José Luís Serôdio Nunes
Luis Nunes
Eduardo Relvas disse:Isto é algo que sempre acreditei e continuo a praticar.
Ainda nunca comprei um carro novo, e é pouco provável que alguma vez o faça. Para quê sermos ludibriados a pagar uma fortuna imensa (e uma boa parte dela para os ladrões que alguém elegeu para serem os nossos gatunos preferenciais), e ficar sem ela de um dia para o outro, e com a agravante que ainda temos de andar a gramar com carros que não sabemos usar a 100%, concessionários que não os sabem arranjar, e tão complexos que começamos a ter medo até de meter ar nos pneus sem ter um computador?
O meu electrodoméstico cá de casa é um BMW 525i de 2001. Comprei-o em 2006, sou o segundo proprietário, e dado o nível de equipamento opcional que o carro traz, o dono anterior deve ter pago pelo menos 5 vezes (!!!) aquilo que eu paguei por ele quando o levantou na Baviera. Tinha 150,000 km acabadinhos de fazer, a maioria dos quais em AE. O interior estava como novo, assim como basicamente tudo o resto. Foi sempre revisto a tempo e horas na Baviera, porque fazia parte do contrato já que o carro foi adquirido através da empresa do anterior dono. Como é a gasolina, ninguém neste país o queria a não ser eu, fiz um negócio espectacular... E ainda dei o meu outro série 5 anterior também a gasolina de retoma!
Nos quase 5 anos desde que o comprei não tenho feito mais que alimentá-lo, dar-lhe manutenções, pneus, uma bateria (desconfio que a que ele trazia ainda era a de fábrica, e só a troquei há 2 semanas!) e, salvo erro, uma lâmpada de médio. Ah, e troquei o pára-brisas, mas isso foi culpa de uma pedra projectada e não do carro.
Nunca tive um problema com ele, e trabalha como novo. É um carro potente, seguro, fiável, luxuoso, espaçoso, silencioso, e agradável de conduzir (para um electrodoméstico, claro). Os motores de 6 cilindros da BMW são excelentes, e este curiosamente até se revelou bastante económico (ok, tirando as voltas em cidade, mas isto é um estradista por excelência), consigo fazer 6 litros aos 100 em estradas nacionais e 7,2-7,4 em AE sem grandes precauções.
Tem agora 214,000 km e espero que me chegue pelo menos aos 350,000 sem grandes chatices. As revisões não são nada caras (sei de quem pague bem mais por carros inferiores), e o que paguei a menos em relação a um charuto equivalente movido a diseasel dá para cobrir muita gasolina, tenho a certeza que ainda não ultrapassei essa margem nem estou perto disso.
Para quê ser escravo de um mercado maluco se podemos fazer as regras jogar a nosso favor? Eu sei bem por que lado opto...
Um abraço a todos!
Olá Eduardo
Boa opção a tua. Os BMW são umas grandes máquinas, sem dúvida, e então nas versões 5, são realmente luxuosos.
É como dizes, quem o comprou pagou muito, mas muito mais, do que aquilo que pagas-te. Eu ainda estou a optar por semi-novos mas não discordo, de forma nenhuma, da tua opção.
Tenho um amigo que só compra máquinas com mais de 8 anos e digo-te, compra cada maquinão, que é de ficarmos com os olhos em bico.
Abraço
Luís Nunes