Morreu hoje Raffaele Pinto, vencedor do Rally de Portugal de 1974, tinha 75 anos. 'Lelle' Pinto não era dos nomes mais bem sucedidos na história do Mundial de Ralis. É, contudo, um dos pilotos mais conhecidos em Portugal – quanto mais não seja porque foi no nosso Rali de Portugal que conquistou aque
www.autosport.pt
Campeonato da Europa de Ralis - 1972 / Vencedor -» Raffaele Pinto - Gino Macaluso
[#6] Fiat 124 Spider - 20º Rally Costa Brava - 1º classificado
Neste ano vence ainda a Mitrocopa Rally Cup que era um campeonato de ralis organizado entre a Alemanha, Áustria e Itália.
[#6] Fiat 124 Abarth Rallye - Raffaele Pinto / Arnaldo Bernacchini - Rali Internacional TAP 1973 -» Resultado: Desistência (Suspensão)
[#2] Fiat 124 Abarth Rallye - Raffaele Pinto / Arnaldo Bernacchini - Rali Internacional TAP 1974 -»Resultado: 1º
[#4] Lancia Stratos HF - Raffaele Pinto / Arnaldo Bernacchini - Rallye de Portugal/Vinho do Porto 1976 -»Resultado: 4º
Deixo aqui a minha homenagem aquele que foi o piloto que melhor encarnou e defendeu o espirito e o projecto da Renault Portuguesa durante os três anos em que a nova coqueluche da marca se chamava Renault 11 Turbo.
Nada mais nada menos que a reportagem sobre a espetacular vitória no "seu" rali que corou a época do titulo nacional em 1987.
Figura incontornável da história do automobilismo nacional, entre outras epopeias Carlos Gaspar ficará na história pela participação na primeira equipa profissional digna desse termo, o Team BIP
Carlos Gaspar era o piloto que detinha o recorde da melhor volta no circuito internacional de Vila Real, antigo traçado, com a média de 178 Km/h, segundo ele no antigo traçado, tinha dois sítios onde o seu carro atingia 278 km/h.
Figura incontornável da história do automobilismo nacional, entre outras epopeias Carlos Gaspar ficará na história pela participação na primeira equipa profissional digna desse termo, o Team BIP
Carlos Gaspar era o piloto que detinha o recorde da melhor volta no circuito internacional de Vila Real, antigo traçado, com a média de 178 Km/h, segundo ele no antigo traçado, tinha dois sítios onde o seu carro atingia 278 km/h.
Um dos meus heróis do tempo das duas rodas, piloto em Dakars épicos com motas improváveis;
Aqui junto de outro meu herói, Gaston Rahier que também já nos deixou
Em 2003 regressava de Berlim no Audi Coupé e num semáforo em Dieppe vejo um furgão com publicidade da "Gaston Rahier Loisirs". O nome chama-me a atenção e reparo que ao volante estava Gaston Rahier em pessoa. Nem queria acreditar, ali ao virar da esquina, um dos meus heróis de Dakar.
Hubert Auriol era um verdadeiro gigante. Ganhou o Dakar em moto e em automóvel. Mas terminar a penúltima etapa do Dakar 1987 guiando uma Cagiva com os dois tornozelos partidos e continuar na liderança da prova (só desistindo depois) foi talvez o feito mais inacreditável de todos os feitos incríveis realizados em todos os Dakar até hoje. Um herói no sentido clássico do termo.
Regressou ao Dakar no ano seguinte a solo neste aranhiço. Um carro espectacular.
Os meus cadernos choram por Jean Graton
É provável que muitos dos que foram criança nos anos 70 e 80 e gostam de automóveis e corridas, estejam um pouco mais tristes do que o habitual. Morreu Jean Graton, em Bruxelas, aos 97 anos, e talvez possamos acrescentar, com alguma vergonha, que nem imaginávamos que o criador de “Michel Vaillant” ainda fosse vivo
Jean Graton nasceu em Franca, em 1923, ficou órfão de mãe cedo, viu o pai preso pelos nazis na Segunda Guerra e o seu talento levou-o para a Bélgica, o paraíso da banda desenhada, onde chegou em 1948. No “Le Journal des Sports” riscava caricaturas e fazia anúncios, até encontrar emprego na revista “Spirou”, onde pela primeira vez desenhou BD, na série 'Buck Danny'. Foi só anos depois, na rival “Tintin”, que pôde desenhar as suas próprias histórias e onde nasceu Michel Vaillant. O trabalhador Graton fora desafiado a criar um herói dos motores e, em vez da proposta inicial de motos, escolheu automóveis e o inteligente nome Vaillant (“valente) para uma família nascida em junho de 1957, que se tornaria das mais conhecidas do mundo automóvel europeu.
Nos primeiros doze anos, Jean teve ajuda da mulher, Francine (que morreu em 2011), que coloria e ajudava nos argumentos, até “Michel Vaillant” se tornar numa das séries favoritas dos leitores de “Tintin” (a par de Ric Hochet). A saga, que ainda é publicada e leva mais de setenta volumes, passou por todos os grandes circuitos (Le Mans, Seebring, Mónaco, Indianapolis, Paris-Dakar, etc), modalidades (Fórmulas, Rali, velocidade, todo o terreno) e nações, incluindo Portugal. Em 1969, a revista “Tintin” publicou aquela que seria a 19ª aventura, “5 filles Dans la Course!”, que decorre no nosso país, no então rali TAP. Michel voltaria a Portugal em 1984, na aventura “L’ Homme de Lisbonne”.
