e sente os carros à sua maneira. Eu nunca fui condutor de longo curso, faço poucas viagens verdadeiramente grandes. Mas quando as faço, acabo por perder a paciência com o cruise control estar a governar o acelerador como ele entende e não como eu acho adequado. Aliás, já cheguei á conclusão que até consigo manter médias idênticas com menos consumo do que sendo ele a controlar.

Não posso com caixas automáticas, talvez se vivesse na estrada a minha visão fosse outra mas nunca pude com carros automáticos e já experimentei imensos, alguns de modelos bem luxuosos. Mas como digo, isto sou eu, que me dou ao luxo de escolher carros porque me dão gozo, não porque preciso simplesmente de ir de A para B e voltar a A.

As tecnologias sérias de segurança, como disse acima, foram já desenvolvidas há uns bons anos, levaram foi bastante tempo para chegar ao carro comum. Carroçarias de deformação programada, airbags, pré-tensores, tudo bem. Mas alguém precisa mesmo de ter bancos que massajam? Ou bluetooth? Ou tv? Ou sistemas de parqueamento automático? Por favor...

O meu carro moderno, apesar de tudo ainda é uma excepção no meio dos carros actuais, e ainda se sente que há um automóvel a sério debaixo daquilo tudo. Mas a regra já não é nada disso, e até os BMW actuais são uma treta ao pé deste. Nota-se que estão a perder de dia para dia aquilo que os faz serem bons carros e a tornar-se em electrodomésticos descartáveis. Eu bem digo que qualquer dia passam a ter prazo de validade, tipo iogurte...



Nem mais, Diogo... vêem-se às dúzias parados nas bermas. Hoje só aqui na minha pequena zona vi 5 parados á espera ou a ser carregados. E um veio-me morrer à porta!

Veio cá um amigo buscar uma coisa que tinha para ele há algum tempo, e o carro dele morreu aqui mesmo (um Focus de 2006 ou 7). Estivemos 3 horas à espera do reboque, foi anedótico...

Qual foi o grande problema? Suspeitava-se que fosse o alternador, mas chegámos rapidamente à conclusão que foi a polie da cambota que se desfez (!!!) e "limpou" a correia dos acessórios, ficou sem alternador e sem direcção assistida.

Eu tenho carros com mais de 40 anos, e nunca vi uma polie falhar por si... tenho um motor na garagem que tem 51 anos e se o quiser levantar pela polie da cambota vai na maior... sem dar cabo dela.

Isto demonstra como os construtores andam desesperadinhos a cortar aos últimos décimos de cêntimo para sacar dinheiro dos carros... coisas que nunca falhavam agora pifam sem ai nem ui. Não valem nada. Antigamente o Enzo Ferrari dizia que a pessoa comprava o motor e ele oferecia o carro para o levar para casa. Hoje compra-se um computador cheio de tretas e o carro todo (feito em países de terceiro mundo) vem de oferta para o passear!

Um abraço a todos!

Meus caros,

tenho lido este interessante tópico com excelentes intervenções e de facto leva-me a concordar com várias afirmações, quase todas elas verdadeiras mesmo sendo opostas.
Faço entre 6 a 7Mil KM por mês a conduzir. Ando de "electrodomésticos" na maior parte desses Km e de clássico quando quero CONDUZIR VERDADEIRAMENTE. Não duvido dos avanços da tecnologia ao serviço da segurança e conforto. Redução de acidentes? sem dúvida! Viagens rápidas? semdúvida! Economia? No combustível sim...mas no resto...hummm....quase que me atrevo a dizer que o meu Porsche é mais económico do que muito electrodoméstico moderno ao nível de revisão, peças, etc...tenho quase a certeza que é mais barato que muitos casos! E mais fiável...

A eletrónica serve para nos atazanar a tola....aos mecânicos, à nossa sanidade....mas em troca de conforto, marketing e segurança, eles fazem-nos comer a sopa!

Andar de automóvel novo é uma sensação descartável onde a tecnologia impera e nos faz mascarar a verdadeira condução, o verdadeiro feeling de sentir o automóvel na estrada. Claro que é mais seguro, mais confortável, rápido, racional e prático andar com gadgets, EBC, ABS, EBD, ASR, EE, VE, TAE panorâmico, ETC, eTC; ETC;------ mas e o resto?
Levanto a grande questão:
Onde está o feeling da "coisa"?

