Fiat Fiat 124 Familiare - Diário De Bordo

[Nelson Santos]

Muito bom. Mas realmente não tinha coragem de colocar oeu Taunus nessa aventura. Mais rapidamente ia ao olx comprar carro para levar para essa aventura. Como parece que foi o caso de alguns.

 

[nuno granja]

Obrigado Nuno,

Eu desconhecia por completo esta prova até o Brito ter falado nisso, e tenho pena de não ter conhecido antes. Fiquei totalmente viciado, e agora já percebo os ingleses com os trials. Aliás, estou completamente a ressacar e já só me apetece ir bater trilhos aqui pelo Alentejo fora!

Se mais provas destas houvesse, garanto-te que a esta hora estava no olx a procurar outra máquina para fazer isto. Sim, porque apesar de tudo eu também prezo muito a minha menina e não a iria submeter repetidamente a este tratamento. Mas fi-lo desta vez porque gostei do desafio e para provar a tudo e todos a capacidade dos Fiat 124. É bom ter a oportunidade de calar os preconceitos que ainda existem em abundância contra estas máquinas, e que não têm fundamento nenhum.

E a melhor prova está aí... fez quase 900 km em 2 dias, 300 e tal dos quais fora-de-estrada, e no fim voltou tal e qual veio ao seu serviço diário, que também não é trabalho leve. E cumpre impecavelmente, como sempre. É como se não tivesse acontecido nada.

Grande abraço!

Estava a ver que não referias o Miguel Brito, o guru daily-driver, junkie deste tipo de provas nas quais participa no VW type 1 do dia-a-dia e que sintetizou numa frase o que eu penso sobre certas matérias;
"não gasto o dinheiro que não tenho comprara coisas que não preciso para impressionar gente da qual não gosto"

priceless.


nuno granja

 

[Eduardo Relvas]

Estava a ver que não referias o Miguel Brito, o guru daily-driver, junkie deste tipo de provas nas quais participa no VW type 1 do dia-a-dia e que sintetizou numa frase o que eu penso sobre certas matérias;
"não gasto o dinheiro que não tenho comprara coisas que não preciso para impressionar gente da qual não gosto"

priceless.


nuno granja

Claro que sim... foi exactamente por causa de uma conversa dele que decidi participar. Quanto mais não fosse para calar as bocas sobre os Fiat, já valeu a pena...

 

[António Barbosa]

O VW Type1 tem jante 15", a 124 terá jante 13", não sei qual dos dois terá mais altura ao solo. Não é tudo mas quase. As incursões do meu Mini no convívio desportivo têm muito mais a haver com pista do que com Baja provavelmente muito por falta de altura ao solo, pela robustez arriscava na boa!
Não conheço o Miguel Brito, mas quem fala assim não é gago!

 

[AndreGaspar]

Eduardo, olha esta que andava pelo facebook...

 

[Eduardo Relvas]

O VW Type1 tem jante 15", a 124 terá jante 13", não sei qual dos dois terá mais altura ao solo. Não é tudo mas quase. As incursões do meu Mini no convívio desportivo têm muito mais a haver com pista do que com Baja provavelmente muito por falta de altura ao solo, pela robustez arriscava na boa!
Não conheço o Miguel Brito, mas quem fala assim não é gago!

Não posso afirmar com certeza, mas julgo que o VW dele estará ligeiramente rebaixado. Mas mesmo assim, qualquer carro desta era tem mais altura ao solo que um plástico moderno.

A 124 pode parecer baixinha, mas tem uma altura ao solo muito boa, e um curso de suspensão generoso. Isto aliado à relação curta do diferencial da carrinha, só por si já dá uma boa base para um carro competente fora de estrada.

Nos anos 60 ainda havia muita estrada por alcatroar, e estes carros toleram isso na perfeição... não é nenhum bicho de sete cabeças.

Ainda assim, com um chassis tão bem desenvolvido, a 124 dar-se-ia razoavelmente bem em pista também, mas aí notar-se-ia mais a falta de cavalagem do 1200, que tem muito boa vontade mas apenas 60 cv.

Fora de estrada, a flexibilidade genial do motor permite manter andamentos com rotação muito baixa em mudanças altas que é o ideal para este tipo de condução... eu fiz a esmagadora maioria do trajecto em terceira e quarta, só usei a segunda para perder velocidade ao entrar em curvas mais apertadas e a primeira só foi usada para saír de uma zona muito arenosa onde o carro à minha frente atascou e me fez perder velocidade.

Eduardo, olha esta que andava pelo facebook...

