ISO ISETTA-fechado num armazem do museucaramulo

Pedro Seixas Palma

Pre-War
Premium
Se fosse meu ia lá buscar se não ainda acontece como o messerschmitt do Engº Quadros :/


História inacreditável que só mostra o amadorismo do Museu.
Ao fim de 30 anos a família lembra-se que tem um carro que agora está restaurado e até vale alguma coisa cedido ao Museu?
Se o Museu tivesse registado o carro em nome próprio alegando a usucapião, tinha-se acabado a história. Tinham todas as condições para o fazer, era limpinho. Agora têm que justificar o valor do restauro, o número de horas de trabalho e o seu valor.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
História inacreditável que só mostra o amadorismo do Museu.
Ao fim de 30 anos a família lembra-se que tem um carro que agora está restaurado e até vale alguma coisa cedido ao Museu?
Se o Museu tivesse registado o carro em nome próprio alegando a usucapião, tinha-se acabado a história. Tinham todas as condições para o fazer, era limpinho. Agora têm que justificar o valor do restauro, o número de horas de trabalho e o seu valor.
Pelo que ouvi ... não; não tinham ....
e até podiam ser acusados de mentir perante um oficial de justiça ... o que "dá" pildra ...
Talvez por isso os advogados do museu/fundação Lacerda tenham colocado freio nos cavalos, e partido para outra "táctica" ..
O que a família fez mal foi deixar o carro lá após o falecimento do dono .... e deixar (se é que souberam) fazer o restauro; para mim foi mais uma pintura, o que até estraga a "patine" do carro ...

São os choques de gerações ... para o pai bastava a palavra dada ... depois os "descendentes" dos dois lados esgrimem argumentos ...
 

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Pelo que ouvi ... não; não tinham ....
e até podiam ser acusados de mentir perante um oficial de justiça ... o que "dá" pildra ...
Talvez por isso os advogados do museu/fundação Lacerda tenham colocado freio nos cavalos, e partido para outra "táctica" ..
O que a família fez mal foi deixar o carro lá após o falecimento do dono .... e deixar (se é que souberam) fazer o restauro; para mim foi mais uma pintura, o que até estraga a "patine" do carro ...

São os choques de gerações ... para o pai bastava a palavra dada ... depois os "descendentes" dos dois lados esgrimem argumentos ...
Eu só ouvi o que vinha na reportagem: o carro ficou 22 anos abandonado no Museu e só se lembraram dele quando apareceu nas notícias todo arranjadinho. O museu acreditou de boa fé que o carro tinha sido doado e restaurou-o. Aceitou a sentença mas obviamente só liberta o carro quando existir um acordo sobre o valor a pagar. Tendo em conta a justiça portuguesa, eu não faria diferente.
Se há mais nesta história não sei. Sou um bocado duro de ouvido....
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Eu só ouvi o que vinha na reportagem: o carro ficou 22 anos abandonado no Museu e só se lembraram dele quando apareceu nas notícias todo arranjadinho. O museu acreditou de boa fé que o carro tinha sido doado e restaurou-o. Aceitou a sentença mas obviamente só liberta o carro quando existir um acordo sobre o valor a pagar. Tendo em conta a justiça portuguesa, eu não faria diferente.
Se há mais nesta história não sei. Sou um bocado duro de ouvido....
Meu caro ... antigamente as doações eram relativamente baratas e fáceis de fazer num notário; hoje (há um mês atras) já não ... algumas (hoje) são mais caras que o valor do bem doado.
O museu não tem "boa fé", a boa fé pertence às pessoas, o museu é uma entidade inerte.
Se o carro foi doado, porque não foram entregues os docs do carro; e feita uma escritura de doação ???
Era uma "mania" antiga, essa de ficar com os docs, para demonstrar que o carro não era "dado" e pertencia ao dono constante nos docs.
Eu fiz isso com um Ford escort (BU-95-90); o carro foi para um "chato" que me rondou a porta. Dei-lhe a carcaça e depois tive de ir ao IMT para dar baixa dele, apresentei os docs e assinei uma declaração.

Que a coisa não foi devidamente tratada (tanto pelo museu como pelo dono/família do carro) isso não foi.

