Diogo Duarte disse:
A DGV nos Açores deve ter procedimentos diferentes das delegações do continente... Não é assim tão fácil, vá la e informe-se.
Depois da poelemica que houve em redor deste assunto que nao quero voltar a Incendiar, mas apenas esclarecer alguns pontos sobre a materia, especialmente ao Sr. Diogo Duarte.
Tive hoje oportunidade de falar com um antigo responsavel militar que foi comandante de uma unidade de armas pesadas e que ainda hoje é responsavel pelo Museu Militar existente aqui no forte de S.Braz.
1) Ele esclareceu de que até ao ano de 1980, que na zona militar dos Açores os veiculos do exercito, marinha e força aérea dados como incapazes
eram vendidos em haste publica. Daí ainda hoje existirem alguns veiculos Ex-militares a circularem, admitindo ele de que como nao era obrigatorio inspecçoes nesta epoca, de que as pessoas hipoteticamente adquirindo mais do que uma viatura terem hipotese de conseguir fazer com que ficassem com uma a andar e por isso a mesma poder a posteriori ser aprovada pela DGV para circular. Houve muito poucas unidades doadas a Bombeiros, pois nem estes mostraram interesse nestas viaturas, dado que era dificil encontrar peças suplentes por preços razoaveis.
2) A regra acima descrita, aplicava-se apenas a Região/ Zona Militar dos Açores, por 2 razões: A)
os sucateiros locais nao tinham qualquer interesse em ficar com estas maquinas, pois os mesmos nunca compareciam aos Leilões.
A norma aplicada em Territorio continental destas viaturas ao terem de ser entregues no deposito de material, nunca se aplicou aos Açores, devido ao elevado custo de transporte maritimo entre Açores e Lisboa.
Só regressava para o deposito de material, o que era considerado Material de Guerra
3) A partir de 1981, As forças Armadas nos Açores foram proibidas de efectuar leilões em haste publica de viaturas. A unica soluçao encontrada e que ainda hoje esta em vigor, foi o desmantelamento total das viaturas as peças, sao depois oferecidas a quem as quizer ir buscar, inclusivé os motores sao oferecidos independentemente de serem particulares ou negociantes. Só o restante, quase exclusivamente os chassis é que sao recolhidos por uma empresa local para depois enviar para uma fundição no Continente.
Julgo deste modo ter ajudado a esclarecer as minhas intervençoes anteriores, baseado em factos que pude constactar e que sao veridicos aqui na regiao, se bem que admita, que nao se podem aplicar ao todo Nacional. Por outro lado chamo a atençao de ter exibido aqui algumas fotos de 2 berliets no forum Militares reformados, que estao na mao de particulares e que provam tambem as minhas afirmações, no entanto segundo consegui apurar, as mesmas nao podem circular na via publica, mas são utilizadas para fazer alguns raids em terrenos particulares