Boa sorte para Sábado. Depois conte como foi a sensação de fazer o 1º rali com o Anglia.
Cumprimentos.
Ora aqui fica a "estoria" da participação no Rallye de Inverno...
Como sempre no meu caso o tempo é curto e ficou para sexta feira algumas verificações que deviam estar feitas à muito tempo...
O carro foi às verificações técnicas na sexta à noite e logo ali ficou patente a falta de tempo o extintor do navegador estava descarregado mas como o carro tem um extintor fixo com ligações acabou por passar (mas não fosse o diabo tece-las acabei por colocar um extintor de um dos Escorts) aproveitei esta volta para verificar como estavam os pneus com chuva (que era o que se previa para o dia seguinte) e decidi colocar um par de Toyos novos atrás porque com chuva a traseira estava a escorregar muito.
No dia da prova lá chegamos ao Kartodromo sem percalços, estacionamos o Anglia e de imediato nos apercebemos que o carro pela sua diferença provoca sempre alguma reacção nas pessoas durante o dia foram muitas aquelas que vieram ver o carro e perguntar alguns pormenores sobre o mesmo.
O piso molhado que os primeiros concorrentes apanharam foi substituído por um piso misto (meio seco meio molhado) quando entramos uma vez que estávamos em 82º lugar na ordem de partida, tendo o piso acabado por secar completamente para os últimos concorrentes, com piso misto rodamos nos 48" logo na primeira volta a mais difícil em que os pneus, travões e condutor estão frios, depois como sabem em regularidade tem de se manter nas voltas seguintes o tempo da primeira volta, o que acabamos por falhar não por não conseguir fazer o tempo por desacerto entre mim e o meu navegador e fizemos 50" na segunda e 49" na terceira, os 48" foi um bom tempo tendo em conta as médias dos outros concorrentes com o mesmo piso.
Agora o que mais importa a sensação da condução
A condução do carro é fantástica, consegue-se colocar o carro ao milímetro onde se quer e as reacções são absolutamente previsíveis.... aliado a isto está o motor
desta vez a conduzir sem piedade cantou até as 9.500 rpm
é um espanto de facto o motor começa a aparecer as 5.000 e depois aquelas 4.500 rotações são de arrepiar, pelas reacções de quem estava a ver não foi só eu que gostei do cantar
Bom depois de um começo promissor rumamos a Ansião pelo caminho uma das equipas avisou-nos que tínhamos uma roda desapertada
paramos o carro de imediato chave de rodas e... tudo apertadinho mas o pneu que era novo (eraaaaaa) tinha vindo a roçar na aba do guarda lamas e já tinha tirado uma bela fatia...
Estava ali qualquer coisa estranha comparamos as duas rodas e a do lado do condutor estava uns dois dedos mais fora que a do outro lado, pelo que dava para ver só podia ser um semi-eixo que tinha saído do sitio, arrancamos devagarinho a procura de uma oficina e tivemos a sorte de encontrar uma...daquelas old-school em que estava o patrão a adiantar uns serviços...com jeito e a pedido lá conseguimos convencer a ver o que se passava... o senhor foi 5 estrelas, verificamos que o semi-eixo tinha de facto saído e que em resultado os discos de travões tinham vindo a comer as bombas, quando tentamos rodar as rodas estavam bastante presas por esse facto, bom semi-eixo fora, uns pontos de solda no batente, enchimento de solda nas bombas de travão voltar a montar...telefonamos a ver onde ia a caravana e rumamos a Figueiró para fazer a 2.ª subida da rampa...
Enquanto estivemos a espera verifiquei que novamente a distancia do pneu ao guarda lamas tinha diminuído (ou seja o eixo tinha saído novamente) mas ainda não era preocupante pelo que lá alinhamos e fizemos a subida da rampa e mais uma vez confirmei a sensação do kartodromo, um controle do carro muito bom o motor sempre a cantar
acabamos por fazer 3,27" um tempo mediano, fruto de duas coisas (além de um condutor pouco dotado para a coisa
) a falta de notas que são nesta rampa muito muito importantes e um factor mecânico uma vez que verificamos no final da rampa que o semi-eixo tinha acabado se sair e íamos com uma roda travada (uma vez mais o disco a roçar na bomba e o pneu no guarda lamas).
Ao almoço decidimos que tínhamos duas opções ou continuar e assumir que íamos dar cabo do eixo traseiro o que poderia fazer sentido se tivéssemos feito tudo até ali e estivéssemos bem classificados ou parar por ali e não estragar mais... e acabou por ser esta opção a vencedora chamamos a assistência em viagem e o Anglia veio para a oficina.
O curioso desta "estoria" é que a única coisa que no eixo de trás não foi substituída foram os rolamentos e batentes, foram comprados e estão cá em casa... é que os que lá estavam estavam "novos"