Penso que houve uma altura em que os carros em exposição tinham o nome do proprietário no historial do dito, mas como só visitei o dito museu por três vezes, e nem tenho fotos dos carros expostos, não posso dar mais palpites ...
Que o museu concorde em entregar o carro e exija o dinheiro do "restauro", pelos vistos de cinco mil passa para dezassete mil e a contar, e depois faça estas cenas ........ não fica bem ...
 

João Paulo Ferreira

Portalista
Portalista
Pelo que percebi da apresentação do Museu para a angariação de fundos o carro precisava de uma capota nova em plexiglass, existem fabricadas novas mas são bastante caras.

Os 5000€ angariados podiam ser, apenas, para a aquisição de peças e materiais dando o Museu, através da sua oficina de restauro, a mão de obra necessária.

O valor desta mão de obra traduzido em horas de trabalho poderá justificar a diferença para os 17000€ assim o Museu tenha os meios para o provar.

Os 17000€ pelo restauro deste carro não me parecem exagerados agora esperar que ele fosse restaurado para o sacar por 5000€ é que já me parece esperteza a mais.

A sentença deve ser cumprida, mas o Museu não deverá ser prejudicado, pois creio que deverá ter agido de boa fé com base num acordo de cavalheiros tido há muitos anos atrás.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Pelo que percebi da apresentação do Museu para a angariação de fundos o carro precisava de uma capota nova em plexiglass, existem fabricadas novas mas são bastante caras.

Os 5000€ angariados podiam ser, apenas, para a aquisição de peças e materiais dando o Museu, através da sua oficina de restauro, a mão de obra necessária.

O valor desta mão de obra traduzido em horas de trabalho poderá justificar a diferença para os 17000€ assim o Museu tenha os meios para o provar.

Os 17000€ pelo restauro deste carro não me parecem exagerados agora esperar que ele fosse restaurado para o sacar por 5000€ é que já me parece esperteza a mais.

A sentença deve ser cumprida mas o Museu não deverá ser prejudicado, pois creio que deverá ter agido de boa fé com base num acordo de cavalheiros tido há muitos anos atrás.
E que acordo era esse ???
o_Oo_Oo_O
 

João Paulo Ferreira

Portalista
Portalista
E que acordo era esse ???
o_Oo_Oo_O
Pois.... só o Dr. Lacerda e o Sr. Quadros é que poderiam dizer, mas já cá não está nenhum.

Eram naturais da mesma freguesia, conheciam-se bem com certeza e durante todo o tempo que o carro esteve no Museu o acordo não foi posto em causa.

O facto é que o carro ficou 40 anos à guarda do Museu do Caramulo, 20 deles depois de o Sr. Quadros ter morrido, por que é que a família se lembrou dele agora?

Porque agora está arranjado?

Porque descobriram que pode valer mais de 40000€ e recuperavam-no por 5000€?

Querem o carro, paguem o que custou o arranjo e já vão com muita sorte.

Acho que o Museu faz muito bem em acautelar-se dos espertalhões.

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Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Pois.... só o Dr. Lacerda e o Sr. Quadros é que poderiam dizer, mas já cá não está nenhum.

Eram naturais da mesma freguesia, conheciam-se bem com certeza e durante todo o tempo que o carro esteve no Museu o acordo não foi posto em causa.

O facto é que o carro ficou 40 anos à guarda do Museu do Caramulo, 20 deles depois de o Sr. Quadros ter morrido, por que é que a família se lembrou dele agora?

Porque agora está arranjado?

Porque descobriram que pode valer mais de 40000€ e recuperavam-no por 5000€?

Querem o carro, paguem o que custou o arranjo e já vão com muita sorte.

Acho que o Museu faz muito bem em acautelar-se dos espertalhões.

Ver anexo 1230643

Desculpa lá ... mas parece-me que existe na tua argumentação tendenciosismo ... a favor do museu ...
Não sendo o carro propriedade do museu como pode este partir para o restauro, deduzo sem autorização dos herdeiros ???
Como se pode fazer juízos de valor sobre as intenções dos herdeiros, como o de quererem ficar com o carro por cinco mil euros ??

Para mim isto não pode ser visto como uma analise imparcial do problema (que é o que eu tento fazer); já disse anteriormente que ambos andaram mal ... tanto o museu como os herdeiros.