E os preços que pagamos quando a electrónica nos começa a dar cabo do carro, da nossa carteira e da nossa cabeça???
E a desvalorização súbita?
E a moda que dura 2 anos em vez de 10 ou mais? Gadgets? Yes!
E o cansaço psicológico de vermos 40000000000000 carros iguais aos nossos electrodomésticos? Onde está a personalidade da "coisa"?
Concordo com o Eduardo em tudo o que disse....e acrescento que limpei os bronzes da cambota com 101.000Km num DCI. Parece que não sou o único...pois vários colegas meus, ou seja, condutores diferentes, com percursos diferentes em difrentes condições, na mesma quilometragem limparam o cebo ao motor nas mesmas quilometragens...curioso?
A Renault pagou...e daí? E os problemas de injecção da MB? E os volantes de motor dos BMW diesel e os múltiplas embraiagens que um gajo tem que meter em 200.000km?
E os problemas eléctricos dos FIAT? e os problemas de computador de bordo e paineis da OPEL? querem mais? ....etc...dá para todas as marcas...
Até os Fiáveis e conhecidíssimos robustos TOYOTA dão o berro....

Ou seja, todos os carros hoje em dia são mesmo descartáveis e acreditem nisso pois troco de carro como quem troca de fatos por ano...alugueres, leasing, etc...e dá tudo no mesmo!

Nos primeiros 3 anos são todos uma maravilha....depois, é melhor despachar a coisa...a não ser que passemos a barreira dos carros de rico, cheios de impostos para pagar mas. mesmo esses não chegam aos calcanhares de um bom W123 dos anos 80....do you know what i mean?

Já ninguém conduz ou pilota um automóvel....agora "transportamo-nos" cheios de chips até aos pneus! Até nas corridas, rally, etc "a cena actual" é mais enfadonha...ou não concordam?

Estamos a matar os clássicos...enfim!

Abraço a todos!
 
Hoje tivemos um Toyota Tundra V8 de 2007 Na oficina com 21mil milhas.O cliente queichava-se de vibracao a 70MPH .Tudo bem tirar as rodas , rotacao e balanceamento electronico de alta velocidade.Levo a carro a dar uma volta para vereficar se tudo ficou bem, Comecei logo a por defeitos!sento-me ponho cinto e empurro este bocado de plastico que parece um remote para um stereo num buraco que a toyota chama ignicao_O assento comeca-se a movimentar sozinho e a quase me aperta contra o volante,a sofagem liga-se sozinha a velocidade maxima,as escovas do parabrizas ligam-se a um ritmo rapido (estava a chover).Bem depois de passar um bocado a estabilizar a situacao a meu gosto la vou pela estrada abaixo e desde logo notei que era quase impossivel manter uma velocidade estavel.Amando uma pizadela no accelarador para ver o poder do V8 de 5700cc ...comecao a acender luzes no quadrante (parecia uma arvore de natal),o filho da mae engasga-se e entao la comeca a ganhar velocidade a vontade do (traction control).Eu queria por o gajo a andar de lado ...e nada.Frustado penso ca para mim,ha-des de te f***r(desligo o botao do ASR e zupa prego a fundo .Agora sim... parecia um gato com um cigarro acezo no cu .Agora a andar com o resto do trafico noto que cada vez que quero dar so um cheirinho de acelarador nao consigo controlar bem a progressao,o pedal e estramamente leve e imprecizo, chegou ao ponto de selucar no arranque>tive que ligar o ASR(traction control)outra vez para conseguir conduzir sem parecer um nabo.volto a oficina e telefono ao dono para lhe dizer que o carro estava pronto e que o problema da vibracao estava resolvido.Mais tarde no caminho para casa no meu Classico do dia-a-dia(VW de 90 que anda pelo menos duas vezes por semana) a fazer contas a vida no pensamento e ate me arrepiei no que ia a pensar(estou a comecar a ficar farto desta vida de reparacoes nestes carros mais modernos)tenho que arranjar maneira de transicionar para outra profissao.Entretanto apercebo-me no que ia a conduzir e amando-lhe uma quarta,pucho ate as 5mil rotacoes e penso ca para mim com um sorrizo .Isto e que eram carros (fez exactamente o que eu comandei) para o que era precizo.
A TOYOTA faz o recall a mais 2 milhoes por problemas relacionados com os pedais do acelarador.Anunciado esta manha .
 
