A falta do termostato num motor é uma sentença de torturas prolongadas.
Basicamente não se regula a temperatura, e assim só em condições muito puxadas é que o motor atinge a sua temperatura ideal. Ao funcionar abaixo dela, isso implica que as peças internas não estão na sua dimensão óptima (as cotas de rectificação a frio contam com a expansão das peças a quente para que a folga seja mínima), e o maior atrito interno faz com que o motor desenvolva menos, consuma mais e, pior do que isso, a maior quantidade de gasolina pedida e injectada nos cilindros lava as paredes e dilui o óleo todo, aumentando brutalmente a taxa de desgaste... nada simpático!
Cláudio, eu discordo que haja necessáriamente perdas de água no circuito do 850 do Mauro, pode bem ser apenas que o radiador esteja em muito bom estado e a fazer bem o seu serviço, e a ausência do termostato provoca esta falta de aquecimento. Um motor cujo circuito esteja totalmente saudável mas lhe falte o termostato custa imenso a ganhar temperatura.
Então com a chauffage ligada pior ainda, porque no inverno é como um radiador extra... o meu Spider no inverno se tiver a torneira da chauffage ligada, pelas temperaturas que indica o manómetro da temperatura da água, nem chega a usar o radiador em si porque o termostato nem chega a abrir, só com o carro parado ou em trânsito lento durante muito tempo. E estamos a falar de um twin-cam, que dissipa calor em doses brutais, ao contrário do pushrod dos 600/850/127...
Um abraço a todos!