Era uma vez o bloco Kent da Ford...

Nuno Andrade

Pre-War
Fernando Baptista disse:
Que acham de opinar a seguir sobre outros motores? Tipo o da Lotus? BDA? Por fim poderia dar a minha opinião sobre as transmissões… dado que são comuns a todos estes motores…

Por favor alimentem isto, escrever isto de memória é difícil… há tanta coisa que já nem me lembro :rolleyes:

Abraços

Por ficávamos no "stage 2", afinal de contas é o que se ad€qua mais ao pessoal neste momento, e é provavelmente o que terá mais interessados... :feliz:

cumprimentos.
 

Rui Meireles

Veterano
Caro Fernando,

Como conhecedor dos crossflow, o que lhe parece o motor de 135 cv da Vulcan Engineering?
Especificação
Curva de potência

Parece-lhe bem ou recomenda outro? Precisava de um bom motor para estrada (binário e fiabilidade para além de potência), sem estar a experimentar isto e aquilo, pois não tenho conhecimentos técnicos nem paciência para tal.
 
Rui Meireles disse:
Caro Fernando,

Como conhecedor dos crossflow, o que lhe parece o motor de 135 cv da Vulcan Engineering?
Especificação
Curva de potência

Parece-lhe bem ou recomenda outro? Precisava de um bom motor para estrada (binário e fiabilidade para além de potência), sem estar a experimentar isto e aquilo, pois não tenho conhecimentos técnicos nem paciência para tal.

Excelente escolha :p

Excelente preparador e para o uso que lhe quer dar é a preparação adequada;)

ps: já têm ideia dos portes para portugal?
 
OP
OP
Fernando Baptista

Fernando Baptista

Clássico
Bom dia

A Vulcan é uma óptima empresa, portante caso se esteja disposto ao investimento, é de avançar com isso.

Apenas me deixem referir que, na minha opinião sempre considerei demasiado para um Crossflow, mesmo que bem feito.

Pessoalmente considero que mais de 1500 Euros para um motor destes é demasiado... mas isso são opiniões.

às vezes fico com vontade de retomar a minha antiga semi-actividade (sob forma de hobby :D) de construção de motores.

Se há pessoas disponíveis a pagar 3000 euros por um motor destes... atenção que não é nada de pessoal :huh:

O Sr. Anthony Black, que foi uma das pessoas que me ensinou mais sobre este motores intitulava-se como "relojoeiro de motores" pois acreditava que essa era a grande diferença entre os motores que saiam das suas mãos e os que eram vendidos nas empresas da especialidade.

Este Senhor, infelizmente já falecido, que trabalhou no departamento de competição da Lotus e depois foi para a Vegantune e ajudou a criar o famoso VTA, dizia-me sempre que a diferença estava a atenção aos pormenores e que infelizmente as empresas grandes não conseguiam dispor de tempo para isso... o que era verdade e posso comprova-lo pois dos motores que ajudei a fazer na sua garagem (perto da minha casa e onde ia todos os fins de semana e sempre que tinha oportunidade) nunca tiveram problemas e eram na sua maioria para carros clássicos de competição (Lolas, chevrons, Lotus, etc.).

Abraços e boa sorte.
 
OP
OP
Fernando Baptista

Fernando Baptista

Clássico
Nuno Andrade disse:
Por ficávamos no "stage 2", afinal de contas é o que se ad€qua mais ao pessoal neste momento, e é provavelmente o que terá mais interessados... :feliz:

Pois eu tenho uma opinião diferente :rolleyes:

Eu acho que o que a maioria das pessoas precisa é de um bom "stage 1" pois este é que lhe permite desfrutar prazer de condução, sem por em causa a possibilidade de colocar o carro no fundo da garagem de modo a servir apenas para mostrar aos outros.

A não ser que seja para track days, que já começa a ser comum por cá, um "stage 2" não consegue disponibilizar o binário suficiente a baixas rotações que é o que é realmente necessário e não a potência como muitos pensam.

É a minha opinião... e vale o que vale ;)

Abraços
 
é d ´´louvar`` e analtecer os antigos k sem as ferramentes ( maquinas, computadores, etc) d hoje em dia, conseguiam desemvolver estas maquinas.
e obrigado ao Sr Fernando que soube aproveiar essa oportunidade d aprnder e aagora estar aki ajudar demonstrando o seu conhecimento.

e sobre motores Pinto? algo k s possa fazer? dar veneno ao bicho! ;)
cumprimentos
HAlves
 

Rui Meireles

Veterano
Caros Frederico e Fernando,

Obrigado pela opinião. Folgo em saber que é uma casa bem reputada.
É sem dúvida uma opção cara mas que me parece de boa qualidade e garantia de poucas chatices. Infelizmente não conheço ninguém em Portugal capaz de me entregar um motor assim pelo mesmo preço.
 