Pela mesma razão de pensamento e se for a fazer "oposição" aos argumentos apresentados ... também posso pensar que o museu está a forçar a venda do carro apresentando um restauro não solicitado e apresentando uma conta exagerada .. :ph34r::ph34r::ph34r:; considerando que seria "problemática" a legalização por usucapião.

Lembro-me de haver aqui pelo portal alguns artigos sobre as "estadias" de carros particulares nas exposições estáticas do museu. Nunca percebi como são feitas as cedências para exposição, porque pelos vistos parte dos carros não são propriedade do dito museu. Mas enfim problema meu ...


Post scriptum - engraçado, que um é designado como Dr. e o outro por Sr.
 

João Paulo Ferreira

Portalista
Portalista
Desculpa lá ... mas parece-me que existe na tua argumentação tendenciosismo ... a favor do museu ...
Não sendo o carro propriedade do museu como pode este partir para o restauro, deduzo sem autorização dos herdeiros ???
Como se pode fazer juízos de valor sobre as intenções dos herdeiros, como o de quererem ficar com o carro por cinco mil euros ??

Para mim isto não pode ser visto como uma analise imparcial do problema (que é o que eu tento fazer); já disse anteriormente que ambos andaram mal ... tanto o museu como os herdeiros.

Pela mesma razão de pensamento e se for a fazer "oposição" aos argumentos apresentados ... também posso pensar que o museu está a forçar a venda do carro apresentando um restauro não solicitado e apresentando uma conta exagerada .. :ph34r::ph34r::ph34r:; considerando que seria "problemática" a legalização por usucapião.

Lembro-me de haver aqui pelo portal alguns artigos sobre as "estadias" de carros particulares nas exposições estáticas do museu. Nunca percebi como são feitas as cedências para exposição, porque pelos vistos parte dos carros não são propriedade do dito museu. Mas enfim problema meu ...


Post scriptum - engraçado, que um é designado como Dr. e o outro por Sr.

Guilherme, tu falas como se o carro tivesse sido emprestado para uma exposição o ano passado e não há 40 anos.

Possivelmente os atuais curadores do Museu nem sabiam da existência destes herdeiros. E sabendo estes da existência do carro porque não reclamaram a sua posse há 20 anos, quando herdaram?

Se calhar ainda devem 20 anos de estacionamento ao Museu, que fez o favor de guardar um bem que não lhe pertencia.

Que eu saiba um dos problemas do Museu é a falta de espaço para guardar aquilo que lhe pertence, quanto mais o que é dos outros.

Com o interesse que estes herdeiros mostraram pelo carro nos últimos 20 anos, provavelmente, se tivesse ficado na posse deles, já teria ido para o lixo há muito tempo.

Quanto ao tratamento dado aos dois interveniente prende-se apenas com o facto de eu saber que o Lacerda era médico daí o Doutor, quanto ao Senhor Quadros sei apenas que estudou porque o filho o refere mas não sei o quê: Dr.?, Eng?, Arquiteto?.....Fica a duvida.

Senhor "será sempre" porque teve um gesto bonito que permitiu preservar um Messerschmitt para que todos pudéssemos admirar e que agora poderá ser vendido para o estrangeiro na procura de um lucro fácil.

Por fim o Museu do Caramulo, pertencendo a uma fundação privada, tem o estatuto de "interesse publico" e nunca poderá ser colocado ao mesmo nível que os herdeiros do Dr.Eng.Arq. Quadros por muita razão que lhes assista.
 
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Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Guilherme, tu falas como se o carro tivesse sido emprestado para uma exposição o ano passado e não há 40 anos.

Possivelmente os atuais curadores do Museu nem sabiam da existência destes herdeiros. E sabendo estes da existência do carro porque não reclamaram a sua posse há 20 anos, quando herdaram?

Se calhar ainda devem 20 anos de estacionamento ao Museu, que fez o favor de guardar um bem que não lhe pertencia.

Que eu saiba um dos problemas do Museu é a falta de espaço para guardar aquilo que lhe pertence, quanto mais o que é dos outros.

Com o interesse que estes herdeiros mostraram pelo carro nos últimos 20 anos, provavelmente, se tivesse ficado na posse deles, já teria ido para o lixo há muito tempo.

