Simao Reis disse:
ja ouvi falar muito bem so saxo... dizem que tem consumos muito baixos tambem...
vamos la ver uma coisa que aida nao foi referida... os caros novos gastam mais porque tem mais cavalos e andam mais depressa, se andar-mos com um carro novo a 70 ou 80 km/h o consumo medio vai ser proximo dos consumos dos classicos... quanto aos consumos penso que é o que acontece, quanto aos seguros manutenção ja foi falado e concordo fica mais barato um classico...
Caro Simão,
O Saxo não é nada do outro mundo, aliás tive um na família e foi uma das piores tretas que já ocupou espaço nas garagens (*).
Quanto à questão consumos vs potência vs andamento, não é assim tão linear... todas essas variáveis são independentes.
A maioria dos modelos modernos não consome muito graças à evolução tecnológica dos sistemas de gestão do motor. Infelizmente qualquer dia são tão inteligentes que não nos deixam conduzir por nós porque não fazemos uma condução regrada...
Outro inconveniente destes sistemas é que contêm demasiadas condicionantes que fazem com que a resposta seja mais lenta, mais progressiva. Isso faz com que as performances sejam muitas vezes inferiores às dos modelos mais antigos. E não só em velocidade, mas especialmente em aceleração. Já vi muitos despiques de modelos das mesmas marcas e segmentos equivalentes em que num simples "drag race" os mais antigos dão coça aos modernos...
O problema dos consumos vem do facto de qualquer lata hoje em dia pesar mais que a Lua. Antigamente um carrito pequeno pesava entre 600 e 750 kg. Hoje até as pulgas motorizadas de dois lugares têm as últimas comodidades e mariquices eléctricas e electrónicas, e isso paga-se em peso.
Mais peso, menos andamento com o mesmo motor. Mais peso, travões maiores. Pneus maiores. Resultado? Mais peso ainda, mais caro, mais complexo, e mais tem para arrastar, logo mais consome.
Além disso, os consumos hoje em dia divulgados pelos fabricantes são fictícios, porque existe uma norma (estabelecida por alguém provido de uma suprema inteligência...
) que diz que os consumos têm de ser medidos num ensaio em tapetes rolantes. Ora se o carro está parado, e não tem de vencer atritos aerodinâmicos, claro que consome menos do que na estrada, né?
Enfim... só é enganado quem quer!
Um abraço!
(*) - Este carro era tão bom, tão bom, que num dia em que saí de casa e o meu 127 tinha uma camada de gelo com quase dois dedos de altura, e o dito cujo estava na garagem, o meu pegou à primeira e essa coisa francesa, no abrigo da dita garagem, não pegou!
É só uma das muitas "proezas" do menino... acho que nunca os meus pais tiveram algo que gostasse tanto das oficinas da marca... passava a vida a caminho de lá!
