Vamos lá à parte de mecânica.
Como vos disse na introdução, por casa houve 3 Citröen nas décadas de 80 e 90. O meu pai cedo se familiarizou com os mecânicos do representante Citröen em Braga, a Filinto Mota, onde fazia as manutenções. Foi com o Sr. Joaquim Magalhães, um dos mais competentes (viria mesmo a tornar-se no chefe de mecânicos), que o meu pai criou laços de amizade e confiança. Foi a ele que o meu pai comprou o BX 14 RE de 1986 e que viria a tornar-se o nosso (meu e do meu irmão) primeiro carro. Lembro-me que apesar de ser um versão baixa o carro já tinha sido bem caprichado com extras das versões GTI como faróis de nevoeiro, vidros elétricos, pára-choques frontal, óticas traseiras da 3ª serie, etc... Era beje taxi antes da estupidez dos taxis bejes, e acabaria por morrer na cidade que o viu nascer, Vigo, albarroado por um camião alemão em Outubro de 1999. Vínhamos de regresso de uma jornada de caça submarina nas águas do cabo Udra, e nesse dia nada me correu bem. Além de uma série de pequenos azares, lembro-me que qd me preparava para entrar na água estava sentado numa pedra a calçar as barbatanas e n reparei que a pedra estava repleta de anémonas. como tinha posto as mãos em cima da pedra quando levei o snorkel à boca para mergulhar senti de imediato uma grande picada no lábio. Parecia que tinha passado com uma lâmina na boca. Coloquei a luva para ver se estava a sangrar e como n vi sangue continuei a aventura apesar das dores. Meia hora depois tive que sair pois já tinha o lábio hiper inchado. Parecia o cu dum babuíno. Quando tivemos o acidente mais tarde, o camionista viu-me a sair do carro naquele estado, pegou de imediato num daqules Ericsson dos primórdios dos telemóveis e queria chamar o INEM lá do sítio. Ainda deu para rir. Desse dia ficou a única foto que tenho deste carro, e do lábio inchado também...
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Quando chegamos a casa o meu pai choramingava pelo carro e a minha mãe por mim. E o meu irmão ria-se...
Mas voltando ao Sr. Joaquim, ele entretanto reformou-se! Mas não deixou de ser o craque que era e ainda faz uns trabalhitos em casa. Era a pessoa ideal para tratar dos carburadores, mudar o oleo, pôr umas velas apropriadas e resolver a questão dos travões. O mundo dá muitas voltas mas felizmente as pessoas boas mantêm-se nas nossas vidas. Uma chamada do meu pai e o entusiasmo notou-se logo. Quando lá chegamos, um sorriso na cara, seguido de um "Olha um borrachão!" inundou-nos de memórias e da perceção que carro não podia estar em melhores mãos. Infelizmente, nos cerca de 8 dias que o carro esteve no mestre (as coisas foram feitas com calma e sem stress) as fotos são escassas. Resumindo: velas novas, substituição de um carburador (estava no lote de peças que veio com o carro), troca dos tubos de travões (também do lote), retificação dos discos de travões, restauro das pinças de travão, calços novos e uma afinação do ralenti. Ficou
au point!
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Com a cabeça na mecânica mas sem esquecer a estética:
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Entretanto amanhã faremos a viagem de regresso a Mangualde para completar o negócio. Abraço a todos!!!