Quanto ao tratamento dado aos dois interveniente prende-se apenas com o facto de eu saber que o Lacerda era médico daí o Doutor, quanto ao Senhor Quadros sei apenas que estudou porque o filho o refere mas não sei o quê: Dr.?, Eng?, Arquiteto?.....Fica a duvida.

Senhor "será sempre" porque teve um gesto bonito que permitiu preservar um Messerschmitt para que todos pudéssemos admirar e que agora poderá ser vendido para o estrangeiro na procura de um lucro fácil.

Por fim o Museu do Caramulo, pertencendo a uma fundação privada, tem o estatuto de interesse publico e nunca poderá ser colocado ao mesmo nível que os herdeiros do Dr.Eng.Arq. Quadros por muita razão que lhes assista.
João Paulo: Já disse anteriormente que tanto o museu como os herdeiros andaram mal (penso ser a terceira vez que refiro isto ...)
O problema é que há actos praticados que indiciam fortemente a posse de um bem, neste caso o carro. Esse acto (exercido por pessoa que não é o dono) de posse é expresso pelo restauro do bem. Perante este acto só resta ao dono recorrer ao tribunal. Foi o que os herdeiros (como donos) fizeram. Caso não o fizessem então a usucapião teria toda a razão para o sucesso ...

Provavelmente se o museu não tivesse feito o restauro o carro continuaria na exposição e sem ser restaurado. Por outras palavras ao fazer o restauro (volto a dizer e presumindo, sem conhecimento dos herdeiros) não restava(ou) outra solução que não fosse o tribunal ...

Eu não acredito no "pai natal" (desde o primeiro ano da escola primária) e pensar que os advogados do museu são tão nabos/inexperientes/anjinhos que não tenham visto/estudado o modo de dar a volta ao problema de ter um carro "apetecível" e não lhe poderem "mexer".

Estou convicto que se o museu não tem partido para o restauro o carro continuaria "em exposição no museu do caramulo".

Sobre o pagar estacionamento ... :xD::xD::xD: parece sina neste país ... Na maior parte das cidades fomos espoliados do direito de estacionar livremente; e toca de atribuir concessões pelas camaras municipais; talvez porque não podem vender as ruas ....
Mas pergunto eu ... e então o dinheiro cobrado nas entradas para ver o(s) carro(s) ?????


:xD::xD::xD::xD::xD:

Aqui entre nós e que ninguém nos ouve/lê - Será que as entradas dão para pagar a luz para o museu estar aberto ???


Post scriptum - Não tem a ver directamente com este assunto mas é "parecido". Há muuitos anos a minha mãe (já faleceu há 25) "trocou" uma terra com um vizinho. Consistia em a minha mãe fazer uma terra desse vizinho e ele fazer uma das nossas. A minha terra ficava junto de casas e confinava com terras dele. A minha mãe faleceu ele foi ao funeral e perguntou se podia continuar a "fazer a terra", e eu autorizei. Uns anos mais tarde o meu pai também faleceu e ele não foi ao funeral .... nada demais; mas passados cinco anos quando dei uma volta pelos terrenos topei que a terra estava vedada com rede ...
Uma contribuição de 35 euros para o advogado o qual me diz que "isso é um sinal de posse muito forte". "Se quiser eu escrevo-lhe uma carta ...". Toca de ir falar com o homem ... sabes ... andavam a estacionar em cima da terra e eu tive de colocar a rede ... (treta).
"Prontos tudo bem ... mas olhe como eu não faço a sua terra o melhor é você apanhar os produtos que tem lá e quando puder devolver a terra ... " e assim acabou sem tribunal e sem carta de advogado um problema ... que poderia agravar-se já que ele fazia a terra há quinze anos ... se bem que a dele também entrava na dança ...

Se ele não tem colocado a rede ainda fazia a terra ... :xD::xD:
 
Desculpa lá ... mas parece-me que existe na tua argumentação tendenciosismo ... a favor do museu ...
Não sendo o carro propriedade do museu como pode este partir para o restauro, deduzo sem autorização dos herdeiros ???
Como se pode fazer juízos de valor sobre as intenções dos herdeiros, como o de quererem ficar com o carro por cinco mil euros ??