Essa é muito provavelmente uma Lada... ainda hoje se vêem a fazer de tudo um pouco, são autênticos burros de carga.

Por curiosidade, há tempos cruzei-me com um senhor que ficou fascinado a olhar para a minha 124, e que me contou que teve uma como carro de trabalho, e nela fez mais de 650,000 km... sempre a andar, sem precalços. Manutenção pra cima, e pronto. Hoje arrepende-se de a ter vendido, disse que foi de longe o melhor carro que já teve.

Cada vez mais confirmo a minha convicção de que o 124 é provavelmente o mais injustiçado e subestimado dos clássicos, durante anos foi descartado como quadrado e pouco robusto, quando a realidade é bem diferente... são carros com uma condução fenomenal, que inspiram confiança, e de uma robustez assinalável.

Bem, e agora vou parar de falar senão a próxima vez que quiser comprar um, tenho de concorrer com meio mundo e pago uma fortuna...

 

[Paulo Jorge Coutinho]

 

[Eduardo Relvas]

Bem, desde o último relato, a 124 tem continuado a sua vida de serviço diário, com algumas aventuras extra à mistura... mas comecemos pelo princípio.

Ao investigar o caso da tampa do radiador, descobri que o radiador também já estava a pedir a reforma, dado que o núcleo estava parcialmente obstruído. Este já não era o original, troquei-o há uns tempos porque o original tinha uma pequena fissura no pescoço e outra fuga em baixo que seriam complicadas de reparar.



Depois de ponderar como resolver, e chegado à conclusão que nenhum radiador dos vários que aqui tinha reunia as condições todas para servir, decidi construír um com as peças de todos. Assim, usei um gargalo de um, o corpo de outro, os apoios do original, e reorientei a saída de baixo. Foram umas horas de trabalho, mas finalmente, com este radiador "Frankenstein", ficou resolvido.

Infelizmente, isto não terminou com os problemas de aquecimento. Suspeitando do termostato, acabei por o trocar por um original que aqui tinha de outro carro que desmontei, e assim finalmente curou-se tudo. Peças manhosas... onde já se viu um termostato falhar com pouco mais de um ano de serviço?! Enfim...

Pelo meio serviu para uma das muitas coisas que se podem fazer com uma carrinha... foi ao viveiro buscar plantas para a reforma primaveril do jardim:



Dá sempre jeito uma coisa espaçosa, e até a chapeleira foi boa para ajeitar tudo...



Com os dias solarengos a finalmente começarem a surgir em Maio, também começaram os pedidos para a 124 levar a malta ao parque natural para um piquenique...



Fica tão bem nestes cenários...



Depois de uma caminhada para ajudar à digestão dos petiscos todos...



... lá chegou a hora de regresso, com a malta toda feliz, curtindo o ar em movimento, incluíndo os dois passageiros na mala:



É sempre um dia bem passado, e os bichos adoram. Já estão habituados, e ficam todos contentes quando os levo a passear. Toda a gente adora a 124.

Entretanto, há umas semanas atrás, o electrodoméstico da patroa teve uma indigestão das grossas...



A biela do sexto cilindro partiu e abriu o bloco dos dois lados, juntamente com a cloche da caixa de velocidades... O motor aspirou água devido a um desenho idiota dos drenos de águas pluviais que entopem com facilidade, e a biela empenou. Ainda trabalhou uns tempos, mas acabou por pedir a reforma com este alarido todo.

Quando acontece um drama destes, quem é que se chama? O carro a sério... 124's ao socorro!



Um motor de 6 cilindros em linha e respectiva caixa de velocidades não são propriamente coisa pequena (ou leve), mas cabem na 124. Como encontrei um conjunto compatível numa sucata relativamente perto em Espanha (cerca de 255 km), decidi ir lá buscá-lo. O sucateiro ficou supreendidíssimo quando viu a máquina...

O único problema que tivemos foi mesmo aquele que podem ver na foto... a tampa fica muito perto da horizontal, e atrapalha a entrada de volumes destes, mesmo com uma grua o espaço é pouco. Solução? Desaparafusa-se. Tirámos a tampa em 2 minutos, pousámos em cima do tejadilho e carregámos o conjunto...



Ficou bem preenchidinha, como podem ver...



... além de ligeiramente rebaixada.





A viagem fez-se sem o mínimo drama, e a única diferença no retorno foi termos vindo ligeiramente mais devagar. Para lá, fomos nos 120-130, para cá foi nos 90-100. Mas tirando a calma, correu tudo de forma perfeitamente normal... e em breve estávamos em casa. Com o preço da gasosa espanhola, gastámos pouco mais de 50€ em combustível (foram cerca de 40 litros, o que dá uma média bastante boa).