Nuno Andrade

Pre-War
Fernando Baptista disse:
Eu acho que o que a maioria das pessoas precisa é de um bom "stage 1" pois este é que lhe permite desfrutar prazer de condução, sem por em causa a possibilidade de colocar o carro no fundo da garagem de modo a servir apenas para mostrar aos outros.

Em que é que se baseia para dizer isto?

É que já se falou que é possivel ter um "stage 2" para uso mais ou menos regular, independentemente do que se tenha gasto nele, isso fica ao critério de cada um, quanto mais investimento, mais segurança a nível de fiabilidade, e durabilidade dos componentes.

Se quiséssemos um carro que não desse problemas rigorosamente nenhuns comprávamos sei lá um 2Cv, ou um Carocha, e aí teríamos as prestações correspondentes...

Um Crossflow 1600 em "stage 2", se usado regularmente, vai obrigatoriamente da problemas?

Gostava de saber especificamente quais as variáveis aqui envolvidas, porque depois de podermos ter um motor com 120/130 cv, para que ter um com 100/105?

E já agora porque a fasquia limite de investimento para este motor ser de 1500 €?

Passando de 1500 €, quais as alternativas? Pinto? BDA? Twin Cam? Acho que estas alternativas sobem a fasquia para mais de 1500 €, ou estarei errado?

Nao quero estar a ser chato nem repetitivo, nem a pressionar nada, apenas quero mesmo saber, e muita mais gente quer também que eu sei, saber a realidade sobre a utilização de um "stage 2", num contexto de utilização regular, diária ou não, etc.

cumprimentos.
 
Rui Meireles disse:
Caros Frederico e Fernando,

Obrigado pela opinião. Folgo em saber que é uma casa bem reputada.
É sem dúvida uma opção cara mas que me parece de boa qualidade e garantia de poucas chatices. Infelizmente não conheço ninguém em Portugal capaz de me entregar um motor assim pelo mesmo preço.
Tens algum motor para preparar?
Se sim, acredita que andam aí pessoas capazes de te fazer um excelente trabalho...

No entanto se quiseres mesmo um motor vindo do UK de vez em quando aparece uns motores engraçados por metade desse valor :huh:
 
Nuno Andrade disse:
...

Nao quero estar a ser chato nem repetitivo, nem a pressionar nada, apenas quero mesmo saber, e muita mais gente quer também que eu sei, saber a realidade sobre a utilização de um "stage 2", num contexto de utilização regular, diária ou não, etc.

cumprimentos.

Penso que seja por ter a potência disponivel a rotações mais altas e não ser "apropriado" para uso diario....
 

Rui Meireles

Veterano
Frederico Jacob disse:
Tens algum motor para preparar?
Se sim, acredita que andam aí pessoas capazes de te fazer um excelente trabalho...

Ainda não tenho o motor. Se puder mencionar nomes de preparadores de qualidade em Portugal fico muito agradecido. Daqueles que trabalham cabeças medindo o fluxo de ar, não a olho e que afinam motores em banco, não de ouvido. :cool:
 
Rui Meireles disse:
Ainda não tenho o motor. Se puder mencionar nomes de preparadores de qualidade em Portugal fico muito agradecido. Daqueles que trabalham cabeças medindo o fluxo de ar, não a olho e que afinam motores em banco, não de ouvido. :cool:

Tens PM, para não tar aqui a fazer publicidade ;)
 

Nuno Andrade

Pre-War
Eu devo ser das duas uma, ou burro, ou teimoso!!! :D Ou os dois!!! :huh:

Ok, agora a sério, ja percebi...

Porque não passamos então para um Crossflow "full race"? :huh:

Desculpe estár a abusar da sua boa vontade Fernando, mas aprender mais é um vicio, quanto mais sabemos, mais queremos, e eu tenho pena de ainda nao poder gastar algum dinheiro em literatura...

cumprimentos.
 
OP
OP
Fernando Baptista

Fernando Baptista

Clássico
Caros amigos

Em primeiro lugar queria deixar claro que, embora seja sempre essa a maneira que costumo assistir, não encaro estas sugestões como um puzzle.

Discordo da venda de receitas mágicas tipo árvore de cames X + cabeça Y, etc.

Sei que vou parecer "presunçoso", mas é a minha opinião sincera, ainda não encontrei nenhum mecânico em Portugal que faça, para mim, jus à profissão, tirando 2 ou 3 Ingleses no Algarve.