Apesar das sequências de corrida serem espetaculares e desenhadas com um talento e uma perícia quase inacreditáveis (era tudo feito a lápis e borracha, lembremos), a verdade é que cenas da vida de Michel, com o seu irmão mais velho Jean Pierre, o comparsa e também piloto (e comic relief) Steve Warson prendia-nos a atenção. Michel era um excelente piloto, uma grande pessoa, um herói de valores que nunca jogava sujo, rico, bem vestido, garboso como um ator de cinema e conseguia levar uma vida reta e excitante. Os mais memoriados lembrar-se-ão dos terríveis Leader, rivais em pista e fora dela, de Julie Wood, que chegaria ao universo anos depois, e do maléfico Bob Cramer.
“Michel Vaillant” nunca chegou à importância e em especial à nobreza de “Tintin” ou “Blake e Mortimer”, exemplos supremos da nona arte, até porque Jean Graton estava longe, muito longe, de ser o melhor desenhador de rostos humanos, mas era uma daquelas séries que merecia ter álbuns a solo e tinha histórias mais adultas, no sentido de não terem fantasia. Muitas das histórias eram como reportagens desenhadas de corridas, autódromos ou competições. O autor era presença assídua e respeitada no mundo automóvel e levava a pesquisa sobre os carros, pilotos, circuitos e equipas muito a sério e todas as grandes marcas de automóveis e grandes construtores o homenagearam e reconheceram, ainda em vida.
Graton não era um mero divulgador e levava Michel com enorme facilidade ao mundo verdadeiro. Em muitas corridas e provas desenhadas, desenhou pilotos verdadeiros, que faziam deles próprios, tornando-se amigo de vários, como Alain Prost ou Jacky Ickx. Ao longo dos álbuns, encontramos Nikki Lauda, Gilles Villeneuve, Aryton Senna, Damon Hill, até Michael Schumacher. E figuras de fora das pistas, do Príncipe Rainier a Jacques Chirac, passando por Claudia Schiffer ou Bill Clinton. O falecido Alfredo César Torres, líder do ACP durante anos, é uma presença marcante no álbum da primeira passagem de Michel por Portugal.
No competitivo mundo da BD franco-belga, Graton ousou criar a sua própria editora e deu-se bem, com o filho Phillipe a continuar a obra, revitalizando-a.
A sua morte também assinala o que se foi o último dos grandes criadores desta arte tão europeia que é a banda desenhada de linha clara, que por esta ou aquela razão prefere continuar contida nos álbuns. Sucessivas versões em desenho animado, ao longo de décadas, de Tintin, Spirou ou Rantanplan, Blake e Mortimer ou do próprio Valliant, que chegou a ter um filme em cinema de 2003, nunca foram bem recebidas pelos apreciadores, para quem tudo o que não fossem pranchas desenhadas, seriam corrupções da obra a evitar e mesmo a condenar.
Passei muitos anos de escola a desenhar automóveis em cadernos. Mais do que Ferrari, Alfas ou Bugattis, desenhava sobretudo os imaginários e sofisticados modelos Vaillant, a marca que a imaginária família Vaillant fundou, proprietária dos carros com que Michel competia e que Graton desenhou uma vida inteira.
Nos meus cadernos, desenhava carros de velocidade, fórmulas, modelos de rali, carros de estrada, em todas as perspetivas possíveis e imaginárias, envoltos em poeira ou marcas no alcatrão, a derrapar entre apontamentos de História, sonetos de Camões e equações de segundo grau. Apostaria que não fui o único, nem aqui, nem em parte nenhuma.
O “Le Monde” refere que foram vendidos mais de vinte e cinco milhões de livros das aventuras de Michel Vaillant. Não faço ideia se hoje os adolescentes leem os livros, como acontecia nos anos 80 em Portugal, um país onde a Fórmula 1 ao domingo era um ritual semanal e a as romarias ao (perigosíssimo) Rali de Portugal renovavam todos os anos o entusiasmo pelo chamado desporto automóvel.
Pensando bem, talvez também nós não lêssemos e simplesmente mirássemos. Talvez Michel, o perfeito cavalheiro, desinteressante personagem, de queixo quadrado como um agente secreto, fosse mera decoração no meio daqueles carros todos que desenhávamos nos cadernos, enquanto nos íamos tornado gente nos bancos das escolas secundárias.
Espanha deitou-se ontem com uma terrível notícia. Morreu Adrián Campos, um histórico do automovilismo español, aos 60 anos, devido a uma complicação cardiaca.
O valenciano foi piloto da Minardi F1 e também o descobridor de talentos, como Fernando Alonso, Marc Gené ou Alex Palou, e fundador da bem sucedida equipa Campos Racing, com a qual compete hoje na F2, F3 e F4.
Nascido em Alzira (Valência) e neto do empresário Luis Suñer, fundador da Avidesa, Adrián fez história no automobilismo espanhol por tudo o que fez. Tornou-se piloto de Fórmula 1 e também levou à chegada de muitos outros à grande elite que conheceu em 1987, quando foi contratado por Giancarlo Minardi para que a Espanha voltasse a ter um piloto no Grande Circo, onde competiu em 21 Grande Prémios até 1988.
Este site utiliza cookies para ajudar a personalizar os conteúdos, melhorar a sua experiência e manter a sua sessão activa.
Ao continuar a utilizar este site estará a concordar com a nossa utilização dos cookies.