Entretanto a patroa, como estava sem viatura, tem andado feliz da vida a tirar a inércia ao outro 124 da casa...



A baiúca alemã ficou a descansar dentro da Familiare até ao dia seguinte, e de manhãzinha entregou-se na oficina para ser transplantada para dentro do bicho. Foi um trabalho envolvido, que ainda não está resolvido a 100%, embora já ande, mas ainda há uns pormenores a resolver esta semana. Mas isso são outras conversas.



O facto é que esta menina não pára... e anda sempre a "dar calor"! Já estou como o Vaz, assim é que ela se preserva em forma!

Um abraço a todos!

 

[João Luís Soares]

Adoro ver carros velhos a carregar peças para socorrer os chaços modernos!
A solução de desmontar a tampa da bagageira é genial e apenas possível num carro simples como esse.

Aquilo na porta do passageiro foi algum azar com a pintura ou é uma crosta de terra?

Ainda bem que o plástico deu o pifo...
Assim sempre andam os dois 124s ao serviço.

 

[afonsopatrao]

Que pinta!! Desmontar o portão da mala foi de génio.
As melhoras para o BMW... Entretanto está o tempo ideal para spider! Ligeiramente nublado e menos de 30 graus.

 

[Eduardo Relvas]

Adoro ver carros velhos a carregar peças para socorrer os chaços modernos!
A solução de desmontar a tampa da bagageira é genial e apenas possível num carro simples como esse.

Aquilo na porta do passageiro foi algum azar com a pintura ou é uma crosta de terra?
(...)

É mesmo uma monumental falha na pintura... aquela zona levou um toque e encheram de massa, que entretanto começou a estalar e levantar. Estou a pensar tratar tudo com conversor de ferrugem e isolar, mas não há planos imediatos para pinturas.

Sim, não deixa de ser irónico ir buscar peças para socorrer um carro de 15 anos com um que já tem o triplo...

 

[João P Silva]

A melhor forma de dar uso ao clássico! Excelente.

 

[pintodealmeida]

Incrível!

Nota: só agora reparei que a carrinha tem o depósito do lado esquerdo e não direito como o carro (mesmo lado do escape, como 124-125-131-132-Argenta).

E as 131 carrinha também é do lado esquerdo!

Tens conhecimento da razão?

 

[Eduardo Relvas]

Incrível!
Nota: só agora reparei que a carrinha tem o depósito do lado esquerdo e não direito como o carro (mesmo lado do escape, como 124-125-131-132-Argenta).
E as 131 carrinha também é do lado esquerdo!
Tens conhecimento da razão?

As 124 Familiare usam o depósito plano que fica debaixo da zona de bagageira, é o mesmo que se usava nos 124 Sport Spider e Coupé. As razões prendem-se essencialmente com a gestão do espaço, presumo. E como o depósito tem o feitio para montar daquele lado, deve ter sido mais simples integrá-lo assim.

Na Berlina optou-se pelo depósito lateral para dar mais altura à bagageira, mas como nas Familiare isso não era problema, montou-se este debaixo do pavimento para deixar o espaço mais aberto lateralmente (o depósito lateral ainda se intromete um pouco para dentro do espaço) e plano.

 

[António Barbosa]

Ele há cada telenovela...16,66% das bielas do indestrutível série 5 dão o 'berro', e é um pronto-socorro do tempo do arroz de 15 que resolve a coisa.
Essa 124 nessa viagem foi 124R de Rebaixada...(na língua materna seria Abbassata)
No Mini não fazia isto!
No 'post' do piquenique o cão branco tem ar de se estar a divertir à brava!

 

[pintodealmeida]

Muito bem!

A ideia nas berlinas 4 portas era um lado a roda suplente e outro o depósito!
Brilhante!

 

[Abílio Teixeira Gomes]

Na foto do motor BMW dentro do Fiat, aquele autocolante diz tudo.

 

[HugoSilva]

Muita bom, o carro velho de pintura desmaiada e a descascar a ajudar o indestrutível germânico hehe

De longe quem se divertiu mais, além do condutor, foram mesmo os canídeos

 

[M Bento Amaral]

!

Olha lá.... onde é que arranjaste esse toclante?

 

[João "Pegadas"]

Olha lá.... onde é que arranjaste esse toclante?

@M Bento Amaral, esses autocolantes são da autoria do @José de Sá, é ele que os "vende"...