Para mim isto não pode ser visto como uma analise imparcial do problema (que é o que eu tento fazer); já disse anteriormente que ambos andaram mal ... tanto o museu como os herdeiros.

Pela mesma razão de pensamento e se for a fazer "oposição" aos argumentos apresentados ... também posso pensar que o museu está a forçar a venda do carro apresentando um restauro não solicitado e apresentando uma conta exagerada .. :ph34r::ph34r::ph34r:; considerando que seria "problemática" a legalização por usucapião.

Lembro-me de haver aqui pelo portal alguns artigos sobre as "estadias" de carros particulares nas exposições estáticas do museu. Nunca percebi como são feitas as cedências para exposição, porque pelos vistos parte dos carros não são propriedade do dito museu. Mas enfim problema meu ...


Post scriptum - engraçado, que um é designado como Dr. e o outro por Sr.
Olá Guilherme tentei publicar esta noticia e ser o mais imparcial possível na exposição da mesma.
Concordo plenamente com o que diz que de parte a parte houveram erros, ou incongruências que agora são irreversíveis, aqui a questão do restauro do carro deve ser tido em causa, pois o legitimo dono, seja ele quem for (cabendo aos tribunais decidir essa questão!) poderia e muito bem, querer manter a patina original do carro, que é uma coisa que agora já não se consegue recuperar.
E acho também que o museu deve justificar junto dos interveniente activos (quem patrocinou) a campanha de crowdfunding como é que se passou do 8 ao 80, ou melhor dizendo dos cerca de 5.000€ para os 17.000€ ?
No fim de estar decidida a propriedade do veiculo o dono pode sentir-se incomodado pelo veiculo ter sido restaurado à sua revelia e requerer uma indemnização por essa questão.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Olá Guilherme tentei publicar esta noticia e ser o mais imparcial possível na exposição da mesma.
Concordo plenamente com o que diz que de parte a parte houveram erros, ou incongruências que agora são irreversíveis, aqui a questão do restauro do carro deve ser tido em causa, pois o legitimo dono, seja ele quem for (cabendo aos tribunais decidir essa questão!) poderia e muito bem, querer manter a patina original do carro, que é uma coisa que agora já não se consegue recuperar.
E acho também que o museu deve justificar junto dos interveniente activos (quem patrocinou) a campanha de crowdfunding como é que se passou do 8 ao 80, ou melhor dizendo dos cerca de 5.000€ para os 17.000€ ?
No fim de estar decidida a propriedade do veiculo o dono pode sentir-se incomodado pelo veiculo ter sido restaurado à sua revelia e requerer uma indemnização por essa questão.
Segundo eu percebi ... parece que o tribunal já se pronunciou sendo a propriedade dele pertencente aos herdeiros.
O problema parece ser as verbas que terão de ser pagas pelo restauro; antes do museu entregar o carro.
Parece-me que o museu está a criar um imbroglio jurídico. De tal modo que depois o valor do carro, quando chegar aos herdeiros, fica de tal modo e absurdamente inflaccionado.

Houve erros de parte a parte ... isso é verdade; mas não são difíceis de corrigir; já a devolução do dinheiro do "crowfunding"....

Como o carro "desapareceu", vamos ver como fica a brincadeira. Se ele estava à guarda do museu; para mim tem tudo para ser "furto".
Isto sim é vergonhoso, será que o museu é uma entidade de "utilidade pública" ???
No meio disto tudo como fica a "Fundação"???


JÁgora ... fui ver a Wiki ... e em parte reza assim:
"
Surge o 25 de Abril de 1974. A convulsão política gerada leva muitos dos coleccionadores a retirar os seus carros que eram então, injustamente, considerados como uma manifestação capitalista decadente... O Museu corre o risco de desaparecer, mas decorridos cinco anos, com a recuperação da acalmia política, consegue-se refazer parte da colecção.