Vejo sim muitos montadores de peças que seguem receitas e desta forma chegam a um compromisso. Com certeza que têm experiência mas que não é, para mim, suficiente para que sejam considerada uma mais valia.

Por favor, agradeço que considerem esta afirmação como balizada pelas pessoas que tive a oportunidade de conhecer e que caso discordem, me elucidem para o facto.

Vou dar um exemplo... o meu Mini Cooper S, que tem de origem uma preparação da época, requeria de uma árvore de cames especifica (muito parecida com a do MG Metro) mas com o intuito de melhorar o comportamento do motor, resolvi desenha-la eu mesmo tendo posteriormente disponibilizado a informação a uma empresa especializada que procedeu à sua produção.

Não vou começar a chatear dos processos que usei para determinar quais os graus de abertura e lift que considerei óptimos para o meu caso mas sei que este processo é realizado por alguns dos "mecânicos" que considero até porque durante a minha curta experiência no ramo em Inglaterra (que começou a construir/desenhar chassis de replicas de Caterhams/Lotus 7 e acabou na McLaren) tive a oportunidade de conhecer alguns (um deles fiz aqui referencia...). Refiro que só no caso da minha pouca estada na McLaren considerei a hipótese de trabalhar a tempo inteiro nesta área.

Houve um salto tremendo quando chegado lá verifiquei a forma como eles encaram este assunto e que era tremendamente diferente da minha experiência caseira (ainda que de alguns anitos).

A minha opinião valerá-o-que-valerá mas sei, até porque já falei com alguns, que há pessoas (muitas saídas recentemente das faculdades) que já encaram com o mesmo nível o que deverá ser comum num "mecânico", a forma como eu considero:cool:

Nuno Andrade, quando fiz referencia a um valor monetário para um motor, fi-lo por aproximação e de nada é para ser tipo como benchmark para ninguém!

A subjectividade é sempre um factor determinante nestes casos mas para mim, um stage 2 de um Crossflow apenas poderá ser admissível caso se trate de um caro para trackdays ou caso montado numa réplica de Lotus 7. Isto deve-se ao facto destes carros terem um peso muito baixo e isso permitir o uso de valores de binário e potências inferiores nas baixas rotações.

As minhas sugestões para Stage 3 são para full-race.

Voltando ao tema inicial, a minha intenção é tentar transmitir princípios que poderão utilizar para explorar e isso requer aprendizagem, quer lendo sobre o assunto e/ou experimentado.

Desconfiem de montadores de puzzles que vos dão soluções ad-hoc e nem sempre os gráficos dos dinamómetros são conclusão de coisa alguma... lá poderá apresentar uma taxa de potência XPTO e o motor apenas durar 200 km pois não foi bem construído.

É lógico que não posso descurar o trabalho feito por empresas muito respeitáveis, como a Vulcan, etc. mas caso tivessem oportunidade iriam verificar que o trabalho deles, embora bom de um ponto de vista do utilizador final, não tem nada a haver uma coisa com o resultado dos mecânicos que refiro.

Abraços
 
OP
OP
Fernando Baptista

Fernando Baptista

Clássico
Nuno Andrade disse:
Porque não passamos então para um Crossflow "full race"? :huh:

No meu ponto de vista existem 2 tipo de utilizadores de motores de corrida: os que têm possibilidade financeira, quer por estar ligados directamente a fabricantes (vulgo Works Cars), por questões de patrocínios ou mais normalmente por "paitrocínio" e os que têm carros de corrida mas que os mantêm com budget limitado ;)

Ora para o 1º caso quando se fala de full-race poderemos sempre incluir componentes como push-rods em carbono, substituir a correia de distribuição por um conjunto de carretos, utilização de pistões de baixa resistência ao atrito e uma série de componentes mais que permitem diminuir em muito o peso em movimento e desta forma conseguir aumentar o regime máximo para as 10.500-11000 rpms.

No entanto este facto diminuir tremendamente a durabilidade dos motores (que já era diminuta) o que leva a que, de modo a evitar o risco de danificar sucessivamente motores, se tenha de o rever de forma integral ao fim de cerca de 100km.

Será sempre uma questão de investimento e respectiva garantia de retorno, no entanto e pessoalmente não vejo vantagens neste acréscimo de 1500-2000 rpms, até porque a sua utilização apenas se poderá fazer em partes particulares do circuito (rectas longas), sendo que mesmo nesses casos geralmente compensa muito mais a alteração das relações de caixa, mesmo que sacrificando a usabilidade a meio do circuito.

Abraços
 
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