Portal Quizz Júnior

Tiago Baptista

Portalista
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Certíssimo

Estados Unidos da América. O país da desmesura. Na sequência da Segunda Guerra Mundial os USA eram a maior potência económica, facto esse que se manifestava em múltiplos campos. Um deles era na indústria automóvel. A cada ano que passava os automóveis ficavam maiores, mais potentes e mais bem equipados. Na incessante corrida para se superarem uns aos outros os diversos conglomerados caíram no excesso esquecendo que o mais importante era a satisfação da necessidade dos clientes. Foi com surpresa que os três grandes se aperceberam do êxito fulgurante de um pequeno automóvel fabricado num antigo inimigo derrotado. O VW carocha.​

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Numa reacção de pânico os três grandes 'criaram' uma nova classe automóvel. Os compactos. Bom... Compactos na América porque na Europa seriam berlinas grandes. Nascem assim os Chevrolet Corvair, os Ford Falcon e principalmente para a nossa história, o Chrysler Valiant. Infelizmente estes carros eram algo básicos e pobremente equipados. A clientela que atraíram não correspondia ao publico alvo pretendido. O que se queria era penetrar no escalão etário dos vinte aos trinta e cinco anos. O que se obteve foram os reformados e as donas de casa. Rapidamente os executivos das marcas chegaram às mesmas conclusões. O que se precisava era um coupé/descapotável de quatro lugares baseado nas plataformas dos compactos das respectivas marcas e fabricado de forma a que fossem muito baratos.​

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Durante o desenvolvimento do novo carro, um dos segredos mais mal guardados foi o plano da Ford de apresentar um novo compacto desportivo baseado no Falcon. Assim Irv Ritchie, o designer chefe do projecto, criou uma versão fastback do Valiant. A ideia era criar uma alternativa válida ao Corvair Monza da Chevrolet. Inicialmente os executivos da Plymouth queriam baptizar o novo modelo de Panda, mas a sugestão de John Samsen de chamar o carro Barracuda prevaleceu.​

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O novo modelo tinha a distância entre eixos de 2.7 m, o capot, as molduras dos faróis, o para-brisas, as janelas e painéis laterais das portas, o pilar A e os para-choques do Valiant. Apenas o tejadilho, a tampa do porta-bagagens e a gigantesca janela traseira eram novos. De referir que esta tinha 1,34 m2 de área e era fabricada em colaboração com a Pittsburgh Plate Glass (PPG) sendo o maior vidro já instalado num carro de produção até então. O carro podia ser equipado com um de dois motores de seis cilindros da Chrysler, um de 2.800cc com 75cv e e outro de 3.700cc com 145cv. Em alternativa os mais apressados podiam escolher o V8 de 4.500cc com 180cv.

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O posicionamento de mercado do Barracuda era o de uma versão fastback do Valiant que tinha uma imagem algo tristonha de transporte familiar económico. Infelizmente o seu concorrente directo era o Mustang com uma imagem mais desportiva e cuja abundante publicidade seduzia os mais jovens. O sucesso do Mustang foi tal que obscureceu o facto de o Barracuda ter sido posto à venda duas semanas antes do carro da Ford. Na verdade no resto de 1964 o Barracuda vendeu 23.443 unidades em comparação com os 126.538 Mustangs vendidos durante o mesmo período. O ultimo dos insultos foi esta classe de carro ter ficado conhecida pelos pony-cars (uma alusão nada velada aos cavalinhos da Ford) ignorando o pioneirismo deste peixinho pouco voraz...

Próximo desafio sff​

Parece ter existido aqui algum tipo de inspiração no Sunbeam Rapier ou este no Barracuda Fastback.

Sunbeam Rapier Fastback Сoupe (1).png Sunbeam Rapier Fastback Сoupe (2).png
 

Eduardo Correia

Portalista
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Certo!

O Jowett Jupiter foi produzido pela Jowett Cars Ltd. entre 1950 e 1954. Na sequência do lançamento do Jowett Javelin e do seu relativo sucesso nas competições, a Jowett decidiu mobilizar meios para a criação de um desportivo destinado ao mercado externo.

O Jupiter está dotado de um flat-four com 1486 cc e dois carburadores Zenith, debitando uns meros 60 cavalos. Ao mesmo, está associada uma caixa de quatro velocidades.

Pese embora o seu parco coração, o Jupiter alcançou sucesso em competição, designadamente através de uma vitória na sua classe nas 24h de Le Mans de 1950, e de uma vitória absoluta no Rally Internacional de Lisboa de 1951.
 
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