Recuperada a confiança de muitos coleccionadores para a cedência, temporária, dos seus automóveis e com o núcleo principal cuidadosamente preservado pela família Lacerda, o Museu Automóvel do Caramulo retoma o prestígio antigamente grangeado a nível internacional, de ser um dos melhores da Europa.
"

Palavras para quê ???
São "artistas" portugueses ... :xD::xD::xD:




Post scriptum - Lembrei-me agora ... o carro desapareceu do museu porque foi ao electricista para ver se se faz luz ... :xD::xD:
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
Membro do staff
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Portalista
A mim não me choca que o museu tivesse considerado a doação como um facto consumado. Terão certamente outros exemplares em condições semelhantes. Acontece frequentemente nestas situações. Se houvesse má fé, teriam usado todos os recursos para consumar a posse do bem antes de começar a campanha mediática e o próprio restauro. Não acho que fosse amadorismo, foi mesmo confiança e consciência tranquila.


O facto de terem feito campanha para angariar 5000 e terem gasto 17000, não me choca. Todo o trabalho e meios próprios do museu aplicados no restauro têm de ser contabilizados. E alem disso, ninguém nos garante que já não tinham assegurado outros apoios e patrocínios antes de lançarem a campanha para os restantes 5000eur.


Não tendo conseguido provar em tribunal a doação, acho justo que a fundação seja ressarcida do valor investido, e que os 5000eur sejam devolvidos a quem apoiou.


O que ainda não vi respondido ou esclarecido, e que me ajudava a tomar um posição, é se o processo de luta pela posse do veiculo começou antes ou depois do restauro.

Alguém já ouviu algo sobre isso? Houve tentativa de impedir o restauro por parte da família Quadros? Faz toda a diferença.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
A mim não me choca que o museu tivesse considerado a doação como um facto consumado. Terão certamente outros exemplares em condições semelhantes. Acontece frequentemente nestas situações. Se houvesse má fé, teriam usado todos os recursos para consumar a posse do bem antes de começar a campanha mediática e o próprio restauro. Não acho que fosse amadorismo, foi mesmo confiança e consciência tranquila.


O facto de terem feito campanha para angariar 5000 e terem gasto 17000, não me choca. Todo o trabalho e meios próprios do museu aplicados no restauro têm de ser contabilizados. E alem disso, ninguém nos garante que já não tinham assegurado outros apoios e patrocínios antes de lançarem a campanha para os restantes 5000eur.


Não tendo conseguido provar em tribunal a doação, acho justo que a fundação seja ressarcida do valor investido, e que os 5000eur sejam devolvidos a quem apoiou.


O que ainda não vi respondido ou esclarecido, e que me ajudava a tomar um posição, é se o processo de luta pela posse do veiculo começou antes ou depois do restauro.

Alguém já ouviu algo sobre isso? Houve tentativa de impedir o restauro por parte da família Quadros? Faz toda a diferença.

Ora aqui vai a minha opinião ...

Agora já começam a aparecer perguntas com sentido ... porque a questão reside aqui.
Mas eu também faço algumas:
- Os herdeiros foram consultados e/ou sabiam que o carro ía ser restaurado ????
- Alguma vez algum responsável do museu se perguntou por onde andavam os docs do carro ???

Os valores implicados não são para "amadores"; e considerando o historial de "empréstimo/cedência" de carros para exposição é conveniente ter cuidado no tratamento dos ditos ... ou tal como sucedeu em época anterior o museu correrá o risco de ficar com poucos carros para exposição.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Olha só o interesse que eles tinham. 20 anos sem querer saber do carro e agora que está arranjadinho dá cá.
Na minha opinião e mais uma vez ...
É feio fazer essas deduções e mais ainda essas afirmações.

Como dizia a minha mãezinha; "Não é teu não mexe"; e eles (museu/fundação Lacerda) como o carro não era deles, só tinham a fazer uma coisa ... não mexer.
E........... já dizia o meu pai "Quem faz filhos em mulher alheia perde-lhes o rasto" ....

Post scriptum - Até há uns tempos atras ... pensava eu, que se algum dia certificasse um carro como de "interesse histórico" faria isso no "museu do caramulo".
Hoje está excluído ...
 
Post scriptum - Até há uns tempos atras ... pensava eu, que se algum dia certificasse um carro como de "interesse histórico" faria isso no "museu do caramulo".
Hoje está excluído ...
Concordo plenamente Guilherme, parece que em Julho o Messi já foi entregue aos respectivos donos, fico feliz com o desfecho :D
 

Anexos

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