Gosto muita da SAAB e é lamentável que tal aconteça.
Uns mais do que outros (quase todos "mais"... ) os carros da SAAB pré-GM, são peças fabulosas quer pelas soluções técnicas quer pela estética. Se se pode dizer que um carro tem personalidade, os SAABs teêm-na muito forte.
No entanto tal era previsivel á muito tempo e mesmo que fosse vendida ao tal grupo sueco ele não teria capacidade para desenvolver novos modelos. A Rover foi comprada por um grupo inglês que por falta de meios para desenvolver novas plataformas, mais não fez do que prolongar a agonia. Hoje o desenvolvimento de novos modelos é extremamente dispendioso e só rentável com a partilha das cinergias disponiveis dentro de um grande grupo.
Marcas que ocupam nichos no mercado e com poucas hipoteses de serem generalistas não sobrevivem sem ter acesso aos bancos de peças e tecnologias dos grandes grupos.
A Alfa, a Lancia e mesmo a Ferrari, não sobreviviam sem estarem integradas na Fiat, assim como a Lamborgini, a Bugatti ou a Bentley, apenas sobrevivem integradas no grupo VW. A Porsche é a ultima vitima desta realidade.
Mesmo a Ford não conseguiu aguentar a Jaguar e estou curisoso para ver se a Tata vai ter paciência. Aston Martin Volvo e Land Rover poderão ser os senhores que se seguem.
A partilha de cinergias é de tal maneira premente, que a própria mercedes, talvez o maior caso de sucesso como marca generalista, com êxito dos Smarts aos SL500, passando por taxis e Unimogs, esta estudar formas de cooperação.... com a Renault.
É pena?... É mas não podemos andar contra o tempo e se hoje podemos disfrutar de Ipod's, Plasmas, Internet ou voos low-cost para quase todo o lado, o progresso tambem tráz a sua vitimas e a SAAB não soube ou não pode adaptar-se aos tempos que correm.
Para quem gosta, ficaram sempre os SAABs clássicos que durante muitos e muitos anos darão muito prazer a quem os conduzir. Eu uma vez conduzi num 900 Turbo e adorei.
nuno g