OP
OP
José Luís Serôdio Nunes
Olá Pessoal,

Só gostaria de comentar convosco o seguinte:

O meu primeiro telemóvel custou-me uma pipa de massa, era um AEG, parecia e pesava como um tijolo (em caso de asslto, quase que poderia servir de arma de defesa, tal era o seu tamanho e volume) e tinha uma autonomia de +/- 3 horas e só servia para realizar chamadas telefónicas. Hoje tenho um telemóvel que me cabe na palma da mão, que pesa menos de 100 gramas, que realiza chamadas telefónicas, que tem acesso à internet, recebo os meus emails, realiza fotografias e videos, tem agenda electrónica, dá para ouvir música em formato mp3 e mp4, isto tudo entre outras funçõpes que eu nem conheço.

O primeiro computador pesava várias toneladas, era necessária uma sala só para ele, e a sua capacidade de processamento era limitada. Hoje em dia qualquer computador portátil tem mais capacidade e velocidade de processamento do que esse primeiro computador, só que com dimensões e peso imensamente inferiores.

Ainda num passado muito recente, as televisões tinham tamanhos e pesos descomunais. Hoje em dia são os LCD's e os Plasmas, com muitas mais funções e muito mais finos.

Ou seja, a evolução mecânica e electrónica verifica-se nos mais diversos equipamentos, tornando-os cada vez mais potentes e manuseáveis.

Ainda ontem estive a ver na televisão uma reportagem sobre a "Nanotecnologia" onde os avanços são pura e simplesmente incriveis. Por exemplo, vi nessa reportagem um carregador maneavel como uma folha de papel que era o suficiente para carregar, por exemplo, telemóveis, onde só bastava colocar o telemóvel em cima dessa folha que ele iniciasse de imediato o processo de carga de bateria.

No entanto, na opinião de muitos de voçês, pelo menos a avaliar pelos comentários escritos neste tópico, os automoveis não... devem permanecer como eram à 20, 30 ou 40 atrás, pois nessa altura é que eram bons e que os carros de hoje são electrodomésticos.

Estão pura e simplesmente a esquecer uma coisa muito simples, se todos pensassem assim, ainda hoje teriam que pôr os vossos carros a trabalhar com uma manivela, pois os carros não se podem modernizar.

Meus caros portalistas, por favor, acordem... e aceitem que nada é imutável...tudo evolui, até os automóveis. Antigamente as coisas duravam mais, é verdade, à 30 anos atrás quando se comprava um frigorifico, um aspirador, uma televisão, um automóvel, era para o resto da vida, mas isso é...passado...já passou, foi à 30 anos atrás.

Hoje em dia as coisas duram muito menos, inclusivé os automóveis mas, ainda bem que assim é, pois teremos a oportunidade de trocar o velho por novo.

Por exemplo, a minha televisão não há maneira de avariar de uma vez, para que eu tenha uma oportunidade de a trocar por um LCD, de forma a ter uma justificação a dar à minha esposa para essa troca.

Porque será que com os carros tem que ser diferente, como eram à 20 ou 30 anos atrás é que eram bons?

Naaa, desculpem lá qualquer coisinha, adoro o meu pré-classico, mas também não abdico do conforto que as "modernices" me dão.

Só para dar um exemplo do que estou a falar, convido a quem estiver interessado em saber sobre como poderá ser o futuro já próximo, a dar uma vista de olhos no video em anexo.

E depois digam-me que como as coisas eram antigamente é que eram boas... que as modernices não prestam...

YouTube - A Day Made of Glass... Made possible by Corning.

Abraço
Luís Nunes
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
José Luís Serôdio Nunes disse:
(...)
No entanto, na opinião de muitos de voçês, pelo menos a avaliar pelos comentários escritos neste tópico, os automoveis não... devem permanecer como eram à 20, 30 ou 40 atrás, pois nessa altura é que eram bons e que os carros de hoje são electrodomésticos.

Estão pura e simplesmente a esquecer uma coisa muito simples, se todos pensassem assim, ainda hoje teriam que pôr os vossos carros a trabalhar com uma manivela, pois os carros não se podem modernizar.

