Adoro este modelo esquecido da Peugeut do qual nasceu em 1955. Trata-se de um carro de quatro portas e três volumes, cuja carroçaria convencional tinha o desenho de acordo com a sua época. Como os seus antecedentes, era um carro com boa qualidade de construção e muito robusto.
Na frente a sua grelha era com contornos cromados e um friso central que a cortava como um bigode. Era ladeada por dois faróis circulares e, abaixo destes, as luzes de presença. Visto de lado, tanto a frente quanto a traseira tinham linhas elegantes, equilibradas e ligeiramente curvas. Na coluna central, "os piscas" para sinalizar a direcção. Atrás, pequenas lanternas oblongas, dispostos verticalmente, sendo que a do lado direito ocultava o bocal para abastecimento de combustível. Como opcional eram oferecidos o tecto de abrir e o chassi em duas cores, no estilo "saia e blusa".
O motor era dianteiro, de 1.290 cm3, com potência de 54 cv as 4.500 rpm e taxa de compressão de 7,3:1. As válvulas estavam no cabeçote mas o comando era lateral, no bloco. A alimentação era feita por um carburador Zenith em posição invertida. A velocidade máxima deste automóvel tipicamente familiar era de 130 km/h. Tinha uma mecânica simples, convencional, de fácil manutenção e muito robusta. Frequentava muito pouco as oficinas. Media 4,45 metros de comprimento e pesava 1.000 kg.
A caixa era de quatro mudanças, e a alavanca ficava na coluna. A tracção era traseira. A suspensão dianteira era independente, e a traseira com eixo rígido, molas helicoidais e barra Panhard. Longe de ser um desportivo, o 403 era estável. Usava pneus na medida 155 x 380 (14,9 pol), que poderiam ter faixas brancas. Os travões eram de tambor.
Por dentro acomodava com conforto cinco pessoas. O volante de dois raios tinha diâmetro grande, como era comum nos anos 50. O painel era todo em chapa, mas a parte superior recoberta com curvim. Tinha um grande porta-luvas e no centro um alto-falante para o rádio.
Os seus concorrentes na França eram o Panhard PL17, o Simca Aronde e o Renault Frégate. No resto da Europa, o sueco Volvo Amazon, o Fiat 1500 e o Ford Corsair.
Em 1956 chegava um charmoso conversível de duas portas, com capota de lona. Uma das grandes vantagens desta era a simplicidade de armar e desarmar. Com cores vivas, contrastava com a austeridade do sedan. Era um pouco maior, tinha 4,47 m de comprimento e acomodava bem quatro adultos. Um carro para o lazer que era muito fácil de ser conduzido. A partir do Cabriolet o fabricante de chassis especiais Chapron fez um belo coupê, que infelizmente não foi produzido em série,parabéns pala máquina "Peugeut do antigamente".