Olá a todos,
Quanto a mim, a despesa real de um carro deve ser comparada equacionando tanto o consumo como manutenção, só assim se pode medir a sua eficácia financeira. No entanto, há de facto alguns modelos clássicos que conseguem médias de consumo fantásticas, muito abaixo da generalidade dos modernos.
No debate moderno versus clássico, para mim há vários concorrentes de peso do lado dos clássicos. Nas vantagens comuns a todos temos:
- Seguros reduzidos;
- Manutenção acessível a qualquer um, logo barata;
- Fiabilidade elevada graças à simplicidade.
Em termos de concorrentes, assim de repente vejo o 127, o 2CV, o Renault 5. Mas pensando lateralmente há hipóteses igualmente boas e provavelmente mais baratas se se pensar num clássico com as mesmas motorizações. Assim, ocorrem-me a título de exemplo a Dyane, o Panda, o Uno 45, o Yugo 45 ou 55 (não se riam, a mecânica é boa), ou mesmo um Fiat 850. O 600 já me parece demasiado caro e pouco adequado ao uso quotidiano, em que o 850 será mais capaz, a não ser que leve uns "upgrades" dos seus descendentes. Dada a reduzida manutenção, até um VW Carocha 1200 pode ser encarado como alternativa viável...
O que eu acho demasiado inconveniente num 2cv ou Dyane é que a performance é inexistente, e isso pode ser um factor indutor de stress num uso citadino, porque mal têm capacidade de se arrastar no meio dos modernos.
Quanto aos modernos, pessoalmente continuo a vê-los como má alternativa, porque são demasiado complexos, pesados e ineficazes. Sim, porque não se esqueçam que raramente fazem os consumos anunciados pelos fabricantes. E além disso são pesadíssimos, o que significa que as versões com motores mais pequenos são maus em performance e não são tão económicos como deviam. Depois ainda vêm os mil-e-um compromissos de gestão dos motores por causa de emissões e afins... balanço feito, há muito mais negativos que positivos.
Se as coisas continuarem a piorar, eu pela parte que me toca vou dar uma revisão profunda ao 127 e pô-lo ao serviço outra vez...
Um abraço a todos!