Meus caros portalistas, por favor, acordem... e aceitem que nada é imutável...tudo evolui, até os automóveis. Antigamente as coisas duravam mais, é verdade, à 30 anos atrás quando se comprava um frigorifico, um aspirador, uma televisão, um automóvel, era para o resto da vida, mas isso é...passado...já passou, foi à 30 anos atrás.

Hoje em dia as coisas duram muito menos, inclusivé os automóveis mas, ainda bem que assim é, pois teremos a oportunidade de trocar o velho por novo.
(...)

Disseste, e bem, que os telemóveis, computadores, televisões, etc diminuiram em tamanho ao longo dos anos e tornaram-se mais sofisticados e simples.

O problema é que nos carros não foi bem assim...

Agora chama-se "utilitário" a uma coisa com 4 metros de comprido ou mais e um carro com menos de 3,5m já é um "super-mini".

Há uns tempos sentei-me quer nos bancos da frente quer nos de trás de um BMW série 1 (felizmente não tive de andar). Tem 4,2m, chama-se "pequeno familiar" e mal tem espaço para 4 adultos. Além disso tem uma péssima visibilidade sobretudo traseira. E falando da visibilidade traseira desse, tembém posso acrescentar outros: Megane, Astra, etc. Têm sensores de estacionamento porque não se vê um caraças para trás. E para os lados não é muito melhor...
Depois há aquilo que o Rui Fernando Maurício disse acima: rodas a chave para a 1ª posição e começam as luzes de árvore de Natal; ligas o carro e o banco ajusta-se sozinho para a posição que tu não queres, o aquecimento desata a soprar feito maluco, etc.

Ainda em relação aos modernos, tolero o carro da minha mãe (Opel Agila de 2007) quando ando nele porque apesar de ser pequeno (3,5m) tem espaço a sério para 5 adultos, tem visibilidade e é prático...

Mas eu tenho um Fiat Ritmo de 1980 que uso diariamente e não preciso de automatismos nenhuns, nem de sensores nem nada dessas palhaçadas porque, se tiver emprestado o carro a alguém, re-ajusto a posição de condução, o aquecimento e tudo o resto em menos de 10 segundos e vejo onde estaciono porque o carro tem vidros laterais dignos desse nome.
Ah! E carrega 5 adultos com espaço para as pernas de todos, 3 guitarras e mais umas quantas coisas na mala e anda na mesma sem 344 luzinhas no painel antes de arrancar!
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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Caro amigo,

Ninguém discute que pode haver mérito e sério progresso em muitas das tecnologias que nos rodeiam, mas o facto é que cada vez mais vemos que muitas destas coisas nos estão a alienar do mundo real. Ainda assim, obviamente não podemos negar que há muita coisa boa a melhor a qualidade da nossa vida, é um facto.

Ainda assim, o caso do automóvel é mais grave por uma razão simples: A engenharia pura está em declínio, porque o pico da evolução tecnológica do automóvel em si foi o final da década de 60 ou princípio de 70's, daí em diante tem-se vindo a acentuar a massificação e o reduzir de qualidade dos componentes mecânicos, em prol de acessórios que mais não são (ou deveriam ser) mais do que isso, meros acessórios.

Eu sou formado em engenharia de materiais, e estou perfeitamente a par dos progressos tecnológicos correntes, muitos dos quais são possíveis apenas graças à evolução dos materiais em si (tão bem exemplificado no vídeo do vidro), mas apesar disso continuo a ter uma visão algo crítica de certas evoluções, porque começo a sentir que nos tentam "fazer a cabeça" todos os dias em vários sentidos, seja o de persistentemente comprar coisas novas ou de termos uma vida mais digital que analógica.

Que mal têm as coisas que temos agora, se forem boas? Para quê trocar? A quem é que dá jeito? E porque hei-de eu ter "amigos" no Facebook que nunca vi na vida nem sei quem são, ou que até posso conhecer mas não passam de conhecidos? Ainda não vi mérito nenhum nisso.

É preciso saber levar o progresso no bom sentido em vez de nos submergirmos nele por completo, senão um dia quando dermos por nós já não sabemos quem somos...

Um abraço!
 
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